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citologia

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CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS 
FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS
CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: CITOLOGIA
ALCIONE PEREIRA DA COSTA
SISTEMA DE ENDOMENBRANA:
COMPLEXO DE GOLGI
PATOS-PB
2016
ALCIONE PEREIRA DA COSTA
COMPLEXO DE GOLGI
Trabalho concluído e entregue como requisito para nota parcial no curso de enfermagem da faculdade integrada de patos na disciplina Citologia da Professora Vanessa.
PATOS-PB
2016
A denominação aparelho ou complexo de Golgi é uma homenagem ao citologista Camilo Golgi, que descobriu essa estrutura citoplasmática. Ao perceber que em algumas regiões com citoplasma se coravam por sais de ósmio de prata, Golgi imaginou que ali deveria existir algum tipo de estrutura, sendo confirmada pela microscopia eletrônica. O complexo de Golgi, que também é conhecido como aparelho de Golgi, trata de uma organela que possui a localização e o tamanho diferente, entretanto, sua posição, geralmente, está associada às proximidades do núcleo e do retículo endoplasmático. Já com relação ao tamanho, embora variável, a organela se apresenta bastante desenvolvida em células secretoras. Esta é uma demonstração de como funciona.
 ESTRUTURA DO APARELHO DE GOLGI
Assim como no retículo endoplasmático, o complexo de Golgi ele é formado por membranas que se dobram sobre si como mostra na figura, formando sacos membranosos (cisterna) achatados e empilhados, associadas a elas, existem vesículas que são, geralmente, relacionadas ao transporte de moléculas. Além de se empilharem umas sobre as outras, as cisternas se mostram, com determinada curvatura. Dessa forma, essa certa angulação de sua disposição acaba por formar uma face côncava e uma convexa. Cada uma dessas faces recebe um nome específico: a convexa é conhecida como face cis e a côncava como face trans. Nesse sentido, existe uma rede de estruturas tubulares que se associam a essas faces, elas são a rede cis e a rede trans do aparelho de Golgi. Com relação ao conteúdo das cisternas, ele também se trata de algo bastante variável de acordo com o tipo e função da célula em questão. O que é possível afirmar é que esse conteúdo possui uma variedade de enzimas e de moléculas relacionadas ao produto final, um exemplo claro disso é o fato do conteúdo dessas cisternas ser composto, basicamente, de glicoproteínas e enzimas relacionadas às reações delas.
Função: o aparelho golgi possuí uma relação bastante íntima com o retículo endoplasmático. As organelas funcionam conjuntamente, sendo que o complexo de Golgi é análogo a uma central de processamento e distribuição da célula. As proteínas são produzidas nos ribossomos associados à membrana do retículo e então são transferidas para o retículo endoplasmático rugoso. Lá ocorrem modificações e o transporte dessas proteínas e, após isso, elas podem ser transportadas para o complexo de Golgi. Nessa organela essas moléculas recém-chegadas podem ser processadas e distribuídas pela a célula. Assim, esse processamento se baseia na possibilidade de ocorrerem modificações nas proteínas para que, então, possa ocorrer o seu transporte. Além da modificação e distribuição de moléculas, o complexo de Golgi também pode exercer outras funções. Uma delas se refere à armazenar proteínas. Veja bem, muitas vezes as proteínas são produzidas, mas não há a necessidade de utilizá-las ou secretá-las de imediato. Sob esse aspecto é que o aparelho golgiense desempenha outra função na célula, isto é, quando essas proteínas são produzidas para posterior utilização, elas ficam armazenadas no complexo de Golgi. Outra atividade em que o aparelho de Golgi exerce papel importante é na produção de outras estruturas da célula, como o acrossomo do espermatozoide e a lamela média das células vegetais, entre outros. Isso acontece pelo fato das vesículas que contêm material enzimático especifico destacarem-se da organela original e se transformarem em organelas distintas, um exemplo disso é o que ocorre nas vesículas com enzimas digestivas que viram os lisossomos. Enfim, o complexo de Golgi é uma organela composta por sacos membranosos empilhados, denominados cisternas, e suas vesículas associadas que possuem em seu interior enzimas e “matéria prima” para o produto final. Dessa forma, sua função está relacionada com o processamento, armazenamento e distribuição de moléculas e também com a formação de outras organelas.
Distúrbio congênito da glicosilação
A glicosilação é o processo que todas as células humanas constroem longas cadeia de açúcar para se ligar a proteínas e assim formar glicoproteínas que tem um papel importante no crescimento e função de todos os órgãos como: fatores de coagulação, resposta imune, hormônios e etc. Enzimas são necessárias para a formação dessas cadeias de açúcar e consequente junção com as proteínas, no complexo de golgi é feito então a biossíntese e glicosilação de proteínas. Pesquisas mostram que uma ruptura no complexo de golgi interfere na glicosilação e consequentemente defeitos na síntese de oligossacarídeos. Quando essa deficiência é no oligossacarídeo N-ligados, causa uma síndrome hereditária rara chamada de Distúrbio congênito da glicosilação (CDG). É uma doença que causa distúrbios principalmente no sistema nervoso, músculos e intestino. Atualmente há mil casos diagnosticados no mundo. O CDG pode ser classificado em dois tipos (CDGI e CDGII). No tipo I defeitos envolvem a síntese e transferência do oligossacarídeo e no tipo II Defeitos prejudicam o processo de modificação de proteína ligado a oligossacarídeos. Alguma das manifestações clinica do distúrbio congênito da glicosilação são: Ataxia (não coordena os músculos e a locomoção), convulsões, retinopatia (lesões da retina ocular), fibrose do fígado, coagulopatias (distúrbios da coagulação sanguínea), insuficiência de crescimento, atrofia cerebelar, hipoplasia (pouco desenvolvimento de um órgão ou tecido), estrabismo e etc. Ainda não se conseguiu achar um tratamento especifico para o CDG, tudo que temos até o momento são paliativos que ajudam a minimizar algumas manifestações clinicas. 
REFERENCIAS:
Junqueira, L. C. & Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan. 338 páginas. 2012. www.infoescola.com acesso 24 de setembro de 2016.
Guyton, A.C. & Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Edição. Editora Elsevier. 1115 páginas. 2006. www.infoescola.com
ALBERTS, B. et al. Biologia Molecular da Célula. 5ª Ed. Artmed, Porto Alegre, 2010.
CARVALHO, H.F; RECCO-PIMENTEL, S.M. – A célula 2001. Ed. Manole. 1ª edição. 2001 Carboidratos - estrutura química. Disponível em: www.translate.com.br. Acesso em: 24 de setembro de 2016.

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