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A Educação Formal - Parte Escrita

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
COMPONENTE CURRICULAR: FUNDAMENTOS ANTROPO-FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO FORMAL
JOÃO PESSOA
2013
A EDUCAÇÃO FORMAL
É entendida por Godotti (2005) como aquela que se realiza em escola e universidades. Essa modalidade apresenta características próprias, como: 
Objetivos claros e específicos;
Diretriz educacional centralizada com estruturas hierárquicas e burocráticas;
Currículos determinados em nível nacional;
Órgãos fiscalizadores dos ministérios da educação, entre outros.
A educação formal é obrigatória, requer tempo, local específico, pessoal especializado, currículos, sistematização seqüencial das atividades, disciplinamento definido previamente, regulamentos e leis, órgãos superiores etc. Tem caráter metódico e, em geral, os indivíduos são divididos em classes por idade e nível de conhecimento que ao final de uma aprendizagem efetiva recebem uma certificação ou titulação que os capacitam a seguir para graus mais avançados. O educador é o professor e tem, entre outros objetivos, o ensino e aprendizagem de conteúdos historicamente sistematizados cuja finalidade é formar o indivíduo para desenvolver habilidades e competências, criatividade, percepção, motricidade, ou seja, tornar-se um cidadão ativo.
Fundamentos do Ensino e da Aprendizagem
Reiterando a relevância do papel das aptidões dos aprendizes, Quintiliano sustenta que são elas que devem determinar o ritmo e a forma da ação educativa, cuja cadência o mestre deve ter o cuidado de compassar “como velocista que, se caminha com uma criança, lhe dá a mão e reduz a passada para não ir mais depressa que seu companheiro”. Um dos primeiros cuidados por Quintiliano aos professores é o exame das características dos seus alunos. “O mestre experimentado se preocupará, antes de tudo, quando lhe é confiada uma criança, em descobrir e determinar o seu caráter e as suas capacidades”.
No que se refere ao conteúdo e ao modo de realização do ensino, recorda que o mestre tem que ajustá-lo às possibilidades dos discípulos, “pondo-se no nível do entendimento do aprendiz, pensando que as garrafas pequenas e de gargalos estreitos rechaçam o licor se tentarmos enchê-los de um só golpe, mas que ficarão cheias se o fizermos gota a gota; assim há que ver quanto as crianças são capazes de assimilar”.
1.2 Sobre o Sentido da Palavra Currículo
O currículo é como a relação de matérias estudadas pelos alunos de determinado nível de ensino. Comecemos por lembrar alguns dos usos cotidianos da palavra currículo. Por exemplo, num jornal em se anuncie uma oferta de emprego, poderemos ler que os candidatos deverão apresentar o seu currículo, ou, como também é habitual dizer, o seu currículo vitae, esse vindo da origem latim – o percurso da vida – é uma biografia, o registro dos fatos e das experiências da vida de um indivíduo, em geral na forma de um apanhado muito conciso, no qual se anota o que considera ser mais relevante para dada finalidade.
Consultando os dicionários, confirmaremos esta informação e saberemos que o seu étimo, o vocábulo eu lhe deu origem, é precisamente curriculum – isto é, curso ou percurso –, que, por sua vez, derivou de currere, quer dizer correr ou percorrer. O termo curriculum pertencente à Oração de Sapiência de José de Matos Sobral “corresponde ao conjunto das matérias ou disciplinas ministradas, mas se distinguindo dos conteúdos específicos de cada uma delas”. Pelo grande historiador da cultura portuguesa Joaquim de Carvalho: “O currículo estabelecido pelo sínodo de Aix-la-Chapelle, de 789, (...) compreendia os salmos, a leitura, a escrita, o canto litúrgico, o cálculo e a gramática”. Porém, a maioria dos dicionários revistos não registram o sentido patente nos exemplos que acabamos de observar, e, se o fazem, limitam-se geralmente a uma idéia imperfeita ou incompleta – parte de um curso literário – que além do mais , com uma única exceção, consideram tipicamente brasileiro. De fato, em Portugal e em outros países de línguas derivada do latim, chamar de currículo os planos de estudos, os programas ou, de um modo geral, os documentos nos quais se define a estrutura e o funcionamento dos cursos. O Shorter Oxford Dictionary define curriculum como um “curso; especialmente um curso regular de estudos numa escola ou universidade”.
Foi assim que, ao longo de séculos, a história do currículo foi uma sucessão de propostas de repertórios de disciplinas, desde as artes liberais, passando pelo trivium e pelo quadrivium, se tornando o núcleo estruturador da atividade das instituições educativas nas sociedades industrializadas. Ainda hoje esta é anoção prevalecente em Portugal, pelo menos quando se amplia para compor o que chamamos de um plano de estudo: Entre as acepções mais comuns sobressai a que identifica currículo como elenco e sequência de matérias ou disciplinas propostas para todo o sistema escolar, um ciclo de estudos, um nível de escolaridade ou um curso, visando a graduação dos alunos nesse sistema, ciclo, nível ou curso. 
O que se Entende por Currículo
O uso comum [na literatura escolar norte-americana, mas não na conversação cotidiana em Portugal] identifica currículo como “experiências planejadas de aprendizagem”. Essa definição, entretanto, não é satisfatória se for necessário estabelecer a diferença entre “currículo” e “ensino”. Não já, em ambos os casos, experiência até o momento em que realmente ocorra uma interação entre o indivíduo e seu ambiente. De modo bem claro, tal interação caracteriza o ensino, não o currículo. 
Não há dúvida de que o currículo desempenha algum papel na orientação do ensino. Se assim o é, deve ser visto como antecipatório, e não como descrição acabada dos fatos. Currículo implica intenção.
A Interdisciplinaridade na Educação 
Diante desse mundo globalizado, que apresenta muitos desafios ao homem, é assim que a educação manifesta a necessidade de se romper com modelos tradicionais para o ensino. Tendo em vista tais reflexões sobre a educação, e através da análise da necessidade com que ocorrem as mudanças na área do conhecimento e da produção, exigindo uma atualização contínua e colocando novas exigências para a formação do educando, é que a interdisciplinaridade insere-se na ousadia de novas abordagens de ensino, buscando otimizar tempo e recurso. 
	No entendimento sobre interdisciplinaridade é importante destacar a importância da disciplina, e através dessa partir para um paradigma sistêmico no qual o conjunto é a parte importante nessa análise, não que a partes isoladas não tenha significado, ela integra os fatos para uma compreensão das múltiplas causas ou fatores que intervêm na realidade, ira absorve o conhecimento mais abrangente e o resultado terá uma coerência mais robusta.
	Essa forma de como as disciplinas são trabalhadas em saberes divididos e compartimentados não está de acordo com a realidade que é global, as relações entre o todo e as partes impedem a contextualização dos saberes. Essa maneira de isolar os conhecimentos e de compartimentá-los, causa à incapacidade de considerar o saber contextualizado e completo.
	A importância da interdisciplinaridade aponta para a construção de uma escola participativa e decisiva na formação do sujeito social. O seu objetivo tornou-se a experimentação da vivência de uma realidade sistêmica, que se insere nas experiências cotidianas do aluno e do professor. 
	Interdisciplinaridade se realiza como uma forma de ver e sentir o mundo, de estar no mundo, de perceber, de entender as múltiplas implicações que se realizam, ao analisar um acontecimento, um aspecto da natureza, isto é, os fenômenos na dimensão social, natural ou cultural. É ser capaz de ver e entender o mundo de forma holística, em sua rede infinita de relações, em sua complexidade.
A educação e fator determinante nessa construção de saberes conjuntos, a fluidez na análisede fatos depende da amplitude que cada individuo possui, o conhecimento é resultado de descobertas e pesquisa, portanto quanto mais informação coerente o sujeito adquirir, terá argumentos para solidificar suas decisões. 
EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Desde a Antiguidade Clássica, sempre houve quem quisesse enunciar as finalidades da educação e os passos necessários à sua execução. E na verdade, pode-se comprovar a existência de projetos educativos, isto é, de currículos, em épocas bastante remotas.
No entanto, a concepção de um currículo explícito e atento às várias dimensões em que a atividade educativa se desdobra, só vai começar a ser esboçado no século XII. Até aí, o currículo foi reduzido a um elenco de disciplinas.
Assim procedeu Platão na República e nas Leis, ao idealizar o extenso e demorado plano de estudos em que deveria se basear a formação dos guardiães. Fornecendo uma base comum a todos os sexos até os 20 anos, sucedem-se: a educação infantil, dos três aos cinco anos, composta por jogos, cantos e fábulas; entre os sete e os dez anos, pela aprendizagem das letras – a leitura e a escrita – e pela introdução à aritmética e à geometria, cujo estudo se prolonga até os 16 anos, acrescido da poesia e da música. Por fim, a dança e a ginástica, que como educação do corpo estão presentes desde o início, são completadas por exercícios militares e pelas artes marciais. A este ciclo - com o qual se completa a formação geral ou básica da maioria – sucede, para os que se revelam mais aptos, uma propedêutica matemática centrada aritmética, na geometria do plano e do espaço, na astronomia e na harmonia. 
Aos 30 anos, os que se mostram menos capazes abandonam os estudos e são encaminhados para a carreira militar. E os que confirmaram suas capacidades, se iniciam na dialética e continuam a exercitá-la até os 35 anos, quando se entregam a um longo exercício prático como funcionários do estado, para após os 50 anos acederem à responsabilidade de dirigir e preservar o Estado. 
Idêntico, embora muito mais sintético e com uma vocação mais descritiva do que prescritiva, é o procedimento seguido por Aristóteles na Política, ao expor a educação que então se praticava: “É um ponto incontroverso que a educação de vê compreender, entre as coisas úteis, as que são de absoluta necessidade. (...) Hoje a educação compõe-se ordinariamente de quatro partes distintas: as letras, a ginástica, a música e, por vezes, o desenho”. O esquema aqui retido, é um retrato demasiado acanhado da educação helênica. Na verdade, nele não cabem sequer a lógica e a retórica, disciplinas tão intimamente associadas ao seu nome e não se faz justiça à ambição educativa dos gregos, que se estendia muito além das quatro especialidades mencionadas. 
EDUCAÇÃO NA ALTA IDADE MÉDIA
O caminho pelo qual se fez a ligação entre o universo pedagógico grego e latino e o que viria a ser o plano característico das escolas cristãs da Idade Média já estava esboçado quando Marciano Capella delineou sua tão duradoura configuração que se tornou o núcleo invariável do ensino escolar medieval.
No decorrer do século IV, a pertinência do patrimônio clássico para a educação cristã manteve-se como um problema em aberto ocasionando debates teológicos. Mas finalmente Santo Agostinho fundamentou a assimilação das disciplinas profanas – o trivium e o quadrivium e ainda a história, a geografia, a botânica, a zoologia, a mineralogia e a medicina – pela pedagogia eclesiástica no De Doctrina Christiana, livro que viria a ser considerado como a magna carta da cultura cristã, pois foi lido por todos os clérigos e monges da Alta Idade Média. Assim, Santo Agostinho consolidou o modelo disciplinar que guiou a educação escolar ocidental nos sete séculos subsequentes.
A EVOLUÇÃO DO ENSINO NO BRASIL
Falar sobre o desenvolvimento da educação formal no Brasil requer apontar as condições objetivas que favoreceram a importação de formas de pensamento e idéias provindas da cultura medieval européia como base de modelo educacional.
Os europeus ao chegarem à colônia recém-descoberta, trouxeram consigo o propósito de imitar o estilo de vida da Metrópole e passaram a copiar os hábitos da camada dominante e passaram a ostentar, sobre os nativos, o poder político, econômico e cultural. Isso contribuiu significativamente para a entrada da obra educacional dos padres da Companhia de Jesus em terras brasileiras (ROMANELLI, 1993).
O apego ao dogma e a autoridade, a tradição escolástica e literária, o desinteresse pela ciência e pelas atividades técnicas, a repulsa ao espírito crítico, à análise, à pesquisa e à experimentação imprimiu a educação brasileira um caráter eminentemente alheio à realidade da vida da colônia.
O objetivo principal dos padres jesuítas era a catequese e a conversão da população indígena a religião católica, para isso, foram criadas escolas elementares e núcleos missionários no interior das tribos indígenas. Posteriormente, esse objetivo foi cedendo lugar a educação para a elite.
Os filhos da aristocracia eram recrutados para servirem a Ordem dos Jesuítas e para eles foram fundados colégios, onde eram ministradas aulas de ciências humana, letras e ciências teológicas.
Nos duzentos e dez anos de atuação dos jesuítas no território brasileiro, foram construídas 25 residência e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. Nesse período as aulas eram ministradas por professores capacitados e versavam sobre primeiras letras, matemática elementar, gramática latina, filosofia, teologia, dogmática e moral, posteriormente foi introduzido o grego, a retórica, o canto, a música instrumental, as artes, o estudo profissional agrícola e edificações militares (NISKIER, 1996).
Apesar das marcas negativas deixadas na educação brasileira pela Companhia de Jesus não se pode negar a organicidade educacional implantada pelos jesuítas e a atenção especial que era dada à mocidade da época.
Com a expulsão dos jesuítas, o Estado assumiu o processo educativo, com isso a estrutura administrativa de ensino passaram a ser dirigidas pelos vice-reis, e o sistema educacional implantado pelos jesuítas foi substituído por um modelo de disciplinas isoladas de aulas régias.
Ao final do período o Brasil contava com algumas escolas primárias e médias, seminários episcopais e algumas aulas régias.
Em 1808, com a chegada da família real ao Brasil, registrou-se um marco para o desenvolvimento da educação do Brasil. Respondendo aos inúmeros pedidos de escolas de primeiras letras, foi criada em 1809 uma cadeira de ensino primário.
Nesse período também surgiram os primeiro cursos superiores não-teológicos, entre este destacam-se, a Academia Real da Marinha, a Academia Real Militar, os cursos de agricultura e laboratório de química no Rio de Janeiro, as primeiras bibliotecas e o objeto de maior empenho de D. João, as Faculdades de Medicina criadas no Rio de Janeiro em seu primeiro ano de mandato.
Com foco voltado ao ensino superior, os demais níveis de ensino ficaram comprometidos e o atendimento oficial as reivindicações era feito de acordo com as exposições, sem qualquer plano diretor.
Com a independência do Brasil, a educação passou por uma fase de estagnação. Alguns acontecimentos marcaram o período em que D. Pedro I esteve a frente do governo como: criação de uma escola baseada no método lancasteriano ou de ensino mútuo, a instrução primária passou a ser gratuita a todos os cidadãos, o lançamento de uma Lei Geral que fixa um currículo, a instituição do ensino primário para o sexo feminino nas escolas de primeiras letras, a criação da primeira escola normal no Brasil e a reformação dos ensinos primário e secundário que passaram a exigir professores credenciados.
A proclamação da República muda novamente o cenário educativo brasileiro. A Primeira República foi marcada por fatos relevantes como a admissão do ensino laico em oposição ao religiosonas escolas públicas e a promulgação da Lei Orgânica de Rivadávia Correia que estabelecia o ensino livre e retirou do Estado o poder de interferência no setor educacional. Outro marco importante foi o artigo 35 da Constituição da República de 1891, que “reservou a União o direito de criar e controlar a instrução superior em toda a Nação e aos Estados cabia criar e controlar o ensino primário e o ensino profissional.”
Por fim, temos um dos maiores avanços educacionais no Brasil, a instalação da primeira universidade em 1912.
Durante a Segunda República, com a entrada do Brasil no mundo capitalista de produção, e a conseqüente necessidade de mão-de-obra especializada, o investimento na educação visava formar profissionais capacitados para um novo mercado de trabalho que estava sendo delineado. Através de Decretos foram implantadas medidas que viabilizasse, a estrutura de um novo sistema educacional, como: a organização do ensino secundário e comercial e das universidades brasileiras. Nesse período, destacam-se as reformas de Rivadária Correia e a de Carlos Maxiliano.
Após o golpe de Estado de 1937, novos acontecimentos marcaram o Estado Novo: o ensino pré-vocacional e profissional é enfatizado pela nova Constituição, a Reforma Capanema que abrangia ensino secundário, comercial e industrial e a criação de escolas de aprendizes e do SENAI. 
No período seguinte, denominado de Nova República, surge a regulamentação do ensino primário e sua obrigatoriedade nas escolas, a regulamentação do ensino primário, normal e agrícola, a promulgação pelo Congresso Nacional da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, surgimento dos Centros populares de Cultura intimamente ligados À União Nacional dos Estudantes – UNE e do Movimento Educação de Base – MEB.
Em 1965, com o Regime Militar instalado no país, a educação brasileira enfrentou diversas dificuldades políticas que exigiam atuações mais dinâmicas de segmentos populares que lutavam por um país mais democrático. São relatadas perseguições, prisões e exílios aos quais foram submetidos educadores e intelectuais que propagavam suas idéias reformistas. As universidades e os movimentos estudantis foram os mais atacados. Entretanto, outros acontecimentos vieram a colaborar para o processo educativo brasileiro, como: a expansão de universidades no país, a criação do Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, cursos de formação profissionalizante, a promulgação do Decreto-Lei nº 53 que dispunha sobre a reforma universitária, caracterizando-a como instituição de ensino e pesquisa e da Lei nº 7044 que altera os dispositivos da Lei 5692/71, referentes à profissionalização do ensino de 2º grau, implicando em algumas mudanças na proposta curricular, dispensando as escolas da obrigatoriedade da profissionalização, voltando a ênfase à formação geral.
Por fim, após o regime militar, a partir de 1986, fatos importantes podem ser destacados: o programa Educação destinado ao ensino de 1º e 2º graus, os programas de merenda escolar voltado para suprir as carências alimentares e de saúde das crianças, os currículos inadequados, a deficiência da formação e dos salários dos docentes, a extinção do MOBRAL, o encaminhamento à Câmara Federal de um Projeto de Lei que propunha fixar diretrizes e bases para a educação nacional, a instalação da TV Escola, criação do Provão e instituição do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, criação de melhoria da qualidade e da formação de professores, de inclusão de portadores de deficiências e de étnico-racial na educação e o de inclusão digital em sala de aula.
Ao término desta longa trajetória, podemos perceber que, como processo, a educação na atualidade continua enfrentando grandes desafios para responder as mais diversas problemáticas que advém do desenvolvimento social, cultural e econômico do país.
ÓRGÃOS FISCALIZADORES E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS
No Brasil, existem alguns órgãos de fiscalização responsáveis pela educação, o maior deles é o MEC (Ministério da Educação) onde ele monitora e estabelece padrões de qualidades da educação no Brasil. O padrão utilizado hoje é o conhecimento dos alunos, e assim pode-se avaliar o nível educacional foi o caso do Enem( Exame Nacional do Ensino Médio), e o seu surgimento foi com o intuito de identificar o nível dos estudantes de Ensino Médio, nos dias de hoje ele foi definido como, um método para ingresso as universidades publicas e privadas pelo ProUni (O Programa Universidade para Todos)  onde os estudantes podem adquirir bolsas de estudos integrais e parciais nos cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica. Após o Enem existe o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) foi desenvolvido pelo Ministério da Educação para selecionar os candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que utilizarão a nota Enem como única fase de seu processo seletivo. A seleção é feita pelo Sistema com base na nota obtida pelos alunos, no site os candidatos podem consultar as vagas disponíveis, pesquisando as instituições e os seus respectivos cursos participantes. Após o ingresso a Universidade os alunos são submetidos ao ENADE (O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima com que cada área do conhecimento é avaliada é trienal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIANCHI, José Pinhaços de. A educação e o tempo – Três ensaios sobre a história do currículo escolar. Piracicaba: Unimep, 2001.
JANTSCH, Ari Paulo e CIACHETTI, Lucilo. Interdisciplinaridade: para além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes, 1995.
LEAL, Maria Celene Almeida. A Comunidade Doce Mãe de Deus e sua Contribuição para a Educação Formal e a Educação Não-Formal. João Pessoa, 2007
Ministério de Educação e Cultura. Disponível em: http://portal.mec.gov.br > Acesso em: 30/11/2013

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