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PCC DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Aluna - Tatyane Valadares Freitas
Matrícula - 202008208327
PPC – PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO – CEL01334/EEL0003
TEMA DA ATIVIDADE DE PRÁTICA CURRICULAR: Revisitando a História da educação.
Objetivos 
• Quais características foram identificadas dos modelos educacionais no decurso da história, bem Como suas contribuições para a formação dos sujeitos e das sociedades?
• Quais fatos e situações que se destacam da história da educação no Brasil e no mundo, você Conseguiu perceber nas propostas pedagógicas observadas?
• Qual a importância do diálogo produtivo entre História e Pedagogia?
• Quais contribuições dos povos e dos fatos históricos você conseguiu perceber nas propostas Pedagógicas das escolas observadas e como essas contribuições estão presentes na constituição Dos modelos de formação do sujeito.
INTRODUÇÃO
 Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma visão panorâmica da História da Educação a partir do diálogo entre História e a pedagogia, com foco nos pontos marcantes da educação brasileira no decorrer da história. Entendendo a relação entre educação e sociedade no passado e no presente, e identificar as projeções para o futuro.          
O marco historio da humanidade na terra foi a capacidade de se comunicar e expressar-se de diferentes maneiras com outros indivíduos de maneira social. A partir das relações foram desenvolvidas pelos homens os primeiros grupos sociais que de maneira conjunta recebiam os ensinamentos dos mais experientes e dessa forma possibilitou que o homem possa desenvolver cada vez mais com estudos e práticas aprimoradas por meio de ensino e aprendizagem. Através dessa dinâmica entre os povos no passado possibilitou que nossa contemporaneidade pudesse desenvolver cada vez mais e assim analisar, refletir e criticar sobre suas ações e dos outros indivíduos. Do mesmo modo que o homem modifica o meio, por ele é modificado, assim com os estudos e práticas ele também quando se constituir e transforma a realidade. Nesse sentido a educação transpões a dicotomia de moldar o ser.
Na antiguidade oriental a educação era tradicionalista pois só os professores ensinavam os alunos eram ouvintes ou receptores da informação, eles tinham que memorizar tudo e não podiam expor suas opiniões.
 Na sociedade oriental se cria o segmento para os privilegiados aquela maioria (lavradores, comerciantes e artesãos) não podiam ter acesso aos seus direitos políticos e nem ao acesso ao saber da classe dominante, que seria uma minoria.
 O conhecimento da escrita era “restrito” devido ao caráter sagrado e esotérico(fechado) e acaba surgindo o dualismo escolar que é o funcionamento educacional/ensino para o povo e um diferente para os filhos dos funcionários (escola pública e particular), a grande massa era excluída e era restringida para a educação familiar informal.
Os gregos tratavam a educação como um processo de preparação para a vida social.
O homem era visto não só como um ser racional, mas como o centro do universo.
A busca pelo conhecimento e o estudo da natureza, do ser humano e das artes, da observação e da investigação do mundo levaram ao desenvolvimento da Filosofia, entendida como a formação do homem, de seu espírito e de sua alma. Assim como o aspecto intelectual, a educação pelas artes era fundamental para gerar esse homem. Esse processo era resumido pela palavra paideia, que não é possível traduzir em virtude de seus inúmeros significados.
A educação de cada pólis refletia a forma de organização e os ideais de cada sociedade.
EDUCAÇÃO ATENIENSE
O principal objetivo da educação em Atenas era preparar integralmente o cidadão.
Assim, a educação ateniense propiciou o surgimento e o desenvolvimento da Filosofia, que pode ser dividida em três fases:
Período pré-socrático
Buscava-se explicar as questões da natureza e a origem do mundo.
Período socrático
A reflexão residia sobre o homem. Este foi o momento em os filósofos clássicos estudados se destacaram.
Período helenístico
A Filosofia ficou marcada pela visão cristã e por soluções individuais em detrimento do coletivo.
EDUCAÇÃO ESPARTANA 
A educação em Esparta era mais voltada para a formação de soldados para as guguerras.
Assim em Atenas, a preocupação era formar um cidadão capaz de defender suas ideias na Ágora. Em Esparta, o objetivo era formar o guerreiro.
EDUCAÇÃO ROMANA
Esperava-se que se proporcionasse à criança o saber necessário para o exercício de sua profissão de soldado ou de proprietário rural.
Desde os primeiros tempos da cidade, a autonomia da educação paterna era uma lei do Estado – o pai é dono e artífice de seus filhos.
Por volta dos sete anos de idade, o pai deveria proporcionar ao filho a educação moral e cívica.
Em torno de 16 anos, finalmente livre da infância, o jovem dava início à aprendizagem da vida pública, militar ou política, acompanhado do pai ou, se necessário, de um parente e, até mesmo, de um escravo instruído, com o objetivo de se inserir na sociedade.
Em Roma, os escravos gregos ensinaram a própria língua e transmitiram sua cultura aos romanos. Além disso, os etruscos (povo da Etrúria, uma terra antiga da Península Itálica) também foram influenciados pelos gregos, com quem aprenderam o alfabeto.
De modo gradual, a Educação tornou-se um ofício praticado, inicialmente, por escravos no interior da família e, em seguida, por libertos na escola.
Grande parte do processo educativo era realizada por escravos.
O ensino da Eloquência, última fase de aprendizado antes do serviço militar.
Educação romana, o ensino da Eloquência está diretamente ligado ao ensino de Retórica, na Grécia. Ou seja, ao preocupar-se com a formação do cidadão, o processo educacional visava oferecer um conteúdo referente à apresentação clara das próprias ideias e, especialmente, a argumentação, capacidade de sustentar tais ideias com argumentos.
A Dialética tornou-se fundamental no contexto da Educação Clássica por valorizar exatamente a condição necessária para a autonomia do cidadão, a fim de assumir seu papel na sociedade, através do diálogo. Da mesma forma, espera-se que a formação do educando passe pelo mesmo caminho para que também seja responsável por seu aprendizado.
Aristóteles deixou muitas heranças para a educação grega e romana. Uma delas foi um método de ensino que discutia as questões filosóficas mais profundas, relacionadas à Metafísica, à Física e à Lógica, conhecido como Peripatético. 
A origem do nome deste método vem do hábito de Aristóteles de ensinar ao ar livre, caminhando, enquanto lia e dava preleções sob os portais cobertos do Liceu (perípatos) ou sob as árvores que o cercavam. Sempre pelas manhãs, mestre e discípulos debatiam sobre os temas mencionados.
Se quisermos resumir a importância da Educação Clássica para o desenvolvimento das práticas educacionais atuais, seja em seu período específico ou através da herança deixada a nós, devemos nos concentrar na valorização e no respeito ao conhecimento, ou seja, há algo a ser aprendido.
Formar o cidadão, nos tempos clássicos da Grécia e de Roma ou atualmente, é permitir a ele o acesso ao conhecimento e às condições para posicionar-se frente a este mesmo conhecimento e, consequentemente, frente à sociedade em que vive.
EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA
Educação na Europa Ocidental no período da Idade Média (entre os séculos V e XV).
Demonstra que a base da Educação ocidental é fortemente influenciada pelas tradições educacionais desenvolvidas na Idade Média, em especial o papel da Igreja e a formação moral do sujeito, marca recorrente ainda na maneira como a Educação é vista e empreendida no Brasil e no mundo.
A Idade Média é um período marcado pelo surgimento de um novo tipo de intelectual na Europa Ocidental: os padres cristãos. Esse grupo foi o principal responsável por manter uma Educação formal (escolas) na Europa entre os séculos V e XV. Os primeiros a inaugurarem esse novo pensamento são conhecidos como membros da Patrística.
A Igreja Cristã foi a única instituição que atravessou todo o período de transiçãoda Antiguidade para a Idade Média.
Mesmo com a expansão do cristianismo, ainda na Antiguidade, bem como nos séculos subsequentes, os jovens romanos e cristãos frequentavam as mesmas escolas, liam os mesmos textos, recebiam a mesma instrução. O ensino da cultura clássica era necessário, sobretudo para aqueles oriundos das classes médias e altas, que formariam os quadros das carreiras administrativas.
Correntes filosóficas medievais
Pode-se dividir a Idade Média, no que diz respeito à Educação, em duas linhas principais:
Patrística
Pretende expor racionalmente a doutrina religiosa, com destaque para Agostinho de Hipona.
Escolástica
Predominante nos espaços escolares durante o Renascimento Carolíngio e readaptada a partir do racionalismo cristão e de Tomás de Aquino.
A base do pensamento educacional na Idade Média é o Neoplatonismo Cristão.
Agostinho de Hipona (354-430). Ele estruturou seu pensamento como os demais membros da Patrística, isto é, combinando elementos da fé a princípios filosóficos de nomes importantes da cultura clássica, como Platão (428 a.C.-347 a.C.) e Plotino (204 d.C.-270 d.C.).
A influência de Agostinho de Hipona no campo educacional foi notória na Idade Média com suas obras:
A doutrina cristã / De Magistro
Vamos conhecer representantes da corrente filosófica.
Constantino - Primeiro imperador romano a professar a religião cristã.
Papa Gregório - Criador do canto gregoriano.
Agostinho de Hipona - Representante da corrente Patrística que influenciou fortemente a Educação medieval.
Tomás de Aquino - Representante da corrente Escolástica, com influências na Filosofia e Teologia.
Paulo de Tarso – Disseminou a religião entre os gentios.
Gerônimo de Estridão - Traduziu a Bíblia para a primeira versão em latim, chamada de Vulgata.
Cirilo de Alexandria – Alcançou multidões com suas pregações, expandindo a doutrina cristã.
 As Sete Artes Liberais
Foi criado por Marciano Capela. Essa divisão é marcada por três artes da alma (Trivium), inspiradas por Deus, e quatro artes humanas (Quadrivium).
“As artes liberais consistem em sete disciplinas. A primeira é a gramática, isto é, a capacidade de falar. A segunda, a retórica, que, pela elegância e recursos da eloquência, é considerada extremamente essencial nos assuntos civis. Terceiro, a dialética, também chamada de lógica, que, com os argumentos mais sutis, separa o verdadeiro do falso. Quarta, aritmética, cujo conteúdo são os fundamentos e divisões dos números. A quinta é a música, que lida com esquemas e métricas. O sexto, a geometria, que inclui as medidas e dimensões terrestres. E a sétima, astronomia, que lida com as leis das estrelas”.
Trivium
A capacidade de bem falar, bem escrever e bem argumentar é atribuída à Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo.
DIALÉTICA
Exercício filosófico do convencimento, o ponto preciso para se atingir a verdade. É uma das grandes bases de relação entre o exercício da cultura greco-romano e a religião.
RETÓRICA
Exercício do bem falar, da praça pública, e lida com estilo, com o envolvimento.
GRAMÁTICA
Exercício de escrever, dominar os aspectos do que já havia sido escrito, reproduzir e construir a escrita com perfeição. O latim era uma língua entendida como sagrada.
Quadrivium
As artes humanas tinham relação direta com a mão humana, trabalhos artesanais e com a interpretação do mundo.
ARITMÉTICA
Representa a interpretação do mundo, a base matemática de explicação das coisas. Ela fez com que muitos clérigos virassem contadores, ou controladores dos reinos. Os números são seu principal objeto.
GEOMETRIA
Era usada nos exercícios de medida, normalmente voltados à prática e à interpretação da prática, como construção de moinhos, rodas de transportes e construções como igrejas e muralhas. Envolve também a medida de distâncias, rios e trajetos diversos.
MÚSICA
Muitos não sabem, mas existiam escalas e teoria musical na Idade Média. No entanto, é importante destacar que, para a Igreja, só era música aquilo que tinha as escalas corretas, tocadas nos ambientes corretos e com o objetivo de aproximar o homem de Deus. Músicas de festa e cantos de guerra eram duramente recriminados.
ASTRONOMIA
A mais contestada das artes. Muitos defendiam que era perigosa por ser confundida com relações pagãs, pois era responsável pelas colheitas, marcação de datas e calendários e ainda efeitos.
A Igreja passou a adotar medidas para garantir a formação dos pretendentes ao sacerdócio, com o objetivo de promover a instrução básica indispensável para o ofício do ministério sacerdotal. A fase inicial desse ensino era realizada nas escolas paroquiais, enquanto o nível superior nas episcopais/catedralícias
Herdadas da Antiguidade Clássica e organizadas na Idade Média, as artes liberais eram divididas em:
Trivium (Dialética, Gramática e Retórica) e Quadrivium (Aritmética, Astronomia, Música e Geometria).
As Sete Artes Liberais, que representavam as disciplinas acadêmicas, eram desempenhadas por homens livres, devidamente direcionados pelos membros da Igreja. Lembrando que o Trivium corresponde às artes do espírito e o Quadrivium, às artes do corpo.
O “currículo” escolar medieval era dividido em duas fases. Na primeira parte, estudava-se o Trivium (Gramática, Retórica e Dialética). Na segunda fase, aprendia-se as disciplinas que compõem o Quadrivium (Aritmética, Geometria, Astronomia e Música). O objetivo desse currículo era preparar o homem para o mundo, sendo uma herança das artes mecânicas.
 CRISTIANISMO
As escolas cristãs eram organizadas principalmente nos mosteiros. A partir dos oito anos, as crianças seguiam para esses locais e, ao completarem 18 anos, poderiam escolher se seguiriam a vida eclesiástica ou não. 
Educação e Renascimento
A História começa na Idade Antiga com o aparecimento da escrita. Isso se fundamenta na premissa da tradição europeia de que povos sem escrita não teriam história, por isso, Pré-História.
Idade Antiga - Os fenômenos do mundo e da vida humana eram explicados pela mitologia. Havia deuses que se encarregavam de manter a ordem da Terra e seu funcionamento.
Idade Média - Os deuses deram lugar a um único Deus cristão, em torno do qual o mundo medieval se organizava culturalmente.
Idade Moderna - O saber científico começa a ganhar espaço.
Idade Contemporânea - Consolida o saber científico.
O Renascimento não é apenas um. Por ser multifacetado, ele pode ser pensado em aspectos distintos (comercial, urbano, científico e cultural), os quais estão interligados e juntos compõem um quadro de mudanças extraordinárias e de grande movimentação intelectual que marcaria definitivamente o campo da Educação.
A dinâmica do Renascimento é expressa em um movimento de rupturas e continuidades. Por um lado, há a retomada de valores clássicos que passaram a ser discutidos e aperfeiçoados, não só do ponto de vista estético – a arte renascentista recupera em grande medida a arte clássica –, mas também do ponto de vista político e filosófico.
Vamos utilizar o pensamento do filósofo Heráclito de Éfeso, que viveu no século V a.C., para compreendermos melhor essa impossibilidade. Ele afirmava que uma pessoa jamais se banharia duas vezes no mesmo rio, pois suas águas nunca são as mesmas; estão sempre fluindo. Da mesma forma, a humanidade muda todos os dias: suas ideias, concepções, gostos e opiniões são impermanentes. Em essência, o pensamento de Heráclito traduz a ideia de mutação constante.
O pensamento educacional no Renascimento e no movimento intelectual que o segue, o Iluminismo, se estrutura apoiado em diversos autores. Analisaremos dois diferentes pensadores para compreendermos suas ideias e como eles influenciaram o campo da educação.
Comecemos pelo italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527), autor de uma das principais obras de política já produzidas, O Príncipe; um manual de política escrito no século XVI, que expunha suas principais ideias acerca da arte de governar.
A pedagogia expressa na filosofia kantiana, embora fiel aos ideais iluministas, é, ao mesmo tempo, uma crítica a essesmesmos ideais. Para Kant, a razão jamais deve prescindir de uma crítica de sua própria capacidade. A preocupação essencial do filósofo com a educação insere-se no campo da moral, posto que o ser humano não nasce moral, mas torna-se por meio da educação, cuja função primordial consiste em fazer despertar a reflexão crítica no aluno. A formação do caráter na pedagogia kantiana assenta-se no cultivo da boa vontade, cujo fundamento é o imperativo categórico que, por meio do exercício crítico da razão, une o subjetivo e o objetivo, o individual e o coletivo numa mesma ordem.
Os Jesuítas
Os jesuítas chegaram ao Brasil com o Governo Geral, em 1549, portanto, antes da publicação do Ratio Studiorum. Nos primeiros anos da presença jesuíta, destaca-se a atuação do padre Manoel da Nóbrega (1517-1570), que criou os aldeamentos, locais onde os índios de diferentes etnias eram agrupados a fim de serem catequizados.
Não podemos esquecer que a prática pedagógica jesuíta possuía um objetivo: converter os não cristãos. Além disso, a visão do europeu sobre o indígena era extremamente etnocêntrica, desconsiderando que esses povos tinham sua própria cultura e formas diversas de organização.
Os primeiros ensinamentos jesuítas focavam o domínio da língua portuguesa pelos indígenas, o estudo da doutrina católica e, posteriormente, o aprendizado de um ofício
 A Pedagogia na modernidade
Qual o método de aprendizagem mais eficiente?
Como acontece o aprendizado?
O aprendizado se dá somente por aquilo que aprendemos ao longo da vida?
Nascemos com algum conhecimento?
Nascemos como telas em branco?
Apesar de terem sido formulados há séculos, alguns desses questionamentos ainda não possuem uma resposta consensual. É o caso do conhecimento inato. Nascemos com algum tipo de conhecimento ou somos uma tabula rasa coNascemos com algum conhecimento como dizia John Locke?
· Como educar
Se, na Idade Média, não houve uma grande preocupação em sistematizar a Educação para todos, de modo geral, a partir de então se começa a pensar qual a melhor e mais eficiente forma de educar.
O pensamento moderno foi muito importante para se debater a natureza do conhecimento. A disciplina, tão importante na Idade Média e na educação religiosa, seria rediscutida, sendo revista como o principal fator do aprendizado.
Para Pestalozzi, o afeto seria um dos principais componentes do processo educacional. É o amor que estimula a criança a aprender, preenchendo-a de dentro para fora. Sua teoria comparava a escola a uma casa. Uma casa bem organizada funciona a partir do amor e da disciplina.
A disciplina não seria o principal fator do aprendizado, mas sim o afeto. O que não quer dizer que ela fosse deixada de lado, apenas não seria obtida a partir de castigos e punições.
Ao compartilhar a ideia de Locke sobre a tabula rasa, entendendo que nascemos desprovidos de conhecimento e o vamos adquirindo ao longo da vida, Herbart via a Educação como uma ciência.
Coube a Herbart a tarefa de cientificizar a Pedagogia, dotando-a de métodos, formas de medir e de avaliar o conhecimento obtido. Um aspecto fundamental – e revolucionário – em sua obra foi a aproximação com a Psicologia, ciência que, no início do século XIX, ainda engatinhava.
Assim como Pestalozzi, Herbart também defendia que o objetivo final do processo educativo era a formação moral e não meramente conteudista, mas entendia que a forma para chegar a esse objetivo era distinta da afetividade proposta por Pestalozzi. Sua proposta se dividia em três procedimentos fundamentais: Governo, instrução e disciplina.
Dos três processos, a instrução – o processo de aprendizado propriamente dito – seria o mais importante. Não podemos desvincular a pedagogia científica de Herbart do seu contexto de produção.
Tanto Herbart quanto Pestalozzi trabalharam o aprendizado como algo individual, particular, o que a Pedagogia contemporânea tende a rejeitar como objetivo final do processo educativo.
Fröebel foi quem primeiro entendeu o brincar como uma forma de aprender e desenvolveu a ludicidade como ferramenta pedagógica. Ainda preso ao individualismo da modernidade, Fröebel propôs o desenvolvimento autônomo, não vinculado a uma prática coletiva, embora focasse também na moralidade como objetivo do processo de aprendizagem.
O aprendizado só ocorre através do fazer e que a teoria, sozinha, é algo vazio. Essa característica está muito ligada à modernidade, em que a ideia do “saber fazer” se desenvolve dotando a Educação de seu caráter.
Iluminismo e a influência na educação
Marquês de Pombal precisou criar um novo modelo de ensino, tendo como base os ideais iluministas. Seu principal objetivo era formar uma elite econômica portuguesa preparada para o comércio. Para isso, ele criou a Escola de Comércio e a Escola Náutica, nas quais se aprendia caligrafia, contabilidade, escritura comercial e línguas modernas. 
No dia 28 de junho de 1759, Pombal decretou, por meio do alvará régio, a suspensão das escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias. Também criou as aulas régias ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, oferecendo um esquema completamente diferente do que era oferecido pela pedagogia jesuítica. Estabelece-se, assim, a Educação Pública, que, vale destacar, naquele momento, não correspondia a uma educação direcionada a todas as pessoas, mas a uma educação que é mantida pelo governo, ou seja, marquês de Pombal estruturou um modelo de educação vinculado aos Governos Gerais e suas províncias.
A reforma educacional empreendida por Pombal, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, se baseou nos seguintes aspectos:
· Criação das aulas régias gratuitas de Gramática latina, Grego e Retórica, junto com o decreto que expulsou os jesuítas.
· Centralização do ensino com a criação do cargo de diretor-geral dos estudos, que tinha a função de fazer cumprir as disposições do diploma, ficando a ele subordinados todos os professores régios das disciplinas citadas.
· Estabelecimento de cadeiras de retórica e dos chamados Estudos Menores, que incluíam, também, o estudo de Filosofia com quatro professores: um para Lisboa, um para Coimbra, um para Évora e um para o Porto.
· Estabelecimento da educação laica, definida como responsabilidade do governo. Assim, a Educação passou a ser controlada pelo Estado, com currículo centralizado.
· Ensino feito exclusivamente em português, mesmo para os índios, aos quais era oferecido na língua tupy pelos jesuítas.
· Instituição do subsídio literário, uma espécie de imposto, para gerar recursos para o pagamento dos professores.
Período regencial 
1835 - Primeira escola normal em Niterói, então província do Rio de Janeiro, é fundada a primeira escola normal do país. Em seguida, surgiram as escolas normais de Minas Gerais.
1836 - Escola normal da Bahia, nesse ano, ocorreu a fundação daescola normal na Bahia.
1837 - Definição do Pedro II como escola modelo, colégio Pedro II passou a ser o estabelecimento-modelo do estudo secundário. A suposta descentralização de 1834 foi desrespeitada com a criação da escola pelo regente Araújo Lima para atender aos filhos daqueles que faziam parte da elite intelectual do país.
 EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA
O tempo foi dividido em:
· Pré- história
· História Antiga
· História Medieval 
· História Moderna
· História Contemporânea
A contemporaneidade nada mais é do que a ideia de estar em seu próprio tempo. Estar no seu tempo é perceber que a História é viva.
O que chamamos de contemporaneidade em História é a junção de dois grandes eventos europeus:
Revolução Francesa
Nome dado ao levante da burguesia contra a nobreza e a Igreja no final do século XVIII. Seu principal resultado é a mudança dos regimes políticos, com impactos no mundo inteiro.
Revolução Industrial
Fenômeno inglês do século XVIII. Representa o desenvolvimento das corporações de ofício e a multiplicação do uso de maquinário. No início, o desenvolvimento é pautado em máquinas a vapor e carvão mineral, e o foco era a indústria têxtil. É seguido pelo desenvolvimento dos transportes e pela mudançade todo o regime econômico.
A contemporaneidade é nosso tempo, nossa Era. Ela começa com uma leve aceleração, mas, ao longo do século XX, a velocidade só aumentou:
As Revoluções Industriais mudam economicamente o mundo, criando novos padrões comerciais, sedimentando o capitalismo que dominaria o século XX, além da mudança dos modelos políticos, com a ascensão de repúblicas, democracias e federações. A Primeira e a Segunda Guerra Mundial, e ajudaram a consolidar novas potências, como França, Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética. Após os conflitos mundiais, as guerras não cessaram, mas se tornaram mais locais.
O fim do século trouxe muitas mudanças:
O Muro de Berlim cai, marcando o fim da Guerra Fria. 
As guerras não cessaram e continuaram definindo nosso cotidiano. Alguns exemplos de conflitos são: Guerra do Golfo, Guerra do Iraque, Guerra da Síria, conflitos nos Balcãs, na África e na América Latina, além da presença do terrorismo.
A tecnologia é o grande marco, levando-nos para a Era da Informação, com microcomputadores, redes de Internet, multiplicação de mídias e difusão de informações.
 O fato de que a compreensão europeia da História e da divisão do tempo também esteve presente de forma marcante na maneira de fazer e pensar a Educação.
Hoje, o mundo inteiro tende a dividir o processo de formação em:
· Formação voltada às crianças.
· Formação voltada aos Jovens.
· Formação voltada aos adultos
Durante o período da Primeira e da Segunda Guerra Mundial – entre 1914 e 1945 –, a Educação passa a ganhar um novo papel: atender aos anseios nacionalistas.
Tendência: o mundo em contestação
A Educação, ao mesmo tempo em que representa diálogo com o governo e manutenção da ordem, também pode ser a base da luta contra determinadas estruturas políticas. É isso que visamos apresentar com as tendências.
A relação entre contexto histórico e Educação pode ser percebida quando observamos a questão da Industrialização, pois a educação passa a ser um capital passível de ser adaptado e instrumentalizado pelas as empresas.
História da Educação serve para perceber que não existe um passado inquestionável. Por exemplo: a Educação estadunidense era apresentada como modelo no Brasil pelo ideal tecnicista. No entanto, aparece como algo atrasado e crítico durante a crise dos Direitos Civis. A relação entre Direitos Civis e História da Educação pode ser compreendida a partir da luta pelo fim da segregação e ação na justiça movida por Linda Brow.
Veja estes números:
· Mais de 100 milhões de crianças não têm acesso ao ensino primário.
· Mais de 960 milhões de adultos são analfabetos, e o analfabetismo funcional ainda é um problema significativo em países industrializados ou em desenvolvimento.
· Cerca de 2,5 bilhões dos adultos do mundo não têm acesso ao conhecimento impresso, às novas habilidades e tecnologias, que poderiam melhorar a qualidade de vida e ajudá-los a perceber e a adaptar-se às mudanças sociais e culturais.
· Mais de 100 milhões de crianças e adultos não conseguem concluir o ciclo básico. Além disso, milhões de pessoas, apesar de concluí-lo, não adquirem conhecimentos e habilidades essenciais.
De 1988 para cá, houve muitas discussões, como:
· Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
· Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)
· Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
No documento, Delors traz o conceito de que a Educação é baseada em quatro Pilares:
1. APRENDER A CONHECER
2. APRENDER A FAZER 
3. APRENDER A VIVER COM OS OUTROS 
4. APRENDER A SER 
Juntos, esses pilares servem de base para a transmissão da informação e da comunicação adaptada à sociedade. 
Competências Gerais – BNCC
Confira as dez Competências Gerais da Educação Básica (Ensinos Infantil, Fundamental e Médio):
1. CONHECIMENTORÍTICO E 
2. PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO
3. SENSO ESTÉTICO
4. COMUNICAÇÃO
5. ARGUMENTAÇÃO
6. CULTURA DIGITAL
7. AUTOGESTÃO
8. AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADOO
9. EMPATIA E COOPERAÇÃO
10. AUTÔNOMIA 
A Base Nacional Comum Curricular é um debate histórico no Brasil, um país de dimensões continentais que precisa ofertar condições básicas para sua Educação, partindo de um atraso difícil de lidar. Evoluímos, mas, mesmo com planos nacionais, estaduais e municipais, faltava a modernização, que foi buscada de acordo com a linha de habilidades e competências proposta a partir da BNCC
Agora veja quais são as cinco Áreas de Conhecimento, de acordo com o Parecer CNE/CEB nº 11/201025:
1. Linguagem ( Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa)
2. Matemática
3. Ciências da Natureza
4. Ciências Humanas ( Geografia, História )
5. Ensino Religioso
As competências previstas devem ser desenvolvidas nas atividades que serão realizadas nas salas de aula. Dessa forma, haverá uma sintonia entre o que se espera alcançar a longo prazo e a curto prazo. Por isso, a BNCC aponta os eixos estruturantes das práticas pedagógicas e as competências gerais da Educação Básica.
Para entendermos melhor, veremos uma linha do tempo começando na Lei de Diretrizes e Bases (Lei n° 9394/96) e finalizando na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
· 1996 - Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases.
· 1997 - Parâmetros Curriculares Nacionais (primeiras quatro séries da Educação Fundamental
· 1999 -Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, preparado para cada disciplina.
· 2000 - Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, definidos pelas áreas de linguagens, códigos e suas tecnologias.
· 2001 - Criação do Plano Nacional de Educação.
· 2003 - Lei nº 10639 – Obrigatoriedade do ensino de História e cultura afro-brasileira. Além disso, entra para o calendário escolar o dia 20 de novembro, quando é celebrado o Dia da Consciência Negra.
· 2004 - Lei nº 10861: É criado o SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.
· 2005 - Lei nº 11096: criação do PROUNI – Programa Universidade para Todos.
· 2006 - Emenda Constitucional nº 53 cria o FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.
· 2007 - Decreto nº 6096: criação do REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais.
· 2008 - Lei nº 11465: Obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Indígena na rede de ensino.
· 2012 - Leii nº 12711: Lei de Cotas raciais nas universidades federais.
· 2017 - Homologação da Base Nacional Curricular Comum.
Embora a proposta da “Educação centrada no aluno” não tenha sido aceita de forma unânime no exterior (como o caso da pedagoga sueca Inger Enkvist), no Brasil, esse pensamento tem crescido e confunde-se com a utilização das tecnologias digitais na Educação por meio das chamadas metodologias ativas.
Metodologia ativa de aprendizagem ( Como aprendemos )
· 10% quando lemos
· 20% quando ouvimos 
· 30% quando observamos
· 50% quando vemos e ouvimos
· 70% quando discutimos com outros
· 80% quando fazemos
· 95% quando ensinamos aos outros
• Quais fatos e situações que se destacam da história da educação no Brasil e no mundo, você Conseguiu perceber nas propostas pedagógicas observadas?
Entre os modelos tradicionais de Educação e aqueles considerados inovadores. Esta é uma situação presente em grande parte do mundo. Veja alguns exemplos:
FRANÇA
A França, berço do Iluminismo – com a Revolução Francesa, como você já viu – e, consequentemente, de um modelo educacional baseado nos ideais liberais burgueses, fundamentados em grande parte no modelo tecnicista-meritocrático, que nasceram para combater o ensino clássico, parece estar recuando. Ou pelo menos assim podemos interpretar, quando o Ministério da Educação francês assume a postura de proibir celulares em sala de aula, além do retorno de línguas como latim e grego nas escolas.
BRASIL
No Brasil, de forma muito mais sutil, parece que o interesse pela chamada Educação Clássica está aumentando. Seja porque percebemos os fracassos sucessivos do país nas avaliações internacionais, seja a revolução midiática já apontada, que permite o contato e acesso – na maioriadas vezes de forma gratuita – a uma literatura específica sobre o tema. Por esses ou outros motivos, acreditamos que a Educação está viva na História, e não podemos negligenciar a oportunidade de entender esse processo e o quanto isso poderá beneficiar, ou não, a Educação no país.
EUA
Nos EUA e em outras partes do Mundo, algumas expressões assumiram um papel bastante emblemático, como, por exemplo, “Educação centrada no aluno”. Talvez essa seja, atualmente, a grande perspectiva da Educação Contemporânea. EUA, México, Espanha, entre outros países, têm assumido uma postura reflexiva, que busca caminhos para inserir o aluno de forma mais efetiva no processo de aprendizagem.
É importante perceber que isso faz parte não somente de projetos oficiais desses países, mas de organismos e fundações que buscam auxiliar a Educação no mundo. Um exemplo é o Google For Education.
FINLÂNDIA
A Finlândia tem seu modelo educacional reconhecido mundialmente, e, cada vez mais, há pesquisadores e políticos do mundo todo buscando fazer intercâmbios para compreender como uma escola com curta jornada de estudo, quase ausência total de tarefas escolares para casa, pouquíssimas provas e preocupação mínima com ranking internacional (o que contraria a maioria das tendências educacionais atuais) pode ter tanto sucesso.
JAPÃO
Parte da Ásia tem mantido as primeiras posições no ranking internacional por vários anos seguidos, assumindo uma posição mais centrada na disciplina e em longas horas de estudo. Historicamente, o Japão se destaca de forma emblemática.
O Brasil do início da República era um país eminentemente rural (60% da população), recém-saído de um longo período de escravidão (mais de três séculos até a abolição da escravatura em 1888), com taxas de analfabetismo homogêneas, que superavam 80%, com índices muito próximos do Norte ao Sul do país, excetuando-se a Capital Federal, onde a taxa rondava os 45%”.
 Quais contribuições dos povos e dos fatos históricos você conseguiu perceber nas propostas Pedagógicas das escolas observadas e como essas contribuições estão presentes na constituição Dos modelos de formação do sujeito.
INICIATIVAS EDUCACIONAIS
A maior parte da população era autodidata por necessidade ou simplesmente não tinha educação formal. Classes médias de profissionais liberais, filhos de funcionários públicos, ou filhos da elite financeira ocupavam os bancos formais de Educação e, entre eles, existiam posições diferentes.
Mas a pressão pelo avanço que seria proporcionado pela modernização cresceu e as iniciativas pela Educação acompanharam.
Repare, então, nas iniciativas:
1850
A partir desse ano, ainda no Império, ocorreu a uniformização do ensino em todo o país. Essa ação reformadora atingiu as Faculdades de Medicina e os cursos jurídicos que passaram a se denominar Faculdades de Direito.
O Regulamento de Instrução Primária e Secundária do Município da Corte, entre outras importantes providências, criou a Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte, órgão ligado ao Ministério do Império e destinado a fiscalizar e orientar o ensino público e particular dos níveis primário e médio, estruturando em dois níveis (o elementar e o superior) a Instrução Primária gratuita.
1854
A administração geral do ensino primário e secundário na Corte passou a ser regida por um Inspetor Geral, com a colaboração do Conselho Diretor, composto de sete membros e de Delegados de Distrito.
O ensino particular só poderia ser exercido com prévia autorização do Inspetor Geral e com relatórios trimestrais dos estabelecimentos aos respectivos delegados. Os diretores e professores dos estabelecimentos particulares ficariam igualmente obrigados a habilitar-se perante a Inspetoria da Instrução Pública, mediante apresentação de provas de capacidade profissional e de moralidade.
A partir do regulamento de 1854 chamado de Regulamento da Instrução Primária e Secundária no Município da Corte (lei 1331ª, de 17 de fevereiro de 1854), o ensino primário tornou-se obrigatório. É importante ressaltar que esse regulamento não incluía a população escrava no seu projeto de instrução pública. Ou seja, a ideia era escolarizar a população livre.
1882
Rui Barbosa apresentou dois pareceres ao Parlamento: um sobre a reforma do ensino secundário e superior e outro sobre o ensino primário. Assim, a escola popular foi elevada à condição de redentora da nação implantando o ensino primário obrigatório, dos sete aos quatorze anos, gratuito e laico.
Rui Barbosa atuou para que fosse substituída a escola de primeiras letras pela Escola Primária moderna, e um ensino enciclopédico que visasse o progresso do Brasil era um dos componentes. Além disso, a Escola Primária passou a ter oito anos de duração e dividida em três graus: o elementar e o médio, cada um com dois anos, e o superior com quatro. A jornada da escola foi fixada em seis horas, sendo 4h30 para atividades de classe, se aí fossem incluídos os exercícios ginásticos.
1891
A Constituição de 1891 determinava a descentralização do ensino, cabendo à União legislar sobre o ensino superior na Capital Federal, delegando aos estados a responsabilidade de organizar todo o seu sistema escolar.
1900
Na primeira década do século XX, o mundo avançava para uma crise e países que até então eram exclusivamente agrários passaram por movimentos de substituição de importações. Foram inauguradas fábricas de tecido, fábricas de transformação e as cidades cresceram. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Belém e Manaus passaram a ser atrativos de pessoas, com o consequente crescimento de seus problemas urbanos. O maior deles para essa elite era a qualidade da mão de obra. Portanto, era urgente educar o Brasil.
Seguindo sobre a questão da moral:
Foi organizada em duas categorias: de 1º grau, para crianças de 7 a 13 anos e de 2º grau para os de 13 a 15 anos. Para ingressar nas escolas primárias de 2º grau, o aluno deveria apresentar o certificado de estudos do grau precedente.
O ensino no primeiro grau compreendia:
· Leitura e escrita, ensino prático da língua portuguesa.
· Contar e calcular: aritmética prática até regra de três.
· Sistema métrico procedido do estudo da geometria prática.
· Elemento de geografia e história, especialmente do Brasil.
· Lições de coisas e noções concretas de ciências físicas e história natural.
· Instrução moral e cívica.
· Desenho.
· Elementos de música.
· Ginástica e exercícios militares.
· Trabalhos manuais para os meninos e trabalho de agulha para as meninas.
· Noções práticas de agronomia.
Dentre todas as disciplinas estudadas, a Instrução Moral e Cívica teve objetivos específicos na formação do alunado, conforme anunciava o parágrafo único do Regulamento da Instrução Primária e Secundária do Distrito Federal, “a instrucção moral e cívica não terá curso distincto, mas ocupará constantemente e no mais alto gráo a atenção dos professores” (DECRETO Nº 981, 1890, p. 3476).
Com isso, a Escola Primária do 1º grau foi dividida em três cursos:
• Elementar, para os alunos de 7 a 9 anos;
• Médio, para os de 9 a 11;
• Superior, para os de 11 a 13 anos de idade.
Em cada curso, as matérias eram gradualmente estudadas, tendo o método intuitivo para todos eles. Vejamos a seguir como Moral e Cívica era abordada em cada curso:
1. CURSO ELEMENTAR 
2. CURSO MÉDIO 
3. CURSO SUPERIOR 
CONCEITO DE POSITIVISMO
O positivismo foi uma corrente filosófica que surgiu na França no século XIX. Augusto Comte (1798-1857) é considerado o Pai da Sociologia por ter usado pela primeira vez o conceito de Sociologia em seu Curso de Filosofia Positiva. Elaborou de maneira muito organizada suas ideias, fundamentando sua teoria nos modelos das ciências naturais, tendo como principal objetivo encontrar as leis universais dos fenômenos sociais. Ele intitulou sua reflexão acerca da sociedade como uma Física Social.
Compreendia-se que o positivismo era o canal para a reforma intelectual do Homem. Para que essa reorganização acontecesse, as ideias positivistas estavam assentadas na noção deque somente pela ordem e pelo progresso seria possível alcançar uma sociedade estruturada, que pudesse ecoar e aperfeiçoar todas as estruturas permanentes: religião, família, propriedade, linguagem, acordo entre poder espiritual e temporal etc.
Positivismo é uma corrente de pensamento filosófico, sociológico e político que surgiu em meados do século XIX na França. A principal ideia do positivismo, fundamentado nas ciências naturais, era a de que o conhecimento científico devia ser reconhecido como o único conhecimento verdadeiro. Auguste Comte foi o criador e em sua frase original, dizia: “amor como princípio, ordem como base, progresso como objetivo”
O positivismo no Brasil constituiu a base de nosso modelo pedagógico nacional. Seu grau de utilitarismo e pragmatismo, sua presença em jornais, nos meios de comunicação, como o rádio, transformaram a percepção de Educação no Brasil.
As ideias positivistas precisavam estruturar a sociedade brasileira em todos os seus aspectos: culturais, sociais, econômicos e políticos. Multiplicaram-se pelo país as escolas privadas elementares e profissionais, a maior parte de ensino secundário. Também surgiram muitas instituições beneficentes oferecendo ensino primário e secundário.
Nos anos iniciais da Primeira República, tivemos a ocorrência de uma série de reformas de clara inspiração positivista.
· REFORMA BENJAMIN CONSTANT (1890)
Adotou uma série de reformas junto ao Ministério dos Negócios da Instrução Pública, Correios e Telégrafos.
Exemplos:
 Defesa do ensino laico e gratuidade na escola primária;
Inclusão de disciplinas científicas nos currículos escolares;
Reorganização da Biblioteca Nacional;
Escola secundária com duração de sete anos.
Segundo Cartolano (1994), Benjamin Constant acreditava que só pela educação um povo poderia construir sua cidadania.
· CÓDIGO EPITÁCIO PESSOA (1901)
Ministro do Interior no governo Campos Sales, Epitácio Pessoa reduziu para seis anos o curso secundário, ao contrário da Reforma Benjamin Constant. Além disso, permitiu o acesso feminino aos cursos secundários e superiores.
· REFORMA RIVADÁVIA (1911)
De forte orientação positivista, o Marechal Hermes da Fonseca promulgou o Decreto 8.659, chamado de Lei Orgânica do Ensino Superior e Fundamental, elaborado por Rivadávia da Cunha Corrêa. O ensino passava a ter frequência não obrigatória, os diplomas foram abolidos e foram criados exames de admissões nas faculdades.
Chegaram ao Brasil novas ideias pedagógicas e se formou um novo corpo de sujeitos: especialistas em Educação, que passaram a questionar os modelos que estavam sendo estabelecidos, escolas que eles chamavam de tradicionais, centradas na atuação do professor e na repetição. Os especialistas tinham a ideia de que o Brasil, uma vez mais, estava atrasado e essa crítica não ficava só no campo da Educação. O novo movimento foi chamado Pedagogia Liberal.
SÉCULO DA PEDAGOGIA
O século XIX ficou conhecido como o Século da Pedagogia. Naquele momento, buscava-se cada vez mais um modelo educacional que respondesse de forma crítica às demandas da luta de classes, burguesia versus proletariado, que envolveu a sociedade desse tempo. Houve uma radicalização das ideias pedagógicas, colocando-as como centro do processo de controle social.
Bastante rico em modelos formativos, em teorizações pedagógicas, em compromisso educativo e reformismo escolar, em vista justamente de um crescimento social a realizar-se da maneira menos conflituosa possível e da forma mais geral.
A DÉCADA DAS REFORMAS EDUCACIONAIS (1920)
A década de 1920 ficou conhecida, no campo educacional, como a década das reformas educacionais. Naquele momento, ocorreram intensos debates envolvendo diferentes propostas para pensar a Educação e a organização do sistema escolar. Uma dessas propostas trazia consigo os ideais da chamada Escola Nova.
Em uma conjuntura marcada por importantes transformações econômicas, políticas e sociais, os defensores do escolanovismo defendiam a urgência na renovação das práticas de ensino. Para eles, a Educação tradicional não estimulava os alunos a pensarem por conta própria.
No decorrer dos anos 1920, alguns estados brasileiros realizaram algumas reformas educacionais do ensino primário, através dos seguintes pressupostos:
· Extensão do ensino
· Articulação entre os diferentes níveis da escolarização
· Adaptação ao meio social
· Adaptação às ideias modernas de Educação
A Revolução de 1930 no campo educacional foi produtiva: ainda naquele ano, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, coordenado por Francisco Campos.
A atuação de Francisco Campos se deu no sentido de estabelecer um sistema nacional de Educação. O novo ministro visava estruturar o ensino secundário e o ensino superior. Esses decretos ficaram conhecidos como Reforma Francisco Campos.
Em 1932, um grupo de 26 educadores apresentou ao governo um documento que ficou conhecido posteriormente como o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, escrito por Fernando de Azevedo. O documento apresentava várias propostas e defendia algumas posições que, a partir de então, foram colocadas em prática ou foram combatidas por grupos que não aceitavam as mudanças advindas pela Educação.
Enquanto os defensores do escolanovismo acreditavam que a Educação funcionava como um instrumento de emancipação dos indivíduos, a arena pública via crescer com força e intensidade a defesa do ensino religioso, sob forte influência da ideologia católica.
QUAL O PAPEL DA CONSTITUIÇÃO DE 1934 NESSE CONTEXTO DE DISCUSSÃO E ESTABELECIMENTO DE DIRETRIZES E PROPOSTAS PARA A EDUCAÇÃO?
A Constituição de 1934 foi a primeira Carta Magna brasileira a incluir em seu texto um capítulo inteiro sobre a Educação. Pela primeira vez, foram apontadas questões importantes em relação ao ensino no Brasil, como o acesso ao ensino primário. Clique aqui e leia os artigos 148 e 149.
ESTADO NOVO (1937-1945)
Apenas quatro anos depois da Constituição de 1934, instaurou-se o período que ficou conhecido como Estado Novo. 
No campo educacional, permaneceram intactos a gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário. Por outro lado, tornou obrigatória a disciplina Educação Moral e Cívica nas escolas.
No começo da década de 1940, ocorreram algumas iniciativas de reforma da Educação, mais voltadas para o ensino primário e secundário, mas ainda articuladas ao projeto político autoritário de Vargas.
No ano de 1942, Gustavo Capanema, Ministro da Saúde e Educação, empreendeu algumas mudanças sob o nome de Leis Orgânicas do Ensino. Popularmente conhecidas como Reforma Capanema, essas reformas tinham um viés claramente nacionalista e moralizante.
Diante de tanta informação e tantas reformas diferentes, você pode estar se perguntando sobre o que acontece agora. Avanços ou retrocessos?
Felizmente, o período conhecido como Nova República ficou conhecido por importantes transformações no âmbito educacional. Não é possível esquecer que o rápido crescimento demográfico e o acelerado processo de industrialização impulsionaram as demandas por Educação. Na Constituição de 1946, a Educação aparece novamente como “um direito de todos”, inspirada nos princípios defendidos pelos escolanovistas.
Durante 13 anos, travou-se intenso debate, no âmbito do Estado e da sociedade civil, entre os que defendiam a prioridade da escola pública e os partidários da liberdade de ensino. Para os primeiros, os recursos do Estado deveriam ser empregados na manutenção e na expansão das escolas oficiais, que deveriam ministrar um ensino obrigatório, gratuito e laico. Para os outros, esses recursos deveriam ser transferidos às instituições particulares, que ministrariam o ensino conforme as orientações ideológicas das famílias, cabendo ao Estado apenas ocupar o espaço não preenchido pela iniciativa privada”.
(LEI Nº 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961
Após intensos debates envolvendo entidades estudantis, sindicatos e organizações religiosas, o projeto da LDB finalmente virou a Lei no 4.024, no ano de 1961, já no governo de João Goulart. A seguir alguns pontos contemplados naLDB:
1 - Obrigatoriedade de matrícula nos quatros anos do ensino primário.
2 - Ensino religioso facultativo.
3 - Ano letivo de 180 dias.
4 - Concede mais autonomia aos órgãos estaduais, através da diminuição da centralização do poder no MEC.
5 - Formação do professor para o ensino médio nos cursos de nível superior.
Com a Proclamação da República, o Brasil adotou o Federalismo, e o poder, até então centralizado no imperador, foi dividido entre o presidente e os governos estaduais. Essas transformações tiveram ecos na Educação. A ideia do ensino como direito público se fortaleceu e surgiram modelos que se perpetuaram a Criação da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro em 1810.
A Biblioteca Nacional foi fundada no período Imperial com um acervo de 60 mil livros doados por Dom Pedro II. É considerada, pela UNESCO, uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo. Também a maior biblioteca da América Latina.
Vamos entender melhor as principais alterações na Educação Básica em decorrência da reforma de 1971?
· Primeiro grau passou a abranger os antigos primário e ginásio, atendendo às crianças dos 7 aos 14 anos.
· Ampliação da obrigatoriedade escolar de 4 para 8 anos.
· Transformação do antigo curso secundário em ensino de segundo grau.
· Segundo grau passou a ser obrigatoriamente profissionalizante.
Com a promulgação da lei, o segundo grau passou a combinar uma dupla característica:
1. Garantia a terminalidade para aqueles que pretendiam a formação em nível técnico.
2. Garantia a continuidade para os que desejavam prestar o vestibular.
Como o ensino profissionalizante contribuiu para a elitização do ensino superior?
É importante observar que a necessidade de formar mão de obra levou o governo a alterar radicalmente o ensino básico. Apesar dessa lei valer para o ensino público e para o ensino privado, o que se verificou, na prática, foi a concentração da adoção do ensino profissionalizante no ensino público. De modo que, os filhos da elite continuaram a ser preparados para o ingresso nas carreiras universitárias.
Veja algumas consequências dessa reforma:
· Além da instituição do ensino profissionalizante, um deslocamento cada vez maior de recursos públicos para o setor privado.
· A Lei n° 5692/71 também foi a primeira legislação educacional que criou um capítulo para tratar do ensino supletivo.
· Além disso, a Lei n°5692/71 introduziu algumas propostas que contribuíram para o debate pedagógico, pois previa a integração vertical e a integração horizontal.
· A valorização do magistério é outra questão presente na lei. Foi citada especialmente buscando a crescente profissionalização dos professores, o aperfeiçoamento daqueles já formados, e adequando os vencimentos salariais segundo os critérios do nível de formação, ao contrário do nível que ministrava
FIM DO REGIME MILITAR, PROMULGAÇÃO DA LEI DE ANISTIA E NOVA CONSTITUIÇÃO.
Baseada no princípio do direito universal à Educação para todos, a LDB de 1996 trouxe diversas mudanças em relação às leis anteriores, tais como:
· Gestão democrática do ensino público e progressiva autonomia pedagógica e administrativa das unidades escolares (art. 3 e 15);
· Carga horária mínima de oitocentas horas distribuídas em cento e oitenta dias letivos na educação básica (art. 24);
· Orientação para a União gastar, no mínimo, 18% e os estados e municípios, no mínimo, 25% de seus orçamentos para a manutenção e desenvolvimento do ensino público (art. 69);
· Criação do Plano Nacional de Educação (art. 87).
Essa LDB aponta em seu artigo 22 para uma formação do indivíduo que atenda a três dimensões da condição humana: cidadania, estudo e trabalho. A ideia é que os currículos escolares e os saberes compartilhados no ambiente escolar estejam atentos às distintas realidades sociais, além de funcionarem como instrumentos em que os alunos consigam praticar o exercício da cidadania na busca por uma sociedade mais justa e igualitária.
Fundo para Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB
Como surgiu o FUNDEB?
Quando, durante o governo FHC, houve a intensa discussão de que precisávamos ampliar o número de vagas, garantir o acesso às escolas e, o mais crítico, trabalhar contra a evasão escolar, o ministro Paulo Renato tomou isso como meta e modelo, “ameaçando” os estados e municípios de que deveriam atingir essas metas ou não receberiam dinheiro.
Com a criação do FUNDEB, prevista na própria LDB , muitas prefeituras e governos criaram programas, deixando de lado a qualidade em prol da continuidade – aprovações automáticas, criação de projetos em que separavam potenciais alunos repetentes, entre outros.
Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e as perspectivas para a Educação 
Depois dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a grande novidade para a Educação foi a homologação, no ano de 2018, da Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Trata-se de um documento normativo para a Educação Básica (Educação Infantil, Ensinos Fundamental e Médio). A BNCC, ao ser elaborada, teve os PCN e as DCNEB (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica) como pano de fundo.
A BNCC é mais do que um documento que estabelece como, quando e por que determinados conteúdos serão ensinados, ou seja, o que importa é construir um projeto educacional que contemple todas as dimensões do desenvolvimento humano, como os aspectos cognitivo e socioemocional, o desenvolvimento físico, cultural etc. A ideia é que o aluno consiga aplicar o conhecimento aprendido na escola no seu cotidiano. O objetivo é formar o indivíduo para a vida cidadã, através da transmissão de valores que permitam a boa convivência social.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O contexto educacional dos anos 1960 deveria ser, ao menos, inspirador. Afinal, em 1961, foi publicada nossa primeira LDB (Lei 4.024), ainda que tenha demorado trinta anos desde a criação do Ministério da Educação e Saúde, em 1930. Com o Regime Militar instaurado em 1964, não somente a política e as relações sociais sofreram abalo, mas também a Educação
Com a visão de uma educação estritamente tecnicista, sob a justificativa de desenvolvimento industrial do país, tornou-se necessária a publicação de novas leis de cunho educacional. A mais importante delas, a Lei 5.692, de 1971, chamada por alguns de Segunda LDB, tinha um caráter estritamente reformador: a definição clara dos segmentos da Educação: 1º e 2º Graus (atual Educação Básica: Ensino Fundamental e Médio). Ela definia, por exemplo, que todo estudante deveria sair do 2º Grau tendo uma formação técnica. Outra mudança foi a substituição do projeto “De pé no chão também se aprende a ler”, fundamentado nas ideias de Paulo Freire, pelo MOBRAL, em 1967. Embora ambos tivessem o objetivo de erradicar o analfabetismo do país, o projeto militar esvaziava-se do caráter de “educação crítica” do anterior.
Com o fim do Regime Militar, em 1984, e a definição da chamada Nova República, ainda que com muitos aspectos de transição do antigo modelo político-econômico, a necessidade de uma nova constituição e de uma reforma educacional foi imediatamente percebida. Assim, em 1988, com a promulgação da Constituição Cidadã (como ficou conhecida), já era possível perceber mudanças significativas da Educação, como, por exemplo, a redefinição dos Sistemas de Educação, responsabilizando federação, estados e municípios e trazendo o famoso artigo 205: “A Educação é direito de todos e dever do Estado e da Família”.
A partir daí, vários educadores (destaca-se a figura de Darcy Ribeiro) começam a pensar e estruturar uma nova LDB, que, no entanto, somente será publicada em 1996 (Lei 9.394). Apesar de ela já ter sido bastante alterada, através de leis complementares, trouxe propostas que, embora não correspondessem às expectativas de todos os educadores envolvidos, trazia pontos relevantes para a Educação no país: a proposta de uma “gestão democrática” para as unidades escolares, valorizando muito mais o papel das equipes pedagógicas, o aumento da carga horária mínima para o ano letivo (800h/180 dias, na Educação Básica) e a criação do Plano Nacional de Educação.

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