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Texto - Curso de português - Marcelo Paiva

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Interpretação de Texto
(questões de múltipla escolha)
Marcelo Whately Paiva
1. Analisando um texto.
Não é amontoando os ingredientes que se prepara uma receita;
Assim também não é superpondo frases que se constrói um texto.
Platão e Fiorin
Fazer uso competente da língua é, em termos genéricos, a capacidade de ler e produzir adequadamente textos diversos, produzidos em situações diferentes e sobre diferentes temas. 
Pensar em texto é pensar em nossa vida diária. Sempre estamos envolvidos em leituras, escritas, análise e, mesmo, análise de texto. Quantas vezes decisões importantes não dependem, única e exclusivamente, de uma boa leitura ou redação de texto? Ou, observando a questão de um outro ângulo, quantos problemas um texto mal escrito pode acarretar!
A palavra interpretar vem do latim interpretare e significa explicar, comentar ou aclarar o sentido dos signos ou símbolos. Tal vocábulo corresponde ao grego análysis, que tem o sentido de decompor um todo em suas partes, sem decompor o todo, para compreendê-lo melhor.
Interpretar um texto é penetrá-lo em sua essência, observar qual é a idéia principal, quais os argumentos que comprovam a idéia, como o texto está escrito e outras nuanças. Não é tarefa fácil, pois vivemos em um mundo que não privilegia a compreensão profunda de nossa própria existência. Em suma, procurar interpretar corretamente um texto é ampliar seus horizontes existenciais.
1.1 Saber ler corretamente
Quando se diz que um candidato deve saber ler, esta afirmação pode parecer banal, a não ser que esclareça melhor o sentido da expressão “saber” ler.
Ler adequadamente é mais do que ser capaz de decodificar as palavras ou combinações linearmente ordenadas em sentenças. O interessado deve aprender a “enxergar” todo o contexto denotativo e conotativo. É preciso compreender o assunto principal, suas causas e conseqüências, críticas, argumentações, polissemias, ambigüidades, ironias, etc.
Ler adequadamente é sempre resultado da consideração de dois tipos de fatores: os propriamente lingüísticos e os contextuais ou situacionais, que podem ser de natureza bastante variada. Bom leitor, portanto, é aquele capaz de integrar estes dois tipos de fatores.
1.2 A unidade
O principal atributo de um texto – para ele ser considerado como tal – é a UNIDADE. A unidade de um texto se define, em princípio, pela sua completitude – sem que o texto não poderá ser reconhecido em sua totalidade, nem por suas partes.
Observemos como isso se dá, por meio de um texto de Tom Jobim e Vinícius de Morais:
Garota de Ipanema
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar.
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançar é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu vi passar.
Ah! Como o amor é tão lindo
Ah!...
Será que esse texto tem unidade, ou seja, aborda um tema principal? Vejamos:
Quem é a coisa mais linda?
Quem é cheia de graça?
Quem é menina?
Quem vem e passa?
A resposta é uma só: a garota de Ipanema.
Sendo assim, podemos dizer que esse texto tem unidade. Além de uma unidade, o texto possui também uma contextualização. Ao ser escrito, geralmente o autor, para comprovar a sua idéia central, faz uso de recursos que contextualizam o tema abordado. São as referências, as argumentações, as descrições, as causas e as conseqüências. Essas abordagens que circundam a unidade são importantes e devem ser entendidas como suporte para a unidade.
1.3 Erros de Leitura
1.3.1 Extrapolar
Trata-se de um erro muito comum. Ocorre quando saímos do contexto, acrescentando-lhe idéias que não estão presentes no texto. A interpretação fica comprometida, pois passamos a criar sobre aquilo que foi lido. Freqüentemente, relacionamos fatos que conhecemos, mas que eram realidade em outros contextos e não naquele que está sendo analisado.
1.3.2 Reduzir
Trata-se de um erro oposto à extrapolação. Ocorre quando damos atenção apenas a uma parte ou aspecto do texto, esquecendo a totalidade do contexto. Privilegiamos, desse modo, apenas um fato ou uma relação que podem ser verdadeiros, porém insuficientes se levarmos em consideração o conjunto das idéias.
1.3.3 Contradizer
É o mais comum dos erros. Ocorre quando chegamos a uma conclusão que se opõe ao texto. Associamos idéias que, embora no texto, não se relacionam entre si.
1.4 Qualidades do Texto
1.4.1 Clareza
Escreve claro quem concebe ou imagina claro. 
Miguel de Unamuno
Ser compreendido sem dificuldade é o ideal máximo de quem escreve. É, portanto, útil que se realce a importância da clareza para o estilo. A primeira recomendação que se faz necessária, no estudo dessa qualidade do texto, é evitar-se o acúmulo de muitas idéias em um mesmo período. Os pensamentos, para serem bem expressos, precisam ser metodicamente distribuídos. A tendência moderna parece ser no sentido de encurtar os parágrafos e as orações que os formam.
Os dois maiores defeitos, na construção do parágrafo, em que pode incorrer um escritor, são: colocar em um só parágrafo orações que deveriam pertencer a parágrafos diferentes, ou, ao contrário, separar o que deveria estar no mesmo período.
Como exemplo de período longo, veja-se este:
“Investigar as causas principais que fizeram desabrochar no meu espírito durante os anos tão distantes da infância que não voltam mais e da qual poucos traços guardo na memória, já que tantos anos se escoaram, a vocação para a Engenharia é tarefa que pelas razões expostas, me é praticamente impossível e, ouso acrescentar que, mesmo para um psicólogo acostumado a investigar as profundezas da mente humana, essa pesquisa seria sobremodo árdua para não dizer impossível”.
A idéia principal do período acima se perdeu em pormenores impertinentes, expressos por meio de frases feitas, clichês.
Exemplo do defeito inverso:
A industrialização é um fenômeno característico das sociedades modernas. Industrialização é criação de indústrias. As indústrias produzem bens de consumo e bens de produção.
A Brasil está se industrializando. Existem países mais industrializados que o Brasil, como Estados Unidos, Japão, etc. Há outros mais atrasados, como o Paraguai e o Haiti, por exemplo. Algumas indústrias dão emprego a muita gente. As indústrias se concentram nas regiões industriais. Enfim, a industrialização é a alma do progresso.
O que se percebe aqui é que não existe propriamente um texto, mas um amontoado de frases curtas que não se articulam pra produzir uma mensagem clara e definida.
Para conseguir-se clareza num parágrafo, recomenda o professor Othon Garcia que o mesmo apresente:
unidade: só deve haver uma idéia predominante por parágrafo;
coerência: relação estreita entre a idéia predominante e as secundárias;
ênfase: a idéia predominante deve aparecer sob a forma de oração principal e colocar-se em posição de relevo.
1.4.2 Concisão:
Ser conciso significa ser enxuto, ter bom senso em relação à objetividade do texto. A concisão está no máximo de expressividade utilizando-se o mínimo de palavras. Deve-se expurgar o texto de circunlóquios, repetições prolixas e palavras desnecessárias.
Sobretudo o emprego do adjetivo deve ser cuidadoso. Tem-se geralmente certa propensão para exagerar no emprego desta categoria, o que lhe elimina toda a força expressiva.
A prolixidade, defeito que se opõe à concisão, se deve, com freqüência à desorganização mental: escrever sem ter elaborado previamente um plano, sem ter organizado as idéias. E deve-se, também, à falta de uma revisão criteriosa do que se escreveu. O resultado é um ruído na comunicação.
Observe o texto abaixo:
(...) Enfim, toda vez que você sentar-se à máquina, postar-se diante do terminal ou pegar a caneta com o propósito de escrever, lembre-se de que sentenças de breve extensão,amiúde logradas por intermédio da busca incessante da simplicidade no ato de redigir, da utilização freqüente do ponto, do corte de palavras inúteis que não servem mesmo para nada e da eliminação sem dó nem piedade dos clichês, dos jargões tão presentes nas laudas das matérias dos setoristas, da retórica discursiva e da redundância repetitiva – sem aquelas intermináveis orações intercaladas e sem o abuso das partículas de subordinação como, por exemplo, “que”, “embora”, “onde”, capazes de encompridá-las desnecessariamente, tirando em conseqüência o fôlego do pobre leitor.
1.4.3 Correção:
Neste item, é importante evidenciar que existem vários registros de linguagem, como já citamos acima. Cabe ao autor do texto escolher o nível adequado para a situação apresentada.
Em família, num bate-papo informal, o nível coloquial será utilizado: a preocupação com as regras gramaticais será afrouxada, gírias poderão aparecer.
Quando queremos imprimir verdade, verossimilhança à nossa personagem, usaremos um registro de linguagem que espelhe sua condição. Embora o nível do receptor deva ser levado em consideração, a correção gramatical deve se pautar pelo uso mais adequado possível.
1.4.4 Elegância:
Representa o resultado final obtido quando se procuram as qualidades do texto: clareza, concisão e correção. O texto elegante é claro, harmônico, fluente e usará uma linguagem adequada à situação que se quer exprimir.
2. Questões de coerência, coesão e paráfrase.
Assinale a opção que constitui uma continuação coesa e coerente para o texto abaixo.
Em nossos dias, a ética ressurge e se revigora em muitas áreas da sociedade industrial e pós-industrial. Ela procura novos caminhos para os cidadãos e as organizações, encarando construtivamente as inúmeras modificações que são verificadas no quadro referencial de valores. A dignidade do indivíduo passa a aferir-se pela relação deste com seus semelhantes, muito em especial com as organizações de que participa e com a própria sociedade em que está inserido.
(José de Ávila Aguiar Coimbra – Fronteiras da Ética, São Paulo, Editora SENAC, 2002).
a) A sociedade moderna, no entanto, proclamou sua independência em relação a esse pensamento religioso predominante.
b) Mesmo hoje, nem sempre são muito claros os limites entre essa moral e a ética, pois vários pensadores partem de conceitos diferentes.
c) Não é de estranhar, pois, que tanto a administração pública quanto a iniciativa privada estejam ocupando-se de problemas éticos e suas respectivas soluções.
d) A ciência também produz a ignorância na medida em que as especializações caminham para fora dos grandes contextos reais, das realidades e suas respectivas soluções.
e) Paradoxalmente, cada avanço dos conhecimentos científicos, unidirecionais produz mais desorientação e perplexidade na esfera das ações a implementar, para as quais se pressupõe acerto e segurança.
2. Assinale a opção que preenche as lacunas do texto tornando-o coeso e coerente.
Apesar de diferenças ideológicas ou acadêmicas a respeito da natureza das atividades que o Estado deve desempenhar, parece haver um consenso formado a respeito de como o Estado deve desempenhar essas atividades. _______1______ vigora o ideal de um governo representativo, em que os cidadãos elegem seus representantes, sob o regime de um mandato imperativo. ______2_______, há diversos exemplos de disfunções dos arranjos institucionais do Estado, que o tornam muito mais identificado com os interesses das elites. _____3_______, ao longo do século XX, o desenvolvimento de um Estado social democrático de direito resultou num processo de consolidação de estruturas voltadas também à prestação de serviços e implementação de políticas sociais.
(Luiz Alberto dos Santos – www.anesp.org/clad2001.htm)
a) Não mais		Mesmo assim		Portanto
b) Entretanto		Diante disso		Mesmo assim
c) Para sempre		Sendo assim		Nesse sentido
d) Ainda		Entretanto		Não obstante
e) Embora		Portanto		Entretanto
3. Depois de quase 1.400 turnos de votação ________ praticamente todas as palavras do documento, a Assembléia Geral da ONU aprovou, no dia 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Passados 53 anos, o desrespeito e o desprezo ______ vida ainda continuam mundo _______, nos massacres de periferia, nas lutas do campo ou no trabalho infantil. Os abusos estão estampados ________ dias nos jornais. Esse fluxo de relatos é em si um tributo à Declaração, ______ possibilitou discussão séria sobre o tema e incentivou forte movimento internacional pelos direitos humanos.
Para completar corretamente o trecho acima é necessário inserir, pela ordem, os seguintes termos:
a) de, à, afora, todos, em que
b) sobre, por a, afora, todos os, com que
c) de, pela, a fora, todos, por que
d) sobre, pela, afora, todos, que
e) em, à, a fora, todos, com que
4. Marque o elemento coesivo que estabelece a relação lógica entre as idéias apresentadas neste texto adaptado de Darcy Ribeiro. Depois escolha a seqüência correta.
I. O Brasil foi regido primeiro como uma feitoria escravista, exoticamente tropical, habitada por índios nativos e negros importados. ________, como um consulado, em que um povo sublusitano, mestiçado de sangues afros e índios, vivia o destino de um proletariado externo dentro de uma possessão estrangeira.
X 	Paralelamente
Y 	Depois
II. Os interesses e as aspirações do seu povo jamais foram levados em conta, _______ só se tinha atenção e zelo no atendimento dos requisitos de prosperidade da feitoria exportadora.
X 	aonde
Y 	porque
III. Essa primazia do lucro sobre a necessidade gera um sistema econômico acionado por um ritmo acelerado de produção do que o mercado externo exigia, com base numa força de trabalho afundada no atraso, famélica, _______ nenhuma atenção se dava à produção e reprodução das suas condições de existência.
X 	pois
Y	cuja
IV. ________, coexistiram sempre uma prosperidade empresarial, que às vezes chegava a ser a maior do mundo, e uma penúria generalizada da população local.
X	Em conseqüência
Y	Senão
V. Alcançam-se, _______, paradoxalmente, condições ideais para a transfiguração étnica pela desindianização forçada dos índios e pela desafricanização do negro, que, despojados de sua identidade, se vêem condenados a inventar uma nova etnicidade englobadora de todos eles.
X	ao contrário
Y 	assim
a) X,X,Y,X,Y
b) Y,X,X,Y,X
c) X,Y,X,Y,Y
d) X,Y,Y,Y,X
e) Y,Y,X,X,Y
5. Leia o texto abaixo para responder à próxima questão.
O memorando técnico de entendimento que fixa as metas até setembro deste ano, resultado da terceira revisão do acordo do Fundo Monetário Internacional com o Brasil, parece cópia do que foi publicado em 26 de março, na segunda revisão. Uma leitura atenta permite verificar, no entanto, que o organismo internacional aceitou flexibilizar suas exigências, a pedido do Governo brasileiro.
Constatam-se três modificações importantes: exclusão dos investimentos da Petrobrás do cálculo do ajuste fiscal do setor público; redução do piso de reservas internacionais; maiores exigências sobre as informações relativas aos contratos futuros de câmbio, que passaram a ser mais amplamente aceitos do que no memorando anterior.
O FMI entendeu que, na situação atual, _____________________, o nível de reservas estabelecido anteriormente não poderia ser mantido. Por outro lado, o Fundo reconhece que o Banco Central tem de intervir no mercado de câmbio, em caráter excepcional, para conter a alta do dólar que afeta os preços internos.
(O Estado de S. Paulo, 22/6/2002)
Assinale a opção que não preenche, com coesão e correção gramatical, a lacuna do texto.
a) devido às dificuldades de captação de recursos no exterior e à opção de antecipação de reembolso presente em alguns contratos de crédito
b) com as dificuldades de captação de recursos no exterior e à opçãode antecipação de reembolso existente em alguns contratos de crédito
c) em que há dificuldades de captação de recursos no exterior e há opção de antecipação de reembolso em alguns contratos de crédito
d) com a evidência de dificuldade de captação de recursos no exterior e diante da opção de antecipar reembolso existente em alguns contratos de crédito
e) dadas as dificuldades de captação de recursos no exterior, e constando opção de antecipação de reembolso em alguns contratos de créditos
	6. Assinale a opção que não preenche a lacuna de forma coesa e coerente.
	A Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento manteve a previsão do Governo de um superávit, no final do ano, de US$ 5 bilhões. Segundo ela, a perspectiva para o segundo semestre é boa, uma vez que os efeitos dos acordos comerciais do Brasil com Chile e México devem gerar resultados favoráveis nesse período. Voltou também a afirmar que o desempenho da balança só não foi melhor devido à queda dos preços internacionais e à retração da atividade econômica na Argentina. “_____________ as exportações brasileiras cresceram nos últimos dois anos mais de 20%, e a taxa de crescimento das vendas externas (6%) em 2001, em comparação com o ano anterior, foi o dobro do crescimento do comércio mundial”, afirmou a secretária.
a) Mesmo diante desses problemas,
b) Apesar dessas turbulências,
c) Conquanto tenham ocorrido tais adversidades,
d) A despeito do cenário internacional adverso,
	e) Porquanto a interferência desses problemas externos,		
	7. Embora, juridicamente, existam definições distintas, trataremos por contrabando todas as práticas que visem introduzir de forma clandestina e fraudulenta mercadorias estrangeiras no território nacional ou promover a saída de produtos nacionais em desacordo com a legislação.
	Assinale a opção que não dá seqüência ao texto com coesão, coerência e correção gramatical.
	a) Combater e prevenir essas práticas ilícitas é um dever do Estado, ao qual cabe, em última instância, a defesa da sociedade e da nação. É preciso dar ao problema a dimensão que ele merece.
	b) Não se pode cogitar projetos de soluções dos problemas sociais, de saúde, de segurança pública, de meio ambiente, de emprego e outros, sem antes promover ações efetivas de combate a essas práticas ilegais e de controle sobre os fluxos com o mundo exterior.
	c) Combater esse ilícito de forma eficaz é, sem dúvida, menos oneroso para o Poder Público do que reparar os danos que o contrabando provoca, seja na economia, na segurança, na saúde pública ou na agricultura.
	d) Promovendo a evasão de divisas, vez que o pagamento de mercadorias introduzidas clandestinamente no país, normalmente, é efetuado à margem do sistema oficial de controle cambial e, ainda, propiciando a lavagem de dinheiro ganho em atividades ilícitas.
	e) Entre outros problemas, o contrabando provoca a agressão aos direitos sobre o patrimônio natural, na medida em que promove a saída de espécies para o desenvolvimento de produtos da indústria farmacêutica (biopirataria) e expõe a agricultura e a pecuária ao risco de contaminações.
O texto abaixo serve de base para as duas próximas questões.
O processo de reestruturação da economia brasileira alterou radicalmente o cenário _____1_____ atuavam as instituições financeiras. A abertura da economia, _____2______ incremento das importações e exportações, além de exigir o desenvolvimento de produtos e serviços ágeis no mercado, revelou o grau de ineficiência de alguns setores industriais e comerciais domésticos, com baixa lucratividade e deseconomias, _____3_____ refletir-se na incapacidade de recuperação de empréstimos concedidos pelos bancos. ____4_____, atuou o corte de subsídios a alguns setores econômicos, aumentando o grau de inadimplência para com o sistema bancário. Além disso, as políticas monetária e fiscal restritivas adotadas a partir da implementação do Plano Real contribuíram adicionalmente para as dificuldades creditícias enfrentadas por alguns setores da economia, ____5____ forma passageira.
(www.bcb.gov.br)
8. Assinale a opção em que uma das sugestões não preenche a lacuna com coesão e coerência.
a) 1 em que / no qual
b) 5 mesmo que de / apesar de
c) 3 que passou a / o que veio a
d) 4 No mesmo sentido / Com a mesma orientação
e) 2 acompanhada do conseqüente / seguida naturalmente do
9. Assinale a opção que não dá continuidade ao texto, de forma coesa, coerente e gramaticalmente correta.
a) O que evidenciou uma relativa incapacidade de algumas instituições financeiras promoverem, espontânea e tempestivamente, os ajustes necessários para sua sobrevivência no novo ambiente econômico foi a conjugação desses fatos anteriormente enumerados ao desaparecimento do “imposto inflacionário”, após a estabilização da economia.
b) Conjugado ao desaparecimento do “imposto inflacionário”, após a estabilização da economia, esse conjunto de fatores evidenciou uma relativa incapacidade de algumas instituições financeiras promoverem, espontânea e tempestivamente, os ajustes necessários para sua sobrevivência no novo ambiente econômico.
c) Uma relativa incapacidade de algumas instituições financeiras promoverem, espontânea e tempestivamente, os ajustes necessários para sua sobrevivência no novo ambiente econômico foi evidenciada em razão da conjugação desses fatos ao desaparecimento do “imposto inflacionário” ocorrido após a estabilização da economia.
d) Associada ao desaparecimento do “imposto inflacionário”, após a estabilização da economia, essa conjuntura evidenciou uma relativa incapacidade de algumas instituições financeiras promoverem, espontânea e tempestivamente, os ajustes necessários para sua sobrevivência no novo ambiente econômico.
e) Todos esses fatos conjugados com desaparecimento do “imposto inflacionário”, após a estabilização da economia, evidenciou-se uma relativa incapacidade de algumas instituições financeiras promoverem, espontânea e tempestivamente, os ajustes necessários para sua sobrevivência no novo ambiente econômico.
10. Marque o item em que os dois períodos formam uma seqüência coerente e coesa.
a) Na virada do século XX ao XXI, um dos grandes modismos concentrou-se na chamada globalização, apesar de há muito os historiadores tratarem de outras muito anteriores.
Paradoxalmente, toda civilização, produto de uma ou mais culturas, tende a transbordar ao criar seu ecúmeno, seu universo de interior a exterior.
b) Cada globalização caracteriza-se pela tecnologia, meios de produção usados, não só da cultura material, também da intelectual, interagindo uma na outra.
Ainda que a lista seja grande, vem da China à Índia, às principais cidades gregas, à Roma, aos mongóis, aos muçulmanos, de início árabes.
c) Em suas campanhas hegemônicas, até certo ponto previsíveis, nem por isso aceitáveis por seus alvos, especialistas estadunidenses em países estrangeiros, esmeram-se em condenar, por exemplo, o patrimonialismo de outras sociedades, para assim ainda mais miná-las e enfraquece-las.
Enquanto os mesmos especialistas nada dizem, nem escrevem, contra o familismo econômico e político dentro dos Estados Unidos a ponto de dois presidentes fazerem presidentes seus filhos: John Adams a John Quincy Adams e George Bush a George W. Bush.
d) Quanto aos Estados, produtos e protetores das culturas e civilizações que os geraram, eles não têm amigos, nem inimigos, e sim aliados e adversários, em alianças, conflitos e alianças cambiantes.
Porquanto, as culturas, o que somos, e as civilizações, seus produtos, o que fazemos, convivem – coexistindo, lutando entre si ou convivendo – em ciclos menos ou mais longos conforme suas resistências e fecundidade.
e) A defesa da biosfera está no cerne da questão por motivos tão óbvios porém que tanto tardaram a ser entendidos e atendidos: o planeta Terra, no qual a maior parte é água e ar, o planeta Terra é a espaçonave na qual a humanidade viaja.A maior dessa participação política faz parte do referido e fundamental esforço humanista e estratégico, um em nada excluiu o outro, antes se completam indissoluvelmente.
(Baseado em Vamireh Chacon)
11. Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses de forma coesa e coerente e indique a opção correspondente.
( ) Elas surgem dentro de uma estratégia de desenvolvimento em que o acesso ao crédito é fundamental para o avanço da organização econômica e social dos agricultores.
( ) Este debate deve ser realizado constantemente com os agricultores, indicando possíveis caminhos a serem seguidos de acordo com cada realidade.
( ) As cooperativas de crédito não surgem para solucionar de forma definitiva o problema do crédito junto aos agricultores familiares.
( ) Os novos sistemas nascidos desse esclarecimento e desse debate não podem repetir erros históricos do governo e das cooperativas tradicionais em relação ao crédito rural.
( ) Entretanto, ao mesmo tempo em que se pensa nesse tipo de crédito, é preciso ter clareza sobre a realidade do meio rural brasileiro, em que a alternativa para muitos agricultores sem terra ou com pouca terra não passa necessariamente por ele, mas por políticas agrárias (reforma agrária, fundo de terras, crédito fundiário e lei de arrendamento) e de geração de empregos rurais e urbanos.
Adaptado de Gilson Alceu Bittencourt
a) 1,3,5,4,2
b) 2,4,1,5,3
c) 3,5,2,1,4
d) 4,2,3,1,5
e) 5,1,4,2,3
12. Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os e assinale a opção que apresenta a seqüência que organiza o texto de forma coesa e coerente.
( ) Por isso, foi apresentado à Mesa da Câmara o Projeto de Lei 6680/02, que obriga o chefe do Executivo a encaminhar anualmente ao Congresso Nacional, como parte integrante da Prestação de Contas de que trata a Constituição, o mapa da exclusão social brasileira.
( ) O projeto já está na comissão de Seguridade Social e Família, onde o relator apresentará seu parecer no retorno dos trabalhos parlamentares, após as eleições. Depois, será votado conclusivamente pela comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior, pela comissão de Constituição, Justiça e Redação.
( ) Tal proposta é classificada pelo seu autor como Lei de Responsabilidade Social, em comparação com a Lei de Responsabilidade Fiscal – que impõe ao Governo determinadas medidas visando atingir metas financeiras.
( ) Para comprovar essa responsabilidade social, o mapa deverá fazer um diagnóstico da exclusão por região e estados, com base nos indicadores sociais, referentes à expectativa de vida, renda, desemprego, educação, saúde, saneamento básico, habitação, população em situação de risco nas ruas, reforma agrária e segurança.
( ) O principal problema que o País enfrenta na hora de definir um planejamento estratégico de combate à exclusão social é a falta de divulgação de informações e estatísticas oficiais sobre a nossa realidade social.
( ) Os dados de cada item serão comparados com os do ano anterior, a fim de avaliar a ação do governo em cada área.
a) 1,3,5,2,4,6
b) 2,1,4,5,6,3
c) 2,6,3,4,1,5
d) 3,4,1,6,2,5
e) 6,3,4,5,1,2
Leia o texto abaixo para responder às duas próximas questões.
 
13. As propostas abaixo dão seguimento coerente e lógico ao trecho citado, exceto uma delas. Aponte-a.
“Provavelmente devido à proximidade com os perigos e a morte, os marinheiros dos séculos XV e XVI eram muito religiosos. Praticavam um tipo de religião popular em que os conhecimentos teológicos eram mínimos e as superstições muitas.”
a) Entre essas, figuravam o medo de zarpar numa sexta-feira e o de olhar fixamente para o mar à meia-noite.
b) Cristóvão Colombo, talvez o mais religioso entre todos os navegantes, costumava antepor a cada coisa que faria os dizeres: “Em nome da Santíssima Trindade farei isto.”
c) Apesar disso, os instrumentos náuticos representavam progressos para a navegação oceânica, facilitando a tarefa de pilotos e aumentando a segurança e confiabilidade das rotas e viagens.
d) Nos navios, que não raro transportavam padres, promoviam-se rezas coletivas várias vezes ao dia e, nos fins de semana, serviços religiosos especiais.
e) Constituíam expressão da religiosidade dos marinheiros constantes promessas aos santos, individuais e coletivas.
14. Considere o seguinte período: “Na década de 40, éramos não só atrasados, como não achávamos nada de mais em sê-lo”. Assinale a alternativa cuja reescrita mantém o sentido do período.
a) Na década de 40, como éramos atrasados, não achávamos nada de mais em sê-lo.
b) Éramos atrasados na década de 40. Por isso não achávamos nada de mais em sê-lo.
c) Na década de 40, embora fôssemos atrasados, não achávamos nada de mais em sê-lo.
d) Éramos tão atrasados na década de 40 que não achávamos nada de mais em sê-lo.
e) Na década de 40, além de sermos atrasados, não achávamos nada de mais em sê-lo.
Leia o texto abaixo para responder à próxima questão.
 
O tribunal do mundo
(...)
A partir da instalação da Corte no próximo ano em Haia (Holanda), os delitos cometidos contra os direitos humanos em situações de conflito não serão mais protegidos pelas barreiras da impunidade. A jurisdição julgadora está garantida pelos 65 países que a ratificaram entre os 139 subscritores do pacto da capital italiana.
Um órgão acima das estruturas nacionais com competência penal não serve apenas para punir os crimes de guerra, de genocídio, de lesa-humanidade, de agressão. Sua presença no topo da ordem jurídica mundial, com autoridade avalizada pela maioria das nações, se presta, sobretudo, para inibir tais tipos de violação. Constitui, pois, instrumento preventivo para assegurar os direitos essenciais de grupos humanos em nome da paz.
Correio Braziliense, Visão do Correio, 12/4/2002.
15. Assinale a opção que, ao preencher o espaço (...) inicial do texto, constitui uma introdução coerente e gramaticalmente correta para o texto.
a) Com a assinatura do Estatuto do Tribunal Penal Internacional (TPI), aprovado em Haia em julho de 1998, e novas perspectivas para a paz mundial, embora o primeiro passo seja ainda convencer os italianos de sua necessidade.
b) Nova perspectiva para a paz mundial se abre com a entrada em vigor do Estatuto do Tribunal Penal Internacional (TPI), aprovado em Roma, em julho de 1998.
c) Finalmente aprovado em julho de 1998, entra em vigor com sede, em Roma, o Estatuto do Tribunal Penal Internacional (TPI), com o objetivo restritivamente preventivo para a paz mundial.
d) Parece que na China e na Rússia, as barreiras de impunidade para os dirigentes que usam de meios degenerados para eliminar adversários vão ao encontro do novo Estatuto do Tribunal Penal Internacional (TPI).
e) Assim, ao ser assinado, em Paris, o Estatuto do Tribunal Penal Internacional (TPI), em julho de 1998, crimes verificados em diversas partes do planeta, que constituem abusos aos direitos humanos.
16. Analise as paráfrases propostas para o período abaixo e assinale a opção em que se preservam as relações semânticas e a correção gramatical.
Não denunciamos com eficácia o desemprego e o desleixo com que tratamos metade da população urbana brasileira que vive em condições subumanas.
a) Não denunciamos com eficácia o desemprego e o desleixo que metade da população urbana é, por nós, tratada e que vive em condições subumanas.
b) Tratamos com o desemprego e o desleixo metade da população urbana brasileira vivendo em condições subumanas; não a denunciamos com eficácia.
c) Não somos eficazes ao denunciar nem o desemprego nem o desleixo com que tratamos metade da população urbana brasileira que vive em condições subumanas.
d) Metade da população urbana brasileira que vive em condições subumanas não é denunciada com eficácia quanto ao desemprego e o desleixo em que a tratamos.
e) Não denunciamos metade da população urbanabrasileira – que vive em condições subumanas – devido à nossa ineficácia e o desleixo que tratamos o desemprego.
Leia o texto abaixo para responder à próxima questão.
Conduzir negócios na Internet de forma adequada é um grande desafio: tarefas simples, tais como identificar um parceiro de negócios rapidamente e de maneira inequívoca, tornaram difíceis.
Entender onde exatamente o cliente está localizado no mundo para empregar regras aplicáveis e negócios é outro desafio.
Prover a proteção adequada para as informações recebidas de indivíduos e empresas é essencial para atender a requisitos legais e manter uma boa reputação.
As empresas de sucesso serão aquelas que estabelecerão uma infra-estrutura para garantir essa confiança: um conjunto de tecnologias e processos para gerenciar a autenticação e o controle de acesso tanto de seus empregados quanto de usuários externos.
A estratégia que pode produzir melhores resultados é aquela que combina tecnologia e processos para trabalhar em um nível aceitável de riscos.
Sérgio Lopzim. E-business. In Ícaro.
Gabarito
Coerência/Coesão
1. C
2. D
3. D
4. E
5. B
6. E
7. D
8. B
9. E
10. E
11. B
12. C
13. C
14. E
15. B
16. C
3. Textos com análise explícita.
Texto I
No mundo, tal como a Física o descreve, nada pode ocorrer que seja verdadeiramente e intrinsecamente novo. Inventar-se-á, talvez, um novo engenho, mas sempre será possível, através de análise, ver nele uma nova combinação de elementos que serão isto ou aquilo, mas não serão novos. Novidade, em Física, é simples novidade de arranjos e combinações. Em oposição a esse ponto, insiste o historicismo, a novidade social, assim real, irredutível ao novo dos arranjos. Na vida social, os mesmos fatores, postos em arranjo novo, nunca serão realmente os mesmos velhos fatores. Onde nada se pode repetir com exatidão, a novidade real estará sempre emergindo. E sustenta-se que esse é um significativo traço a ter em conta quando se focaliza o desenvolvimento de novos estágios ou períodos da História, cada um dos quais diferirá intrinsecamente de qualquer outro.
(Karl Popper. A Miséria do historicismo.)
1. O texto de Karl Popper nos permite afirmar:
a) No mundo, nada pode ocorrer que seja verdadeiramente e intrinsecamente novo.
b) Em Física, poucas coisas são novas.
c) No mundo, tal como a Física o descreve, é possível ver o novo como simples novidade de arranjos e combinações.
d) As novidades intrínsecas das leis da Física implicam novidades na vida social.
e) A Física e a História descrevem o novo da mesma forma.
2. Podemos também concluir, com base no texto, que:
a) O historicismo se apõe às novidades da Física.
b) De acordo com o historicismo, a novidade social é novidade real, irredutível ao novo dos arranjos.
c) As novidades da vida social obrigam os físicos a rever suas posições.
d) A vida dos físicos é complicada pelas novidades sociais, pois eles estão habituados ao rigor de imutáveis leis da Física.
e) O historicismo surgiu após a Física.
Texto II
O enriquecimento (ampliação) de uma língua consiste em “usar”, “praticar” a língua. As palavras são como peças de um complicado jogo. Jogando a gente aprende. Aprende as regras do jogo. As peças usadas são as mesmas, mas nunca são usadas da mesma maneira. No deixar-se carregar pelo jogo do uso somos levados às inúmeras possibilidades da língua. As possibilidades são sempre diferentes, nunca iguais. Mas todas as diferenças cabem na mesma identidade. Todas as palavras figuram nos vários discursos como diferentes: diferentes são as palavras no discurso científico, literário, filosófico, artístico, teológico. Mas cabem sempre na mesma identidade. São expressões possíveis da linguagem.
(Arcângelo R. Buzzi, Introdução ao Pensar.)
3. De acordo com o texto:
a) as palavras da língua correspondem às peças do jogo;
b) as palavras da língua correspondem às regras do jogo;
c) as peças do jogo correspondem às regras do jogo;
d) jogos diferentes exigem peças diferentes;
e) frases diferentes exigem palavras diferentes.
4. Segundo o texto:
a) quem joga combina palavras;
b) quem joga combina regras;
c) quem fala combina peças;
d) quem fala combina palavras;
e) tanto quem fala como quem joga combina regras.
5. O texto afirma que:
a) seria útil aplicar, na aprendizagem das regras do jogo, o mesmo método que se emprega ao aprender uma língua;
b) aprender uma língua é tão complicado como aprender as regras de um jogo;
c) as línguas são complicadas porque a maioria de suas regras são comparáveis a jogos complexos;
d) o conhecimento das regras de jogos complicados facilita o entendimento das regras da língua;
e) se chega às possibilidades da língua da mesma forma que às regras do jogo, praticando.
Texto III
A televisão procura atender ao gosto da população a que se dirige. Assim, acomoda essa grande massa de consumidores a antigos hábitos e tradições, em vez de propor, aos que assistem a ela, inquietações novas e uma visão mais crítica do mundo em que vivem.
6. Segundo o texto.
a) Porque se dirige a um público desinteressado, a televisão não se preocupa com a qualidade de seus programas;
b) A televisão não se preocupa em elevar o nível de seus programas já que o público que a ele assiste não se interessa por problemas sérios;
c) Embora resulte do gosto de um público inquieto com seus valores, a televisão nega-se a mudar o aspecto formal dos programas;
d) O interesse de baixo nível cultural merece uma televisão que não questiona em profundidade os problemas do mundo;
e) O interesse do público determina os conteúdos veiculados pela televisão que, assim, se furta às propostas culturas novas.
7. Conclui-se do mesmo texto que:
a) A tendência dos espectadores é interessarem-se por programas de televisão que vêm ao encontro de seus hábitos e tradições;
b) Assistir à televisão implica a aceitação de hábitos e tradições que favorecem o surgimento das idéias que mudam a face do mundo;
c) O público normal da televisão prefere que os programas venham de encontro a seus hábitos e tradições;
d) O papel principal da televisão consiste em criar inquietações nos telespectadores;
e) A televisão em alguns lugares propicia uma visão crítica do mundo.
Texto IV
Os pais precisariam manter certos valores básicos, que servem como modelos para seus filhos. É preciso transmitir a estes maior noção de responsabilidade e também lhes mostrar que é possível eles próprios, com os mecanismos de que dispõem, mudarem algumas coisas.
8. De acordo com o texto:
filhos que não são responsáveis perturbam os valores básicos que os pais tentam transmitir-lhes.
pais que não servem como modelos para seus filhos não mudam nada em sua própria vida, nem na deles.
para que os filhos mudem, é preciso que primeiro mudem seus pais.
os filhos podem absorver certos valores, que lhes serão úteis para encontrar seu próprio caminho.
os filhos só podem mudar alguma coisa em sua vida se aprenderem com a experiência dos pais.
Texto V
Mas é isso mesmo que nos faz senhores da terra, e esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a validade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
9. De acordo com o texto:
cabe aos escritores privilégio de registrar e analisar todas as emoções passadas.
o homem tem a capacidade de visitar novamente e reavaliar, por meio da memória, os tempos já vividos.
a vaidade e a insegurança emocional do homem fazem com que todas as suas recordações busquem melhorar as imagens anteriores.
a inteligência humana,em constante progresso no decorrer dos anos, permite a revisão de conceitos filosóficos ultrapassados.
os erros humanos não diminuem a eterna capacidade de regeneração do homem.
Texto VI
Desde o momento em que o homem, nos vôos de sua inteligência, se eleva acima das circunstâncias ordinárias da vida, desde que o seu pensamento se lança no espaço, possuído desse desejo ardente, dessa inspiração insaciável de atingir ao sublime, não é possível marcar-lhe um dique, ponto que lhe sirva de marco.
10. Conclui-se do texto que:
o homem, em vez de procurar conhecer os mistérios do Universo, devia preocupar-se com seus problemas terrenos.
as circunstâncias da vida impelem o homem a altos vôos de inteligência.
a tendência do homem ao sublime é a razão de ser de seu espírito religioso.
o homem se debate entre a mediocridade da vida cotidiana e a sublimidade do espírito.
o anseio de conhecimento e de perfeição do homem não admite que se tente impor-lhe limites.
Gabarito: 
C
B
A
D
E
E
A
D
E
E
4. Textos com análise explícita e implícita.
Texto I
As condições em que vivem os presos, em nossos cárceres superlotados, deveriam assustar todos os que planejam se tornar delinqüentes. Mas a criminalidade só vem aumentando, causando medo e perplexidade na população.
	Muitas vozes têm se levantado em favor do endurecimento das penas, da manutenção ou ampliação da Lei dos Crimes Hediondos, da defesa da sociedade contra o crime, enfim, do que se convencionou chamar “doutrina da lei e da ordem”, apostando em tais caminhos como forma de dissuadir novas praticas criminosas, geralmente valem-se de argumentos retóricos e emocionais, raramente escorados em dados de realidade ou em estudos que apontem ser esse o melhor caminho a seguir. Embora sedutora e aparentemente sintonizada com o sentimento geral de indignação, tal corrente aponta para o caminho errado, para o retorno ao direito penal vingativo e irracional, tão combatido pelo iluminismo jurídico.
	O coro dessas vozes aumenta exatamente quando o governo acaba de encaminhar ao congresso o anteprojeto do Código Penal, elaborado por renomados juristas, com participação da sociedade organizada, com o objetivo de racionalizar as penas reservado a privação da liberdade somente aos que cometerem crimes mais graves e, mesmo para esses, tendo sempre em vista mecanismos de reintegração social, destaca-se o emprego das penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade, a compensação por danos causados, a restrição de direitos etc.
	Contra a idéia de que o bandido é um facínora que optou por atacar a sociedade, prevalece a noção de que são as vergonhosas condições sociais e econômicas do Brasil que geram a criminalidade; enquanto essas não mudarem, não há mágica: os crimes vão continuar aumentando, a despeito do maior rigor nas penas ou da multiplicação de presídio.
(adaptado de Carlos Weis. “ Dos delitos e das penas”. Folha
de São Paulo, tendências e debates, 11/11/2000)
o autor do texto mostra-se 
Identificado com o coro das vozes que se levantam em favor da aplicação de penas mais rigorosas
Identificado com doutrina que se convencionou chamar “da lei e da ordem”
Contrário àqueles que encontram nas causas sociais e econômicas a razão maior das práticas criminosas
Contrário à corrente dos que defendem, entre outras medidas, a ampliação da Lei dos Crimes Hediondos
Contrário àqueles que defendem p emprego das penas alternativas em substituição à privação da liberdade
Considere as seguintes afirmações:
Não é mais do que uma simples coincidência o fato d e que a intensificação das vozes favoráveis ao endurecimento das penas ocorre simultaneamente ao envio ao Congresso do ante projeto do Código Penal.
A afirmação de que há vozes em favor da manutenção da Lei dos Crimes Hediondos deixa implícito que a vigência futura dessa lei está ameaçada.
Estabelece-se uma franca oposição entre os que defendem a “doutrina da lei e da ordem” e os que julgam ser o bandido um facínora que age por opção.
Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em
I.
II.
III.
I e II.
II e III.
Está corretamente traduzido o sentido de uma expressão do texto, considerando-se o contexto, em:
Embora sedutora e aparentemente sintonizada = Malgrado atrativa e parcialmente sincronizada
Forma de dissuadir = modo de ratificar
Tão combatido pelo iluminismo jurídico = de tal modo restringindo pelo irracionalismo jurídico
A despeito do maior rigor nas penas = em conformidade com o agravamento das punições
Mecanismos de reintegração social = meios para reinserção na sociedade
Por “iluminismo jurídico” deve-se entender a
Doutrina jurídica que defende o caráter vindicativo da legislação
Corrente dos juristas que representam a “doutrina da lei e da ordem”
Tradição jurídica assentada em fundamentos criteriosos e racionalistas
Doutrina jurídica que se vale de uma argumentação retórica
Corrente dos juristas que se identificam com o sentimento geral de indignação.
Texto II
Num de seus poemas, Carlos Drummond de Andrade refere-se à rotina dos “homens que voltam para casa”, que “levam o jornal embaixo do braço”, depois de mais de um dia de trabalho. Sugere o poeta que esses homens cansados, depois do jantar, vão ao jornal e “soletram o mundo, sabendo que o perdem”.
	“Soletram o mundo”: é um belo modo que Drummond encontrou para expressar seu ponto de vista. Num jornal, a vida não é a vida, é um conjunto de letras impressas, que nos cabe apenas soletrar. Quem passa os olhos pelas noticias não vive os fatos, apenas percorre as letras, as sílabas, as palavras em que os fatos se converteram. Daí se entende porque o poeta concluiu: “sabendo que o perdem”. Sim, parece que a simples leitura do jornal, longe de ser uma forma de participarmos do mundo, é um modo de perdê-lo. Por quê? Porque, diante das noticias de jornal, somos meros contempladores da vida, assistindo sentados a variedade do noticiário. Estar bem informado não é, ainda, viver:
	O poeta Carlos Drummond de Andrade, funcionário publico, homem tímido, de hábitos metódico e rotineiros, conhece de perto esse estado de pura observação das coisas, forma de perder o mundo, não deixa de dar um belo recado para quem julga que as informações sejam essenciais em si mesmas. De que valem elas, se não nos orientam para algum tipo de ação? Embora informadíssimos, perdemos o mundo quando apenas nos dispomos a soletrá-lo.
(Celso de Oliveira, inédito)
5. É correto afirmar que o autor do texto deu a seguinte interpretação ao verso “soletram o mundo, sabendo que o perdem”, de Carlos Drummond de Andrade
a) Quem se fixa nas notícias de jornal sabe que esse pode ser um modo de afastar do mundo, em vez de participar dele.
b) As notícias do mundo, para serem de fato compreendidas, não podem ser lidas apressadamente.
c) Os homens que lêem jornal metodicamente acreditam que esse é um modo ativo de participar do que ocorre no mundo.
d) Quando desabituados à leitura, os homens soletram o mundo, não podendo por isso compreender bem as noticias de um jornal.
e) Os fatos noticiados num jornal só se tornam relevantes se forem analisados em seus mínimos elementos.
6. Considere as seguinte afirmações.
I- As informações dadas sobre o poeta Carlos Drummond de Andrade, no terceiro parágrafo, aproximam-nos dos “homens que voltam para casa”, de que fala em um de seus poemas.
II- O autor do texto afirma que as informações sobre os fatos essenciais não costumam ser publicadas.
III- A expressão “meros contempladores de vida” caracteriza a quem apenas “percorre as letras, as sílabas, as palavras em que os fatos se converteram”.
Está correto somente o que vem afirmando em
a) I. c) I e II. e) II e III
b) IId) I e III. 
7. Indique a afirmação correta, considerando o sentido do conjunto do texto.
a) A expressão “hábitos metódicos” seria contraditória, se utilizada para caracterizar a rotina dos “homens que voltam para casa” e “vão ao jornal”.
b) A expressão “longe de ser”, utilizada no segundo parágrafo, poderia ser substituída por “não deixa de ser”, sem prejuízo para o que afirma o autor.
c) O sentido das expressão “longe de ser”, utilizada no segundo parágrafo, poderia ser substituída por “não deixa de ser”, sem prejuízo para o que afirma o autor.
d) A frase “Estar bem informado não é, ainda, viver” afirma o contrário do que diz o ultimo período do texto.
e) O “belo recado” a que se refere o autor, no ultimo parágrafo, tem como destinatário todo aquele que acha que o essencial é estar bem informado.
8. Quanto à função sintática, e dentro do terceiro parágrafo:
a) “funcionário público” e “homem tímido” tem classificações diferentes.
b) O termo “esse estado” é sujeito de “conhece”.
c) O termo ,“informadíssimos” refere-se ao sujeito de “perdemos”.
d) As formas verbais “deixa” e “julga” tem o mesmo sujeito.
e) As formas verbais “valem” e “orientam” têm distintos sujeitos.
9. A frase em que o termo destacado tem a função de complemento verbal é:
a) somos meros contempladores da vida.
b) Soletrar notícias não é o mesmo que participar dos fatos.
c) O poeta conhece de perto esse estado da pura observação das coisas.
d) As informações não são essenciais em si mesmas.
e) Assistimos sentados à variedade do noticiário.
10. No período “Embora informadíssimos, perdemos o mundo quando apenas nos dispomos a soletrá-lo”, a oração em destaque conservará o mesmo sentido e o mesmo valor sintático se substituirmos embora pela expressão:
a) desde que estejamos.
b) Porque estamos.
c) Uma vez que estejamos.
d) Mesmo estando.
e) Já que estamos.
Texto III
	“Desde os seus primeiros dias, o ano de 1919 trouxe uma inusitada excitação às ruas de São Paulo. Era alguma coisa além da turbulência instintiva, que o calor um tanto tardio do verão quase tropical da cidade naturalmente incitava nos seus habitantes. De tal modo esse novo estado de disposição coletiva era sensível, que os paulistanos em geral, surpresos consigo mesmos, e os seus porta-vozes informais em particular, os cronistas, se puseram a especular sobre ele”.
(Autor desconhecido)
11. Considere as seguintes afirmativas sobre o uso de artigos no texto.
I- Se suprimíssemos o primeiro artigo “os”do texto, isso não acarretaria qualquer erro, já que a ocorrência de artigo antes de possessivo não é obrigatória na língua portuguesa.
II- Se substituíssemos o artigo “uma”, no primeiro período, por “a”, isso não acarretaria qualquer alteração de significado, porque ambos desempenham a mesma função semântica e são do mesmo gênero gramatical.
III- Se suprimíssemos o artigo “um”, no segundo período, isso não acarretaria qualquer erro, porque no contexto pode-se usar igualmente “um tanto” e “tanto”.
Podemos afirmar que estão corretas:
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e III.
e) todas estão corretas.
12.Assinale a opção que apresenta sinônimos convenientes para as palavras “inusitada”, “turbulência” e “sensível” sem alterar significativamente os respectivos sentidos.
a) Estranha, ventania, perceptível;
b) Exagerada, perturbação, suscetível;
c) Estranha, perturbação, suscetível;
d) Exagerada, ventania, perceptível.
e) Estranha, perturbação, perceptível.
13. O trecho “De tal modo... sensível”, no último período pode ser reescrito de várias maneiras. Assinale aquela em que há alteração do significado original.
a) Era de tal modo sensível esse novo estado de disposição coletiva.
b) De tal modo era sensível esse novo estado de disposição coletiva.
c) Esse novo estado de disposição coletiva era de tal modo sensível.
d) Esse novo estado de disposição coletiva de tal modo era sensível.
e) De tal modo sensível esse novo estado era de disposição coletiva.
14. Assinale a opção correta sobre a razão do uso das duas últimas vírgulas do texto acima.
a) Marcam a separação de adjunto adverbial deslocado.
b) Marcam a separação de itens de uma série.
c) Marcam um vocativo.
d) Marcam um aposto.
e) Marcam um sujeito deslocado.
Texto IV
Não se sabia bem onde nascera, mas não fora decerto em São Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará. Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo: Quaresma era antes de tudo brasileiro. Não tinha predileção por esta ou aquela parte de seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar de paixão não eram os pampas do Sul com o seu gado, não era o café de São Paulo, não eram o ouro e os diamantes de Minas, não era a beleza da Guanabara, não era a altura da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves Dias ou o ímpeto de Andrade Neves – era tudo isso junto, fundido, reunido, sob a bandeira estrelada do Cruzeiro.
Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar; mas a junta de saúde julgou-o incapaz. Desgostou-se, sofreu, mas não maldisse a Pátria. O ministério era liberal, ele se fez conservador e continuou mais do que nunca a amar a “terra que o viu nascer”. Impossibilitado de evoluir-se sob os dourados do Exército, procurou a administração e dos seus ramos escolheu o militar.
Era onde estava bem. No meio de soldados, de canhões, de veteranos, de papelada inçada de quilos de pólvora, de nomes de fuzis e termos técnicos de artilharia, aspirava diariamente aquele hálito de guerra, de bravura, de vitória, de triunfo, que é bem o hálito da Pátria.
Durante os lazeres burocráticos, estudou, mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais, na sua história, na sua geografia, na sua literatura e na sua política.Quaresma sabia as espécies de minerais, vegetais e animais, que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas, as guerras holandesas, as batalhas do Paraguai, as nascentes e o curso de todos os rios. Defendia com azedume e paixão a proeminência do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo. Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros ao Nilo e era como este rival do “seu” rio que ele mais implicaria. Ai de quem o citasse na sua frente! Em geral, calmo e delicado, o major ficava agitado e malcriado, quando se discutia a extensão do Amazonas em face da do Nilo.
Havia um ano a esta parte que se dedicava ao tupi-guarani. Todas as manhãs, antes que a “Aurora, com seus dedos rosados abrisse caminho ao louro Febo”, ele se atracava até ao almoço com o Montoya, Arte y diccionario de la lengua guarani ó más bien tupi, e estudava o jargão caboclo com afinco e paixão. Na repartição, os pequenos empregados, amanuenses e escreventes, tendo notícia desse estudo do idioma tupiniquim, deram não se sabe por que em chamá-lo Ubirajara. Certa vez, o escrevente Azevedo, ao assinar o ponto, distraído, sem reparar quem lhe estava às costas, disse em tom chocarreiro: “Você já viu que hoje o Ubirajara está tardando?”.
Quaresma era considerado no Arsenal: a sua idade, a sua ilustração, a modéstia e honestidade de seu viver impunham-no ao respeito de todos. Sentindo que a alcunha lhe era dirigida, não perdeu a dignidade, não prorrompeu em doestos e insultos. Endireitou-se, concentrou e pince-nez, levantou o dedo indicador no ar e respondeu:
- Senhor Azevedo, não seja leviano. Não queira levar ao ridículo aqueles que trabalham em silêncio, para a grandeza e a emancipação da Pátria.
Lima Barreto. Triste Fim de Policarpo Quaresma. Rio de Janeiro: Record, 1998.
15. Em Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance publicado originalmente em 1915, Lima Barreto narra uma história ocorrida durante os primeiros anos da República brasileira. Com base no conteúdo do fragmento dessa obra apresentada acima, assinale a opção correta.
a) Quaresma era, na verdade, carioca, pois vivia na cidade do Rio deJaneiro.
b) Quaresma gostava de comer carne do Sul e de tomar café de São Paulo.
c) Quaresma era muito religioso, por isso imaginava o Brasil unificado.
d) Ao se ver recusado pela junta de saúde do Exército, Quaresma tornou-se conservador, em oposição ao governo que era então liberal.
e) Quaresma queria ser militar por causa dos excelentes salários pagos pelo Exército.
16. Tendo como referência as idéias contidas no texto, assinale a opção incorreta.
Não obstante o seu modo pacato de viver, Quaresma perdia a calma quando se discutiam certos assuntos de seu interesse.
Quaresma passou a estudar tupi-guarani para poder trabalhar juntos aos índios, incutindo-lhes o sentimento patriótico que o dominava.
Infere-se do texto que os estudos feitos por Quaresma sobre o Brasil poderiam tê-lo influenciado na assimilação de um sentimento ufanista.
No quarto parágrafo, o narrador usou aspas para enfatizar o sentimento de posse e de nacionalismo da personagem em relação ao rio Amazonas.
Quaresma antipatizava com o rio Nilo por ser este mais extenso que o rio Amazonas.
17. Ainda com base no texto, assinale a opção correta.
Todas as manhãs, Quaresma discutia com Montoya, um colega de trabalho que vivia zombando do interesse do herói pelo estudo do tupi-guarani.
Infere-se do texto que o antropônimo “Ubirajara” é de origem indígena.
Quaresma não gostava da língua espanhola, por isso a classificava de “jargão caboclo”.
Foi o escrevente Azevedo que deu a Quaresma a alcunha de “Ubirajara”.
Por causa de suas excentridades, Quaresma não gozava do respeito de seus colegas de trabalho.
18. No texto, não constitui qualidade característica de Quaresma a:
a) modéstia;
b) cultura;
c) honestidade;
d) jocosidade;
e) respeitabilidade.
19. No texto, por uma questão de elegância de estilo, alguns pronomes foram usados em substituição a seus referentes. Assinale a opção que apresenta associação incorreta entre o pronome sublinhado e o referente.
a) “terra que o viu nascer” (segundo parágrafo) / Quaresma;
b) “Ai de quem o citasse” (quarto parágrafo) / o rio Nilo;
c) “deram não se sabe por que em chamá-lo” (quinto parágrafo) / Quaresma;
d) “impunham-no ao respeito de todos” (sexto parágrafo) / Quaresma;
e) “Sentindo que a alcunha lhe era dirigida” (sexto parágrafo) / escrevente Azevedo.
20. No que se refere à colocação dos pronomes, seria gramaticalmente correto substituir:
“se sabia” (primeiro parágrafo) / por sabia-se;
“o fazia” (primeiro parágrafo) / por fazia-o;
“julgou-o” (segundo parágrafo) / por o julgou;
“lhe estava” (quinto parágrafo) / por estava-lhe;
“Endireitou-se” (sexto parágrafo) / por Se endireitou.
21. No que diz respeito à tipologia textual, assinale a opção incorreta.
Apesar de conter passagens narrativas, o texto é fundamentalmente uma dissertação de Policarpo Quaresma.
Há, no texto, ocorrências de discurso direto.
Em “do Amazonas em face da do Nilo” (quarto parágrafo), o trecho entre aspas não se identifica com o estilo predominante no texto.
A expressão “louro Febo” (quinto parágrafo) é uma alusão ao Sol.
STJ (CESPE)
Texto V
As marcas do bem
	Nos anos 30, Charles Chaplin empenhava toda a sua criatividade na produção de filmes como Tempos Modernos. Na obra, que se passa durante a Depressão Econômica, o genial Carlitos torna-se operário de uma grande indústria e vira líder grevista por acaso. O filme é uma crítica à industrialização desenfreada, às relações desumanas nas linhas da produção e ao descaso com os deserdados em geral, especialmente os operários.
	A engraçada – nem por isso pouco ácida – crítica de Carlitos já não cabe a um grupo de empresas que, nos anos mais recentes, introduziram nos seus planos estratégicos e a preocupação com a responsabilidade social. Essa nova postura pressupõe o resgate de valores, como o humanitarismo e a solidariedade, além de adoção de princípios éticos na sua relação com empregados, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. São empresas que abandonaram a posição acomodada de doar um chefe, periodicamente, a instituições em apuros. Essa postura foi substituída por outra, “na qual o aprendizado coletivo é um dos itens mais importantes”, na definição de Guilherme Leal, presidente do conselho consultivo do Instituto Ethos, entidade fundada recentemente para aglutinar empresários que compartilham idéias parecidas, quando o assunto é responsabilidade social.
	Nessa nova concepção de apoio, o dinheiro quase nunca chega sozinho às entidades sociais. Junto com ele, os empresários transferem o aprendizado que acumulam ao longo dos anos no próprio gerenciamento de seus negócios. “Queremos fortalecer as entidades que apoiamos”, diz Antônio Meireles, diretor-presidente de uma das empresas associadas ao Instituto Ethos. Há, pelo menos, duas conseqüências dessa postura, que está muito distante do “paternalismo” e da caridade descompromissada. Uma delas é o surgimento de instituições bem gerenciadas e que, por isso mesmo têm mais condições de captar recursos na sociedade. Par destacá-las já existe até um prêmio, o “Bem Eficiente”. 
	O apoio a projetos que nascem na própria comunidade é propriedade das empresas socialmente solidárias. Um dos exemplos é o programa Crer para Ver. Mantido pela Fundação Abrinq Pelos Direitos da Criança, financiou, em 1998, projetos em 1.103 escolas públicas, localizadas em 16 estados, atendendo a 154.000 crianças. Todas as idéias vieram da comunidade e foram submetidas a análise de um comitê técnico. O dinheiro para manter o programa foi captado com a venda de cartões de Natal.
	As experiências vividas no trabalho comunitário enriquecem também o dia-a-dia dentro das empresas. Essa troca é possível porque algumas corporações liberam empregados para ir a campo e fazer trabalho social.
	Os motivos que levam as empresas adotarem posturas solidárias não são necessariamente humanitários, mas é inegável que seus projetos aglutinam pessoas dispostas a doar parte de seu tempo e experiência a quem nasce com a sina de perdedor em uma cidade cada vez mais excludente. O consumidor está atento e prefere as marcas de quem faz o bem. No Brasil, ainda não existem dados sobre isso, mas, nos Estados Unidos, pesquisa mostram que mais de 60% das pessoas optam por artigos de fabricantes “politicamente corretos”. Os benefícios à imagem são inegáveis. O diferencial competitivo também. Do lado dos colaboradores, há mais envolvimento.
(Ícaro Brasil, nº 172, dezembro / 98 – com adaptações.)
22. Com referência à tipologia textual, o texto I:
a) é fundamentalmente argumentativo; o redator posiciona-se favoravelmente ao comprometimento de empresas com os problemas sociais, pelo resgate de valores humanitários e solidários; 
b) é essencialmente a descrição do programa Crê para Ver, pois quantifica as metas alcançadas ao longo de um ano de atividades; 
c) compara, narrando a história do tratamento dado à questão social nas últimas seis décadas, os resultados de pesquisas acerca do assunto no Brasil e nos Estados Unidos da América;
d) é principalmente dissertativo porque desenvolve o assunto das relações desumanas na sociedade industrial contemporânea, exemplificando com iniciativas no sentido da solução desse problema; 
e) é uma propaganda do Instituto Ethos, pois visa estimular os empresários a adquirirem seus produtos incentivando o consumo.
23. De acordo com as idéias do texto I, assinale a opção correta.
a) Charles Chaplin com “filmes como Tempos Modernos” criticava as causas da Depressão Econômica: a industrialização desenfreada, as relações de trabalho desumanas e o descaso com os empregados.
b) Atualmente, não há mais espaço para a crítica de Carlitos, pois as empresas “introduziram nos seus planos estratégicos a preocupação com a responsabilidade social”.
c) O “dinheiro quase nunca chega sozinho às entidades sociais”: em geral, os próprios empresários o levam.d) O programa Crer para Ver, por ter sido criado por empresas, não constitui um exemplo de “experiências vividas no trabalho comunitário”.
e) Embora as razões das empresas não tenham sempre caráter humanitário, a postura empresarial solidária por elas adotada leva o consumidor a optar por produtos ligados a esse tipo de ação.
24. Segundo o texto I, são politicamente corretas: 
a) todas as experiências vividas no trabalho comunitário, iniciando com Carlitos, na década de 30;
b) todas as razões que levam as empresas adotarem postura solidária; 
c) as ações de empresas preocupadas com a responsabilidade social que, fugindo da postura paternalista, propõem o humanitarismo e a solidariedade;
d) as trocas que algumas corporações fazem com os empregados, liberando-os da carga horária contratual para a prestação de serviços de assistência social;
e) somente as iniciativas que visam ao bem-estar da empresa e também dos empregados e de seus familiares.
25. No texto I, não se estabelece nenhuma relação entre:
a) trabalho e alienação;
b) capital e educação;
c) industrialização e desumanização;
d) economia e ética;
e) empresariado e responsabilidade social.
26. Não serão respeitadas as idéias do texto I caso se substitua:
a) “empenhava” por aplicava;
b) “desenfreada” por descomedida;
c) “descompromissada” por descomprometida;
d) “análise” por apreciação;
e) “liberam” por concedem.
27. Assinale a opção correta quanto à regência e ao emprego do sinal indicativo da crase:
a) O filme de Carlitos traça a crítica a um processo de industrialização desenfreado.
b) O texto manifesta-se contrário às relações desumanas nas linhas de produção e à indiferença para com as camadas deserdadas, na sociedade em geral.
c) A crítica de Carlitos não se sustenta frente a mais de uma dezena de empresa que, às vezes, introduzem para os seus planos estratégias visando a minimização dos problemas atinentes as conjunturas sociais.
d) A contribuição pecuniária quase nunca chega sozinha àquelas entidades sociais favorecidas; junto com ela, as empresas transferem na aprendizagem acumulada no longo dos anos.
e) O apoio à iniciativas pertinentes a própria comunidade é prioridade junto as entidades socialmente solidárias.
Leia o texto abaixo para responder às questões.
Texto VI
Encarando a fera
	A demissão é um dos momentos mais difíceis na carreira de um profissional. A perda de um emprego costuma gerar um série de conflitos internos: mágoa, revolta, incerteza em relação ao futuro e dúvidas sobre sua capacidade. Mesmo sendo uma possibilidade concreta na vida de qualquer profissional, somos quase sempre pegos de surpresa pela notícia. Apesar de se uma situação delicada, é possível, sim, transformar esse fantasma em algo bem menos assustador e, conseqüentemente, dar a volta por cima de forma mais rápida.
	Em primeiro lugar, é preciso ter consciência de que ninguém é intocável. Não no mercado competitivo de hoje. Esteja, portanto, preparado para essa possibilidade. Isso nada tem haver com o pessimismo. Trata-se de manter os pés no chão e saber que as empresas trabalham com equipes cada dia mais enxutas. As mudanças acontecem em um ritmo frenético e há sempre risco de alguém não se adaptar a uma determinada filosofia.
	Em segundo lugar, não espere ser demitido para começar a pensar nessa possibilidade. Mesmo estando bem empregado, continua sua network. Ou seja: mantenha contato permanente com pessoas que possam ajudá-lo futuramente a uma possível colocação. “Geralmente, a pessoa só se lembra de que precisa desenvolver sua network quando está desempregado”, afirma Carlos Monteiro, diretor de recursos humanos. “Essa, no entanto, é uma lição de casa que deve ser feita todos os dias”. Ele recomenda ainda manter o currículo, permanentemente atualizado, criar o hábito de retornar todos os recados e responder aos e-mails rapidamente. Em resumo, é fundamental ser acessível. Um exemplo disso foi a carta que Monteiro recebeu recentemente de um executivo que comunicava sua mudança de empresa. Ele falava do novo desafio em sua carreira e informava o número de seu novo telefone. “Ele tinha um novo emprego, mas nem por isso abandonou os contatos. O melhor momento para a network não é quando se precisa dela, mas quando se está bem colocado. Isso faz a demissão ser menos traumática”.
(VOCÊ S.A.. junho/99 – com adaptações.)
28. A respeito das idéias desenvolvidas no texto II, assinale a opção incorreta.
a) Embora seja uma possibilidade na vida de qualquer profissional, a demissão consiste em um dos momentos mais difíceis na carreira profissional de qualquer individuo.
b) No mercado competitivo de hoje, a possibilidade de demissão é iminente porque as empresas operam com equipes cada vez mais reduzidas.
c) Em virtude de as mudanças acontecerem em ritmo muito rápido, alguém, não se adaptando a essa veloz realidade, será inevitavelmente descartado do mercado de trabalho.
d) Entre as recomendações apresentadas para lidar melhor com a demissão, estão manter o currículo atualizado, responder a todos o recados e manter contatos com as pessoas convenientes.
e) É possível transformar o temor da demissão em algo racionalmente controlável e reverter a situação de maneira mais favorável.
29. A respeito das idéias do texto II, julgue os itens abaixo. 
I- O trecho “A demissão é um dos momentos mais difíceis na carreira de um profissional” mantém as mesmas relações de idéias de A perda do emprego é a situação mais temida na carreira de um profissional.
II- A seqüência de conflitos internos: “mágoa, revolta, incerteza em relação ao futuro e dúvidas sobre sua capacidade” corresponde, semanticamente, a revolta, incerteza com referência ao futuro,mágoas e dúvidas acerca de sua capacidade.
III- A afirmação “uma possibilidade concreta na vida de qualquer profissional” equivale, semanticamente, à assertiva a concreta possibilidade na vida de um profissional qualquer.
IV- Possuem as mesmas relações de sentidos as afirmativas: “somos quase sempre pegos de surpresa pela notícia” e somos sempre quase pegos de surpresa pela notícia.
V- O período situado nas linhas de apresenta as mesmas condições de idéias de Mesmo ao ser uma situação delicada, é possível, certamente, transformar esse fantasma em algo bom menos assustador e, por conseguinte, dar a volta por cima rapidamente.
A quantidade de itens certos é igual a: 
a) 1 b) 2 	 c) 3	 d) 4	 e) 5
30. Assinale a opção em que a reescrita do trecho do terceiro parágrafo do texto II, além de apresentar correção gramatical mantém as idéias da redação original do texto.
a) Em segundo lugar, não espere ser demitido para começar a pensar nessa possibilidade: mesmo estando bem empregado, construa a sua network; ou seja, mantenha contato permanente com pessoas, que possam ajuda-lo futuramente em uma possível recolocação.
b) “Geralmente, a pessoa só se lembra de que precisa desenvolver sua network quando está desempregada” afirma Carlos Monteiro – diretor de recursos humanos: “essa no entanto é uma lição de casa que deve ser feita dia-a-dia”.
c) Ele recomenda ainda manter o currículo permanentemente atualizado: criar o hábito retornar todos os recados; e responder aos e-mails rapidamente. Em resumo é fundamental ser acessível.
d) Foi um exemplo disso a carta que Monteiro recebeu, recentemente, de um executivo que comunicava sua mudança de empresa: ele falava de novo desafio em sua carreira informava o número de seu telefone.
e) “Ele tinha um novo emprego, mas nem por isso abandonou os contatos (...) O melhor momento para a network, não é quando se precisa dela, mas, quando se está bem colocado, isso faz a demissão ser menos traumática”.
31. O texto II apresenta, no último parágrafo, uma série de recomendações ao leitor. Assinale a opção que, alterando a pessoa gramatical relativa ao destinatário da mensagem, mantém unidade de tratamento e correção gramatical frenteà norma culta da língua portuguesa.
a) Não espera a sua demissão para começar a pensar na possibilidade de teu desemprego.
b) Crie o hábito de retornar todos os recados enviados a você e responda aos e-mails de seus correspondentes.
c) Mantenham contatos com pessoas que possam ajudar-lhe no futuro e seja acessível.
d) Faça a sua lição de casa diariamente e mantenham cópias de currículo atualizado.
e) Mesmo você está bem empregado, constrói a tua network rapidamente.
32. Com base na organização sintática do texto II, julgue os itens que se seguem.
I- “sua” (primeiro parágrafo) refere-se a “de um profissional”;
II. “possibilidade concreta” (primeiro parágrafo) é a “demissão” ou a “perda do emprego”;
III-	“nessa possibilidade” (terceiro parágrafo) refere-se a “ser demitido”;
IV- “Essa” (terceiro parágrafo) refere-se à necessidade de se desenvolver a própria network;
V- “Ele” (segunda ocorrência do terceiro parágrafo) refere-se a “Carlos Monteiro”.
A quantidade de itens certos é igual a: 
a) 1 b) 2 	 c) 3	 d) 4	 e) 5
Leia o texto abaixo para responder ás questões.
Texto VII
	O uso inadequado da linguagem oral, assim como o da escrita, pode ocasionar situações embaraçosas. Um humorista, aproveitando-se do grotesco de tais situações, costuma reproduzi-las para veicular ensinamentos. Dessa maneira, o humor, ao mesmo tempo que descontrai, educa. Ë o que se vê noi caso abaixo.
Amigo de Lampião
	
	O empresário João, dono de uma grande rede de supermercado, dizia que não tinha o menor constrangimento de lembrar de sua formação modesta. A sua bem-sucedida carreira empresarial começou com uma pequena padaria onde, certa ocasião, teve como fregueses os cangaceiros de Lampião. 
	- Os homens comeram quase todo o nosso estoque, mas, na hora de pagar, usei de prudência e não cobrei nada. Lampião ficou meu amigo até a morte.
	Seu João garante que foi um bom comerciante porque tinha uma solução pronta para tudo. Certa vez, ele encomendou algumas toneladas de sal, mas quando a mercadoria chegou era cal.
	Prontamente ele protestou. Mas o vendedor mostrou o pedido e lá estava escrito cal com sua própria letra.
	Aí ele balançou a cabeça e falou:
	- Pois é, era sal que eu queria. Só que eu esqueci a cedilha.
(O humor e o Trabalho. In: Lida – Revista do Ministério do Trabalho – com adaptações.)
 
33. Assinale a opção que, além de gramaticalmente correta, mantém as idéias originais do parágrafo introdutório do texto III.
a) Os usos inadequados da linguagem oral e escrita, podem ocasionar situações embaraçosas a um bom humorista. Este, aproveitando-se de tais situações, costuma reproduzir-lhes, para veicular ensinamentos. Desta maneira, o humor e ao mesmo tempo que descontrai educa; isto se vê no caso abaixo.
b) O uso inadequado da linguagem oral, também assim o da escrita, pode ocasionar situações embaraçosas. Aproveitando-se do grotesco de tais situações, um bom humorista costuma reproduzi-las para veicular ensinamentos. Dessa forma, ao mesmo tempo que descontrai, o humor educa. Isso é o que se vê no caso abaixo.
c) Usando inadequadamente as linguagens oral e escrita, pode-se ocasionar situações embaraçosas que um bom humorista aproveita, costumando reproduzi-las para veicular ensinamentos. É o que se vê no caso abaixo em que, o humor descontrai e educa.
d) Os usos inadequados da linguagem oral e também da escrita, podem ocasionar situações embaraçosas. Um humorista bom, aproveitando bem o grotesco de tais embaraços, costuma reproduzi-los para veicular ensinamentos. Dessa feita, o humor descontrai educando. Isto se vê no caso abaixo.
e) O uso inadequado não só da linguagem oral, mas o da escrita, pode provocar situações embaraçosas. Dessa maneira, o aproveitamento do humor por um bom humorista, ao mesmo tempo que descontrai, educa; é o que se vê no caso abaixo.
	
34. Evidenciando a compreensão do caso apresentado no texto III, assinale a opção correta.
a) O narrador do texto disse que os homens de Lampião tinham comido quase todo o estoque.
b) O empresário João contou que, na hora de ele pagar tinha usado de prudência.
c) João ficou amigo de Lampião porque não cobraria nada dos seus capangas, até na hora de sua morte.
d) Seu João, conforme diziam, fora bom comerciante porque possuía uma resposta pronta para tudo.
e) Ao mostrar que o pedido tinha sido de cal, e não de sal, o vendedor defendeu-se perante João, mostrando que o erro fora deste, e não daquele.
35. Assinale a opção que respeita a norma culta da língua portuguesa.
a) A opinião da gerência não satisfaz porque, veio ao encontro de nossos projetos. 
b) Haja visto os últimos acontecimentos, tomaremos as medidas que se impõe.
c) Foi-me feita uma solicitação: é para mim, cuidadosamente, avaliar os passos da obra.
d) Encaminho inclusa a mercadoria solicitada, mas os cheques seguem apensos ao recibo a ser assinado.
e) Participamos e apreciamos, muito, o conserto musical oferecido pela diretoria ontem.
36. Para a seleção de candidatos a gerente de marketing publicitário, uma empresa publicou um anúncio exigindo dos pretendentes o seguinte:
formação superior em publicidade ou marketing, preferencialmente com pós-graduação;
excelente redação, incluindo a capacidade de analisar e editar textos alheios;
talento para criar e analisar layouts e peças publicitárias;
capacidade para criar e implementar ações promocionais.
Com base nessas informações, assinale a opção que contempla de forma correta todas as exigências contidas nos tópicos listados acima.
a) Exige-se dos candidatos a formação superior em publicidade ou marketing – pós-graduação preferencialmente -, excelente capacidade de redação e de analisar ou editar textos alheios, talento para criar ou analisar layouts e peças publicitárias e capacidade para criação e implementação de ações promocionais.
b) Os candidatos devem ser formados em publicidade ou marketing, com pós-graduação, principalmente, ter excelente capacidade de redação, incluindo análise e edição de textos diversos, ter talento para a criação e análise de layouts e peças publicitárias e ter desenvolvido a capacidade da criação e implementação de ações promocionais.
c) Os candidatos devem possuir formação superior em publicidade ou marketing – com pós-graduação, preferencialmente; saber redigir primorosamente, demonstrando também capacidade de analisar e editar textos alheios; ter capacidade para criar e analisar, com talento, peças publicitárias e layouts e para criar e implementar ações promocionais.
d) Exige-se dos pretendentes: preferencialmente a pós-graduação em publicidade ou marketing; a redação exímia e a capacidade de analisar e editar textos diversos; o talento para criar e analisar layouts e pacas publicitárias; a capacidade de implementar as ações promocionais.
e) Para se candidatar, o profissional deve ser formado em marketing ou publicidade, principalmente com pós-graduação, e demonstrar capacidade de: excelente redação, análise e edição de textos alheios, criação e análise de layouts e peças publicitárias e criação e implementação de ações promocionais.
Oficial de justiça avaliador (NCE/UERJ)
A liberdade e o consumo
	Quantos morreram pela liberdade de sua pátria? Quantos foram presos ou espancados pela liberdade de dizer o que pensam? Quantos lutaram pela libertação dos escravos?
	No plano intelectual, o tema da liberdade ocupa as melhores cabeças, desde Platão e Sócrates, passando por Santo Agostinho, Spinoza, Locke, Hobbes, Hegel, Kant, Stuart Mill, Tolstoi e muitos outros. Como conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado? Como as liberdades essenciais se transformam em direitos do cidadão? Essas questões puseram em choque os melhores neurônios da filosofia, mas não foram as únicas a galvanizar controvérsias.
	Mas vivemos hoje em uma sociedade em que a maioria já não sofre agressões a essas

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