introdução e pessoa natural

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Direito Civil I 
Aula 1 – Noções de Direito Civil – Parte Geral. 
Prof. Luiz Felipe. 
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 Centro Universitário de Goiás - Uni-ANHANGÜERA 
 Direito Civil I 
 
Introdução 
Noções Gerais. 
Viver em sociedade é uma característica humana, que é possibilitada pela 
existência de normas de conduta, que estabelecem limites às ações do homem. 
Estas normas, à princípio foram criadas, observando um mínimo de condições 
existenciais de vida em sociedade, pautando a atuação do indivíduo nas suas relações 
com os demais. 
A palavra Direito é usada na acepção comum para designar o conjunto de regras 
que disciplinam a vida em sociedade. Origina-se a palavra Direito do latim “directum”, 
significando aquilo que é reto, que está de acordo com a lei. 
 
Direito Civil: Conceito, Princípios, Natureza Jurídica. 
Direito Civil é o direito comum a todos os homens, disciplinando o modo de ser e 
de agir em suas relações com outras pessoas, todas as ocorrências da vida social 
estão relacionadas ao Direito Civil, bem como as relações patrimoniais. 
O Código Civil de 2.002., tem como princípios básicos o da socialidade, 
eticidade e operabilidade. 
Socialidade - é uma das características mais marcantes do Código Civil, onde 
prevalecem os valores coletivos, sobre os individuais, sem perda dos valores 
fundamentais da pessoa humana. 
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Eticidade - princípio que estabelece critérios éticos norteadores do direito: a 
equidade, justa causa, boa fé, e outros. É o princípio fundado no valor da pessoa 
humana, tendo em seus adjetivos éticos a fonte de todos os demais valores. 
Operabilidade - leva em conta a efetiva execução da norma legal, evitando 
complexidades na elaboração das leis, fazendo o legislador não legislar em abstrato, 
situando sempre que possível o indivíduo. 
 
Direito Público e Direito Privado, ramificações: 
 
 
Codificação do Direito Civil no Brasil. 
 
Após a Independência do Brasil ocorrida em 07 de Setembro de 1.822., a 
legislação portuguesa continuou a ser aplicada entre nós, mas com a ressalva que 
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vigoraria até que se elaborasse o Código Civil. A Constituição de 1.824, outorgada pelo 
Imperador Dom Pedro I, referia-se à elaboração de um Código Civil “baseado na justiça 
e equidade”. 
Este Código Civil foi elaborado por Clóvis Beviláqua, que baseou-se no projeto 
de Coelho Rodrigues; na Câmara dos Deputados o Projeto Beviláqua sofreu algumas 
alterações, determinadas por uma Comissão especialmente nomeada para examiná-lo, 
merecendo no Senado, longo parecer de Rui Barbosa. Foi aprovado em Janeiro de 
1.916., entrando em vigor no dia 1 de Janeiro de 1.917. 
O Código Civil de 2.002, começou a surgir após algumas tentativas frustradas de 
promover a revisão do Código Civil de 1.916., o Governo nomeou em 1.967, uma nova 
comissão de juristas, sob a supervisão de Miguel Reale. Esta comissão apresentou em 
1.972, um Anteprojeto com a disposição de preservar o aspecto geral, a estrutura e as 
disposições do Código de 1.916. Anteprojeto enviado ao Congresso Nacional, 
transformou-se no Projeto de Lei n° 634/75, para finalmente em 2.002, ser aprovado, 
entrando em vigor no dia 10 de Janeiro de 2.003, tornando-se o novo Código Civil 
Brasileiro. 
 
Novo Código Civil: aspectos gerais. 
 
O Código Civil de 2.002., preserva no possível a estrutura do Código Civil de 
1.916., atualizando de conformidade com os novos institutos e redistribuindo a matéria 
de acordo com a moderna sistemática civil. Mantém o Código Civil como Lei básica do 
Direito Privado, compreendendo regras sobre a pessoa, a família e o patrimônio, 
subordinando-se hierarquicamente aos ditames constitucionais, que traçam os 
princípios básicos, norteadores do Direito Privado. 
 
 
Das Pessoas: 
 
 Das Pessoas Naturais: 
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A Pessoa Natural é o ser humano, que adquire personalidade ao ter nascido 
com vida, sendo portanto considerado sujeito de direitos e obrigações. 
Art. 2º - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a 
concepção, os direitos do nascituro. 
 
 
A personalidade está ligada ao nascimento com vida (Teoria natalista) – todo 
ser humano que nasce com vida adquire ‘personalidade’. 
 O direito reconhece a personalidade não só do ser humano, mas também das 
pessoas jurídicas (exemplo: sociedades comerciais, associações etc.) 
 NASCITURO – é aquele que está por nascer, mas já concebido no ventre 
materno. Por não ter nascido, diverge a doutrina quanto à personalidade deste: 
• Teoria natalista – por não ter nascido, existe a expectativa de direito (esta é 
mais aceita); 
• Teoria da personalidade condicional – o nascituro tem direito sob condição 
suspensiva (depende de nascer com vida); 
• Teoria concepcionista – o nascituro tem personalidade desde a concepção, 
sendo assim, considerado pessoa. 
 
 O nascituro tem direito à vida, à proteção pré-natal, pode receber doação e 
herança.