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Avaliação de desempenho dos sistemas de irrigação Qualidade da Irrigação • A água é um recurso natural cada vez mais escasso em termos de qualidade e quantidade. • Seu uso deve ser feito com maior eficiência possível. • A uniformidade de distribuição e a eficiência refletem a performance do sistema de irrigação. Qualidade da Irrigação • A avaliação do desempenho, ou auditoria de um sistema de irrigação, é um processo usado para examinar os componentes do mesmo e para quantificar o quão eficientemente ele está aplicando água num ponto específico. • Tem como resultado a determinação do coeficiente de distribuição de um grupo particular de emissores de água, bem como a taxa de emissão dos mesmos, no momento em que eles estão em operação no campo, usando protocolos de avaliação com consistente base científica. Uniformidade de Distribuição – UD • Pressão de operação • Diâmetro dos bocais • Espaçamento 1. Variáveis que afetam a UD • Velocidade do vento Material: 2. Ensaios de campo • Cronômetro • Manômetro • Trena • Anemômetro digital portátil • Kit para ensaio de precipitação • coletores: conjunto de 150; canecas confeccionadas em plástico de engenharia para coleta da água; • hastes: 150 hastes de alumínio estrutural (varetas cilíndricas) para fincar ao solo e sustentar por encaixe as canecas coletoras, a fim de mantê-las a aproximadamente 0,70 m de altura do solo, e • provetas: conjunto de 5 provetas confeccionadas em termoplástico transparente, estabilizado, graduadas em milímetros. Malha original (arranjo padrão): 2. Ensaios de campo - Arranjos 1 linha lateral 1 aspersor central 50 coletores (no mínimo) 3m x 3m (aspersor grande/médio) 2m x 2m (aspersor pequeno) Seção de captação a 30 cm do solo Malha original (arranjo padrão): 2. Ensaios de campo - Arranjos Duração: 1 hora (no mínimo) Duração: volume médio de água (5 mm) Norma NBR 8989 (ABNT) Velocidade de rotação (rpm) Velocidade e direção do vento 2. Ensaios de campo - Arranjos Malha original (arranjo padrão): 2. Ensaios de campo - Arranjos Quando é utilizado um único aspersor: 2. Ensaios de campo - Arranjos Quando é utilizada uma lateral com 2 aspersores: 2. Ensaios de campo - Arranjos Quando é utilizada uma lateral com 4 aspersores: 2. Ensaios de campo - Arranjos 3. Determinação da UD - Índices: Existem diferentes coeficientes para expressar a uniformidade de aplicação de um sistema de irrigação, sendo o coeficiente de Christiansen (CUC), o coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD) recomendado pelo serviço de Conservação do Solo dos Estados Unidos e o coeficiente estatístico de uniformidade (CUE), os três mais utilizados nas avaliações de sistemas. A) Coeficiente de Christiansen (1942) 3. Determinação da UD - Índices: Xi - precipitação no i-ésimo coletor (mm) n - número de coletores 𝑋 - precipitação média (mm) Xn XX CUC n i i 11100 B) Uniformidade de distribuição (CUD) 3. Determinação da UD - Índices: 𝑥 25 – precipitação média dos 25% menores valores (mm) 𝑋 - precipitação média (mm) 𝐶𝑈𝐷 = 100 𝑥 25 𝑋 C) Coeficiente de uniformidade estatístico (CUE) 3. Determinação da UD - Índices: 2 n 1i 2 i X1n XX 1100CUE Relação entre os coeficientes • CUD = 1,59 CUC – 59 • CUE = 1,25 CUC - 25 3. Determinação da UD - Índices: 3. Determinação da UD - Índices: 4. Valores aceitáveis de qualidade de irrigação Vários trabalhos (Rezende & Freitas, 1996) 5. UD abaixo da superfície do solo CUC = 88,2 % (12m x 12m) CUC = 74,8 % (18m x 18m) CUC = 95,4 % (12m x 12m) CUC = 92,5 % (18m x 18m) Adequada = 92 % Déficit = 8 % 6. Causas de baixa UD: • desgaste ou entupimento dos bocais • desgaste do sistema de propulsão (molas) • Solução: • avaliação e redimensionamento do sistema • substituição dos bocais / molas / aspersores • uso de aspersores com bocais diferentes A avaliação de um sistema localizado tem o mesmo princípio da avaliação dos outros sistemas, consiste na coleta de vazão dos emissores em determinados pontos do sistema. Existem duas metodologias de coleta de dados no campo: • Metodologia proposta por keller e Karmeli (1975): são coletadas as vazões de 16 pontos do sistemas. É preciso selecionar 4 linhas laterais; a primeira linha, a linha que está a 1/3, a linha que está a 2/3 e a última linha. Em cada linha é preciso selecionar 4 emissores (gotejador ou microaspersor); o primeiro emissor, o segundo situado a 1/3 do comprimento da linha, o segundo a 2/3 e o último emissor. • Metodologia proposta por Deniculi (1980): nesta metodologia também é preciso selecionar 4 linhas laterais utilizando o mesmo critério da metodologia anterior, no entanto, se propõe avaliar um número maior de emissores. A justificativa para sua utilização é de que em linhas laterais muito compridas (acima de 120 m), somente quatro emissores avaliados pode perder a representatividade das amostras coletadas. Então, a proposta é coletar 8 pontos de vazão na linha lateral, utilizando o seguinte critério: selecionar o primeiro emissor, os situados a 1/7, 2/7, 3/7, 4/7, 5/7, 6/7 do comprimento da linha lateral e o último emissor. • Seja qual for a metodologia utilizada, é importante ressaltar que a coleta de vazão consiste em escolher aleatoriamente os pontos a serem amostrados, não é permitido mascarar os resultados escolhendo somente os emissores que estejam funcionado corretamente. Se a seleção dos pontos cair em um emissor entupido ou com vazamento, seus valores também devem ser considerados para o cálculo. • Para coleta das vazões dos emissores são utilizadas provetas (medidores graduados). • Para uma avaliação completa também é importante a checagem das pressões com um manômetro no início e no final das linhas laterais, assim como nos cavaletes. A avaliação de um sistema de irrigação por pivô central são muito parecidos como os que são feitos na aspersão convencional. Porém, no pivô se avaliam a uniformidade de distribuição e a eficiência de aplicação da água se colocando em campo uma linha de coletores dispostos radialmente ao longo da linha lateral do pivô. Ao longo de toda linha lateral os coletores devem ser numerados em ordem crescente a partir da torre central do pivô, com espaçamento entre eles que podem variar de 2 até 5 m. Segundo Am & Rosentreter (1989), os coletores devem ser espaçados uniformemente e localizados em linha reta com um espaçamento máximo equivalente a 30% da média do diâmetro molhado dos aspersores, não sendo recomendado espaçamentos superiores a 4,5m. Diversos ensaios foram feitos utilizando diferentes quantidades de linhas de coletores ao longo da linha lateral de um pivô central, desde uma até quatro linhas no entanto, para manejo prático de campo, normalmente se utiliza uma linha de coletores, visto que após inúmeros testes entre vários pesquisadores, nunca se notou diferenças significativas entre as metodologias. É importante destacar que cada coletor representa áreas diferentes e crescentes a medida em que se afasta do ponto pivô. Esta condição determina a necessidade de utilização de um sistema de ponderação que dê maior peso aos coletores mais distantes do ponto pivô.CUC Onde di : representa a distância em que um dado coletor i se encontra em relação ao ponto de rotação do pivô; N: número de observações realizadas Xi: lâmina ou vazão coletada correspondente a cada observação i. X : A média aritmética dos valores correspondentes ao conjunto total das N CUD 15085.6 1358,0 Onde di : representa a distância em que um dado coletor i se encontra em relação ao ponto de rotação do pivô; Xi: lâmina ou vazão coletada correspondente a cada observação i; N: número de observações realizadas; X : A média aritmética dos valores correspondentes ao conjunto total das N; e Nq : número de ordem correspondente ao inteiro mais próximo do início do quartil inferior;. 𝐶𝑈𝐷 = 100 . 15085,6 1358,0 59140,2 4576 𝐶𝑈𝐷 = 100 . 11,11 12,92 𝐶𝑈𝐷 = 85,99%
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