PORTFÓLIO UTA O ESPAÇO GEOGRÁFICO,PAISAGEM E SOCIEDADE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
DEUZIRA GOMES DOS SANTOS SILVA – RU: 1133229 - 2014/10
 PORTFÓLIO
UTA –O ESPAÇO GEOGRÁFICO, PAISAGEM E SOCIEDADE
 MÓDULO B - FASE II
CURITIBA
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
DEUZIRA GOMES DOS SANTOS SILVA – RU: 1133229 -2014/10
PORTFÓLIO
UTA – O ESPAÇO GEOGRÁFICO, PAISAGEM E SOCIEDADE.
MÓDULO B - FASE II 
Relatório de Portfólio da UTA – Espaço geográfico, paisagem e sociedade. Mód. B – fase II.
Curso: Licenciatura em Geografia
 Tutor Local: Edionei Siqueira Araújo
Centro Associado: Coronel Fabriciano/MG
CURITIBA
2016
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 - DESENVOLVIMENTO............................................................................................3
2.1 – Figura 1...............................................................................................................5
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................6
REFERÊNCIAS...........................................................................................................6 
1 – INTRODUÇÃO
Incluídas na Geografia, as correntes de pensamento Possibilista e Determinista são de suma importância na análise dos espaços geográficos de maneira geral, influenciando a estruturação do espaço em si e como nós o observamos.
 Mesmo sendo originárias de países vizinhos, as correntes de pensamento diferem entre si absurdamente, pois se altera completamente a relação Homem x Espaço de acordo com qual corrente está a se observar o cenário.
 A fim de explanar e dissertar sobre essas diferenças, faz-se necessário inicialmente um estudo base sobre cada uma e estabelecer uma linha de diferenciação entre ambas, para que uma análise posterior nos demonstre essa diferenciação de maneira eficiente.
2 – DESENVOLVIMENTO 
“A Geografia é instituída como uma disciplina universitária a partir de 1870, e “foi o determinismo ambiental o primeiro paradigma a caracterizar a Geografia que emerge no final do século XIX” (Corrêa, 1991, p. 9). Os teóricos deterministas afirmam que as condições naturais, em especial as climáticas, são determinantes para a evolução do homem; portanto, desenvolver-se-iam os povos ou países que estivessem localizados em áreas climáticas mais favoráveis. 
O filósofo inglês Herbert Spencer foi o grande defensor de idéias naturalistas nas ciências sociais, sobretudo as teorias de Lamack (sobre a hereditariedade dos caracteres adquiridos) e Darwin (sobre a adaptação dos indivíduos mais bem preparados para sobreviverem no meio natural). Essas duas teorias serviram como fundamentação para a tese do determinismo ambiental. 
A Geografia teve como grande nome da teoria determinista o naturalista e etnógrafo alemão Frederic Ratzel, que viveu no período da unificação alemã, estando, portanto, muito voltado para as aspirações da sociedade alemã da época. Em seu livro Antropogeografia, Ratzel fundamenta toda a sua teoria determinista, sendo por isso apontado como o fundador da escola determinista alemã. Também é considerado um dos precursores da Geopolítica, devido às suas idéias que originaram a política do “espaço vital” e do direito de conquista dos povos “inferiores” pelos “superiores”. Essa política foi, mais tarde, utilizada por Hitler para justificar sua expansão nazista através da Europa. 
A escola estadunidense também nasceu sob a influência determinista. Esse fato também se deu, como na Alemanha, por uma necessidade de afirmação nacional e expansão territorial. Os estadunidenses justificaram sua expansão e domínio de territórios mexicanos e indígenas através da teoria determinista. Ellen Semple, discípula de Ratzel, foi o principal nome do determinismo nos Estados Unidos.”
	A citação acima nos demonstra que o Determinismo, originado na Alemanha, era embasado na teoria que “o Homem é quem se adapta a região”, de maneira que ressalta que as sociedades se instituiriam nas áreas propícias para seu desenvolvimento, e posteriormente já insere as teses de Lamack e Darwin, famosos pensadores que alteraram a maneira de pensar sobre o Homem, especialmente Darwin com a teoria da Adaptabilidade do Homem, ou dizendo de maneira empírica: “Sobrevivência do mais forte”.
	Ressalta-se já nesta citação que o Determinismo foi agregado na cultura americana, de maneira a justificar sua agressiva expansão em solo mexicano.
	Necessita-se saber que, nesse tempo, Alemanha (País de criação do Determinismo) e França (Possibilismo), haviam estado em guerra (1870, guerra Franco Prussiana), de maneira que resultou na perda de territórios por parte da França para a Alemanha (Alsácia-Lorena).
“A corrente possibilista surgiu em reação ao determinismo ambiental, inicialmente na França (final do século XIX), e posteriormente na Alemanha (início do século XX) e Estados Unidos (década de 20). 
Não foi por acaso que esta corrente nasceu na França. “O possibilismo, francês em sua origem, opõe-se ao determinismo ambiental germânico”. Esta oposição fundamenta-se nas diferenças entre os dois países” (Corrêa, 1991, p. 12). As rivalidades existentes entre França e Alemanha, existentes há muito tempo, aumentaram com a perda da região francesa da Alsácia-Lorena para a Prússia, durante a guerra franco-prussiana. Esse fato impulsionou o crescimento da Geografia na França, visto que a perda da guerra pela França foi atribuída não ao exército alemão, mas sim à sua Geografia. 
Sob a égide possibilista, a Geografia francesa se desenvolve, tendo em Vidal de la Blache seu grande mestre. A natureza passou a ser encarada como uma fornecedora de possibilidades para a modificação humana, e não determinando sua evolução, sendo o homem o principal agente geográfico. La Blache também redefine o conceito de gênero de vida, herdado do determinismo: trata-se não mais de uma consequência inevitável da natureza, mas de “um acervo de técnicas, hábitos, usos e costumes, que lhe permitiram utilizar os recursos naturais disponíveis” (Corrêa, 1991, p. 13 apud Claval, 1974). 
Os gêneros de vida ocorrem em uma paisagem geográfica – aquela que já foi natural e passou a ser modificada pela ação humana –, que possui uma extensão territorial razoavelmente identificável. Assim, uma região “é a expressão espacial da ocorrência de uma mesma paisagem geográfica” (Corrêa, 1991, p. 13); portanto, sendo o objeto da Geografia possibilista a região, ela se confunde com a Geografia Regional.”	Comment by Secretaria 01: Formatar
A criação do Possibilismo por parte da França deu-se pela teoria que, a guerra foi perdida não pelo fato do exército rival ter sido superior, mas sim pela posição geográfica nas batalhas (Possibilismo advêm da palavra Possibilidade). De maneira geral, ambas correntes são auto explicadas pelos seus nomes. Enquanto o Determinismo afirma que o Homem se adapta a um determinado local devido aos seus recursos, o Possibilismo reza em contra-partida que há a possibilidade do Homem alterar o espaço de maneira a torná-lo propício para si.
Enquanto pode-se considerar que o “Possibilismo” foi criado simplesmente como uma maneira da França justificar a derrota na guerra, é inegável sua base teórica e, caso se analise logicamente o cenário geográfico contemporâneo, nota-se que de fato ele está embasado na verdade, visto que o Homem tem alterado o espaço ao longo dos anos afim de propiciar seu beneficiamento.
Jonas Henrique idealizou o seguinte quadro – resumo:
 
Figura 1
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
 	De acordo com os temas estudados e pesquisados, determinismo epossibilismo são escolas antagônicas, sendo que Ratzel foi o mentor do determinismo geográfico, tendo vários defensores de sua escola, onde ele dizia que o homem é produto do meio, que era a natureza que determinava a vida em sociedade, seu sucesso ou seu fracasso; defendia a expansão alemã.
	Já La Blache foi o idealizador do possibilismo geográfico, tendo também vários defensores, o possibilismo fazia (e ainda faz), uma crítica ferrenha ao determinismo; esta escola prega que o homem transforma o meio em que vive, sendo um ser ativo, tendo a opção de várias possibilidades diante da natureza.
	Conclui-se que até hoje existem estas duas escolas, pois o homem parece ser um prisioneiro de si mesmo, sem enxergar as possibilidades que existem para que possa a usufruir da natureza, porém respeitando-a.
REFERÊNCIAS
https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20061011012825AAYenOL
https://jonashenriquelima.wordpress.com/2012/03/04/diferencas-entra-determinismo-e-possibilismo/
Luís Lopes diniz Filho.Fundamentos epistemológicos da geografia. 1. Ed. Curitiba: IBPEX, 2009 (Coleção metodologia de Ensino de História e geografia, v.6), p.84-87