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Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IrAS) em Unidades de Internação (antiga Infecção Hospitalar) Aula baseada no material da Comissão de Epidemiologia Hospitalar UNIFESP - Hospital São Paulo Histórico das IrAS Ignaz Semmelweis (1818 – 1865) Médico húngaro passou a trabalhar no Hospital Geral de Viena 1840: 1ª Clínica: ensino somente para estudantes de Medicina. 2ª Clínica: supervisionada pelas parteiras para formação de obstetrizes. Histórico das IrAS 1841 e 18746: a taxa de mortalidade materna: 1ª Clínica: 9,92% (1.869 mortos em 20.042 partos); 2ª Clínica: 3,38% (691 em 17.791 partos). 1847: propôs a lavagem das mãos com água clorada. a mortalidade materna foi reduzida a menos de 2% após esta medida. Histórico das IrAS Taxa de Mortalidade Materna da Primeira e Segunda Clínica Maternidade do Hospital Geral de Viena 0 5 10 15 20 1841 1842 1843 1844 1845 1846 1847 1848 1849 1850 Ano M or ta lid ad e M at er na (% ) Primeira clínica Segunda clínica Histórico das IrAS Pioneiro da epidemiologia hospitalar identificando o papel das mãos da equipe na transmissão cruzada das infecções hospitalares. Histórico das IrAS Florence Nightingale (1820-1910) Guerra da Criméia (1854-1856) Doentes deitados no chão sob acúmulos de palha com uniforme sujo. Mortos e detritos acumulados. Sem sistema de água corrente e esgoto a céu aberto no porão. Organiza a equipe de enfermagem Histórico das IrAS Florence Nightingale organiza equipe de enfermagem: Limpeza. Instalou 2 cozinhas. Construiu caldeira e lavanderia. Rede de esgoto e água quente chegando às enfermarias. Humanizou o hospital. Redução de 20 vezes na mortalidade institucional. HISTÓRICO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES EUA/1962: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIH BRASIL/1963 - CCIH - Rio Grande do Sul SÃO PAULO/ 1970 - Hospital das Clínicas 1972 : Curso de Epidemiologia e Profilaxia de IH - RJ 1983: Ministério da Saúde/ Portaria 196 obrigatoriedade/CCIH 1985: *morte de Tancredo Neves Treinamento do Ministério da Saúde Manual de Lavagem das mãos 1987: Portaria 232: Programa Nacional de Controle de IH 1993: Manual de Processamento de Artigos e Superfícies em estabelecimentos de Saúde 1997 – a seguir 1998 – a seguir Lei nº 9431, de 06 de janeiro de 1997 Dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programa de controle de infecções hospitalares pelos hospitais do País PORTARIA N° 2.616, DE 12 DE MAIO DE 1998 - Programa de Controle de IH O Ministro de Estado da Saúde, Interino, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso II da Constituição, e Considerando as determinações da Lei n° 9.431, de 6 de janeiro de 1997, que dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção pelos hospitais do país, de programa de controle de infecções hospitalares; Considerando que as infecções hospitalares constituem risco significativo à saúde dos usuários dos hospitais, e sua prevenção e controle envolvem medidas de qualificação da assistência hospitalar, de vigilância sanitária e outras, tomadas no âmbito do Estado, do Município e de cada hospital, atinentes ao seu funcionamento; Considerando que o Capítulo I art. 5° e inciso III da Lei n° 8.080 de 19 de setembro de 1990, estabelece como objetivo e atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS), "a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da Saúde com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas"; Considerando [...] Art. 1° Expedir, na forma dos anexos I, II, III, IV e V, diretrizes e normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares. PORTARIA N° 2.616, DE 12 DE MAIO DE 1998 - Programa de Controle de IH (cont..) Art. 2° As ações mínimas necessárias, a serem desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções dos hospitais, compõem o Programa de Controle de Infecções Hospitalares. Art. 3° A Secretaria de Políticas de Saúde, do Ministério da Saúde, prestará cooperação técnica às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a fim de orientá-las sobre o exato cumprimento e interpretação das normas aprovadas por esta Portaria. Art. 4° As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde poderão adequar as normas conforme prevê a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Art. 5° A inobservância ou o descumprimento das normas aprovadas por esta Portaria sujeitará o infrator ao processo e às penalidades previstas na Lei n° 6.437, de 20 agosto de 1977, ou outra que a substitua, com encaminhamento dos casos ou ocorrências ao Ministério Público e órgãos de defesa do consumidor para aplicação da legislação pertinente (Lei n° 8.078/90 ou outra que a substitua). Art. 6° Este regulamento deve ser adotado em todo território nacional, pelas pessoas jurídicas e físicas, de direito público e privado envolvidas nas atividades hospitalares de assistência à saúde. Art. 7° Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 8° Fica revogada a Portaria n° 930, de 27 de agosto de 1992. Composição das CCIH: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH Consultores: representantes de serviço médico, enfermagem, laboratório, farmácia, microbiologia e administração (avaliação de resultados) Obs: Hospitais com menos de 70 leitos devem ter representantes de serviço médico e de enfermagem, Composição das CCIH (cont...): Executivos: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar - SCIH encarregados da execução de ações programadas p/ o controle de IH. no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais - Lei 2616/98 Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos (pacientes de terapia intensiva, pacientes de berçário de alto risco; pacientes queimados; pacientes submetidos a transplantes de órgãos; pacientes hemato-oncológicos; pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. ) a CCIH deverá ser acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração Infecção Relacionada à Assistência à Saúde -IrAS Infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida durante a internação do paciente, pode se manifestar durante a internação ou mesmo após a alta, quando relacionada com sua hospitalização ou procedimentos hospitalares” IrAS São diagnosticadas a partir de 48 horas após a internação, 30 dias após a realização de procedimentos cirurgicos e em caso de proteses até 1 ano São consideradas as principais causas de mortalidade e morbidade, além de aumentarem o tempo de hospitalização, elevando o custo do tratamento. Controle de Infecção Hospitalar Vigilância Epidemiológica “Processo ativo, sistemático e contínuo de coleta, análise e interpretação de dados”. Esta informação é utilizada para planejar, implementar e avaliar Métodos: passivo (retrospetivo) Ativo (prospectivo) Critérios diagnósticos Taxas e coeficientes Como é a atividade do Enfermeiro na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)? (http://portal.anvisa.gov.br) O Enfermeiro é o profissional mais requisitado no CCIH pelas tarefas que lhe são específicas. As tarefas do Enfermeiro da CCIH, além da Vigilância Epidemiológica, são: Elaboração de Normas e Rotinas e Supervisão do uso dos germicidas hospitalares; Supervisão do Serviço de Higiene e Limpeza Hospitalares; Elaboração de normas e rotinas para procedimentos hospitalares, como por exemplo, curativos; Controle dos egressos hospitalares; Treinamentos e capacitação. São muitas as atribuições que o enfermeiro desempenha e pode ser aprimorado. Infecção Colonização Contaminação Conceitos gerais Infecção: os microrganismos se multiplicam causando dano ao hospedeiro. Colonização: os microrganismos se multiplicam sem causar dano ao hospedeiro. Contaminação: presença de microrganismos em superfícies inanimadas ou superfície corpórea de maneira temporária. Conceitos gerais Fonte de microorganismos Profissionais Pacientes/flora endógena Visitantes Fontes/Reservatórios Endógeno Exógeno O ambiente inanimado como fonte de transmissão de infecção ~ Contaminated surfaces increase cross-transmission ~ Abstract: The Risk of Hand and Glove Contamination after Contact with a VRE (+) Patient Environment. Hayden M, ICAAC, 2001, Chicago, IL ERV ou VRE+ = Enterococos Resistente a Vancomicina = Os enterococos são bactérias que habitam o trato gastrointestinal e o trato genital feminino. A aquisição da infecção por ERV geralmente ocorre a partir da microbiota endógena após manipulação do trato gastrointestinal, por transmissão cruzada através das mãos dos profissionais de saúde e através de equipamentos/artigos médicos (termômetros, estetoscópios) e superfícies (mesa, maçaneta, telefone, bandeja de medicação) contaminadas que servem como fontes de transmissão. X representação de culturas positivas Fatores de Risco: Idade doença de base Obesidade Desnutrição uso de esteróides tempo de hospitalização, procedimentos invasivos técnica de uso e processamento de materiais Prevenção e controle de infecção hospitalar Principais Sítios de Infecção Hospitalar Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) Infecção da Corrente Sanguínea (ICS) Infecção de Trato Respiratório (PNEU) Infecção de Trato Urinário (ITU) Medidas de Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico Infecção de Sítio Cirúrgico A Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil, ocupando a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde e compreendendo 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados. Estudo nacional realizado pelo Ministério da Saúde no ano de 1999 encontrou uma taxa de ISC de 11% do total de procedimentos cirúrgicos analisados. Esta taxa atinge maior relevância em razão de fatores relacionados à população atendida e procedimentos realizados nos serviços de saúde. Definição - INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO - ISC infecção que ocorre na incisão cirúrgica ou em tecidos manipulados durante o procedimento cirúrgico, podendo ser diagnosticada até 30 dias após realização do procedimento, ou , no caso de implante de próteses, até um ano. (HORAN, T.C. et al. Am. J. Infect. Control, 1992) Classificação: Superficial Profunda Órgão ou cavidade Fatores de Risco da ISC grau de contaminação da cirurgia; duração da cirurgia; retração; aumento do número de suturas e eletrocoagulação; imunidade do hospedeiro; técnica asséptica (com o do tempo de cirurgia tricotomia; com lâmina de barbear - 5,6% (cortes microscópios) com lâmina imediatamente antes = 3,1% com lâmina 24 h antes = 7,1% com lâmina mais de 24h antes = 20% com máquina “clipper” imediatamente antes = 1,8% não remoção = 0,6 Fatores de Risco da ISC (cont...) ASA (American Society for Anesthesiology) extremos de idade; doenças de base: Diabetes Mellitus e Insuficiência Renal ; Obesidade uso de esteróides; infecção em outros sítios; aumenta o risco 27 vezes; tempo de internação pré-operatória; < 1 dia - 6% > 21 dias - 14,7% Medidas Preventivas de ISC Pré - Operatório Período de hospitalização; Lavagem das mãos ; Tratar infecções em outros sítios; Estado clínico do paciente; Banho; noite anterior e manhã da cirurgia com água e sabão; Tricotomia indicação: apenas se imprescindível (2 horas antes cirurgia) utilizar o aparelho “clipping” em pele íntegra durante indução anestésica. Medidas Preventivas de ISC Intra - Operatório Medidas Preventivas de ISC (cont...) Intra - Operatório Antissepsia das mãos da equipe cirúrgica Escovação com clorhexidine degermante ou PVP-I, durante 5 min na 1a cirurgia e 3 min entre cada cirurgia Paramentação da equipe cirúrgica; Preparo da pele do paciente; Campos cirúrgicos Evitar excesso de conversa na sala cirúrgica; antibioticoprofilaxia: restrita a procedimentos onde o risco de infecção e a morbi- mortalidade são elevados; Ambiente: nº de pessoas; portas fechadas; sistema de ventilação; limpeza concorrente entre cirurgias e limpeza terminal em cirurgias infectadas. Medidas Preventivas de ISC (cont...) Pós-operatório Curativo o primeiro curativo: 48 horas após ato cirúrgico; técnica asséptica; usar somente Soro Fisiológico; curativos apresentando secreções devem ser cobertos e trocados com maior freqüência; Vigilância Indicação para coleta de material para cultura; suspeita de infecção Infecções da corrente sanguínea relacionada a cateter INFECÇÃO DA CORRENTE SANGÜÍNEA (ICS) Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde São multifatoriais e apresentam fisiopatologia, critérios diagnósticos, implicações terapêuticas, prognósticas e preventivas distintas. Particularmente do ponto de vista de tratamento, são importantes a presença ou ausência de hemocultura positiva, sinais sistêmicos de infecção, presença ou ausência de foco primário de origem, presença ou ausência de acesso vascular, tipo do acesso, envolvimento e possibilidade de remoção do mesmo, sinais locais de infecção do cateter. Do ponto de vista prático, é importante a definição de duas síndromes que apresentam aspectos diagnósticos e preventivos específicos, e que merecem grande atenção e monitorização sistemática. Estas duas situações são: INFECÇÃO DA CORRENTE SANGÜÍNEA (ICS) Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (cont..) a) As infecções primárias da corrente sanguínea (IPCS), que são aquelas infecções de consequências sistêmicas graves, bacteremia ou sepse, sem foco primário identificável. Há dificuldade de se determinar o envolvimento do cateter central na ocorrência da IPCS. Com finalidade prática, as IPCS serão associadas ao cateter, se este estiver presente ao diagnóstico como descrito adiante. b) Infecções relacionadas ao acesso vascular (IAV), que são infecções que ocorrem no sítio de inserção do cateter, sem repercussões sistêmicas. A maioria das infecções dessa natureza são infecções relacionadas ao acesso vascular central (IAVC), entretanto, em algumas instituições pode ser importante o acompanhamento de infecções relacionadas ao acesso vascular periférico, por esta razão também será descrita a definição de infecção relacionada aacesso vascular periférico (IAVP). Principais fontes das infecções da corrente sanguínea INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA (ICS) Mortalidade atribuída por infecção da corrente sangüínea (ICS) é de 25 a 50% Representa um alto custo para o hospital devido ao aumento do tempo de internação de aproximadamente 2 semanas. Medidas Preventivas da ICS 1. Lavagens das mãos antes de qualquer procedimento com o cateter, conexões, preparo e administração de infusões intravascular e realização do curativo; 2. Evitar uso de acesso venoso central; quando necessário dar preferência a cateteres de poliuretano e politetrafluoretileno ao invés de cateteres de PVC e siliconizados; 3. Troca de cateteres: 1. Periférico - de 48 a 72/96 horas, ou antes disto se houver sinais e sintomas de inflamação ou infecção no local de inserção 2. Swan-Ganz – trocar a cada 7 dias 3. Central - trocar somente na presença de febre de origem indeterminada, mau funcionamento do cateter e infecção local; INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA (ICS) (cont...) 4. Preparação da pele antes da inserção de pele: Periférico - álcool a 70%; Central - solução de clorehexidina à 2% ou PVP-I à 10%; 5. Escolha do local de inserção do cateter venoso central – dar preferência para punção e subclávia, que está associada a menor risco de complicações; 6. Paramentação para passagem de cateter: Periférico - usar luvas de procedimentos Central - usar avental e luvas estéreis, máscara e óculos de proteção; INFECÇÃO DA CORRENTE SANGÜÍNEA (ICS) (cont...) 7. Curativo do cateter central: Realizar a troca de 24 a 48 horas ou quando houver presença de sangue ou exsudato Limpar a região com soro fisiológico a 0,9% Fazer a anti-sepsia da pele e desinfecção do cateter com solução de clorehexidina a 2% ou PVP-I a 10% Cobrir com gaze estéril seca e micropore ou com cobertura de poliuretano semipermeável (troca do curativo até 5 dias, s/ presença de sangue e exsudato) 8. Cuidado com as conexões: Manter o sistema fechado tanto quanto possível Fazer desinfecção da torneirinha, injetor lateral e borracha do equipo com álcool a 70% antes da infusão de medicamentos ou troca do frasco do soro; INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA (ICS) (cont...) 9. Preparo das soluções endovenosas: Verificar presença de turvação e elemento estranho na solução, vazamento e data de validade antes de iniciar o preparo da medicação ou soro Usar técnica asséptica durante o preparo; 10. Infundir as soluções preparadas até, no máximo 24 horas após o preparo. O lipídeo deve ser infundido até, no máximo, 12 horas após a instalação do frasco. INFECÇÃO DE TRATO RESPIRATÓRIO (PNEU) Pneumonia associada a assistência à Saúde (PAAS) (antiga Pneumonia nosocomial ou hospitalar) Pneumonia - Critérios Nacionais de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde Isoladamente, o diagnóstico de pneumonia estabelecido pelo médico não é um critério suficiente para estabelecer que o quadro pulmonar é de pneumonia relacionada a assistência à saúde. Múltiplos episódios de pneumonia relacionada à assistência a saúde podem ocorrer em pacientes com internação prolongada. Procure buscar evidências da resolução do episódio inicial. O crescimento de mais um microrganismo ou mudança no patógeno em cultura, isoladamente, não é indicativo de novo episódio de pneumonia, é necessário o aparecimento de novos sinais e sintomas e alteração radiológica para essa definição. Gravidade Pneumonia hospitalar é a mais freqüente das IH pacientes internados em UTI > índice de letalidade, tempo de permanência e custos adicionais durante a hospitalização. INFECÇÃO DE TRATO RESPIRATÓRIO (PNEU) Pneumonia - Medidas Preventivas 1. Lavagem de mãos 2. Extubação precoce 3. Suporte nutricional adequado 4. Fisioterapia respiratória. 5. Posicionamento do paciente (Ângulo > ou = 30º) - submetido a ventilação 6. Aspiração das secreções (Técnica asséptica correta) 7. No ato da intubação utilizar EPI 8. Evitar a contaminação da cânula antes da introdução na orofaringe. 9. O fio guia deve ter sido desinfetado ou esterilizado e estar com embalagem adequada Infecção de Trato Urinário Trato Urinário Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (ITU_RAS) DEFINIÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAUDE NO ADULTO ITU relacionada a procedimento urológico, mais frequentemente cateterismo vesical; ITU não relacionada a procedimento urológico; ITU sintomática; ITU assintomática, também chamada de bacteriúria assintomática ITU-RAS é definida como: qualquer infecção ITU relacionada a procedimento urológico; ITU não relacionada a procedimento urológico diagnosticada após a admissão em serviço de saúde e para a qual não são observadas quaisquer evidências clínicas e não está em seu período de incubação no momento da admissão. INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO (ITU) Definição processo inflamatório do sistema urinário e estruturas adjacentes sintomático Garibaldi, RA in Wenzel (1993) INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO (ITU) Causas Principalmente a cateterização Epidemiologia e fisiopatologia Risco de aquisição depende - Método e duração da cateterização - Qualidade de cuidado ao cateter - Suscetibilidade do paciente Gravidade 40% do total das Infecções Hospitalares 2-3% dos pacientes hospitalizados 80% das ITU são relacionadas a cateterização permanência hospitalar (1 - 5 dias) letalidade ( 0.25%) Custo acompanhamento pós cateterização (?) Fatores de Risco - ITU sistema aberto 2 a 4 dias - 100% de bacteriúria sistema fechado cada 24 horas - taxa de bacteriúria de 5 a 10% após 15 dias - taxa de bacteriúria de 75 a 100% uretral intermitente bacteriúria (maioria s/ complicação) Importância do controle da IH Anualmente, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por meio da Divisão de Infecção Hospitalar, realiza evento para a divulgação dos dados do Sistema de Vigilância das Infecções Hospitalares, É importante destacar que o sistema garante a confidencialidade dos hospitais, uma vez que todos os dados são agregados sem a identificação das taxas individualmente. A divulgação dos dados de IH é uma etapa fundamental da vigilância, pois permite o conhecimento do comportamento das infecções hospitalares, bem como o planejamento de ações de prevenção e controle em todo Estado. Além disso, permite que os hospitais avaliem suas taxas de IH em relação às demais unidades hospitalares de São Paulo. PRECAUÇÕES Precauções Padrão Objetivo: Prevenção da transmissão de um microorganismo de um paciente, portador são ou doente, para outro de forma direta ou indireta. PRECAUÇÃO PADRÃO (PP) Utilizar com todos pacientes independente de sua condição infecciosa – presença ou não de doenças transmissíveis Usar quando: Risco de contato com sangue, secreções e excreções, pele com solução de continuidade e mucosas Passos da PP lavar mãos antes e após contato com paciente após retirar luvas entre um e outro paciente, um e outro procedimento diferentes procedimentos no mesmo paciente após contato com sangue e secreções ou artigos contaminados por estes. Passos da PP(cont...)uso de barreiras Luvas (caso haja contato com sangue ou líquidos infectantes) Avental (sempre que houver possibilidade de respingos) Máscara, protetor olhos e protetor face (sempre que houver possibilidade de respingos) Prevenção de acidentes com perfuro-cortantes Descontaminação de superfícies (presença de sangue e líquidos infectantes) Limpeza, desinfecção ou esterilização – depende artigo Uso dos equipamentos de proteção individual – EPI Sequência para vestir: •A Avental •M Máscara comum ou máscara N95 •Ó Óculos de proteção ou protetor de face •L Luvas •Sequência para tirar •L Luvas •P Protetor facial/ óculos de proteção •A Avental •M Máscara Comum ou tipo N95 Precauções Baseadas nos Modos de Transmissão Precaução por contato Precauções Respiratórias por gotículas por aerossóis PRECAUÇÃO POR CONTATO Quarto privativo ou pacientes com mesma doença ou microorganismos Uso de luvas, para qualquer contato com paciente. Uso de avental, se houver possibilidade de contato das roupas do profissional com material infectante PRECAUÇÕES DE CONTATO Doença /Condição clínica Tempo Bactérias multirresistente DI* Impetigo 24 hs após início da terapêutica Pediculose 24 hs após início da terapêutica Escabiose 24 hs após início da terapêutica Ferida drenante DI* Diarréia em pacientes incontinente ou Criança que não controla esfíncter(E. coli ,Shigella, Rotavírus ,etc) DI* Diarréia em pacientes usando antibiótico de largo espectro (Clostridium dificilli) DI* Rubéola Congênita 1 ano Herpes simples disseminada ou primária grave, ou neonato cuja mãe tenha lesão vaginal e o parto foi natural, ou cesáreo com ruptura prolongada de bolsa DI* Criança com infecção Respiratória aguda não bacteriana , Bronquiolite ,Croup ,Pneumonias (Vírus Parainfluenza, Enterovírus, Adenovírus) DI* Clostridium dificille DI* Difteria 2 culturas em 24 horas negativas Hepatite A em paciente com incontinência fecal DI* Conjuntivite viral hemorrágica DI* Febres Hemorrágicas (Lassa ,Masburg) DI* Síndrome da pele escaldada DI* Pseudomonas Cepácea na fibrose cística DI* *DI:Durante a internação PRECAUÇÕES POR CONTATO Precauções respiratórias Gotículas Mais de 5 µ Até 1 metro Permanece no ar por segundos A máscara cirúrgica é eficaz na redução da eliminação de partículas pelo paciente fonte A máscara cirúrgica é eficaz para contactuantes Exemplos: Doença meningocócica, Coqueluche, Rubéola Aerossóis Menos de 5 µ Metros pode atingir outros quartos Permanece no ar por horas A máscara cirúrgica é eficaz na redução da eliminação de partículas pelo paciente fonte A máscara cirúrgica NÁO é eficaz para contactuantes Exemplos Tuberculose, Varicela, Sarampo Precauções de Transmissão aérea - aerossóis Doença / Condição Clínica Tempo Sarampo DI* Exantema (Sarampo) Máculo Papular +febre +coriza DI Exantema Vesicular (Varicela) Até fase de crosta Varicela ,Herpes zoster disseminado ou em imunocompetente Até fase de crosta TBC pulmonar ou laríngea, as formas drenantes e meníngea 14 dias após início da terapêutica *DI:Durante a internação Doença / Condição Clínica Tempo H. influenza invasivo Meningite, Pneumonia, epiglotite, septicemia 24 hs de terapia MeningococoMeningite ,Pneumonia, Septicemia 24 hs de terapia Difteria faríngea 2 culturas com intervalo de 24 hs negativas Mycoplasma DI* Coqueluche 5 dias Infecções Estreptocóccicas 24 h de antibiótico Caxumba 9 dias após início do edema Adenovírus DI* Influenza ,Parainfluenza DI* Parvovírus B-19 7 dias Faringite ,Pneumonia ,Escarlatina em crianças (Estreptococos) 24 h após início da terapêutica Meningite e Epiglotite (Hemófilos) 24 hs após início da terapêutica Rash petéquio /Equimótico com febre (Meningococos/Hemófilos) 24 hs após início da terapêutica *DI: Durante a internação Precauções Respiratórias - gotículas Teste seus conhecimentos a. Antes e após contato com o paciente b. Apenas após o contato com o paciente c. Apenas quando o paciente estiver isolado d. Desnecessária, se houver uso de luvas A lavagem de mãos deve ser feita a a. Quando as mãos estão limpas b. Antes de realizar procedimentos invasivos (sondagem vesical, punção venosa central ou periférica) c. Para limpeza das mãos da equipe antes do procedimento cirúrgico d. Após retirada das luvas Deve-se aplicar álcool gel nas mãos, exceto: d Quanto tempo deve durar a lavagem de mãos? a. 15 segundos b. 30 segundos c. 1 minuto d. 2 minutos b Quando devo fazer a tricotomia no paciente? a. 24 horas antes da cirurgia b. 12 horas antes da cirurgia c. 2 horas antes da cirurgia d. Se houver indicação •com lâmina de barbear - 5,6% (cortes microscópios) •com lâmina imediatamente antes = 3,1% •com lâmina 24 h antes = 7,1% •com lâmina mais de 24h antes = 20% •com máquina “clipper” imediatamente antes = 1,8% •depilação ou não remoção = 0,6% c d O residente de plantão interna um paciente com quadro clínico sugestivo de meningite. Que precaução você inicialmente recomendaria para esta doença ? a. Precaução padrão b. Precaução para Aerossóis c. Precaução para Gotículas d. Precaução de Contato a. Precaução padrão b. Precaução para Aerossóis c. Precaução para Gotículas d. Precaução de Contato O médico de plantão interna um paciente com infecção da corrente sanguínea por Pseudomonas aeruginosa multiresistente. Que precaução você recomendaria para cuidado deste paciente ? a. Precaução padrão b. Precaução para Aerossóis c. Precaução para Gotículas d. Precaução de Contato O residente de plantão interna um paciente com tuberculose renal.Que precaução você inicialmente recomendaria para esta doença? fim Referências
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