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CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO I 
Direito Penal – Aula 13 
Rogério Sanches 
1 
“ITER CRIMINIS” 
 
CONCEITO: 
 
Caminho percorrido pelo crime. 
Conjunto de fases que se sucedem cronologicamen-
te no desenvolvimento do delito (doloso). 
 
FASES: 
 
1- Cogitação 
2- Preparação 
3- Execução 
4- Consumação 
 
“ITER CRIMINIS”: FASES 
 
1- COGITAÇÃO 
 
Ideação do crime. 
A fase da cogitação é impunível (desdobramento 
lógico do princípio da materialização do fato) 
 
ATENÇÃO: 
 
CUIDADO: 
 
2- ATOS PREPARATÓRIOS (“CONATUS REMO-
TUS”) 
 
O agente procura criar condições para a realização 
da conduta idealizada. 
 
ATENÇÃO: 
 
Lei 13.260/16: 
 
 Art. 5
o
 Realizar atos preparatórios de terro-
rismo com o propósito inequívoco de consumar tal 
delito: 
 
 Pena - a correspondente ao delito consu-
mado, diminuída de um quarto até a metade. 
 
3- ATOS EXECUTÓRIOS 
Traduzem a maneira pela qual o agente atua exteri-
ormente para realizar o crime idealizado. 
 
ATOS PREPARATÓRIOS x ATOS EXECUTÓRIOS 
 
Ex.: Fulano quer subtrair objetos do interior de um 
imóvel. Aguarda, na esquina, o dono do imóvel dei-
xar a residência. Depois que o dono sai, Fulano pula 
o muro e toma a intimidade da casa. Fulano apode-
ra-se do aparelho visado. 
# Quando se iniciou a execução? 
1- Momento em que aguarda na esquina? 
2- Momento em que pula o muro e toma a intimida-
de do imóvel? 
3- Momento do apoderamento do aparelho visado? 
 
 
PRINCIPAIS TEORIAS SOBRE O MOMENTO DE 
INÍCIO DA EXECUÇÃO: 
 
a) Teoria da hostilidade ao bem jurídico / critério 
material 
Para essa teoria, consideram-se atos executórios 
aqueles que atacam o bem jurídico, criando-lhe 
concreta situação de perigo. 
No exemplo anterior, essa teoria corresponde ao 
momento 1 (já existe início da execução – podendo 
ser preso por tentativa de furto). 
 
TEORIAS SOBRE O MOMENTO DE INÍCIO DA 
EXECUÇÃO: 
 
b) Teoria objetivo-formal 
Entende-se como ato executório aquele inicia a 
realização do núcleo do tipo. 
No exemplo anterior, essa teoria corresponde ao 
momento 3 (o início da execução ocorre com o apo-
deramento do bem). 
 
c) Teoria objetivo-individual 
Consideram-se atos executórios aqueles que, de 
acordo com o plano do agente, ocorrem no período 
imediatamente anterior ao começo da realização do 
núcleo. 
No exemplo anterior, essa teoria corresponde ao 
momento 2 (o início da execução ocorre no momen-
to em que o agente pula o muro e toma a intimidade 
do imóvel). 
 
4- CONSUMAÇÃO 
 
É o instante da composição plena do fato criminoso. 
 
CRIME CONSUMADO 
 
PREVISÃO LEGAL: art. 14, I, CP 
 
“Art. 14 - Diz-se o crime: 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os 
elementos de sua definição legal;” 
 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: 
 
a) Crime material 
b) Crime formal 
c) Crime de mera conduta 
 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: 
d) Crime permanente: a consumação se protrai no 
tempo (até que o agente encerre a conduta delitu-
osa). 
 
Ex.: 
Atenção - Súmula 711 STF: “A lei penal mais grave 
aplica-se ao crime continuado ou ao crime perma-
 
 
 
 
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CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO I 
Direito Penal – Aula 13 
Rogério Sanches 
2 
nente, se a sua vigência é anterior à cessação da 
continuidade ou da permanência.” 
 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: 
 
e) Crime habitual: a consumação exige reiteração 
da conduta típica. 
Ex.: 
 
CUIDADO: CRIME CONSUMADO NÃO SE CON-
FUNDE COM CRIME EXAURIDO (ESGOTADO 
PLENAMENTE) 
 
EXAURIMENTO: 
 
a) Pode servir como circunstância judicial desfavo-
rável. 
 
b) Pode atuar como qualificadora. 
Ex.: Art. 329, § 1º CP 
 
Artigos de apoio – slide anterior 
 
Resistência 
Art. 329 C.P. - Opor-se à execução de ato legal, 
mediante violência ou ameaça a funcionário compe-
tente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestan-
do auxílio: 
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. 
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se 
executa: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem 
prejuízo das correspondentes à violência. 
 
EXAURIMENTO: 
 
c) Pode caracterizar causa de aumento de pena. 
Ex.: Art. 317, § 1º CP 
 
Corrupção passiva 
 
Art. 317 C.P. - Solicitar ou receber, para si ou para 
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, 
vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal van-
tagem: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e 
multa. 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em 
conseqüência da vantagem ou promessa, o funcio-
nário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de 
ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 
 
d) Pode configurar crime autônomo. 
Ex.: Art. 148, § 1º, V, CP 
 
Sequestro e cárcere privado 
 
Art. 148 C.P. - Privar alguém de sua liberdade, me-
diante seqüestro ou cárcere privado: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
 
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos 
 
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. 
 
TENTATIVA 
 
“Art. 14 C.P. - Diz-se o crime: 
Tentativa 
 II - tentado, quando, iniciada a execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. 
Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, 
pune-se a tentativa com a pena correspondente ao 
crime consumado, diminuída de um a dois terços.” 
 
# Crime de tentativa ou tentativa de crime? 
 
 
O art. 14, II CP atua como NORMA DE EXTENSÃO 
TEMPORAL 
Amplia a proibição para alcançar fatos humanos 
realizados de forma incompleta. 
 
ELEMENTOS DO CRIME TENTADO: 
1- Início da execução 
2- Não consumação do crime por circunstâncias 
alheias à vontade do agente 
3- Dolo de consumação 
4- Resultado possível 
 
TENTATIVA: PUNIÇÃO 
 
PRINCIPAIS TEORIAS (SISTEMAS): 
 
 1- TEORIA OBJETIVA / REALÍSTICA 
Observa o aspecto objetivo do delito (sob a pers-
pectiva dos atos praticados pelo agente). 
Conclusão: 
 
TEORIAS (SISTEMAS): 
 
2- TEORIA SUBJETIVA / VOLUNTARÍSTICA / MO-
NISTA 
Observa o aspecto subjetivo do delito (sob a pers-
pectiva do dolo). 
Conclusão: 
 
Regra: Teoria objetiva (pune-se a tentativa com a 
pena da consumação reduzida de 1/3 a 2/3). 
Exceção: Teoria subjetiva (pune-se a tentativa com 
a mesma pena da consumação – sem redução). 
 
“Art. 14 C.P. - Diz-se o crime: 
Tentativa 
 
 
 
 
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CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO I 
Direito Penal – Aula 13 
Rogério Sanches 
3 
 II - tentado, quando, iniciada a execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. 
Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, 
pune-se a tentativa com a pena correspondente ao 
crime consumado, diminuída de um a dois terços.” 
 
“Evasão mediante violência contra a pessoa 
Art. 352 C.P. - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso 
ou o indivíduo submetido a medida de segurança 
detentiva, usando de violência contra a pessoa: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da 
pena correspondente à violência.” 
Art. 309 C.Eleitoral. – “Votar ou tentar votar mais de 
uma vez, ou em lugar de outrem: 
Pena - reclusão até três anos.” 
 
CURIOSIDADE: 
 
Exemplos de crimes puníveis somente quando ten-
tados 
 
Lei nº 7170/83 – CRIMES DE LESA PÁTRIA 
Só se pune a tentativa, a consumação é fato atípico. 
“Art. 11 - Tentar desmembrar parte do território na-
cional para constituir país independente.” 
“Art. 17 - Tentar mudar, com emprego de violência 
ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o 
Estado de Direito.” 
 
TENTATIVA: ESPÉCIES 
 
1- QUANTO AO “ITER” PERCORRIDO 
 
a) Tentativa imperfeita / inacabada 
 
b) Tentativa perfeita / acabada / crime falho 
 
2- QUANTO AO RESULTADO PRODUZIDO NA 
VÍTIMA 
 
a) Tentativa incruenta / branca 
b) Tentativa cruenta / vermelha3- QUANTO À POSSIBILIDADE DE ALCANÇAR O 
RESULTADO 
 
a) Tentativa idônea 
b) Tentativa inidônea 
 
O que se entende por tentativa supersticiosa ou 
irreal? 
Aquela em que o agente acredita estar incurso nu-
ma situação típica que, na prática, não é realizável. 
 
INFRAÇÕES PENAIS QUE NÃO ADMITEM TEN-
TATIVA 
 
1- CRIME CULPOSO 
Não existe dolo de consumação (elemento da tenta-
tiva). 
Cuidado: 
 
2- CRIME PRETERDOLOSO 
O resultado que agrava ou qualifica o crime não é 
alcançado pelo dolo do agente (e sim a título de 
culpa). 
Cuidado: 
 
Ex.: Aborto qualificado pela morte da gestante. 
“Art. 127 C.P. - As penas cominadas nos dois arti-
gos anteriores são aumentadas de um terço, se, em 
consequência do aborto ou dos meios empregados 
para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de 
natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer 
dessas causas, lhe sobrevém a morte.” 
Aborto = dolo (frustrado – tentativa) 
Morte da gestante = culpa 
 
3- CRIMES UNISSUBSISTENTES 
 
Consideram-se consumados com a prática de um 
único ato. 
Não admitem fracionamento da execução. 
 
3.1- Crime de mera conduta 
Cuidado: 
3.2- Crime omissivo próprio 
 
4- CONTRAVENÇÃO PENAL 
 
Art. 4º LCP: “Não é punível a tentativa de contra-
venção.” 
Cuidado: 
 
5- CRIME DE ATENTADO OU DE EMPREENDI-
MENTO 
 
Crime cuja forma tentada é punida com a mesma 
pena da consumação. 
Ex.: Art. 352 CP - “Evadir-se ou tentar evadir-se o 
preso ou o indivíduo submetido a medida de segu-
rança detentiva, usando de violência contra a pes-
soa:” 
Cuidado: 
 
6- CRIMES HABITUAIS 
 
São caracterizados pela reiteração de atos (ex. art. 
284 C.P.) 
 
Ex.: Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 
“Art. 122 CP - Induzir ou instigar alguém a suicidar-
se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio 
se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da 
tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natu-
reza grave.” 
 
 
 
 
 
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Direito Penal – Aula 13 
Rogério Sanches 
4 
8- DISCUTE-SE SE DOLO EVENTUAL ADMITE 
TENTATIVA 
De acordo com o Código Penal, existe vontade no 
dolo direto e no dolo eventual. Logo, as duas formas 
de dolo admitem a tentativa. 
 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDI-
MENTO EFICAZ 
 
São espécies de tentativa qualificada / abandonada. 
PREVISÃO LEGAL: art. 15 CP 
 
“Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15 C.P. - O agente que, voluntariamente, desis-
te de prosseguir na execução ou impede que o re-
sultado se produza, só responde pelos atos já prati-
cados.” 
 
 
 
Atenção: 
A tentativa simples atua como NORMA DE EXTEN-
SÃO, em regra reduzindo a pena. 
Já o art. 15 CP, de acordo com a maioria, é CAUSA 
DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE da tentativa, 
respondendo o agente pelos atos já praticados. 
 
Ex.1: Fulano quer subtrair veículo de Beltrano. Pula 
o muro da casa, rompe o vidro do carro e, no mo-
mento em que ia ligar o motor, desiste e abandona 
o local. 
CONSEQUÊNCIA: 
Ex.2: Fulano quer matar Beltrano. Dispara contra a 
vítima e ao vê-la pedindo socorro se arrepende e a 
conduz até um hospital onde é salva, mas sofre 
lesões graves. 
CONSEQUÊNCIA: 
 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA 
 
PREVISÃO LEGAL: art. 15, 1ª parte, CP 
“Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução (...), só responde pelos atos 
já praticados.” 
CONCEITO: o agente, por manifestação exclusiva 
do seu querer, desiste de prosseguir na execução 
do crime. 
Atenção: 
 
Cuidado: A desistência deve ser voluntária (ainda 
que não espontânea). 
 
admite interferência subjetiva externa 
 
 
 
 
ARREPENDIMENTO EFICAZ 
 
PREVISÃO LEGAL: art. 15, 2ª parte, CP 
 
“Art. 15 - O agente que, voluntariamente (...) impede 
que o resultado se produza, só responde pelos atos 
já praticados.” 
CONCEITO: ocorre quando os atos executórios já 
foram todos praticados, porém, o agente abando-
nando o intento, desenvolve nova conduta para 
impedir o resultado. 
 
Atenção! O arrependimento eficaz só tem cabi-
mento nos crimes materiais. 
 
Lembrando: 
 
O arrependimento deve ser: 
a) Voluntário 
b) Eficaz 
 
 
 
Lei 13.260/16: 
 
 Art. 10. Mesmo antes de iniciada a execu-
ção do crime de terrorismo, na hipótese do art. 5
o
 
desta Lei, aplicam-se as disposições do art. 15 CP. 
 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR (ART. 16 CP) 
 
“Art. 16 – Nos crimes cometidos sem violência ou 
grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restitu-
ída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da 
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será 
reduzida de um a dois terços.” 
 
 
 
 
 
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Direito Penal – Aula 13 
Rogério Sanches 
5 
Não podemos confundir o arrependimento que es-
tamos estudando no art. 16 CP com aqueles estu-
dados no art. 15 CP (tentativa qualificada): 
 
a) desistência voluntária: 
b) arrependimento eficaz: 
c) arrependimento posterior: 
 
REQUISITOS: 
 
a) crime cometido sem violência ou grave ameaça à 
pessoa 
Obs.1: 
Obs.2: 
Obs.3: 
 
b) reparação do dano ou restituição da coisa 
c) até o recebimento da denúncia ou queixa 
d) ato voluntário do agente 
 
CONSEQUÊNCIAS: 
 
Uma vez atendidos todos os requisitos previstos em 
lei, a reparação do dano ou restituição da coisa tem 
como consequência a redução de 1/3 a 2/3 da 
pena do agente. 
A diminuição se opera na terceira fase de aplicação 
da sanção penal e terá como parâmetro a maior ou 
menor presteza (celeridade e voluntariedade) na 
reparação ou restituição. 
 
A reparação do dano se comunica ao corréu? 
 
1ª.C) 
2ª.C) 
 
A recusa da vítima impede o arrependimento poste-
rior? 
 
Situações especiais de reparação do dano ou resti-
tuição da coisa 
 
a) peculato culposo (art. 312, §3º, CP). 
b) estelionato mediante emissão de cheque sem 
fundos (art. 171, §2º, VI, CP + Súmula 554 STF). 
c) crimes contra a ordem tributária, o pagamento 
integral do débito tributário 
d) crimes de menor potencial ofensivo 
 
CRIME IMPOSSÍVEL 
 
“Não se pune a tentativa quando, por ineficácia do 
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é 
impossível consumar-se o crime”. 
 
Existem várias teorias buscando o melhor trata-
mento jurídico para esse fenômeno: 
 
a)teoria sintomática: com a sua conduta, demons-
tra o agente ser perigoso, razão pela qual deve ser 
punido, ainda que o crime se mostre impossível de 
ser consumado. Por ter como fundamento a pericu-
losidade do agente, esta teoria se relaciona dire-
tamente com o direito penal do autor; 
 
b)teoria subjetiva: sendo a conduta subjetivamente 
perfeita (vontade consciente de praticar o delito), 
deve o agente sofrer a mesma pena cominada à 
tentativa, sendo indiferente os dados (objetivos) 
relativos à impropriedade do objeto ou ineficácia do 
meio, ainda quando absolutas; 
 
c)teoria objetiva: crime é conduta e resultado. Este 
configura dano ou perigo de dano ao bem jurídico. A 
execução deve ser idônea, ou seja, trazer a poten-
cialidade do evento. Caso inidônea, temos configu-
rado o crime impossível. A teoria objetiva subdivide-
se: 
(c1)teoria objetiva pura: não há tentativa, mesmo 
que a inidoneidade seja relativa, considerando-se, 
neste caso, que não houve conduta capaz de cau-
sar lesão. 
(c2)teoria objetiva temperada ou intermediária: a 
ineficácia do meio e a impropriedade do objeto de-
vem ser absolutas para que não haja punição. Sen-
do relativas, pune-se a tentativa. É a teoria adotada 
pelo Código Penal. 
 
O crime impossível tem como elementos: 
 
(a) o início da execução, 
(b) a não consumação por circunstâncias alheias à 
vontade do agente, 
(c) o dolo de consumação, e 
(d) resultado absolutamente impossívelde ser al-
cançado. 
 
Duas são as formas de crime impossível: 
 
1) Crime impossível por ineficácia absoluta do 
meio 
 
A inidoneidade absoluta do meio se verifica quando 
falta potencialidade causal, pois os instrumentos 
postos a serviço da conduta não são eficazes, em 
hipótese alguma, para a produção do resultado. 
Ex: 
 
2) Crime impossível por impropriedade absoluta 
do objeto 
 
Também se dá o crime impossível quando a pessoa 
ou a coisa que representa o ponto de incidência da 
ação delituosa (objeto material) não serve à consu-
mação do delito. A inidoneidade do objeto se verifi-
ca tanto em razão das circunstâncias em que se 
encontra (objeto impróprio) quanto em razão da sua 
inexistência (objeto inexistente). 
Ex: 
 
 
 
 
 
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Rogério Sanches 
6 
FORÇA GALERA!!! 
 
“Uma viagem de mil quilômetros se inicia com 
um primeiro passo” (Lao-Tsé).

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