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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR Faculdade de Direito Disciplina:Direito Previdenciário Prof. Maria Amélia Lira de Carvalho SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO • Noções iniciais • A contribuição dos trabalhadores e dos tomadores de serviço para o RGPS incidem sobre uma base denominada salário-de-contribuição. • O salário de contribuição é utilizado para a fixação do salário de benefício e por consequência para o cálculo de todos os benefícios do RGPS, exceto salário-família e o salário-maternidade. • É uma parcela normalmente composta por verbas remuneratórias (salário, gorjetas conquistas sociais) do trabalho. • Indenização está fora do campo de incidência da parcela previdenciária. • Remuneração (art. 457 CLT) – a remuneração sáo todos os proventos pelo empregado em função do emprego, inclusive os obtidos por terceiros, como as gorjetas. Integram o salário não só a importância fixa estipulada como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias e abonos pagos pelo empregador. • Indenização – é o conjunto de pagamentos acrescidos ao salário pela obrigação de ressarcimento ao empregado de danos sofridos ou riscos de danos a que se expõe na execução do serviço em condições pessoalmente desvavoráveis. Todos os segurados da Previdência Social contribuirão com fundamento no salário de contribuição exceto o segurado especial. O que é contribuição? Contribuição é a parcela descontada do salário dos segurados e também paga pelos empregadores Quem trabalha por contra própria ou contribui facultativamente deverá fazer o recolhimento, ou seja, recolher sua contribuição por conta própria. Os empregadores são responsáveis por recolher as contribuições dos empregados com carteira assinada, trabalhadores avulsos e dos contribuintes individuais que prestam serviço para a sua empresa. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO • É a base de cálculo das contribuições previdenciárias, variando a depender das categorias de trabalhadores. • É a soma de todos os ganhos do trabalhador durante o período de um mês. • Para os segurados obrigatórios - empregado, contribuinte individual, trabalhador avulso, empregado doméstico, salário-de-contribuição é o valor da remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria. • Para os segurados facultativos é o valor por ele declarado, desde que não ultrapasse o limite máximo nem seja inferior ao salário mínimo especificado em lei. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO POR CATEGORIA DE SEGURADO (art. 28 da Lei 8212/91). BASE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA • I - Para o empregado e trabalhador avulso: A remuneração recebida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidade e os adiantamentos decorrentes de reajustes salariais, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato, ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa • II - Para o empregado doméstico: A remuneração registrada na CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social. • III - Para o contribuinte individual A remuneração auferida durante o mês, pelo exercício de sua atividade por conta própria, prestadas a pessoas físicas ou jurídicas, observado o limite máximo (teto) • IV -Para o segurado facultativo O valor por ele declarado, observado o teto. • Quando ocorrer admissão, afastamento ou dispensa no curso do mês, o salário de contribuição será proporcional ao número de dias de trabalho efetivo (§ 1º, art. 28 lei 8212/91) • O salário maternidade é considerado salário de contribuição (§ 2º, art. 28 lei 8212/91) LIMITES PARA O SALÁRIO-DE CONTRIBUIÇÃO • Aplicável apenas à contribuição dos segurados e um tipo de tomador de serviço – o empregador doméstico. • Limite máximo (§ 5º, art. 28 lei 8212/91) – Atualizado anualmente, na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da PS. – Atualmente, R$ 4.159,00 (Portaria MPS/MF 15/2013, de 06/01/2013) • Limite mínimo – Piso salarial, legal ou normativo da categoria, ou, na sua inexistência, o salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês (§ 3º, art. 28 lei 8212/91) . LIMITES Salário Mínimo Teto do RGPS R$ 668,75 R$ 4.159,00* SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO Os segurados que exercem mais de uma atividade contribuirão, obrigatoriamente, sobre a soma de todas as suas rendas, respeitando os limites previstos pela legislação: * Valor fixado por portaria interministerial – Ministério da Previdência Social e Ministério da Fazenda PARCELAS INTEGRANTES E NÃO INTEGRANTES DO SALÁRIO-DE CONTRIBUIÇÃO (art. 214, §§2º 6º a 9º. • Tema bastante controvertido da legislação previdenciária • Importância para a Justiça do Trabalho • Não incide contribuição previdenciária, exclusivamente, sobre as parcelas previstas no parágrafo 9º do art. 28, da Lei 8.212/91 ou do parágrafo 9º do art. 214, do Dec. 3.048/99 Parcelas que integram o salário de contribuição (remuneratórias) • Salário • Férias gozadas ( inclusive adicional de 1/3). Incidência no mês do gozo, independente da data de pagamento); • 13º salário • 13º proporcional pago na rescisão; • 13º referente a 1/12 do aviso prévio indenizado; • Salário maternidade • Periculosidade e insalubridade; • Horas extras; • Adicional noturno; • Diárias superiores a 50% da remuneração; • Aviso prévio gozado; • Aviso prévio indenizado; • “Pro-labore” dos sócios; • Gratificação de desempenho pagas habitualmente; • Aluguéis, condomínios e demais despesas domésticas; • Ajuda de custo paga mensalmente; • Adicional de transferência; • Adicional por tempo de serviço; • Adicional de quebra de caixa; • Luvas e bicho pagos ao jogador de futebol; • Comissões percentagens de vendas; Parcelas que não integram o salário de contribuição (indenizatórias) Art. 214, § 9º, RPS) • Benefícios da Previdência Social (exceto salário maternidade) • Ajuda de custo e adicional mensal do aeronauta • Diárias de até 50% da remuneração • Alimentação fornecida de acordo com o PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador; • Férias indenizadas e adicional de 1/3; • Abono de 20 dias pago no gozo das férias; • Abono de férias (venda dos 10 dias) • Indenizações trabalhistas; • Ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário (pela Lei), • Vale transporte; • Ajuda de custo própria (decorrente da mudança do local de trabalho, recebida em parcela única); • Participação do empregado no lucro da empresa; • Distribuição de lucros e dividendos; • Abono do PIS • Transporte, alimentação e habitação fornecidos aos empregados contratados para trabalhar em canteiro de obra ou local que exija deslocamento e estada; • Previdência privada; • seguro de vida em grupo, • Plano de saúde; • Ressarcimento de despesas pelo uso de veículos do empregado, quando devidamente comprovadas; • Plano educacional (educação básica ou capacitação profissional vinculada à atividade desenvolvida na empresa) desde que não substitua parcelasalarial e seja disponível a todos os empregados e dirigentes • Valores decorrentes de cessão de direitos autorais • Reembolso creche (criança até seis anos) quando comprovadas as despesas. • Reembolso babá (criança até seis anos) limitado ao menor salário de contribuição, ao registro na CTPS e comprovação do pagamento da remuneração e das contribuições sociais; • Programa de demissão voluntária PATROCINADORES DA SEGURIDADE SOCIAL: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS • Contribuição dos segurados, não incidindo sobre a aposentadoria e pensão do RGPS • Contribuição do empregador doméstico • Contribuição das empresas, sobre a remuneração dos serviços prestados pelos segurados CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS • Qual o percentual que deve incidir sobre o salário- de-contribuição de cada classe de trabalhador? 1.Empregados, Empregados Domésticos e Trabalhadores Avulsos 2.Contribuintes Individuais 3.Segurado Especial 4.Segurado Facultativo 1.EMPREGADOS, EMPREGADOS DOMÉSTICOS E TRABALHADORES AVULSOS • Alíquota progressiva e não cumulativa, incidente sobre faixas reajustadas anualmente (última atualização Portaria MPS/MF 02, de 06/01/12) Salário-de-contribuição (R$) Alíquota Até 1.247,70 8,00% de 1.247,71 até 2.079,50 9,00% de 2.079,51 até 4.159,00 11% • As faixas são consideradas a partir da soma de todas as remunerações do segurado. • A empresa deve reter a contribuição dos empregados e avulsos (a retenção é feita pela pelo OGMO (portuário) ou pela empresa que remunera o trabalho do avulso ( se não portuário)) que lhe prestem serviço e repassar para o INSS até o dia 20 do mês subseqüente, antecipando-se o prazo se não for dia útil (MP 447/08). • O empregador doméstico deve reter e repassar até o dia 15, prorrogando-se o prazo se não for dia útil. • O desconto de contribuição e consignação legalmente autorizados sempre se presume feitos pela empresa ou empregador doméstico a isso obrigados. Caso não efetivados, a SRFB cobrará a dívida dos empregadores • Se o empregado tiver mais de um vínculo, o seu desconto somente incidirá até o teto, devendo considerar a soma de todas as remunerações recebidas. A empresa deve manter arquivado o comprovante do outro vinculo para justificar a ausência de desconto. 2.CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS • 2.1. Quando prestam serviço a empresa ou entidade a ela equiparadas, a alíquota é de 11%, devendo ser descontada da remuneração do segurado, até o limite do teto e repassada para a previdência, juntamente com sua contribuição mensal, até o dia 20 do mês subseqüente. E deve ser antecipado para o dia útil anterior, se não houver expediente bancário na data do vencimento da obrigação . • 2.2. Quando prestar serviços para pessoa física devem contribuir com a alíquota de 20% sobre o salário de contribuição, observado o valor mínimo e o teto, até o dia 15 do mês seguinte, prorrogando-se o prazo se não for dia útil. • Se o segurado já tiver contribuído sobre o limite máximo do salário de contribuição, não deve sofrer o desconto. Neste caso, a empresa deve manter arquivados os comprovantes das demais retenções sofridas. • Com a regulamentação do sistema especial de inclusão previdenciária (LC 123/06 e Dec. 6.042/07), passou a ser de 11% sobre o valor do salário mínimo a alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e do segurado facultativo que optarem pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição. • O microempresário individual - MEI com receita bruta anual no ano- calendário anterior de até R$ 60.000,00 também pode optar pelo sistema especial de contribuição . Até a publicação da lei 12.470/2011 o percentual de contribuição era de 11% após a citada lei foi reduzido para 5%. • O segurado que tenha contribuído valendo-se desta forma especial, e que pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal mediante o recolhimento de mais 9%, acrescido dos juros moratórios. • É facultado aos segurados contribuintes individuais, cujos salários-de- contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, optar pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia 15 do mês seguinte ao de cada trimestre civil, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüente quando não houver expediente. 3.SEGURADOS ESPECIAIS • A forma de contribuição do segurado especial é bastante diferente de todas as outras categorias. Ele tem um tratamento especial dispensado pela própria Constituição Federal. • Contribui com 2% + 0,1% para o custeio do SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) atual GILRAT (grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente de acidente de trabalho) + 0,2% para o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - recolhimento que não se destina a previdência), totalizando 2,3% sobre a comercialização de sua produção rural. • Não tem teto para a contribuição, nem contribuição mensal. Somente recolhe para a previdência depois da comercialização do produto • Quando vende sua produção para pessoa jurídica, tem a sua contribuição retida, devendo ser repassados os valores até o dia 20 do mês subseqüente, antecipando-se o prazo quando não for dia útil. A comercialização destinada à exportação é imune. • Se vender a produção a pessoa física, fica, o próprio segurado especial, obrigado a recolher a sua contribuição até o dia 20 do mês seguinte. • Pode contribuir facultativamente da mesma forma que o contribuinte individual que presta serviço para pessoa física, pagando a aliquota de 20% sobre o valor por ele declarado, tendo, desta forma, direito a todos os benefícios previdenciários, que podem ser superior a um salário mínimo e aposentar-se por tempo de contribuição. Neste caso além da contribuição como segurado especial (2,3% sobre a comercialização da produção rural) deve contribuir com 20% sobre o salário de contribuição que escolher em cada mês (art. 200,§ 2º Dec. 3048/99) 4.SEGURADOS FACULTATIVOS • Contribui com 20% sobre o valor que declarar. Ele pode escolher mensalmente com quanto vai contribuir. O prazo para pagamento é dia 15, prorrogando-se se não for dia útil. • Podem optar pelo sistema especial de inclusão previdenciária • É facultado aos segurados facultativo, cujos salários-de-contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, optar pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia 15 do mês subsequente ao de cada trimestre civil, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subsequente, quando não houver expediente bancário no dia 15. Esta mesma regra é válida para o contribuinte individual e para o empregador doméstico. • A lei 12470/11 fixou a alíquota de contribuição do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda para 5% sobre o salário mínimo (não se estende aos contribuintes individuais de baixa renda ou aos facultativos que não se dediquem ao trabalho doméstico). CONTRIBUIÇÕES DOS TOMADORES DE SERVIÇO: 1.EMPREGADOR DOMÉSTICO • O empregador doméstico é apenas contribuintes sem direito a benefícios. • Contribui com 12% sobre a remuneração do empregado a seu serviço. Deve pagar a sua contribuição juntamentecom a retida do empregado, até o dia 15 do mês subseqüente, prorrogando-se o prazo se não for dia útil. • Pode recolher a contribuição de novembro até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referente ao 13º salário, utilizando-se de um único documento de arrecadação ( Lei 11.324/06). • O empregador doméstico que remunera o seu empregado com valor de um salário mínimo pode efetuar o recolhimento trimestral. • Durante a licença-maternidade cabe ao empregador o recolhimento apenas da sua contribuição. 2. CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS E EQUIPARADOS • Deve ser paga, em regra, até o dia 20 do mês subseqüente ao serviço, antecipando-se o prazo se não for dia útil • 2.1 Sobre empregados e trabalhadores avulsos • 2.2 Sobre contribuintes Individuais • 2.3 Sobre a nota fiscal de cooperativas de trabalho • 2.4 Contribuição das Cooperativas de Trabalho e produção • 2.5 Empresas do Simples Nacional • 2.6 Contribuição substitutiva da parte patronal. 2.1SOBRE REMUNERAÇÃO DE EMPREGADOS E TRABALHADORES AVULSOS • Contribuição básica 20% – No caso de Instituições finaceiras (bancos comerciais, bancos de investimento, caixas econômicas, sociedade de crédito, cooperativas de créditos comerciais, etc - contribuição adicional de 2,5% perfazendo 22,5% • Para financimento dos benefícios ocasionados por acidente de trabalho e aposentadorias especiais foi criado: • A Contribuição para o SAT (Seguro de Acidente de Trabalho)/GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho – 1%, para as empresas cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado leve – 2%, grau de risco moderado – 3%, grau de risco alto O SAT/GILRAT é único para toda empresa e depende da atividade preponderante (que a empresa possui o maior número de segurados) - Súmula 351, STJ • O SAT/GILRAT pode ser agravado em até 100% ou atenuado em até 50% a depender do investimento da empresa em segurança do trabalho, podendo variar de 0,5% a 6%. • O Dec. 6.042/07 regulamentou a alteração das alíquotas do GILRAT com a acréscimo do art. 202A do Decreto 3.048/99 que criou o Fator Acidentário de Prevenção - FAP como forma de aferição do investimento para prevenção de acidente. • O FAP consiste num multiplicador variável entre 0,5 e 2,00 deve ser multiplicado pela aliquota de enquadramento do SAT/GILRAT. • O FAP é calculado com base na comparação dos índices acidentários da empresa com os índices do setor em que está inserido. Contribuição adicional do SAT/GILRAT para o custeio das aposentadorias especiais Empregados expostos a agentes nocivos (físicos, químicos e biológicos) prejudiciais a saúde e integridade física que ensejam aposentadoria em 15, 20 ou 25 anos de contribuição) • O complemento incide sobre a remuneração apenas dos segurados expostos aos agentes – 6%, para 25 anos de contribuição – 9%, para 20 anos de contribuição – 12%, para 15 anos de contribuição – As empresas devem elaborar PPRA – Pograma de Prevenção de Riscos Ocupacionais, PCMSO – Programa de Controle médico de Saúde Ocupacional o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário. Com base nesse documentos é feito enquadramento em exposto e não exposto a agentes nocivos. Exemplo: Uma padaria tem 9 empregados e destes dois exercem atividades expostas ao agente nocivo calor. A folha de pagamento da padaria é de R$ 8.000,00 e destes os 2 padeiros juntos recebem o valor de R$ 2.500,00. Sabendo que a cota de GILRAT é de 3% e que os padeiros tem direito a aposentadoria especial de 25 anos qual deve ser o valor da conrtribuição patronal? Descrição valor Pag. da parcela básica 20% x 8.000 = R$1600,00 Pag. da parcela GILRAT 3% x 8.000 = R$ 240,00 Pag. do adicional de GILRAT 6% x 2.500 = R$ 150,00 Total da parte patronal 1.600+240+150 = R$ 1990,00 Contribuição para outras entidades e fundos (terceiros) • Art. 240 CF – cobrança de contribuições sobre a folha de salários destinadas a entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculada ao sistema social ( terceiros) • Varia a depender do código FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social) da empresa e as entidades são: – FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (salário- educação); – INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária; – SESI – Serviço Social da Indústria; – SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial; – SESC – Serviço Social do Comércio; – SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; – SENAT – Serviço Nacional de Aprendizado; – SEST – Serviço Social de Transporte; • A maioria das empresas pagam a alíquota de 5,8% referentes a terceiros • Uma empresa aérea, por exemplo, possui o código FPAS 558, devendo contribuir com 5,2% para as seguintes entidades: – FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (salário-educação) – 2,5%; – INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – 0,2%; – Fundo Aeroviário – 2,5%; • A empresa deve, ainda, reter a contribuição dos segurados empregados e contribuintes individuais que lhe prestem serviços e repassar à Previdência Social, juntamente com as contribuições patronais, até o dia 20 do mês seguinte (se for dia útil). • As contribuições dos segurados presumem-se retidas e recolhidas, sendo a responsabilidade pessoal da empresa 13º SALÁRIO • A empresa deve calcular separadamente as contribuições sobre o 13 salário em relação a folha de pagamento do mês de dezembro. • Os recolhimentos da parte retida dos segurados e da parte patronal devem ser efetuados até o dia 20 de dezembro, antecipando-se o prazo se não for dia útil. 2.2 SOBRE CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS • Contribuição básica – 20% + 2,5% para empresas financeiras • Não há qualquer contribuição adicional 2.3 COOPERATIVAS DE TRABALHO 2.3.1 – CONTRIBUIÇAO DA COOPERATIVA DE PRODUÇÃO (associados contribuem com serviços para produção em comum de bens, quando a cooperativa detém os meios de produção). • Cooperativa - Equiparada a empresa • Cooperados de produção – contribuintes individuais • Quando a cooperativa remunerar os cooperados a ela filiados deve contribuir com 20% (empresa remunerando contribuinte individual) e mais 6%, 9% ou 12% de adicional para aposentadoria especial (15,20 ou 25 anos ( art. 1º, § 2º da Lei 10666/03), incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado. Não recolhe a contribuição básica do SAT/ GIRALT. • Se contratar contribuintes individuais não cooperados (20% de cota patronal, sem qualquer adicional). • Quando remunerar empregados que trabalhem na administração deve pagar todas a contribuições patronais como qualquer outra empresa (20% + 1%, 2%, ou 3% de SAT/GILRAT + terceiros). 2.3.2 – CONTRIBUIÇAO DA EMPRESA SOBRE OS SERVIÇOS PRESTADOS POR COOPERATIVA DE TRABAHO E CONTRIBUIÇÃO DA COOPERATIVA DE TRABALHO • A empresa deve pagar 15% incidente sobre o valor das notas fiscais das cooperativas de trabalho • Podem ser deduzidos da base de incidência o valor dos materiais fornecidos. • As cooperativas de trabalho são isentas das contribuições patronais em relação aos seus cooperados. Isso ocorre já que, quando prestam serviço para empresas, estas contribuem com 15% com o objetivode financiar a cobertura previdenciária dos cooperados. • As empresas que contratam profissionais filiados a cooperativas para exercerem atividades especiais que prejudiquem a saúde, e ensejem a aposentadoria especial de 25,20 ou 15 anos, contribuem adicionalmente , com alíquotas de 5%, 7% ou 9%, respectivamente ( art. 1º, + 1º da lei 10.666/03). • Se contratar empregados, todavia, A COOPERATIVA deve contribuir como qualquer outra empresa (20% +1%, 2%, ou 3% de SAT/GILRAT + terceiros). • O mesmo ocorre se contratar contribuintes individuais não cooperados (20% de cota patronal). 2.4 EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL ( consolidação de diversos tributos em um único, calculados com um alíquota sobre a receita bruta da empresa) • As empresas que optam pelo Simples substituem inúmeros tributos federais pelo pagamento de um percentual incidente sobre o faturamento • Toda a parte da contribuição patronal previdenciária fica substituída pela alíquota do Simples • A empresa mantém a obrigação de reter as contribuições dos segurados e das empresas e de repassá-las à Previdência Social 2.5 CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA DA PARTE PATRONAL • Alguns ramos de atividade já foram beneficiados com a substituição da base de cálculo de suas contribuições previdenciárias, passando da folha para o faturamento (previsão no art. 195, 9 CF). • Substitui apenas as contribuições devidas pela empresa sobre a remuneração de empregados e avulsos, devendo contribuir sobre todos os outros fatos geradores - caso contrate contribuinte individual, deverá pagar 20%. – Entidades desportivas que mantêm equipe de futebol profissional (5% da receita bruta decorrentes dos espetáculos desportivos de que participem no território nacional e também 5% da receita de patrocínio) + terceiros 4,5%. – Produtores rurais pessoas físicas (2% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural + 0,1 para financiamento do SAT/GILRAT + 0,2% sobre a mesma base para o SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) – Produtores rurais pessoas jurídicas ((2,5% sobre a comercialização da produção rural + 0,1 SAT/GILRAT + 0,25 SENAR + salário-educação sobre a remuneração dos empregados e avulsos, INCRA sobre a remuneração dos empregados e avulsos) – Agroindústria (2,5% sobre a comercialização da produção rural + 0,1 SAT/GILRAT + 0,25 SENAR + terceiros)
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