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UNIVERDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MORGANNA MIOTTO NICOLE S. BONA RENAN PELAQUIM BERTOLINI SUELLE GARCIA GABRIEL APS – Atividade Prática Supervisionada BRITADOR DE ROLOS TOLEDO 2015 RESUMO Este trabalho teve como propósito apresentar uma alternativa para minimizar e reduzir o volume dos resíduos. Essa alternativa pode reduzir custos com transporte, reduzir o volume de resíduos que são depositados no ambiente e consequentemente fazer com que esses resíduos sirvam de agregado para a produção de novos materiais. O método foi à utilização de prensa de rolos para a redução do volume dos resíduos. A utilização de prensas de rolos na indústria teve inicio em meados da década de 80, em aplicações de cominuição, na indústria de cimento, tratando material de britagem relativamente fácil. A partir de então, as prensas de rolos tem sido aplicadas com sucesso a materiais mais resistentes e abrasivos. Hoje, em minério de ferro, por exemplo, são utilizadas para britagem grosseira, britagem de pebble de moinho autógenos, remoagem pré- pelotização e britagem. O trabalho consiste em medir o volume de uma quantidade de resto de construção e após passar pelo protótipo verificar se houve mesmo a diminuição no volume o que garante a eficácia do equipamento e por consequência a economia. Ao final apresentaremos os resultados através de uma tabela que relaciona a quantidade de resíduos de entrada e qual a economia conseguida com o equipamento. INTRODUÇÃO As prensas de rolos são equipamentos de cominuição que consistem em um par de rolos girando em sentidos opostos, no trabalho em questão, os rolos serão movimentados manualmente. E a diminuição de tamanho dos resíduos ocorrera pelo efeito da cominuição interparticular. A mina de Los Colorados, de propriedade da Companhia Minera Del Pacifico, localizada no Chile, é um exemplo na utilização de prensas de rolos para granulometrias grosseiras em minério de ferro. Em geral, a motivação para a utilização de prensas de rolos está relacionada à sua maior eficiência energética, se comparada com a eficiência dos britadores e dos moinhos convencionais, pois, nas prensas de rolos ocorre lenta aplicação de cargas sobre partículas. Causando colapso estrutural dos grãos, de modo que a energia perdida em calor e ruído é minimizada. Os principais objetivos deste trabalho é desenvolver um protótipo artesanal com materiais reciclados, a fim de reduzir a granulometria dos resíduos (tijolo, pedra, restos de construção) de forma simples e eficaz. O movimento de rotação dos cilindros é responsável pela trituração dos pedaços de tijolo. A adoção dessa medida mostrou-se bastante eficiente, apresentando resultados satisfatórios que reduziram o volume de resíduos sólidos, podendo assim proporcionar ganhos econômicos e ambientais. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste item serão conceituados alguns termos usados especificamente em testes de prensas de rolos. Rotação Momento Angular Torque O que caracteriza o movimento em geral é a variação do vetor de posição. Dizemos assim que houve movimento se o vetor de posição r passou para outro vetor de posição r', isto é: Nós dizemos que o movimento é de rotação pura se a direção e o sentido do vetor posição mudam, ou seja, se apenas o módulo do vetor permanece constante. Portanto, numa rotação pura: Podemos expressar o deslocamento devido à rotação como função do vetor posição r. Para isso, introduzimos o vetor deslocamento angular. O vetor deslocamento angular é definido (como todo vetor) a partir do seu módulo, direção e sentido. Direção A direção do vetor deslocamento angular é dada pelo eixo de rotação. Sentido O sentido é dado pela regra da mão direita. Com a mão direita leve r para a nova posição. O polegar indica o sentido. Módulo O módulo é igual à variação ∂ᶱ (do ângulo de rotação). O momento angular, L, é uma grandeza física muito importante, especialmente em se tratando de rotações, mas cuja definição é um tanto quanto abstrata. Ela é definida como o produto vetorial do vetor posição e do vetor quantidade de movimento. L = r X p Vê-se que L é um vetor perpendicular a r e a p e, por isso, na maioria das vezes, ela acaba levando a dificuldades de visualização. No entanto, é uma quantidade física fundamental e importante no estudo da rotação de um corpo. A quantidade de movimento de um corpo pode ser nula (o que significa que ele não está em movimento de translação) e ainda assim ter momento angular total diferente de zero. O momento angular total está para o movimento de rotação assim como a quantidade de movimento total está para o movimento de translação. Como p = mv, e usando expressão V = ω X r podemos escrever o momento angular em termos de velocidade angular, como: L = r X (ω) X r Para um sistema de partículas, definimos o momento angular total como a soma dos momentos angulares de cada uma das partículas. Um corpo em rotação tem um valor definido para o momento angular. Pode-se, portanto, dizer que, se o corpo está em rotação, ele tem momento angular e vice-versa. O torque (Ƭ) de uma força (F) é definido como o produto vetorial entre a posição onde aplicamos a força. Ƭ = r X F Trata-se, portanto, de uma grandeza vetorial. Um exemplo muito simples é o binário de duas forças. Nesse caso, aplicamos a um corpo a mesma distância (a partir de uma origem comum) duas forças de mesmo módulo, mas sentidos opostos. Nesse caso, a força total é nula, mas a soma dos torques, não. Analogamente, definimos, quando mais de uma força atua sobre o corpo, o torque total como a soma dos torques produzidos por cada uma das forças. Um corpo se coloca em rotação quando aplicamos torques sobre ele. A variação de velocidade angular ocorre sempre como resultado de torques aplicados a um corpo. Rotações ocorrem como resultado de torques aplicados a um corpo, ou seja, Torque é igual à taxa de variação do momento angular. Isso significa que os torques aplicados às partículas levam a alteração no momento angular. No caso sistema binário (de duas forças opostas), o corpo sujeito ao binário se colocará em rotação pura (sem movimento de translação). Além desses tópicos, foram utilizados nesse relatório dois artigos em particular para auxiliar na realização do mesmo. Os links são: [1] http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/117446. [2] http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=56416596026. METODOLOGIA O primeiro passo foi encontrar os materiais que suprissem a necessidade do experimento. Então para os rolos foi utilizado um cilindro de pão com dois rolos lisos. Para coletar o produto final criamos uma caixa com madeira retirada de um Pallet, o custo para a produção deste protótipo foi insignificante, pois os materiais usados foram todos de baixo valor ou reciclados. Imagem 1: Cilindro de Pão Fonte: Autor Os rolos possuem as seguintes características: Raio dos cilindros: 2,65 cm Comprimento dos cilindros: 29 cm Como o britador funciona manualmente através de uma manivela, a velocidade dos rolos não pode ser medida, pois varia constantemente. Imagem 2: Manivela Fonte: Autor Como os cilindros eram lisos os tijolos não eram moídos como o esperado, então para melhorar a trituração foram colocados parafusos em toda a superfície dos cilindros. Imagem 3: Rolos com parafusos Fonte: Autor A caixa foi construída a fim de coletar os tijolos já triturados, ela foi parafusada em toda sua estrutura. Imagem 4 e 5: Construção da caixa Fonte: Autor Imagem 6 e 7: Construçãoda caixa Fonte: Autor Após a construção da caixa, fixamos o cilindro de pão na caixa de uma forma que os tijolos triturados caíssem diretamente dentro da caixa. Imagem 8: Fixação do cilindro Fonte: Autor E por fim o protótipo pronto. Imagem 9 e 10: Protótipo pronto Fonte: Autor Após a construção do protótipo os testes foram realizados, ou seja, coletamos uma quantidade de tijolos e restos de cimento, calculamos o volume e passamos pelo britados para a analise, por fim verificamos qual foi a redução do volume em porcentagem. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com a realização do trabalho, e os testes foi possível comprovar a eficácia do protótipo, que apesar de simples e sem aperfeiçoar, conseguiu triturar os tijolos e alguns pedaços de cimento, fazendo com que ao final o volume fosse menor. A redução do volume foi de 28,57 %. Comparando o valor de uma caçamba de entulho nos dias de hoje, propomos um calculo simples para ver em valores (reais) qual seria a economia gerada. E assim obtivemos uma tabela: Redução Preço R$ 28,57 % 180,00 Quantidade de entulho em m³ Quantidade de caçambas Preço R$ Quantidade de entulho depois Quantidade de caçamba depois Preço R$ Economia 3,8 2 360,00 2,7 1 180,00 180,00 38,6 13 2.340,00 27,55 10 1.800,00 540,00 385,7 129 23.220,00 275,5 92 16.560,00 6.660,00 642,8 215 38.700,00 459,2 154 27.720,00 10.980,00 Planilha 1: Comparação de preços PLANILHA DE EXCEL Para a Planilha do Excel, calculamos o resultado da diminuição do volume de resíduos. O Volume Final também esta em m³. CONCLUSÃO Com um equipamento simples e prático que consiste em princípios da física, os entulhos podem ser vistos de uma forma diferente, passam a ser conhecidos como algo que tem valor. O processo de britagem reduz significativamente o volume dos resíduos para seu devido transporte e destinação adequada, além disso, este material gerado pode ser transformado em matéria prima para a construção civil, com, por exemplo, em cobertura de contra pisos, produção de tijolos ecológicos, entre outros. Além das vantagens já citadas, o equipamento tem baixa emissão de pó e gases, e alta capacidade de produção. Com isto, o potencial de crescimento deste mercado de gestão de resíduos é proporcional à quantidade de entulho gerado. BIBLIOGRAFIA [1] Proposta de minimização e redução de volume para disposição final de resíduos sólidos industriais no município de Novo Hamburgo: estudo de casos: duas empresas do setor calçadista e uma empresa do setor coureiro - Garcia, Ana Cristina de Almeida - http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/117446. [2] Aplicação de prensas de rolos em minério de ferro - Farley Santos Ribeiro ; José Francisco Cabello Russo ; Thiago Costa ; - http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=56416596026 [3] Halliday, D.; Resnick, R; Walker, J.; Fundamentos de Física: Volume 1: Mecânica. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
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