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Importância do Método Científico

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Aula 2: Conhecimento 
1) Avaliar a importância do método para a prática científica; 
2) Descrever a classificação das ciências. 
INTRODUÇAO: 
Depois de estudarmos os diferentes tipos de conhecimento, podemos destacar que o 
conhecimento científico se caracteriza como racional, sistemático e metódico. 
Quando pensamos em conhecimento racional, estamos tomando como ponto de partida a 
possibilidade de pensar a realidade, formulando indagações sobre o mundo e sobre a nossa 
própria existência, a fim de encontrarmos algumas respostas que se aproximem da realidade . 
 
A disciplina está dividida em 4 blocos: 
O primeiro bloco e visa uma maior aproximação da Metodologia Científica e do 
processo de desenvolvimento e aquisição do conhecimento. 
O livro final de Galileu foi publicado e lido mundialmente. 
Cinquenta anos depois, Issac Newton inspirou-se nele para desenvolver a teoria da 
gravitacão, que mais tarde deu origem à teoria da relatividade de Einstein. 
Galileu foi realmente o Pai da Física e da Astronomia moderna,. Porém, mais do que 
isso, ele se atreveu a pensar o impensável e a defender o indefensável. Galileo 
 “É certamente prejudicial para as almas tornar uma heresia acreditar no que é 
provado”.atreveu-se a dizer a verdade. 
http://www.youtube.com/watch?v=I5VPtHoLYtM 
Identifica-se na história de Galileu Galilei: 
A Razão 
O que podemos entender pelo termo razão? 
O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções como: razão 
humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. Cada adjetivo adicionado 
ao termo altera o sentido do conceito razão. 
Pressupondo que razão e intelecto se equiparam e considerando a ideia de razão como 
uma faculdade humana, podemos nos questionar: 
E racionalidade? O que é? 
Racionalidade liga-se à ideia de racional, compreendendo dessa maneira que o ser 
humano é um ser racional, que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é 
racional, ou seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, suscetíveis 
de serem entendidos. 
Galileu, por exemplo, acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e suscetíveis 
de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de Aristóteles. 
O Sistemático 
O que significa Sistemático? 
O termo sistemático liga-se à ideia de sistema, que denota o sentido de um todo 
organizado, interconectado em suas partes. 
Uma pesquisa, por exemplo, segue um método sistemático porque é um processo de 
construção do conhecimento a partir de objetivos gerais e específicos que visam 
alcançar algum fim. Cada etapa da pesquisa dever estar interconectada formando um 
sistema coerente de procedimentos e ideias, constituindo, assim, um todo organizado. 
Pode-se notar que a intenção de Galileu era remontar um cenário, dentro de um 
sistema, que desmistificasse os feitos de Aristóteles baseado nos fatos. 
É interessante observar que, ao falarmos em termos como racional e sistema, nos 
vinculamos ao sentido de método. 
O Método 
E o que seria Método? 
A palavra método vem do grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para chegar a um fim. 
Nossos dicionários definem método como o conjunto de procedimentos para atingir um 
objetivo, ou seja, uma maneira ordenada e sistemática de agir. 
Assim fez Galileu, de maneira ordenada, provando que Aristóteles estava errado através da 
queda das esferas.” 
Portanto, Metodologia é um conjunto de métodos. Por isso, nos acostumamos a dizer que 
uma pessoa é metódica quando segue um método de trabalho ou quando se preocupa com os 
detalhes. 
O que é o Método Científico? 
“Trata-se de um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõe problemas 
científicos e colocam-se à prova as hipóteses científicas.” (BUNGE apud LAKATOS, 2000, p. 44) 
No sentido literal, a Metodologia representa o estudo dos métodos e, especialmente, do 
método da ciência, que se supõe universal. 
 
Mas você já analisou por que o método é tão importante? 
 Veja, então, a sua utilidade: 
• Ajuda a compreender o processo de investigação; 
• Possibilita a demonstração; 
• Disciplina suas ações; 
• Ajuda a perceber erros; 
• Auxilia as decisões do cientista. 
O método é, então, um plano de ação, em que a técnica utilizada é o modo ou a maneira de 
realizar a atividade pretendida, permitindo que o procedimento escolhido ocorra de maneira 
hábil e, se possível, perfeita. 
CURIOSIDADE 
Você sabia que o método científico pode ser visto como a ISO 9000 da ciência? “Não diz se o 
produto serve, não diz se o achado científico é importante, apenas diz que o processo de busca 
seguiu as regras do jogo. A evidência foi corretamente coletada, os procedimentos estatísticos 
e o tratamento dos dados são apropriados.” (CASTRO, 2006, p.59) 
O método científico pode se sustentar em dois procedimentos: 
Método Dedutivo: O cão estava desolado, o seu sofrimento por amor estava lhe consumindo. 
Não havia reciprocidade de sentimentos. A cadela nem sabia da sua existência e vivia no seu 
mundo paralelo. Tudo era triste até o momento em que o cão escutou algo que mudou a sua 
vida... OBS. Pesquisas comprovam a existência de coração em todos os mamíferos. 
Todo mamífero tem um coração; 
Todos os cães são mamíferos; 
L Amor... 
 Você tem coração!! !ogo, todos os cães têm um coração. 
Você observou que todas as premissas e a conclusão – segundo a lógica ― são verdadeiras? 
 
Concluir que: todos os cães têm coração, ideia presente nas premissas, significa dizer que o 
argumento dedutivo enuncia uma informação ou ideia já conhecida, ou seja, o método 
dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo dos enunciados, apresentando uma 
conclusão inevitável, a partir de dados gerais para dados particulares. 
Método Indutivo: Durante a manutenção de um poste de energia, o eletricista, ainda novo no 
ramo, notou que existia uma instalação irregular, feita com cobre, zinco e cobalto e pensou... 
O cobre conduz energia. O zinco conduz energia. O cobalto conduz energia... ...Logo, todo 
metal conduz energia. 
todo metal conduz energia: Aqui temos dois dados que decorrem da experimentação e do 
raciocínio alcançados em uma realidade desconhecida e universal ("todo metal conduz en 
Observe que o Eletricista passa por 3 etapas: 
• Observação dos fenômenos; 
• Descoberta da relação entre eles; 
• Generalização da relação. 
Uma crítica ao Método indutivo: 
 David Hume (1711-1776), empirista inglês, investigou o método de indução, colocando o 
seguinte problema: como podemos transportar uma informação particular (de um fato 
observado) para uma lei geral? Ou, dizendo de outro modo, como podemos fazer conexões 
lógicas e necessárias entre as coisas? 
 Sua resposta apontou para a ideia segundo a qual os conhecimentos oriundos da experiência 
podem ser considerados verdadeiros. 
 Todavia, partindo de tal constatação, não seria possível alcançar as generalizações feitas pelo 
intelecto, uma vez que não há garantias de veracidade nesse segundo momento, o que 
significa dizer que nada legitima a passagem de uma experiência singular para um enunciado 
universal, como acredita o empirismo clássico. 
Características que distinguem os argumentos: 
Até aqui estudamos duas abordagens importantes para o método científico: a abordagem 
dedutiva (dependente da lógica) e a indutiva (dependente da experiência empírica). 
 Se por um lado podemos criticar o método dedutivo por não ampliar o conhecimento, por 
outro podemos apontar que ele nos traz um conhecimento provável, pois somente um exame 
de todos os elementos garantiria uma indução perfeita. 
 Neste caso, se algumas induções não se confirmam, deve-se buscar os elementos que 
resultaram em erro, não abandonando a investigação. 
Assim, encontramos duas característicasque distinguem os argumentos: 
DEDUTIVO: Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será verdadeira. Toda a 
informação contida na conclusão já estava presente nas premissas. 
INDUTIVO: Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será provável. A conclusão 
apresenta informação que não estava presente nas premissas. 
“A ciência da dedução”, em que Watson e Holmes conversam sobre o método dedutivo logo 
após a famosa afirmação de Holmes de que a mente humana é um sótão vazio, sendo 
necessário armazenar nele os objetos que escolhemos. E na sua visão, um tolo o entope com 
todo tipo de bobagem que encontra. DOYLE, Arthur Conan. Um estudo em Vermelho. São 
Paulo: Melhoramentos, 2008, pp.33-39. 
Vejamos um caso interessante: 
Um pesquisador decide estudar determinada planta. Ele parte de conhecimentos prévios 
sobre o objeto escolhido. 
 
Em certo momento ele percebe que as folhas cobertas por pelos (tricomas) não foram 
atacadas por lagartas de borboletas. Fato que ocorre frequentemente com as folhas sem 
pelos. 
 O pesquisador, então, faz o seguinte questionamento: é possível afirmar que a presença de 
pelos nas folhas da planta dificulta a predação? 
 Em seguida, apresenta a hipótese: a presença de pelos em folhas de plantas dificulta a 
predação por lagartas de borboletas. 
 Neste ponto, o cientista realiza a testagem de sua hipótese. Separa algumas folhas com pelos 
e outras sem pelos e verifica a predação para observar a hipótese formulada. 
Aqui temos um caso típico do método indutivo e você perceberá como fica fácil notar as três 
etapas do método: 
Observação dos fenômenos: O pesquisador, então, faz o seguinte questionamento: 
É possível afirmar que a presença de pelos nas folhas das plantas dificulta a predação? 
Descoberta da relação entre eles: Em certo moimento ele percebe que as folhas cobertas por 
pelos (tricoma) não foram atacadas por lagartas de borboletas. Fato que ocorre com as folhas 
sem pelos. 
Generalização da relação: Em seguida, apresenta a hipótese: a presença de pelos em folhas de 
plantas dificulta a predação por lagartas de borboletas. 
Método hipotético-dedutivo 
Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado 
hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se 
submeter ao critério da falseabilidade. 
FALSEABILIDADE: É uma teoria é o critério de cientificidade. Isso quer dizer que a verdade de 
uma teoria será mantida até que seja negada. O fato de poder ser negada é o que confere o 
status de científica a uma determinada teoria. 
Popper dizia que qualquer enunciado que só tenha termos observacionais poderia dizer mais 
do que se pode ver. 
TERMOS OBSEVACIONAIS: Referem-se a entidades diretamente observáveis, ou seja, tudo 
que se pode constatar a primeira vista, como, por exemplo, as características palpáveis de um 
objeto: grande ou pequeno, leve ou pesado, levando em consideração a cor, o modelo, a 
temperatura, etc. 
Como assim? 
EXEMPLO: 
"Este copo tem água" 
Exemplo de enunciado básico, que só conta com termos observacionais e singulares. 
Se você provar o conteúdo do copo e sentir um gosto amargo, estará bebendo água? 
( ) SIM ( * ) NÃO 
E se o conteúdo do vaso for resfriado e se congelar a 10 graus abaixo de zero, ele continuará 
sendo água? 
( ) SIM (* ) NÃO 
Quando dizemos que algo é água, estamos assumindo: 
• Que congela a 0 grau; 
• Que ferve a 98 graus; 
• Que não tem cor, nem cheiro, nem gosto; e 
• Que essas características não mudam com o tempo. 
Método hipotético-dedutivo- O que esse exemplo quer dizer? 
Quer dizer que, se o cientista seguir rigorosamente cada fase desse método e, ao final, 
constatar que sua hipótese deve ser refutada, como no caso do líquido do copo que deixa de 
ser água, poderá encontrar argumentos científicos suficientes para formular críticas às teorias 
existentes e seus paradigmas. Essas teorias foram consideradas como ponto de partida para 
novas pesquisas. 
Toda hipótese contém uma predição, ou seja, uma suposição e precisa passar pelo 
falseamento. O cientista testará sua hipótese, analisará os resultados para alcançar a 
confirmação de sua suposição ou refutá-la. Se a hipótese não for corroborada, poderá, a partir 
dos dados obtidos, construir nova hipótese. 
PREDIÇÃO: Ato de dizer, profetizar ou supor. 
Atenção: as hipóteses científicas não podem ser vistas como verdades absolutas, mas, sim, 
como explicações plausíveis. 
→Para encerrarmos esta aula, veja um esquema de como se dá o processo de conhecimento: 
→ Observações 
→ Descobrimentos 
→ Documentação 
→ Hipóteses 
→ Novas perguntas 
→ Experimentação 
→ Continuar aprendendo 
→ Conclusões 
APRENDA MAIS: 
Referências Bibliográficas 
CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2006. 
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. 
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2000. 
POPPER, K. Lógica das Ciências Sociais. Rio de Janeiro - Brasília: Tempo Brasileiro/Universidade 
de Brasília, 1978. 
SANTOS, A. R. Metodologia Científica. A construção do conhecimento. RJ: Lamparina, 2007. 
SEVERINO, Antônio J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007.

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