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3 SÉRIE TREINAMENTO Apostila - 3097 Juvenilton Firmino de Lemos Angelo Aparecido Doimo José Nilson Bezerra Filho 4º Revisão HIDROTÉCNICA Três Irmãos 2006 4 INDICE Apresentação 05 Introdução 06 Classificação das hidrelétricas 07 Barragens 14 Vertedores 28 Comportas 39 Tomadas d´água 56 Grades 59 Canal de Fuga 61 Casa de máquinas 63 Turbinas hidráulicas - Classificação - Turbina Pelton - Turbina Francis - Turbina Kaplan 66 67 75 78 89 Vedações 94 Mancal de escora 96 Mancal de guia 98 Macaco hidráulico 102 Cavitação 104 Bibliografia 109 5 APRESENTAÇÃO O objetivo deste trabalho visa dar ao usuário noções de centrais hidrelétricas desde os tipos de barragens e vertedores com suas principais características, bem como os tipos de turbinas e seus principais elementos. 6 INTRODUÇÃO Não devemos considerar apenas o rio, ignorando o que se passa nas suas margens, nem atuar sobre o solo, esquecendo que há um elemento propício ao serviço do homem, do ser vivo e do meio, que é o rio. O primeiro papel do rio, a serviço do homem, foi a pesca, que é ainda hoje fonte de alimentação; o segundo foi o transporte, cada vez mais imprescindível, à medida que as necessidades humanas crescem. Por outro lado, a vegetação natural foi a que primeiro serviu para reduzir os perigos do rio, absorvendo parcialmente os excessos de precipitações, amainando as cheias do rio. É por essas razões que, ao examinarmos a bacia hidrográfica de um rio, não devemos esquecer ou ignorar a dependência natural e mútua entre o rio e a terra; este aspecto da questão, completamente relegado ao abandono, tem sido considerado modernamente e já são numerosos os exemplos conhecidos, entrosando intimamente os interesses naturais do rio e da bacia. Dá-se, em tais casos, a denominação de racional, ou integral, ao aproveitamento de uma bacia hidrográfica, na qual tenham considerado simultaneamente os vários aspectos de interesse, tais como: 1. Produção de energia 2. Controle de cheias 3. Controle de estiagens 4. Controle de navegação 5. Aproveitamento na irrigação e vegetação 6. Suprimento de água e saneamento 7. Piscicultura 8. Turismo e recreação Nosso propósito é estudar especialmente a produção de energia, porém não podemos deixar de alertar o técnico para que tenha sempre em vista todas as possibilidades e necessidades da bacia. O especialista em hidroeletricidade não deve olhar fixo numa só direção, sendo surdo aos outros reclamos, pois disso poderão resultar malefícios posteriores quase insanáveis. 7 CLASSIFICAÇÃO DAS HIDRELÉTRICAS As usinas hidrelétricas apresentam uma característica típica em presença da curva de carga. A classificação corrente que se utiliza é a seguinte: a) Usina de base b) Usina de ponta a) USINA DE BASE Mantém capacidade firme durante cerca de 100% do tempo; a característica principal desta classe de central é o elevado fator de capacidade*, que oscila entre 70 e 100%. Significa este alto fator de capacidade que a usina opera praticamente com plena carga, durante a maior parte do ano. Com esta característica a usina preenche a base da curva de carga. (Fig. 01). b) USINA DE PONTA Tem por função atender os picos da curva de carga, e só estes, porque a sua plena capacidade não pode ser utilizada em caráter permanente, mas só por tempo escasso, o suficiente para cobrir as necessidades do mercado nas horas de máxima solicitação. As definições acima referem-se aos casos clássicos, em torno dos quais há muitas variantes que permitem estender as duas classificações, dando maior amplitude às definições. a) Usinas a fio d’água, sem reservatório b) Usinas a fio d’água, com reservatório c) Usinas com reservatório por bombeamento d) Usinas com bacia de acumulação Diferença entre reservatório e bacia de acumulação: RESERVATÓRIO É um represamento de pequeno porte, suficiente para regularização diária ou semanal. BACIA DE ACUMULAÇÃO É um represamento de grande porte, capaz de regularização anual ou plurianual do rio. Segundo a classificação anterior temos: a) USINA A FIO D´ÁGUA SEM RESERVATÓRIO É sempre uma usina de base. Utiliza a descarga mínima do rio, garantindo a plena capacidade durante todo o período. Há desperdício de água sempre que a descarga ultrapassar a mínima, sendo que o vertedor alivia a maior parte da potência e da energia disponível nesse período. A posição de uma usina de base sem reservatório está indicada na curva de duração das descargas. A usina base sem reservatório é equipada com turbinas hidráulicas até o limite da descarga mínima do rio. Exemplo de uma usina a fio d´água sem reservatório. ECLUSA JUSANTE USINA CANAL DA ECLUSA POSTO DE DISTRIBUIÇÃO CANAL ADUTOR CANAL DE DESVIO BARRAGEM DE RETENÇÃO Fig. 01 8 b)- USINA A FIO D´ÁGUA COM RESERVATÓRIO. Fig. 02 Participa de ambas as funções já referidas, base e ponta, predominando uma ou outra segundo a capacidade do reservatório seja grande ou pequena. Caso a usina seja isolada, deverá ser equipada de modo a atender integralmente a curva de carga, operando, pois, a fio d´água na base e cobrindo a ponta à custa do reservatório. 9 c)- USINAS COM RESERVATÓRIO POR BOMBEAMENTO TOMADA D´ÁGUA GALERIA DE DERIVAÇÃO CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO RESERVATÓRIO INFERIOR CONDUTO DE ASPIRAÇÃO TÚNEL DE FUGA USINA TURBINA BOMBA CONDUTO FORÇADO RESERVATÓRIO SUPERIOR Fig. 03 Este tipo de aproveitamento é bastante comum na Europa, principalmente na Suíça e Itália. São usinas hidroelétricas que operam nas pontas de carga, utilizando a água em ciclo fechado, por meio de dois reservatórios, um a montante abastecendo as turbinas e outro à jusante recolhendo e retendo água de descarga. A água deste reservatório é recalcada para o de montante nas horas de mínima carga do sistema, através da utilização de bombas, cuja energia é suprida por outras usinas durante os períodos de pequena demanda (madrugada), alimentando os motores das bombas. A água aproveitada de retorno volta a acionar as turbinas na ocasião conveniente. 10 d) USINAS COM BACIA DE ACUMULAÇÃO Fig. 04 Estas usinas retêm, por meio de grandes barragens, a descarga natural do rio, formando enormes reservatórios denominados bacia de acumulação, pode ser dimensionada para uma regulação anual ou plurianual, sendo que, no primeiro caso, é tomada por base a potência da usina e a descarga média de vários anos denominada média de longo termo (MLT). Considera-se bacia de acumulação com regulação anual quando se trata de um rio cujo ciclo hidrológico é muito regular, enquanto que a bacia de acumulação com regulação plurianual é utilizada quando o ciclo hidrológico é muito irregular. 11 12 QUESTIONÁRIO - RESERVATÓRIO 01) Qual a classificação das usinas quanto à curva de carga? ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 02) O que vem a ser usina de base? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 03) O que vem a ser usina de ponta? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 04) Qual a denominação das usinas quanto ao aproveitamento? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 05) Por que a usina a fio d´água é considerada somente usina de base? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 06) Como funciona a usina a fio d´água com reservatório? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 07) Como funciona a usina com reservatório por bombeamento? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 08) O que deve ser considerado para se classificar uma usina com sendo bacia de acumulação? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ BARRAGENS DEFINIÇÃO Definimos barragem como sendo uma estrutura hidráulica destinada a obstruir um curso d´água. No caso de aproveitamento hidroelétrico, a função primária da barragem é o aumento do nível d´água que, por conseqüência, criará um reservatório que poderá atender a outras finalidades (conforme apresentação). OBSTRUÇÃO DO RIO PARANÁ PELA BARRAGEM DE ILHA SOLTEIRA Fig. 05 13 ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS DE UMA BARRAGEM Fig. 11 6 2 5 4 1 3 Fig. 06 1 - Face (ou talude) de montante; 2 - Face (ou talude) de jusante; 3 - Crista ou coroamento; 4 – Maciço; 5 – Base; 6 – Fundações. CONCRETO 6 2 5 4 1 3 Fig. 07 14 FORÇAS QUE ATUAM NUMA BARRAGEM Dada a grande importância e responsabilidade da barragem e das gravíssimas conseqüências oriundas de eventuais defeitos, torna-se necessário considerar no projeto as forças que atuam na estrutura. FRFU F1 F2 F3 Fig. 08 F1 - PESO PRÓPRIO DA BARRAGEM Fácil determinação. Depende do volume e peso específico do material. F2 E F3 - EMPUXO HIDROSTÁTICO E PESO DA ÁGUA Nos casos da face montante ser inclinada, considera-se além do empuxo hidrostático, o peso da água na face montante. FU - SUBPRESSÃO DA ÁGUA Embora sejam tomadas medidas conta a percolação, parte da água escoará, sob pressão, entre a barragem e as fundações. Devido a isso, o peso da estrutura será parcialmente suportado pela água. A percolação deve sempre ser eliminada. FR - REAÇÃO DA FUNDAÇÃO Todas as forças atuantes na barragem darão uma força resultante. Para uma barragem em equilíbrio estático, é necessário que essa resultante seja absorvida pela reação da fundação. 15 16 TIPOS DE BARRAGEM QUANTO AO MATERIAL As barragens, consideradas sob o ponto de vista do material empregado, podem ser: a) Barragem de concreto; b) Barragem de terra; c) Barragem de enrocamento. QUANTO A FORMA Quanto ao comportamento estático das estruturas, elas são classificadas em: a) Barragem de gravidade; b) Barragem em abóbada; c) Gravidade abóbada; d) Abóbadas múltiplas. Na escolha do tipo de barragem a ser construída, levam-se em consideração estes fatores: 1 – Segurança; 2 - Custo da estrutura; 3 - Disponibilidades dos materiais de construção; 4 - Características do local. BARRAGEM DE GRAVIDADE É aquela que resiste às forças nela aplicadas, devido, exclusivamente, ao próprio peso. Trata-se, portanto, de um puro e simples bloco de sustentação. (Ver foto abaixo). A expressão "Barragem de gravidade" é, na prática, empregada para designar barragens de alvenaria ou de concreto, de perfil sensivelmente triangular ou trapezoidal para as barragens de terra ou enrocamento. Deve-se observar que a barragem de gravidade, em concreto, deve sempre ser construída sobre terreno rochoso. Fig. 09 - Barragem de concreto tipo gravidade Quando o terreno rochoso se acha a grande profundidade, a barragem de concreto poderá ser substituída por barragem de terra que, então, é quase sempre mais econômica. 17 ALGUMAS VANTAGENS As barragens de gravidade possuem estruturas de grande durabilidade, baixo custo de manutenção e adaptabilidade a qualquer local, mas com altura limitada pela resistência das fundações. ALGUNS TIPOS DE BARRAGENS DE GRAVIDADE 18 Fig. 15 Fig. 16 CONCRETO CONCRETO CONCRETO Fig. 10 Fig. 11 ENROCAMENTO TERRA Fig. 12 Fig. 13 BARRAGEM EM ABÓBADA São barragens curvas, em forma de arco de círculo, que repartem todos os esforços de pressão horizontal da água sobre as bordas laterais, sobre as quais ela se apóia. São instaladas em regiões montanhosas exemplo do que pode ser visto na foto abaixo (Usina Hidrelétrica Funil). Fig. 14 19 O vale a ser barrado deve ser estreito e as encostas destinadas a suportar as tensões do arco e devem apresentar elevados requisitos da compactibilidade, estabilidade e resistência. O único material empregado nesse tipo de barragem é o CONCRETO ARMADO. Este tipo de barragem é de menor custo do que qualquer barragem de concreto, devido ao menor volume de material e maior segurança em relação as outras. Entretanto, são raros os locais onde pode ser construído esse tipo de barragem. Ela deve ter um comprimento pequeno em relação à sua altura. BARRAGEM DE GRAVIDADE - ABÓBADA De perfil triangular, mas construída em arcos de círculo, de maneira a transferir a parte dos esforços para as bordas laterais e partea ser absorvida pelo próprio peso. Fig. 15 20 Essa disposição permite afinar o perfil da barragem, assegurando um bom coeficiente da segurança. São todas necessariamente construídas em concerto e apresentam uma economia de 35 a 40% em relação à barragem de gravidade. BARRAGENS DE ABÓBADA MÚLTIPLAS São construídas em concreto armada, formadas de diversas barragens em abóbadas que se apóiam sobre os contrafortes maciços, cuja função é transmitir o peso da própria estrutura e o empuxo da água às fundações, normalmente instaladas em regiões de planícies. 21 Fig. 16- Barragem de abóbadas múltiplas BARRAGEM DE TERRA É a mais antiga e mais elementar, conhecida e construída desde séculos. A barragem de terra, embora mais econômica que a de concreto, requer uma constante manutenção, se bem que irá diminuindo à medida que a estrutura adquire sua posição final. Esse tipo de barragem se presta a qualquer tipo de fundação, mesmo que não seja rocha compacta. INCONVENIENTES DA BARRAGEM DE TERRA 01. Efeitos destrutivos das ondas do lago sobre a face do talude de montante. (Fig. 22). Fig. 17 02. Erosões causadas pelas chuvas no talude de jusante. Fig. 18 03. Infiltração ocasiona erosão à jusante da barragem. Reg. Sêca Fig. 19 22 COMO EVITAR TAIS EFEITOS PREJUDICIAIS À BARRAGEM? 1o Caso: basta jogarmos uma camada de pedra na face ou talude de montante da barragem. Fig. 20 2o Caso: eliminamos tal efeito plantando grama ou jogando pedras na face ou talude de jusante. Fig. 21 3o Caso: a infiltração é evitada construindo a barragem com núcleo impermeabilizante de areia e fazendo drenos que permitam a mudança de direção da infiltração. Fig. 22 23 BARRAGEM DE ENROCAMENTO É formada de pedra e terra. Tal como a barragem de terra, possui o núcleo impermeável de argila. A figura abaixo mostra como é construída a barragem de enrocamento. Taludes de montante e de jusante construídos com terra e pedra (enrocamento). 24 Enrocamento Terra e Pedra Fig. 23 25 BARRAGENS 01) Defina barragem. ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 02) Qual a função primária da barragem? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 03) Quais os elementos característicos de uma barragem? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 04) Quais as forças que atuam numa barragem? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 05) Quanto ao material, quais os tipos de barragens? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 06) Quanto ao comportamento estático quais os tipos de barragens? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 07) Quais os fatores levados em consideração para se construir uma barragem? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ 26 ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 27 08) Por que se denomina Barragem de Gravidade? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 09) O que vem a ser Barragem Abóbada? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 10) Quais os requisitos que um terreno deve ter para se construir uma barragem abóbada? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 11) O que vem a ser Barragem Abóbada Gravidade? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 12) O que é Barragem de Abóbadas Múltiplas? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________13) Quais os inconvenientes da Barragem de Terra? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 14) Quais os meios para evitar os inconvenientes da Barragem de terra? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 28 15) Como é formada a Barragem de Enrocamento? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________ VERTEDORES GENERALIDADES Vertedores são estruturas hidráulicas, destinadas a deixar passar a carga excessiva das cheias, no local da barragem, sem perigo de danificá-la de modo que o nível do reservatório não ultrapasse a cota máxima permissível. Um vertedor deve permitir o escoamento do excesso da água sem obstáculos. Fig. 24 PARTES ESSENCIAIS 1. Estruturas que captam e dirigem a água para descarga; 2. Conduto de pressão ou superfície livre que garanta o escoamento da água a jusante da barragem. 29 CRITÉRIOS ADOTADOS NA CAPACIDADE DO VERTEDOR 1. Quando o reservatório for de pequeno volume de armazenamento, a vazão de dimensionamento deve ser praticamente igual à máxima vazão do curso d’ água; 2. Quando o reservatório for de grande volume de armazenamento, pode haver uma redução no valor do dimensionamento, pois parte da vazão de enchente pode ser temporariamente retida no reservatório. CONDIÇÕES QUE O VERTEDOR DEVE SATISFAZER 1. EM REGIME NORMAL: Manter o nível da água no reservatório na cota máxima admissível, para se obter uma queda máxima. 2. EM PERÍODOS DE CHEIA: Neste caso, é necessário que o vertedor permita o escoamento da vazão máxima, mantendo a segurança da barragem. 3. O escoamento não deve provocar escavações no pé da barragem à jusante. Em períodos de cheia, as vazões podem atingir valores elevados, sendo que a potência hidráulica a ser vertida pode ser bem maior que da própria usina. CLASSIFICAÇÃO DOS VERTEDORES Os vertedores são classificados em dois tipos: - Vertedor de superfície - Vertedor de fundo 1) VERTEDOR DE SUPERFÍCIE É o tipo de vertedor onde o nível da soleira está situado acima do nível da jusante. Nível Montante Fig. 25 30 2) VERTEDOR DE FUNDO É o tipo de vertedor onde o nível altimétrico da soleira está situado abaixo do nível da jusante. (Fig. abaixo). Fig. 26 Os vertedores de superfície são classificados ainda em: 1. Tulipa; 2. Bacia; 3. Salto de Esqui; 4. Bacia de dissipação 5. Sifão. VERTEDORES TULIPA A água escoa através de um vertedor de seção circular afunilado, comunicando-se com um canal vertical circular e um túnel, ligando a superfície montante à jusante e entra em funcionamento quando a água atinge o nível máximo. Fig. 27 31 Esse tipo de vertedor fica separado da barragem. Seu uso torna-se conveniente onde as barragens são de terra ou enrocamento. O vertedor Tulipa não evita a entrada de ar no túnel, que é comprimida pela água, formando perigosos bolsões de alta pressão. Para eliminá-los, utilizam-se suspiros, ou válvulas de alívio, que são colocados em uma das diversas partes do túnel. 32 ERTEDOR TIPO BACIA Esse tipo de vertedor é muito utilizado em barragens de arco e outros tipos de barrag V ens desde que elas sejam construídas de concreto. Esse tipo de vertedor entra em funcionamento quando o nível da água atinge o nível máximo, como ilustra a figura abaixo. Fig. 28 Existe também vertedores tipo bacia, em que as comportas são acionadas hidraulicamente, através de servo motores. São usadas geralmente como vertedores auxiliares com a finalidade de escoar corpos flutuantes. Fig. 29 Vertedor salto de esqui Fig. 30 Para que a água não danifique o pé da barragem, esta é desviada para cima, devido ao formato no final da pista (forma de trampolim), quebrando, dessa forma parte da energia cinética da água entregando-a suavemente ao rio. Esse tipo de vertedor recebe tal nome devido à evolução que a água faz. 33 VERTEDOR BACIA DE DISSIPAÇÃO O vertedor Bacia de Dissipação é similar ao vertedor Salto de Esqui, pois a evolução da água se comporta da maneira quase igual ao Salto de Esqui. Difere apenas no formato da pista, pois não possui o trampolim no final, mas pode ter no seu trajeto ressaltos hidráulicos para ajudar na dissipação da energia da água. Sua característica principal é a dissipação da energia da água através de um pequeno reservatório, formado pela própria jusante, que recebe o nome de Bacia de Dissipação, o que caracteriza o tipo de vertedor. Fig. 31 Fig. 32 34 VERTEDOR TIPO SIFÃO É utilizado onde a variação de água não é muito grande. Tal como o vertedor Tulipa, permite a regulação automática do nível da água. Entra em funcionamento com a vazão próxima à sua máxima capacidade. Trata-se de um condutor circular em forma de “U” invertido. Seu funcionamento obedece ao princípio dos vasos comunicantes. VERTEDOR EM FORMA DE SIFÃO ENCAIXADO NUMA BARRAGEM DE GRAVIDADE. Fig. 33 DIVERSAS SÃO AS MANEIRAS DE QUEBRAR A INÉRCIA DA ÁGUA, ENTRE ELAS DESTACAMOS: 1. Fazer o final da pista em forma de trampolim, desta forma, a água é desviada para cima, caindo em forma menos compacta, ou seja, amortizada, como mostra a figura abaixo. Fig. 34 - Vertedor Salto de Esqui 35 2. Colocar ressaltos hidráulicos no trajeto, ou no final da pista, que, por sua ação, quebraria quase totalmente a energia cinética da água. Fig. 35 3. Encontramos também, localizados na pista do vertedor, ressaltos hidráulicos de forma hidrodinâmica, cuja finalidade é ajudar a dissipar a energia da água que, ao incidir nesses ressaltos, é dividida em duas lâminas de sentido oblíquo ao original. Essa água, a grande velocidade vai ao encontro de outra lâmina de água, que também foi mudada de direção pelo perfil hidrodinâmico. Como conseqüência lógica, essas duas lâminas de água, ao se chocarem, dissipa quase toda sua energia e a resultante dessas duas lâminas segue seu trajeto, porém quase sem energia. Fig. 36 - Ressaltos Hidráulicos de forma hidrodinâmica 36 4. Outra maneira é construir no final da pista do vertedor um pequeno reservatório, o qual será formado pela própria jusante, a fim de quebrar a energia cinética da água através de rolos de água formados pelo seu próprio movimento. Fig. 37 Todas as soluções apresentadas objetivam dissipar a energia cinética da água antes que a mesma entre em contato com o terreno, cuja erosão pretende-se evitar. É comum encontrarmos usinas cujos vertedores apresentam um misto das soluçõesapresentadas. Fig. 38 37 38 VERTEDORES 01) O que é vertedor? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 02) O que o vertedor deve permitir? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 03) Quais as partes essenciais de um vertedor? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 04) Quais os critérios adotados na capacidade do vertedor? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 05) Quais as condições que um vertedor deve satisfazer em regime normal e em períodos de cheia? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 06) Qual a classificação dos vertedores? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 07) O que caracteriza um Vertedor de Superfície? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 08) O que caracteriza um Vertedor de Fundo? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 09) Quais os tipos de Vertedores Superfície? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 39 10) Onde é utilizado o Vertedor tipo Tulipa? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 11) Onde é utilizado o Vertedor tipo Bacia? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 12) Quando entram em funcionamento os Vertedores tipo Bacia ou Tulipa? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 13) Por que o Vertedor Salto de Esqui tem a forma de um trampolim? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 14) Por que o Vertedor Salto de Esqui recebe tal nome? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 15) O que caracteriza o Vertedor tipo Bacia de Dissipação? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 16) Onde são utilizados os Vertedores tipo Sifão? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 17) Quais as maneiras de se quebrar a inércia da água? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 18) Qual a finalidade dos ressaltos hidráulicos? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ COMPORTAS A) GENERALIDADES São dispositivos indispensáveis numa usina hidroelétrica. Têm a finalidade de impedir a passagem de água, ou regular essa descarga quando necessário. As comportas são utilizadas em diversos locais numa usina hidroelétrica, tais como; vertedores, tomadas d’ água, canal de fuga etc., tal como ilustra a figura abaixo. Fig. 39 COMANDO DAS COMPORTAS Quanto ao comando, as comportas podem ser de: - Comando manual mecânico; - Comando elétrico local; - Comando elétrico à distância; - Comando automático. 40 Quanto aos mecanismos de acionamento, podem ser divididos: MOTORES REVERSÍVEIS Funcionam em dois sentidos, os quais farão o acionamento da comporta através de cabos de aço ou correntes, que são acoplados à comporta e ao mecanismo de redução de rotação (engrenagem). Fig. 40 41 SERVO MOTO São acoplados na comporta através do êmbolo e fixados à estrutura de concreto através da base do cilindro. Seu acionamento é feito através de bombas hidráulicas de alta pressão. Fig. 41 42 GUINCHOS OU PÓRTICOS Também funcionam como motores reversíveis, fazendo o acionamento da comporta através de cabos de aço. Fig. 42 São utilizados para manobrar as comportas de manutenção, pois estas não possuem mecanismo de manobra individual, servindo, assim, um guincho para várias comportas. As comportas e seus mecanismos de elevação são dimensionados para suportar grandes esforços, pois tem que vencer seu próprio atrito, peso da comporta e força atuante da água. 43 B) TIPOS DE COMPORTAS Existem diversos tipos de comportas. Entre elas, as principais são: Deslizantes, Stoney, Wagon e Setor. 1. COMPORTA DESLIZANTE Este é o tipo mais primitivo de comporta. Provavelmente teve origem na necessidade de criar num rio, uma diferença de nível e, ao mesmo tempo, deixar passar a água em excesso, quando necessário. Fig. 43 Tal como ilustra o desenho acima, são comportas planas, cuja lateral desliza numa canaleta, que serve de guia na elevação ou vice-versa e, ao mesmo tempo, serve de impermeabilização lateral. Este tipo de comporta é de construçãorobusta e de fácil conservação, porém seu uso é limitado, por causa do grande atrito existente entre a parte lateral da comporta e a guia. O mecanismo de elevação, além de suportar o próprio peso da comporta, deve ainda, vencer o atrito dela, que aumenta com o aumento do vão a cobrir e a altura da lâmina d’água. Para diminuir esses esforços sem afetar sua robustez, são colocados nas comportas, roletes que rodam sobre trilhos instalados nas guias. De acordo com a disposição desses roletes, teremos o tipo de comporta. 44 2. COMPORTA STONEY Utilizada como comporta de segurança ou emergência, pois não possui posições intermediárias, portanto não serve para regular a passagem de água. Fig. 44 Tal como ilustra o desenho acima, à medida que a comporta se move, com ela se move o conjunto de roletes, diminuindo sensivelmente o atrito (os roletes são independentes da comporta). Com o objetivo de que a comporta tenha um deslizamento perfeito sobre o trem de rodilhos, este leva uma polia superior de suspensão por onde passa um cabo que de um lado está unido a um ponto fixo e por outro extremo está unido à comporta. 45 3. COMPORTA WAGON Também é utilizada como de segurança ou emergência, por não possuir posições intermediárias, não servindo para regular a passagem de água. Esse tipo de comporta possui, fixos na sua lateral, grandes roletes que giram em torno de seu próprio eixo, com o mínimo de atrito, e a parte exterior gira sobre trilhos, de acordo com o movimento da comporta, como mostra a figura abaixo. As comportas Wagon são preferíveis porque nas comportas Stoney os acessórios são mais frágeis. Fig. 45 Vantagens: elas são robustas e vedam de maneira eficiente e permite fazer a limpeza da grade antes da tomada de água. Inconvenientes: elas necessitam de custosas superestruturas. 46 4. COMPORTA SEGMENTO É uma estrutura metálica, constituída de dois braços que se articula em dois munhões... Fig. 46 ... Suportando nas extremidades, o tabuleiro em forma de arco. Fig. 47 47 Os esforços necessários à operação destes tipos de comportas não são excessivos por causa não só da espécie de movimento, como também do fato de serem instalados de forma que o empuxo da água possa auxiliar os movimentos. São usadas onde há grandes correntes de água. A articulação da comporta pode ser feita através de guinchos que acionam cabos de aço... Fig. 48 ... Correntes, ... Fig. 49 ... 48 ou mesmo servo-motores. Fig. 50 É talvez, o tipo de comporta de maior uso atualmente. Quanto à abertura, são calibradas para aberturas intermediárias, favorecendo a regulagem da passagem de água, podendo ter várias posições de abertura, dependendo do vão que estão cobrindo. IMPERMEABILIZAÇÃO DAS COMPORTAS As comportas, quando na posição fechada, devem evitar as infiltrações de água. Para tanto, costuma-se usar borrachas, ou qualquer outro elemento, que são colocados nas laterais e bordas inferiores da comporta, tentando, dessa forma, impedir prováveis vazamentos, (figura abaixo). Fig. 51 49 VÁLVULAS BORBOLETAS OU ESFÉRICAS São órgãos destinados a interromper a passagem da água nos condutos.Seu número e sua colocação variam de uma instalação para outra. Numa instalação de grande altura de queda encontra-se a partir da barragem: - A válvula de tomada situada à jusante das grades da tomada de água; - A válvula de saída situada no início do conduto forçado, que é o órgão de segurança da usina (fechamento telecomandado); - A válvula de chegada situada ao pé do conduto forçado junto à entrada da turbina. No caso de uma central situada imediatamente abaixo da barragem e onde cada turbina tem uma tomada d’ água distinta, instala-se uma só válvula na tomada d’ água. As válvulas de saída são geralmente do tipo borboleta. As válvulas de chegada ou de pé são geralmente do tipo borboleta ou esféricas. Fig. 52 50 COMPORTAS DE MANUTENÇÃO (STOP-LOG) Para manutenção das comportas, torna-se necessário a presença de uma outra comporta que a substituirá. Geralmente são várias comportas deslizantes que são empilhadas umas sobre as outras à frente da comporta que vai sofrer manutenção. Existem guias especiais para as comportas. Sua colocação e retirada é feita através de guinchos, tal como mostra a figura abaixo. Tal comporta recebe o nome de comporta de manutenção, ou mais comumente Stop-Log. 51 Fig. 53 Comporta de Manutenção (Stop-Log) Flutuante 52 Fig. 54 Tem por finalidade substituir a comporta local, isto é, nos vertedores de superfície, a fim de efetuar uma manutenção. É composta de uma peça única e necessita de um rebocador para movimentá-la, conforme figura acima. O Stop-Log será trazido para junto da barragem quando necessário. Uma das unidades ficará no local próprio do lago, totalmente submersa, para diminuir o efeito da corrosão, enquanto que a outra será levada para um estaleiro especialmente construído para sua manutenção. Para a colocação do Stop-Log, o mesmo será rebocado na posição horizontal. Fig. 55 80 00 Para assumir a posição vertical de trabalho suas câmaras estanques são cheias com água, do fundo para o topo, até que fique em posição para fechamento, quase totalmente submerso. 80 00 12 00 0 Fig.56 Nessa posição, é arrastado e pressionado contra a estrutura, através de guinchos fixados na estrutura da barragem. 53 80 00 32800 32000 Fig.57 Com o esvaziamento da água retida entre a comporta de Setor e o Stop-Log, o próprio empuxo da água do lago o mantém em posição na estrutura, já moldada com peças de espera para encaixe do Stop-Log. Fig. 58 IMPORTANTE: As manobras são efetuadas quando o nível do reservatório estiver numa posição intermediária da altura do vão da comporta. Para a retirada do Stop-Log, enche-se de água o espaço entre ele e a comporta Setor, para então restabelecer o equilíbrio de ar comprimido no interior do Stop-log, que expulsa a água através de válvulas especiais. A operação é feita de cima para baixo, esvaziando-se primeiro os compartimentos superiores, a fim de que a peça assuma a posição horizontal de navegabilidade. A embarcação de operação é equipada com compressor de alta capacidade, com mangueiras acopláveis às válvulas do Stop-Log, para injetar ar comprimido e acionar as válvulas. 54 COMPORTAS 01) Qual a finalidade das comportas? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 02) Onde são utilizadas as comportas? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 03) Quanto ao comando, como são comandadas as comportas? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 04) Quais os principais tipos de comportas? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 05) Qual a diferença entre as comportas Setor e comportas Wagon? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 06) O que foi feito para diminuir os esforços na comporta Deslizante? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 07) Quanto aos roletes; como é constituída a comporta Wagon? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 08) Por que se dá o nome de comporta Setor? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 55 09) Por que os mecanismos de comando da comporta Setor fazem menor esforço? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 10) Por que é usada impermeabilização de borracha nas comportas? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 11) O que vem a ser comporta de manutenção? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 12) Como é composto a comporta de manutenção flutuante? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ TOMADAS D’ ÁGUA As tomadas d’ água destinam-se a retirar de um curso d’ água ou de um reservatório a descarga necessária para a alimentação das turbinas com o mínimo possível de perda de carga. Existem duas classificações de tomadas d’ água: 1. Tomadas d’ água à superfície livre 2. Tomada d’ água em carga Não nos deteremos no estudo de tomadas d’ água à superfície livre porque atualmente quase não são mais construídas usinas com esse tipo de tomada d’ água, como mostra na figura seguinte. 56 Fig. 59 TOMADAS D’ ÁGUA EM CARGA Também chamada Tomada de Pressão, é obra característica de barragens com reservatório. Deve ficar a uma profundidade tal que fique submersa, apesar das variações de nível do reservatório, a fim de que possa captar água em quantidade suficiente para satisfazer a demanda da potência variável. Também deve possuir formato que evite o máximo de atrito com a água, tal como mostra a figura abaixo. Fig. 60 Em barragens de concreto, as tomadas d’ água geralmente ficam incorporadas a esta, figura abaixo. Fig. 61 Em barragens de terra ou enrocamento, as tomadas d’ água geralmente ficam localizadas no meio do lago, como na figura abaixo. Fig. 62 57 58 TOMADAS D’ ÁGUA 01) Para que serve a tomada d’água? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 02) Quais os tipos de tomada d’água? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 03) Por que é chamada tomada d’ água sobre pressão? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 04) Quais os cuidados a serem tomados quanto ao nível da água nas barragens e tomadas d’ água em carga? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 05) Onde são localizadas as tomadas d’água em carga nas barragens de concreto e terra? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ GRADES As grades são elementos montados à montante fixadas através de vigas horizontais denominadas pingos d’água de cada vão e dos pilares laterais e centrais. A finalidade das grades é impedir a passagem de corpos sólidos de dimensões consideráveis, que porventura venha em suspensão sem, no entanto atrapalhar o fluxo de água (figura abaixo). Fig. 63 O acúmulo de detritos na grade é acusado pelo aparelho detector de perda de carga na grade. A retirada do material acumulado é feita pelo rastelo da máquina LIMPA- GRADES. Ver figura abaixo. Fig. 64 59 60 GRADES 01) O que são grades? ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 02) Qual a finalidade das grades? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 03) Como se conhece que há acúmulo de detritos na grade? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 04) Como é feita a retirada de detritos na grade? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ CANAL DE FUGA Nas usinas, são os canais de fuga os responsáveis pela condução da água depois que passa pela turbina. Funcionam com uma descarga variável de acordo com a descarga da turbina. Possuem comportas cuja finalidade é impedir o retorno da água à turbina quando a mesma estiver em manutenção. Fig. 65 61 Fig. 66 62 CANAL DE FUGA 01) Para que servem os canais de fuga? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 02) Como funcionam os canais de fuga? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 03) Qual a finalidade das comportas nos canais de fuga? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ CASA DE MÁQUINAS Na casa de máquinas de uma central hidroelétrica são montados os grupos geradores para a produção de energia elétrica, bem como o maquinário auxiliar necessário para seu funcionamento. DA CASA DE MÁQUINAS FAZEM PARTE: a) Máquinas hidráulicas (turbinas) que transformarão a energia hidráulica em energia mecânica; b) Máquinas elétricas (alternadores) que transformarão a energia mecânica em energia elétrica; c) Máquinas secundárias (turbina e alternador) para a produção de energia destinada a alimentar os quadros do serviço auxiliar da usina; d) Máquinas e aparelhos auxiliares necessários para a operação, controle e segurança( quadros de corrente contínua, equipamentos de esgotamento, combate a incêndio, estação de ar comprimido, etc.). Fig. 67 As disposições das casas de máquinas são variadíssimas e dependem das circunstâncias e condições do aproveitamento hidroelétrico. Segundo a disposição geral das casas de máquinas, elas podem ser: a) Centrais Externas; b) Centrais Subterrâneas. 63 CENTRAIS EXTERNAS A casa de máquinas, os transformadores, disjuntores, seccionadoras e os equipamentos auxiliares são exteriores, ou seja, não ficam sob as escavações das montanhas nem abaixo do leito do rio, figura abaixo. Fig. 68 CENTRAIS SUBTERRÂNEAS Nessas centrais não existem edifícios externos, a casa de máquinas fica no interior da montanha, escavada em rocha. Fig. 69 64 65 CASA DE MÁQUINAS 01) Como podem ser as casas de máquinas ? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 02) Diferencie Centrais Externas de Centrais Subterrâneas. ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 03) Quais equipamentos fazem parte da Casa de Máquinas? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ TURBINAS HIDRÁULICAS Fig. 71 Turbina Francis Fig. 70 Turbina Pelton Fig. 72 Turbina Kaplan CONCEITO A turbina hidráulica é uma máquina que transforma a energia hidráulica em energia mecânica. Ela recebe a energia da água do reservatório, descontadas todas as perdas hidráulicas do sistema adutor, e mediante alto rendimento, fornece-a ao eixo, onde está acoplado o alternador, que transforma a energia mecânica em energia elétrica. 66 CLASSIFICAÇÃO DAS TURBINAS HIDRÁULICAS As turbinas podem ser classificadas segundo vários aspectos: Quanto a atuação da água Turbina de reação. A água entra na turbina sob pressão e sofre mudança de direção e aceleração. Exemplos: turbinas Francis e Kaplan. Francis Fig. 73 Definindo melhor a expressão anterior, temos: turbina de reação é aquela que utiliza a energia cinética mais a pressão da água. 67 Turbina Kaplan Fig. 74 Turbinas de ação As turbinas de ação caracterizam-se por transformar somente a energia cinética da água em energia mecânica, sendo esta, posteriormente transformada através do gerador/alternador em energia elétrica. Fig. 75 68 Pelo sentido do movimento das pás as turbinas são classificadas como: Axial Quando a água se move paralelamente ao eixo. Exemplo: Kaplan Fig. 76 Radial Quando a água se move no sentido do raio da turbina. Exemplo: Turbina Pelton ∅ Fig. 77 69 Mista Quando a água entra radialmente e sai axialmente. Exemplo: Turbina Francis Fig. 78 Pela posição do eixo são classificadas como: Horizontal ou vertical As turbinas Francis, Pelton e Kaplan podem ser instaladas na posição horizontal ou vertical. As figuras a seguir identificam as turbinas instaladas com eixo horizontal ou vertical. Pelton de eixo vertical Fig. 79 70 Pelton de eixo horizontal Fig. 80 Francis de eixo vertical Fig. 81 71Turbina Francis de eixo horizontal Fig. 82 A turbina Kaplan também pode ser instalada na vertical ou na horizontal, sendo que, nesta última, pode apresentar uma pequena inclinação. Esta posição é mais específica para os turbo - geradores bulbo. As figuras seguintes mostram a instalação de uma turbina Kaplan na vertical e outra na horizontal. Fig. 83 - Kaplan de eixo vertical 72 Fig. 84 – Turbina Kaplan de eixo horizontal (bulbo) Pelo número específico de rotações Turbina Pelton: todas são consideradas lentas. Turbina Francis: divide-se nos seguintes tipos: - Lentas; - Normais; - Rápidas; - Extra-rápidas. Turbinas Kaplan: são classificadas como velozes. Escolha do tipo de turbina A escolha do tipo de turbina a ser adotada em uma instalação hidroelétrica não é feita conforme o desenho do projetista, mas em função das características de aproveitamento, isto é, altura de queda, vazão do rio, velocidade desejada e potência através da rotação específica, que é determinada pela seguinte fórmula: K hQP ×= 73 74 Como exemplo, damos abaixo os valores de rotação das turbinas dos geradores das UHE’s das empresas de geração do Estado de São Paulo TABELA USINA n (RPM) N (CV) H (M) Q m3/s Tipo JUR 138,6 70.100 35,9 137 K XAV 128,6 144.000 78,7 141 FR SAG 128,6 24.000 16 93,5 K CAN II 138,5 32.609 15 172 K CAN I 138,5 37.364 17,3 171 K CAP 100 225.000 50 375 FER ROS 75 138.315 22 456 K TAQ 85,7 150.544 26,8 563 K BAB 128,6 47.400 24,1 148 K BAR 128,6 65.000 24,6 200 K IBI 100 61.200 22,4 198 K PRO 90 120.000 27,9 380 K NAV 94,7 157.609 33 404 K TRI 85,7 224.728 49,4 374 FER MOG 207,5 5.017 11,57 35 K CAC 257 47.267 105 38,5 FN EUC 327 32.800 89 30 FR LIM 180 19.375 26,9 61,7 K PAB 257,1 58.424 88 60 FR JAG 300 16.800 56 24,9 FR AGV 94,7 340.000 60 450 FER ILS 85,7 225.000 46 389 FER JUP 78,3 140.000 21.1 400 K JUP.AUX. 400 5.750 21.1 K PPR 75 140.000 18.3 611 K SEGUNDO O TIPO DE TURBINA Turbina Pelton É uma turbina de ação, pois utiliza somente a energia cinética da água. Fig. 90 - Turbina Pelton Fig. 85 A Turbina Pelton é composta de uma série de conchas distribuídas sobre sua circunferência. Para cada Turbina tipo Pelton podemos encontrar 1, 2, 4, 6 ou 8 bicos ejetores. Fig. 86 75 In je to r Su pe rio r C on tr aj at o de F er ra ge m R od a Ti po Pe lto n Ej et or In fe rio r Se nt id o de R ot aç ão C an al d e Fu ga C om an do d a A gu lh a Se rv o- M ot or Vá lv ul a Es fé ric a Fig. 87 76 A água é conduzida até a turbina pelo condutor forçado até o bico ejetor, o qual faz com que a água saia sob a forma de um forte jato em alta velocidade (energia cinética). Fig. 88 - Bico ejetor da Pelton Este jato, ao incidir na concha, é dividido em dois (figura abaixo) tendo a finalidade de evitar o esborrifamento da água e conseqüente perda de energia. Fig. 89 Fig. 90 A pressão de entrada e saída da água é constante e igual à da atmosfera e não varia muito com a abertura do ejetor; portanto, seu rendimento é mantido para uma grande variação de carga. A velocidade da água ao sair do bico ejetor é bastante alta. Fig. 91 Para ajudar na frenagem da máquina, os bicos ejetores são providos de um defletor de jato, cuja função é desviar o jato d’ água da turbina, ou podemos encontrar os chamados bicos retro injetores, que injetam água em sentido contrário à rotação da turbina. 77 TURBINA FRANCIS É uma turbina de reação, pois utiliza a energia da água em forma de energia cinética e em forma de pressão. Fig. 92 A turbina Francis também é denominada turbina mista, devido aos movimentos das pás em relação à admissão de água, pois a entrada se dá radialmente, isto é, no sentido do raio da turbina, e a saída se dá axialmente, isto é, paralelamente ao eixo da turbina. Quanto à sua instalação, pode ser de eixo horizontal ou vertical, sendo este último mais comum nas instalações de turbinas de grande potência. Quanto à rotação, são classificadas como: lentas, normais, rápidas e extra-rápidas. Observação: Esta classificação se refere á rotação específica da máquina e não à rotação nominal da turbina. A diferença entre Francis lenta, normal, rápida e extra-rápida está entre o diâmetro de entrada DE e o diâmetro de saída DS de água na turbina. Assim temos: Francis Lenta: o diâmetro de entrada é bem maior que o diâmetro de saída. DE DE > DS Fig. 93 78 Francis Normal: o diâmetro de entrada é semelhante ao diâmetro de saída. DE ≅ DS 79 Fig. 94 Francis Rápida: o diâmetro de entrada é menor que o diâmetro de saída. DE DS D a DE DS DE < DS Fig. 95 Francis extra-rápida: o diâmetro de entrada é bem menor que o diâmetro de saída. DE < DS Fig. 96 Deve-se observar que o percurso da água nas pás da turbina varia de acordo com a abertura das aletas móveis, tal como mostra a figura abaixo. R O TA Ç Ã O Fig. 97- Aletas móveis, fixas e turbina. Para pequenas aberturas das aletas móveis, a água seguirá um longo percurso e ser descarregada na direção de rotação da turbina (V2). Para grandes aberturas (caso de sobrecarga), a água seguirá uma direção contrária ao movimento da turbina (V1) e será descarregada. 80 ELEMENTOS ESSENCIAIS DA TURBINA: - Caracol; - Aletas móveis; - Aletas fixas; - Tubo de sucção. CAIXA ESPIRAL Sua função é formar uma completa passagem de água ao redor de toda a turbina. Fig. 98 - Caracol em montagem É um condutor em forma de uma casca de caracol, de seção decrescente da montante para a jusante. A forma circular é necessária para assegurar uma distribuição igual a cada elemento do órgão circular central (distribuidor), o que repartirá a água entre as pás da turbina. A pressão retilínea passa a fazer uma espiral, incidindo nas pás da turbina com a direção correta. As dimensões do caracol dependem das características das turbinas. 81 Caracol de ferro forjado Fig. 99 Os materiais empregados nas construções dos caracóis podem ser de aço, ou ferro forjado, sendo estes recobertos de concreto, dependendo das características da usina (pressão da água, velocidade, diâmetro do caracol etc.). ALETAS FIXAS Junto ao caracol existe uma série de perfis de aço cujo papel é dirigir os filetes de água na melhor direção para as aletas móveis e sustentar toda a massa girante. Estes perfis são aletas fixas, tal como ilustra a figura abaixo. Fig. 100 82 DISTRIBUIDOR O distribuidor é um equipamento cuja finalidade é transmitir para a turbina a energia cinética da água. a - Aleta móvel; b - Pás da turbina; c - Anel de regulação; d - Eixo de comando; e – Malhetes. Fig. 101 O distribuidor é constituído de uma série de aletas móveis em forma de escama, ligadas a um círculochamado anel de regulação, que, ao girar em um sentido, abre ou fecha as aletas móveis. 83 Fig. 102 A mobilidade dessas aletas permite a regulagem do débito de vazão admitido sobre a turbina, sendo que seu número pode variar de 15 a 35 unidades. O anel de regulação é acionado pelo pistão do servo-motor, cujos movimentos dependem da pressão de óleo enviada pelo regulador de velocidade. Fig. 103 84 Fig. 104 ALETA MÓVEL É talvez um dos elementos mais importantes da turbina, pois a velocidade e o rendimento da mesma são regulados pelas aletas móveis. A quantidade de água que penetra na turbina depende da abertura das aletas móveis e, quando estas estão fechadas, a extremidade de uma está de encontro com a superfície externa da próxima. Fig. 105 A superfície dessas aletas são usinadas de maneira que asseguram um bom contato e reduzem ao mínimo os vazamentos. As aletas estão ligadas ao anel de regulação, de modo que todas se movem simultaneamente. Usualmente, cada aleta móvel possui uma articulação individual (o malhete), que possui um ponto fraco ou é constituído de duas partes onde ambas são fixadas por um pino de latão ou bronze, chamado de pino de cisalhamento ou pino de ruptura, cuja finalidade é romper-se caso se aloje algum material resistente entre as aletas móveis em movimento. Fig. 106 A regulagem de água para as pás da turbina por meio de aletas móveis é a melhor que existe atualmente, pois produz o mínimo de perturbação no fluxo de água durante o funcionamento da turbina. 85 TUBOS DE SUCÇÃO O tubo de sucção transporta a água descarregada da turbina para deságüe na jusante. O tubo de sucção faz parte do canal de fuga e possui a forma de um cachimbo. Fig. 107 Atualmente, a fim de conseguir velocidade específica cada vez mais elevada, freqüentemente a turbina está abaixo do nível de descarga. Em troca disso, a energia cinética de saída da turbina aumenta e com isso uma grande quantidade de energia precisa recuperar-se no tubo de sucção, passando de energia cinética para energia de pressão. O tubo de sucção, pelo seu formato, aproveita essa energia cinética, transformando- a em energia de pressão, tal como mostra a figura abaixo. Conforme o próprio nome, no momento que passamos a ter pressão, haverá na turbina uma sucção tal que a ajudará a movimentar-se aumentando o seu rendimento. Desenho esquemático de um tubo de sucção visto em corte. Fig. 108 86 87 TURBINA FRANCIS 01) Quanto ao sentido do movimento da pá, qual é a denominação da Turbina Francis? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 02) Quanto ao eixo, como podem ser as Turbinas Francis? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 03) Quanto à rotação, qual a classificação das Turbinas Francis? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 04) Como é regulada a entrada da água nas Turbinas Francis? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 05) Quais os elementos essenciais da Turbina Francis? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 06) Qual a função da Caixa Espiral? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 07) Por que o Caracol tem forma circular? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 08) Quais os materiais empregados na construção do Caracol? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 09) Para que servem as pás diretrizes? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 88 10) O que é o Distribuidor? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 11) De que é constituído o Distribuidor? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 12) De que depende a quantidade de água que entra na turbina? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 13) Qual a função dos Malhetes? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 14) Como é feita a movimentação das Aletas Móveis? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 15) Qual a função do Tubo de Sucção? ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Turbinas Kaplan A turbina Kaplan tem a forma de uma hélice, possuindo entre 4 e 8 pás móveis em torno de um eixo, onde o percurso ao entrar na turbina Kaplan é helicoidal. A turbina Kaplan com pás fixas, também é chamada de Turbina Hélice. O surgimento da turbina Kaplan foi em função da necessidade de se ter uma turbina com alta capacidade e velocidade específica, para ser usada quando a altura de queda disponível fosse pequena, pois a Francis teria uma velocidade específica muito baixa. Fig. 109 89 A turbina Kaplan é também uma turbina de reação por utilizar a energia da água sob forma de energia cinética
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