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Tributário I

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05/08/2013
Direito tributário
Prof. Juliana Rocha
1ª etapa
Direito Financeiro (LRF: lei de responsabilidade fiscal = LC 101/00)
Receita
Despesa
Orçamento
Crédito Público
2ª etapa
Direito Tributário: aspectos constitucionais
Fontes do direito tributário
Direito tributário na CF (Sistema constitucional tributário e competências e limitações constitucionais do Poder Tributário).
Tributos e suas espécies no âmbito da CF/88
3ª etapa
Direito Tributário: CTN (Código Tributário Nacional)
Obrigação tributária: hipótese de incidência (fato jurídico e sujeitos da obrigação)
Crédito tributário (lançamentos, extinção de crédito, suspenção do crédito, exclusão do crédito e garantias e privilégios).
AULA 01
Direito financeiro
O que é direito positivo?
Impõe / disciplina regras de conduta na sociedade (relação de pessoas).
Finanças? $$$
Está relacionado a dinheiro (poder econômico): receitas e despesas com planejamento (orçamento)
Finanças públicas?
Direito financeiro: disciplina que impõe regras de conduta para administração de receitas, despesas, orçamentos e créditos públicos = LC 101/00.
Receita pública: entrada / ingresso de valores ou bens em caráter definitivo ao patrimônio público. (que incorpora, integraliza o patrimônio).
Originárias: exploração do patrimônio próprio.
Derivadas: exploração do patrimônio de terceiros com base na cobrança de tributos, multas e taxas.
2 – Classificação
I – aspecto contábil (art. 11, lei 4320/64)
Correntes: ‘entra’ em razão dos tributos, multas, execução fiscal, etc.
Capital: ônus ao patrimônio público = dívidas. (integraliza investimento: entrada e saída)
II – quanto à origem
Originários: explora o patrimônio público como se particular fosse. Ex.: tarifa ou preço público
Derivados: art. 9, CTN. Age de forma coercitiva, impondo. Decorre de lei, chamada de ‘’receita de lei’’.
Transferidas (art. 157 e 158, CF/88): 
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II – 20% do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; 
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; 
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.
III – quanto à periodicidade: durável, receita que pode contar, contínua.
Ordinários: orçamentos (estimativas, estão previstas no orçamento. Ex.: IPTU).
Extraordinários: não permanentes. Ex.: art. 154, CF/88 não estará prevista no orçamento.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar (por conta do caráter especifico que ela possui), impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Despesas Públicas
1 – conceito: gasto com a própria atividade, todo o custo que tem.
2 – Classificação:
I – Quanto à periodicidade (duração)
Ordinárias: está prevista no orçamento, tem autorização legal.
Extraordinárias: não está prevista no orçamento, não tem autorização legal. É chamada de despesa extra orçamentária. Ex.: calamidades públicas: enchentes, inundações, epidemias.
II – quanto ao aspecto contábil. Art. 11, da lei 4320/64
Custeio: manutenção, despesas que não traz retorno e crescimento para o patrimônio.
Capital: investimento
OBS: despesa com pessoal (despesa corrente e ordinária). Art. 19, LRF + art. 169, CF/88
Limites:
Estado / Município: 60%
União: 50%
3 – Fases da realização das despesas:
1ª fase: legislativa art. 359, CF (tem caráter legal).
2ª fase: administrativa (compra, como é feita a compra).
4 – Exteriorização da despesa
Empenho: nota de emprenho, com a nota pode realizar o serviço ou a venda.
Liquidação: eu tinha um valor para liquidar. Liquidei, não possuo mais.
Ordem de pagamento: assim que liquidar, ordem de pagamento.
Dia 12/08/2013 
AULA 02
Orçamento público
1 – conceito: lei formal = art. 165, I, II, III, CF/88
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais.
Iniciativa > chefe do executivo
Art. 48, $ único e art. 49, LC nº 101/00 – transparência da gestão fiscal.
2 – Espécies de leis orçamentárias
2.1 – PPA > art. 165, $ 1º, CF/88 > forma regionalizada.
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
OBS 1: não é auto executável > LOA (lei orçamentária anual)
OBS 2: previsão para 4 anos > vide art. 35, do ADCT
2.2 – LDO (lei de diretrizes orçamentárias) > art. 165, II, $ 2º, C/88 > regras de equilíbrio (receitas e despesas).
 Legislação tributária
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
OBS 1: art. 4º, $ 1, LC nº 101/00 > “Anexo de metas fiscais”.
2.3 LOA (lei orçamentária anual) > art. 165, $ 5º, 6º, 7º e 8º, CF/88.
Execução e operacionalização > PPA e LDO
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a dereduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
2.4 – Princípios Orçamentários
Princípio da unidade: art. 165, $ 5º CF/88
Demonstrar o todo e não conflitar 
Diferenciar claramente despesa de receita
Orientação técnica = analise uniforme
Aspecto formal
Princípio da Universalidade: conteúdo do orçamento
Todas as:
Receitas estimadas
Despesas autorizadas Valores totais brutos
** Crédito Orçamentário: dotação = despesa autorizada
OBS: créditos adicionais: art. 165, $ 8º, CF/88
Crédito suplementar: previsão com gastos extras ref. o dpto lei específica + ato do executivo
Crédito especial
Crédito extraordinário = art. 167, $ 3º, CF e art. 62, $ 1, II, ‘’d’’, CF.
Somente a União pode pedir crédito extraordinário, através de medida provisória. Não tem como prever calamidades públicas.
Art. 167. São vedados:
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
Observações sobre o crédito extraordinário = art. 167, $ 2º, CF.
Art. 167. São vedados:
I - ...
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
1 – independe recursos + vinculação de despesa
2 – salvo disposição legal contrária > prazo de vigência no exercício financeiro em que forem abertos.
Dia 19/08/2013
Princípio da anualidade: ano civil: 01/01 a 31/12
OBS: principio da anualidade orçamentária X Principio da anualidade Tributária (antigo)
Livro Eduardo Sabbag: o princípio da anualidade, vigente sob a égide da Constituição Federal de 1946 (art.
141, § 34, 2ª parte), indicava que “um tributo somente poderia ser cobrado em cada exercício se tivesse autorizado pelo orçamento anual: daí a anualidade, porque, em todos os anos, o orçamento a ser executado teria de arrolar todos os tributos a serem cobrados, sob pena de entender-se não autorizada a exigência”. Ou
“O princípio da anualidade explana que deverá haver a inclusão da lei tributária material na lei Orçamentária. O princípio da anualidade não mais tem guarida na Constituição Federal, no entanto, o mesmo é um velho princípio que vem desde o Império, passando pela primeira república, sendo que foi ignorado pelo Estado Novo, e voltando na Constituição de 1946, submergindo novamente na Constituição de 1967”.
Princípio da anterioridade: art. 150, III, b, CF/88 (atual).
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
Livro Eduardo Sabbag: O princípio da anterioridade tributária, expresso no art. 150, III, alíneas “b” e “c”, da CF, destaca-se como um postulado tipicamente tributário, cujos efeitos direcionam-se para a seara da tributação, seja ela federal, estadual, municipal ou distrital.
Princípio da exclusividade: evitar caudas orçamentárias
Art. 165, $8, CF/88 e art. 38, LC nº 101/10.
Art. 165, § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Permissão para:
Crédito suplementar
Antecipação de receita
Princípio da vedação estorno: art. 167, VI, CF/88: transportar uma despesas para outra atividade que não consta na lei orçamentária.
-- necessidade de autorização legislativa
Art. 167. São vedados:
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
Princípio não afetação de despesas ou não vinculação: art. 167, VI, CF/88: salvo os casos previstos na CF/88
Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
Principio da legalidade: art. 165, ‘caput’, CF/88
-- vedada: MP art. 62, $1, ‘’d’’, CF/88
-- para a União: art. 167, $3º, CF/88: crédito extraordinário.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais.
Art. 167. São vedados:
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
Art. 165, $ 9º, CF/88: exigência de lei complementar = LRF nº 101/00
Art. 165, § 9º - Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
3 – Dívida Pública ou Crédito Público
3.1 – conceito: empréstimo = condicionado a autorização legislativa
3.2 – Classificação
Quanto à forma:
Voluntária: 
Forçado: art. 148, I e II, e 154, CF/88 (empréstimos compulsórios). Deverá sempre ter motivação
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Quanto à origem:
Interna: captação de crédito em umbanco no mesmo território.
Externa: captação do valor em dólar, ou em euro e vai devolver na própria moeda.
Exemplo mais comum: antecipação de receita orçamentária
Art. 38, LRF nº101/00
Empréstimo compulsório
Necessidade de autorização legislativa
AULA 03
Principais aspectos da LRF nº 101/00
1 – no que se refere à receita pública = renúncia de receita
-- abrir mão receita: anistia.
Art. 14, LRF
Art. 14, $ 1º
I – Natureza declaratória
II – Natureza compensatória
Renúncia de receita: criação de despesa (para manter o equilíbrio fiscal, abre mão de uma receita e busca outras). 
2 – No que se refere às despesas públicas
Geração de despesas: art. 15 e 16, I e II, LRF
Despesa obrigatória de caráter continuada. Art. 17, LRF
Despesas correntes: renda mínima e bolsas.
Despesas com pessoal
Art. 19 e 20, LRF = verificação a cada final de quadrimestre.
Pgto dos ativos, inativos, pensionistas, horas extras, contribuições
I – esfera federal = 50%
II – esfera estadual = 60% receita líquida.
III – esfera municipal = 60% 
Limite prudencial da despesa com pessoal
Art. 22 e23 LRF = 95%
Adoção de medidas necessárias: art. 169, $ 3º e 4º, CF
Restos a pagar; art. 42, LRF
Vedação ao titular contrair dívidas ou obrigações nos últimos dois quadrimestres de seu mandato.
26/08/2013
AULA 04
Direito tributário
O que é tributação? = poder/dever
- Tributos: é a atividade de tributação, fiscalização, arrecadação.
Tributo = latim = “tribus” (a tribo);
- “tributum”; verbo = “tribuere” => repartir em tribo.
Relação da tributação e dos direitos fundamentais
Tributo atinge
E o direito de propriedade?
Propriedade privada (art. 5º, XXII e art. 170, II, CF/88).
E o direito de liberdade?
1 – CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO:
- Conjunto de normas que disciplinam as atividades de instituição, fiscalização e arrecadação tributária.
“Nos dizeres de Paulo de Barros Carvalho[6], “o Direito Tributário é o ramo didaticamente
autônomo do Direito, integrado pelo conjunto de proposições jurídico-normativas, que
correspondam, direta ou indiretamente, à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos”.
Livro: Eduardo Sabbag”
2 – AUTONOMIA DO DIREITO TRIBUTÁRIO EM RELAÇÃO A OUTRAS DISCIPLINAS:
“O Direito Tributário desfruta de autonomia perante os demais ramos jurídicos. Apresenta-se, pois,
como um direito autônomo, em face da homogeneidade de sua estrutura normativa e de seus preceitos
elementares. Não é apenas um ramo didaticamente autônomo dos demais; frui, sem sombra de dúvida,
uma autonomia dogmática ou científica (corpo de regras próprias orientadas por “princípios jurídicos
próprios, não aplicáveis aos demais ramos da ciência jurídica”[19]) e uma autonomia estrutural
(institutos dessemelhantes dos demais ramos do Direito). Livro: Eduardo Sabbag”
Autonomia didática: grupo de normas de estudo separado, mas dependentes de outros ramos do direito.
“Curiosamente, não faltam autores que defendem apenas a autonomia didática[22], com exclusivismo.
Independentemente da existência de uma forma ou outra de autonomia, é fato que sobejam os institutos
genuinamente tributários, que ratificam a condição do Direito Tributário como um ramo científica e
metodologicamente autônomo: o lançamento, a consulta, a substituição tributária, a relação jurídico-tributária, o arbitramento etc. Livro Eduardo Sabbag”
Autonomia científica: disciplina jurídica => institutos e princípios próprios.
3 – RELAÇÃO DO DIREITO TRIBUTÁRIO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO:
Direito Administrativo: fiscalização;
Direito Ambiental: aplicação de multas, taxas de funcionamento com base da prevenção do meio ambiente;
Direito Urbanístico: destinação correta ao imóvel; IPTU;
Direito Civil, Empresarial e do Trabalho: conceitos; 
Direito Aduaneiro (fronteira): alfândega, comércio estrangeiro, imposto de importação e exportação de bens e serviços;
Direito do Consumidor: art. 150, § 5º, CF/88: figuras tributárias que se destacam na relação de consumo ICMS/IPI;
Direito Financeiro: receita (tributo é uma receita derivada). Obtém a receita decorrente da relação com o particular. IPTU, serviço prestado, multa pelo serviço não feito, multas de trânsito; 
Direito Penal = descaminho (art. 334, CP; Lei 8137/90): (descaminho= entrada ou saída de mercadorias sem a tributação), crimes contra a ordem tributária (apropriação indébita)
Dia 02/09/2013
4 – FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
1 – Conceito: lei em sentido amplo / lato = CF/88, LC, Lei Ordinário, etc.
Livro Eduardo Sabbag: A expressão “fonte do direito” retrata o ponto originário de onde provém a norma jurídica, isto é, as formas reveladoras do Direito. Desse modo, é o lugar onde nasce uma regra jurídica ainda não existente.
2 – fontes formais ou legislativas. Art. 59, CF/88 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Livro Eduardo Sabbag: Constituição Federal • Emenda à Constituição Federal • Lei Ordinária • Decreto •Lei Delegada •  Medida Provisória • Decreto Legislativo • Resolução • Tratados e Convenções Internacionais •Lei Complementar
2.1 – Constituição Federal: regida = emenda const. clausulas pétreas, art. 60, $ 4º, CF/88.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Livro Eduardo Sabbag: A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, é uma importante e destacada fonte do Direito Tributário, uma vez que nela estão sistematicamente estruturados os princípios básicos e as normas nucleares pertinentes aos tributos. Com efeito, em matéria tributária, a Constituição Federal estabelece as limitações constitucionais ao poder de tributar (arts. 150 a 152) e delimita a repartição das receitas tributárias (arts. 157 a 162).
2.2 – Lei complementar. Art. 59, II e $ único c: c art. 69, CF/88.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
II - leis complementares;
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Pode ser vista sob dois aspectos:
Formal: quórum qualificado = maioria absoluta (50% + 1 o número inteiro).
Material: completa e fazer operar a CF/88
2.3 – Lei ordinária. Art. 59, III, CF/88
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
III - leis ordinárias;
Assuntos em geral: principio da estrita legalidade (art. 150, I, CF/88).
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Livro Eduardo Sabbag: Como fonte formal básica do Direito Tributário, a lei ordinária é a lei comum, de formulação cotidiana do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras Municipais, exigindo no processo de votação a maioria simples ou relativa. A lei ordinária é, indubitavelmente, o instrumento por excelência da imposição tributária. De fato, a lei ordinária se mostra como uma manifestação legislativa demasiado corriqueira, veiculando, genuinamente, o princípio da legalidade em matéria tributária (art. 150, I, da CF e art. 97 do CTN).
Vale dizer que as leis ordinárias podem ser federais, estaduais ou municipais, não havendo hierarquia entre elas, e cada uma, dentro de sua esfera, versa sobre matéria determinada pela Constituição. Mesmo porque, “sendo o Brasil uma República Federativa, o que pressupõe a autonomia dos Estados, e vigendo entre nós o princípio da autonomia dos Municípios, não há que se cogitar de supremacia da lei ordinária federal em relação à estaduale à municipal”.
Enquanto a Constituição Federal define competências tributárias e a lei complementar “complementa” o texto constitucional, a lei ordinária institui tributos. Em regra, sabe-se que a lei apta a gerar o tributo é a lei ordinária, nada impedindo, todavia, em caráter excepcional, que ocorra a instituição de tributos por lei complementar.
Segundo Luciano Amaro, “a Constituição não cria tributos; define competências. A lei complementar também, em regra, não cria tributos; ela complementa a Constituição; em alguns casos, vimos que ela se presta à criação de tributos, afastando a atuação da lei ordinária. A regra, portanto, é a lei ordinária exercer a tarefa de criar, in abstracto, o tributo, que, in concreto, nascerá com a ocorrência do fato gerador nela previsto”.
Existe hierarquia entre a LC e a Lei ordinária? Para alguns doutrinadores há, para outros, não há. (pesquisar doutrinas).
Duas espécies de LC
Fundamentos de validade = ex.: LC nº 101/00
Atua de forma direta = ex.: LC nº 123/06
Hierarquia formal: a superior dita apenas pressupostos de forma.
Hierarquia material: a superior antecipar os conteúdos.
Art. 59, $ único = hierarquia formal.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
OBS: art. 146 e 146-A, CF/88 = funções da LC.
1ª função: veicular normas gerais de direito tributário, dispondo sobre conflitos de competência e regulando as limitações constitucionais ao poder de tributar.
2ª função: instituir os tributos em relação aos quais é expressamente exigida (imposto residual (art. 154, I), e os empréstimos compulsórios (art. 148)).
3ª função: conferir uniformidade e regramento de certos impostos dos Estados e Municípios.
4ª função: estabelecer critérios especiais de tributação, destinados à prevenção de desequilíbrios da concorrência (conhecida como Guerra Fiscal).
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
 II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. 
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.
2.4 – Medida provisória. Art. 62, CF/88
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Caráter extraordinário:
(iniciativa) Chefe do executivo
Eficácia das leis = 60 dias + 60 dias (lembrar que é provisória).
Relevância e urgência. (momentânea).
Ela é admitida como instrumento para instituir ou majorar tributos?
Resp.: Há duas correntes: entendimento do STF – RE 197-790; J 19/02/97 e DJ 21/01/97 // relator Ilmar Galvão = sim.
Emenda constitucional nº 32, de 2001; deu nova redação ao art. 62, CF, em especial = 2º == é possível. 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos (logo estão afastadas tributos), exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Mas e o seu entendimento???? Pensar, ler e definir meu entendimento.
Livro Eduardo Sabbag: A medida provisória, prevista no art. 62 da Carta Magna, em sua redação original, teve franca inspiração no decreto-legge, previsto no art. 77 da Constituição Italiana de 1947. Ela se traduz em ato normativo de vida efêmera e de utilização excepcional, no trato de certos assuntos, cujos pressupostos materiais atrelam-se a elementos de relevância e urgência. Resumidamente, é “ato político, normativo, discricionário, excepcional, cautelar, precário e com força de lei”. Com relação à competência para a aferição dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência, justificadores da edição da MP, muito se discute sobre a possibilidade de ser dada ao Poder Judiciário ou se restringir ao juízo político do Presidente da República. Estaria tal competência adstrita à discricionariedade do Presidente da República ou o Poder Judiciário poderia fiscalizar a presença dos indigitados pressupostos? Para a resposta, podemos observar os respeitáveis dizeres de Celso Antonio Bandeira de Mello: “Se relevância e urgência fossem noções só aferíveis concretamente pelo Presidente da República, em juízo discricionário incontrastável, o delineamento e a extensão da competência para produzir tais medidas não decorreriam da Constituição, mas da vontade do Presidente, pois teriam o âmbito que o Chefe do Executivo lhes quisesse dar. Assim, ao invés de estar limitado por um círculo de poderes estabelecido pelo Direito, ele é quem decidiria sua própria esfera competencial na matéria, ideia antinômica a tudo que resulta do Estado de Direito”.
Veja o julgado no STF:
EMENTA: Os conceitos de relevância e de urgência a que se refere o art. 62 da Constituição, como pressupostos para a edição de medidas provisórias, decorrem, em princípio, do juízo discricionário de oportunidade e de valor do presidente da República, mas admitem o controle judiciário quanto ao excesso do poder de legislar, o que, no caso, não se evidencia de pronto. (ADIN n. 162, rel. Min. Moreira Alves, j. 14-12-1989).
	Atualmente, sabe-se que a medida provisória, segundo a literalidade da Constituição Federal (art. 62, § 2º), é meio idôneo para instituição e majoração de imposto. O comando é claro: pode haver MP para criar um imposto e pode haver MP para aumentar um imposto. A alusão a impostos federais, que avocam a MP federal, obsta, para alguns insignes doutrinadores, a extensão da temática às MPs estaduais, municipais ou distritais. Portanto, a excepcionalidade da medida implica que só o Presidente da República pode editá-la, não o Governador ou o Prefeito. (pode ferir o principio da legalidade, em relação a aprovação da MP, ferindo o processo legislativo).
IMPORTANTE: Se for respeitado o principio da legalidade e for remetida em lei no seu exercício seguinte, será legal e não ferirá o principio da legalidade e nem da anterioridade (sem segurança jurídica). Uma corrente defende, e outra não, pois ela é antagônica ao que ser disciplinar uma situação de medida grave, calamidades.
2.5 – Decreto legislativo. Art. 59, VI, CF/88
Congresso Nacional – Tratados internacionais
Assembleias legislativas estaduais – convênios.
Livro Eduardo Sabbag: O decreto legislativo (art. 59, VI, CF) é atoemanado do Congresso Nacional, em decorrência do exercício da sua competência, não estando sujeito à sanção do Presidente da República. É cediço que existem decretos legislativos em todas as esferas políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Entretanto, no Direito Tributário, os decretos legislativos mais importantes são os da União, como meios idôneos à aprovação de tratados, acordos ou atos internacionais (art. 49, I, CF), demarcando sua aceitabilidade e integração na ordem jurídica interna. Frise-se, ainda, que os decretos legislativos têm expressivo papel no disciplinamento das relações jurídicas decorrentes das medidas provisórias não convertidas em lei (art. 62, §§ 3º e 11, CF). O decreto legislativo, por sua vez, não possui aplicação direta em matéria tributária, servindo, basicamente, para aprovar tratados internacionais e para disciplinar os efeitos de medidas provisórias não convertidas em lei.
2.6 – Resoluções. Art. 59, VII, CF/88
Poder legislativo = Senado Federal: alíquotas estaduais.
ITCMD (imposto sobre transmissão causa mortis): art. 155, $ 1º, CF/88
§ 1.º O imposto previsto no inciso I: 
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
ICMS: art. 155, $ 2º, IV e V, ‘a’ e ‘b’, CF/88.
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;
V - é facultado ao Senado Federal:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;
IPVA: art. 155, $ 6º, I, CF/88
§ 6º O imposto previsto no inciso III:
 I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;
Livro Eduardo Sabbag: A resolução é ato legislativo emanado do Congresso Nacional (ou de uma de suas Casas), em decorrência do exercício da sua competência, não estando sujeita à sanção do Presidente da República, o que leva alguns estudiosos a intitulá-la, ao lado dos decretos legislativos, de “lei sem sanção”. Seu procedimento de elaboração difere daquele conferido à lei ordinária, porém a resolução nasce com força de lei, à luz do processo legislativo (art. 59, VII, CF). Em termos gerais, tais resoluções referem-se a impostos, exclusivamente estaduais, nos casos adiante mencionados. Observe que a Constituição determina que as alíquotas de três impostos estaduais – o ICMS, o ITCMD e o IPVA – poderão ter a estipulação de limites máximos e mínimos por resoluções do Senado Federal.
3 – Atos Administrativos Normativos
Também constituem fontes do Direito Tributário
Esfera da administração pública tributaria
São atos de eficácia ‘’interna corporais’’.
Livro Eduardo Sabbag: São comandos dos órgãos do Poder Executivo com o escopo de propiciar a correta aplicação da lei, do tratado ou do decreto. São atos internos, ostentando caráter geral, com o objetivo de conferir orientação universal aos contribuintes, esclarecendo-lhes as dúvidas, e instruir os servidores públicos encarregados da efetivação dos atos e procedimentos administrativos referentes aos tributos.
Decretos e regulamentos: são de competência privativa do chefe do executivo.
Ex.: fixação das alíquotas por decreto = art. 153, $ 1º, CF/88 II, IE, IPI e IOF
Instruções: competência dos auxiliares diretos
** ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais.
4 – Jurisprudência: preservar a segurança jurídica:
Uniformidade: ideia de igualdade. A jurisprudência para servir de base, deve preservar a segurança jurídica.
Estabilidade: evitar oscilação à orientação adotada. Traz estabilidade jurídica, sensação de insegurança.
Irretroatividade: art. 5º, XXXVI, CF/89: XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Direito adquirido
Ato jurídico perfeito
Coisa julgada
5 - Doutrina 
Dia 09/09/2013
Aula 05
Sistema Constitucional tributário ou Sistema Tributário Nacional
O que é sistema? (Roque Antônio Carrazza)
Sistema é a reunião ordenada de várias partes que formam um todo, de tal sorte que elas se sustentam mutuamente e as ultimas explicam-se pelas primeiras. As que dão razão as outras chamam-se princípios e o sistema é tanto mais perfeito quanto em menor número existam. 
Sistema tributário nacional (Regina Helena Costa)
É o conjunto de normas constitucionais e infra (abaixo) constitucionais que disciplinam atividade tributante. Ele resulta da conjugação de 3 planos normativos distintos: 
Texto constitucional
A lei complementar veiculadora de normas gerais em matéria tributária (CTN)
Lei ordinária, como instrumento de instituição de tributos por excelência.
Os textos constitucionais cuidam tradicionalmente:
Previsão das regras – matrizes de incidência tributária: 
Classificação dos tributos: vinculação ou não: os impostos não são vinculados com o Estado (Ex. IPVA)
Repetições das competências tributárias:
Limitações ao Poder de tributos:
Diretrizes positivas: princípios constitucionais (respeitar princ.. anterioridade)
Diretrizes negativas: imunidade. Mesmo quando a união tem competência para cobrar impostos, mas não tem que cobrar. Exemplo: imposto de Igreja. Não é cobrado porque o dinheiro que a Igreja arrecada tem fim social. Norma de aplicação Imediata.
1. Competência tributária: legislar com a aptidão de instituir normas capazes de disciplinar a cobrança tributária.
Conceito: art. 150, I, CF/88
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Livro Eduardo Sabbag: A competência tributária é a habilidade privativa e constitucionalmente atribuída ao ente político
para que este, com base na lei, proceda à instituição da exação tributária. Em outras palavras “competência tributária é a aptidão para criar tributos. (...) O poder de criar tributo é repartido entre os vários entes políticos, de modo que cada um tem competência para impor prestações tributárias, dentro da esfera que lhe é assinalada pela Constituição”.
Características: segundo Roque Antônio Carrazza. São 6:
Livro Eduardo Sabbag: A competência tributária é indelegável, intransferível, inalterável e irrenunciável, uma vez que admitir a delegação de competência para instituir um tributo é admitir que seja a Constituição alterada por norma infraconstitucional.
Privaticidade ou exclusividade: CF definiu quem é competente para tal tributo.
Indelegabilidade: transferir função. Ou seja, não pode ser transferida à terceiro.
Incaducabilidade: o direito não socorro àquele que dorme. Se não exercer, não vai perder. Ex. impostos de grandes fortunas.
Inalterabilidade: não pode ser alterada.
Irrenunciabilidade: não pode abrir mão dela.
Facultatividade: é facultativo.
2. Repartições de competências tributárias
2.1 Critérios
2.1.1 Materialidade
	1. Impostos: 
		i. expressa e enumeradas: art. 153, 155 e 156, CF
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedadeterritorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
III - propriedade de veículos automotores.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
		ii. residual / extraordinária: art. 154, CF (pressuposto para seu exercício)
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
2. Taxas: expressas, mas não enumeradas. Art. 145, II, CF
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
3. Contribuição de melhoria: enunciado expresso = obra pública que prossegue acréscimo de valor
2.1.2 Não aponta materialidade
	1. Empréstimo Compulsório: pressupostos para a sua exigência. Art. 148, I e II, CF/88
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
	2. Contribuições: critério finalístico. Art. 149, CF (finalidade)
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
2.2 Atribuições de cada ente político
2.2.1 União:
Impostos: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR e de grandes fortunas. Art. 153, CF/88
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Impostos residuais / extraordinário. Art. 154, I e II
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Taxas: poder de polícia ou serviços e cont. melhoria. Art. 145, II e III, CF
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Empréstimos compulsórios. Art. 148, CF
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Cont. sociais; de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas. Art. 149 e 177, $ 4º, CF/88
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Art. 177, § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: 
I - a alíquota da contribuição poderá ser: 
a) diferenciada por produto ou uso; 
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; 
II - os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; 
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; 
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. 
2.2.2 Estados
Impostos: ITCMD; ICMS e IPVA
Taxas e contribuição de melhoria
Contribuição previdenciária de seus funcionários
2.2.3 Municípios
Impostos: IPTU, ISSQ e ITBI
Taxas e contribuições de melhoria
OBS: Contribuição para custeio da iluminação pública. Art. 149-A, CF (EC nº 39 / 2002).
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
2.2.4 Distrito Federal
Equiparados aos estados e não é dividido em município
Impostos: ITCMD, IPVA, ICMS, IPTU, ISSQ e ITB
Taxas e contribuição de melhoria
Contribuição previdenciária de seus funcionários.
Contribuição de custeio de iluminação pública. (art. 149-A, CF)
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Fiscalidade: representa a exigência de tributos com o objetivo de abastecimento dos cofres públicos, sem que outros interesses interfiram no direcionamento da atividade impositiva. O tributo é utilizado, simplesmente, como ferramenta de arrecadação, isto é, como meio de gerar receita. No exercício de competente, o ente da federação, ao instituir a figura tributaria para custear seus serviços. Exemplo; qual o objetivo de instituir o imposto? Arrecadar dinheiro para abastecer os cofres públicos.
Extra fiscalidade: consiste no emprego de instrumentos tributários para o atingimento de finalidades não arrecadatórias, mas, sim incentivadoras ou inibitórias de comportamento com vista a realização de outros valores, constitucionalmente contemplados, no sentido de prestigiar certas situações tidas como social, politica ou economicamente valiosas, as quais o legislador dispensatratamento mais confortável ou menos gravoso. Exemplo: as técnicas da progressividade e regressividade; a seletividade de alíquotas e a conseção de isenção e outros incentivos fiscais. É o contrário da fiscalidade. Tem na instituição do tributo não de abastecer os cofres públicos, mesmo tendo retorno. A ideia é que seja reguladora. Há a seletividade de alíquotas.
Para fiscalidade: representa a delegação pela pessoa politica por meio de lei de sua capacidade tributária ativa, vale dizer, das aptidões de arrecadar e fiscalizar a exigência de tributos à outra pessoa, seja ela de direito público ou privado. E as pessoas que fazem a arrecadação, em regra, atribui-se o produto arrecadado. Esta fora da fiscalidade, se quer é exercida com este objetivo fiscal. Esta relacionada à capacidade de cobrança e fiscalização. Para fiscalizar, ela transfere essa autorização para outro ente, de direito público ou privado. Este dinheiro não vai para a União, vai para o próprio ente, para o custeio da sua atividade.
2º Bimestre
23/09/2013
Aula 6
Limitações Constitucionais ao Poder de tributar
“A Constituição Federal impõe limites ao poder de tributar, ou seja, limites à invasão patrimonial
tendente à percepção estatal do tributo”. Livro Eduardo Sabbag.
As limitações estão traduzidas em:
Repartição de competências tributárias (já estudada);
“destinam-se à delimitação do poder de tributar, uma vez que a própria Constituição Federal”. Livro de Eduardo Sabbag.
Princípios Constitucionais => gerais e específicos
	- Normas que fundamentam o nosso sistema;
	- forte conteúdo axiológico e generalidade + abstração;
	- Orientam a interpretação e a aplicação de outras normas.
“os arts. 150, 151 e 152 da Carta Magna hospedam variados comandos principiológicos, insculpidos à luz de pautas de valores pontualmente prestigiados pelo legislador constituinte. Aliás, em muitos casos, como já se viu, servem esses princípios como verdadeiras garantias constitucionais do contribuinte contra a força tributária do Estado, assumindo a postura de nítidas limitações constitucionais ao poder de tributar. Nessa toada, “consoante a jurisprudência firmada pelo STF, o poder que tem o Estado de tributar sofre limitações que são tratadas como cláusulas pétreas”.” Livro Eduardo Sabbag.
	(iii)	As Imunidades: aplicadas somente em situações específicas => CF/88;
Obs.: Diferenças entre os princípios e as imunidades
As imunidades denegam a própria competência, vedando a sua atribuição em relação a certas hipóteses, já os princípios orientam o adequado exercício da competência tributária, pois eles pressupõem, assim, a existência de competência tributaria; Já as imunidades por seu turno (por sua vez), pressupõem a inexistência da competência.
1 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Latim: “principium”; principii; => “base”; “raiz” (“começo”; origem”)
Cientificamente: alicerce de um sistema;
- norma de maior hierarquia;
- Sobrenormas;
Cientificamente o principio é o alicerce sobre o qual se constrói um sistema, o que conduz a conclusão de que uma ofensa a um principio representa a uma agressão ao próprio sistema.
Por tanto, são normas de maior hierarquia, autenticas sobrenormas (superiores) que orientam a interpretação e a aplicação das demais, sinalizando o seu alcance e sentido.
 PRINCIPIOS GERAIS DE REPERCUSSÃO NO ÂMBITO TRIBUTÁRIO
Segurança Jurídica: art. 5º, “caput”, CF/88;
- Essência do Direito fundamental;
- Decorrência do próprio Estado democrático de Direito;
- Postulados da certeza e igualdade;
Isonomia: art. 5º, “caput” e I, CF/88;
** Pode ser estudada sob dupla acepção:
Sentido material ou substancial => tratamento equânime => humanista;
Sentido formal => mais pratico:
- Legitimas discriminações autorizadas aos legisladores:
	- Imediatamente => ao legislador;
	- Mediatamente => seus aplicadores;
Exemplo: Relação com o principio da Capacidade Contributiva;
Legalidade: art. 5º, II, CF/88
A lei neste principio tem que ser completa, tem que também gerar uma penalidade.
Consequências:
Somente lei pode impor obrigações;
Somente lei pode proibir comportamentos;
Somente lei pode prever infrações;
Somente lei pode cominar penalidades;
** Relação:
- Direito Penal = artigo 5º, XXXIX, CF/88;
- Direito Administrativo = artigo 37, “caput”;
- Direito tributário = art. 150, I, CF/88;
30/09/2013
Continuação = Aula 6
Princípio Republicano: art. 1º, “caput”, CF/88;
República: tipo de governo = igualdade formal das pessoas.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Princípios Federativo e da Autonomia:
Municipal: artigo 1º, “caput”, CF/88;
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Federação: forma de Estado = Tríplece – ordem jurídica – política;
	- Art. 60, §4º, I, CF/88.
§ 4º Para efeito de distribuição de recursos dos Fundos a que se refere o inciso I do caput deste artigo, levar-se-á em conta a totalidade das matrículas no ensino fundamental e considerar-se-á para a educação infantil, para o ensino médio e para a educação de jovens e adultos 1/3 (um terço) das matrículas no primeiro ano, 2/3 (dois terços) no segundo ano e sua totalidade a partir do terceiro ano. 
Princípio da Moralidade: art. 37, CF/88
        Art. 37. A adaptação ao que estabelece o art. 167, III, deverá processar-se no prazo de cinco anos, reduzindo-se o excesso à base de, pelo menos, um quinto por ano.
 Opera em 2 planos:
- (a) Legislativo;
- (b) Administrativo;
Obs.: A administração tributária deve ser efetivada com a aplicação de critérios técnicos, objetivos, fazendo jus o contribuinte a uma atuação estatal arrecadatória e fiscalizatória pautada por condutas éticas, honestas, leais e de boa fé.
Supremacia do interesse público sobre o particular:
Principio implícito => interesse público;
Função social da propriedade: uso e gozo => prol da coletividade;
– Princípios Específicos do Direito Tributária:
Princípio da Estrita Legalidade tributária: art. 150, I, CF/88
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
- A noção de legalidade 3 ≠s funções:
Função Formal: Veículo legislativo => deve carregar em seu conteúdo
Quanto ao aspecto formal o veículo normativo deve em seu conteúdo carregar:
A hipótese de incidência tributária em todos os seus aspectos (material; espacial; temporal; pessoal e quantitativo);
As desonerações tributárias (isenções, reduções e deduções);
As sanções fiscais bem como a anistia;
As obrigações acessórias (não tem cunho pecuniário – declaração do imposto de renda);
Função Material: todos os aspectos à verificação do fato jurídico => tipicidade tributária:
5 linhas
Função vinculativa;
Obs. 1: Mitigação da Intensidade do Princípio da Legalidade:
- art. 153, §1º, CF = II; IE; IPI e IOF => Extrafiscais;
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
Principio da Irretroatividade:
- Noção primária: art. 5º, XXXVI, CF/88;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
- Manifestação = segurança jurídica;
- No âmbito tributário = art. 150, III, “a”, CF;
	- Salvo hipóteses benéficas.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
Salvo se for para beneficio do contribuinte.Princípio da Anterioridade:
Genérica: art. 150, III, “b”, CF/88 – Conhecida: anterioridade ao exercício => 1ª/01 a 31/12;
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
Dia 07/10/2013
C) Principio da anterioridade
Genérica
Nonagesimal 
Especial
Livro Eduardo Sabagg: o princípio da anterioridade tributária avoca a análise da eficácia da lei tributária. O plano eficacial da norma possui particularidades temporais que transmitem ao destinatário do tributo “ondas” de segurança jurídica, por meio das quais se saberá o que o aguarda, no plano da tributabilidade, amplificando-lhe a confiança no Estado Fiscal. De fato, a noção de segurança jurídica alastra-se por todo o ordenamento jurídico, em todas as direções, influenciando sobremaneira alguns postulados, em matéria tributária, com os quais se entrelaça ou, ainda, nos quais se desdobra, v.g., o próprio princípio da anterioridade tributária. Assim, a anterioridade objetiva ratificar o sobre princípio da segurança jurídica, evitando-se que o contribuinte se veja diante de inesperada cobrança tributária.
1 – anterioridade genérica: art. 150, III, b, CF/88
** conhecida: anterioridade de exercício 1º/01 a 31/12
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
– anterioridade nonagesimal: art. 195, $ 6º, CF/88
** não se sujeita ao principio geral
*** destinada ao financiamento da seguridade social contribuições sociais.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
Livro Eduardo Sabagg: Frise-se que o entendimento de que a redução do tributo rechaça o princípio da anterioridade alcançará todas as espécies tributárias, incluindo as contribuições social-previdenciárias, para as quais vige, no caso de instituição e modificação, a anterioridade nonagesimal (art. 195, § 6º, CF). A propósito, havendo uma lei – ou, até mesmo, uma medida provisória – que reduza o valor de uma contribuição social-previdenciária, a incidência da lei redutora deverá se dar de imediato, sem respeito à noventena, que imporia a contagem do prazo de noventa dias a partir da publicação da lei (ou da data da medida provisória). Exemplos: 
a) Em 20-03-2000, o Presidente da República editou medida provisória aumentando a alíquota da contribuição social a cargo das empresas, destinada à seguridade social. Quando tal norma incidirá? Resposta: no 91º dia a contar de 20-03-2000.
b) Em 20-03-2000, o presidente da República editou medida provisória reduzindo a alíquota da contribuição social a cargo das empresas, destinada à seguridade social. Quando tal norma incidirá? Resposta: na data da publicação da MP (20-03-2000).
– anterioridade especial: art. 150, III, c, CF/88 e EC nº 42/2003 cobrar tributos: antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei (criou ou majorou) OU observado o disposto na alínea “b”, do art. 150, III, CF/88.
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
Livro Eduardo Sabagg: A expressão exercício financeiro deve ser assimilada como ano fiscal, que, no Brasil, coincidentemente, representa o ano civil (período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro), nos termos do art. 34 da Lei n. 4.320, de 17-03-1964.
Livro Eduardo Sabagg: Em outras palavras, o legislador constituinte sinaliza a possibilidade de se criar ou aumentar o tributo a qualquer tempo, todavia impõe que a eficácia da lei criadora ou majoradora fique suspensa até o início do ano posterior, quando deverá incidir. Exemplos:
 a) Tributo criado ou majorado em março de 2002: incidência em 1º de janeiro de 2003; 
b) Tributo criado ou majorado em novembro de 2003: incidência em 1º de janeiro de 2004.
Livro Eduardo Sabagg: Na prática, a aplicação conjunta mostra-se bem fácil. Observe os casos práticos a seguir: 
a)  Lei n.___ majorou um tributo em 15 de dezembro de 2010. Quando incidirá tal aumento? Resolução: em primeiro lugar, projete a incidência para o 1º dia do exercício seguinte àquele em que tenha havido o aumento do tributo, isto é, 1º-01-2011, em respeito à anterioridade anual. Logo após, projete a incidência para o 91º dia, a contar do termo inicial ofertado – 15 de dezembro de 2010 –, permitindo-se a identificação de uma data final, em meados de março de 2011. Por fim, compare as datas encontradas (1º-01-2011 x data final – meados de março/2011), escolhendo a “maior”. Certamente, optará por aquela data de meados de março de 2011. Somente a partir dela, o contribuinte sujeitar-se-á à incidência desse tributo, majorado em 15 de dezembro de 2010; 
b)  Lei n.___ majorou um tributo em 5 de outubro de 2010. Quando incidirá tal aumento? Resolução: em primeiro lugar, projete a incidência para o 1º dia do exercício seguinte àquele em que tenha havido o aumento do tributo, isto é, 1º-01-2011, em respeito à anterioridade anual. Logo após, projete a incidência para o 91º dia, a contar do termo inicial ofertado – 5 de outubro de 2010 –, permitindo-se a identificação de uma data final, em meados de janeiro de 2011 (início). Por fim, compare as datas encontradas (1º-01-2011 x data final – meados de janeiro/2011), escolhendo a “maior”. Certamente, optará por aquela data de meados de janeiro de 2011. Somente a partir dela, o contribuinte sujeitar-se-á à incidência desse tributo, majorado em 5 de outubro de 2010; 
c)  Lei n.___ majorou um tributo em 10 de agosto de 2010. Quando incidirá tal aumento? Resolução: em primeiro lugar, projete a incidência para o 1º dia do exercício seguinte àquele em que tenha havido o aumento do tributo, isto é, 1º-01-2011, em respeito à anterioridade anual. Logo após, projete a incidência para o 91º dia, a contar do termo inicial ofertado – 10 de agosto de 2010 –, permitindo-se a identificação de uma data final, no mesmo ano de 2010, em meados de novembro. Por fim, compare as datas encontradas (1º-01-2011 x data final – meados de novembro/2010), escolhendo a “maior”. Certamente, optará pela data correspondente a 1º-01- 2011, uma vez que a contagem dos 90 dias não extrapolou o ano de 2010. A partir dessa data (1º- 01-2011), o contribuinte sujeitar-se-á à incidência desse tributo majorado em 10 de agosto de 2010.
Deve ser aplicado o prazo que for mais benéfico parao contribuinte (se os 90 dias derem no mesmo exercício, sigo a regra geral e conta-se o primeiro dia do próxima exercício; se os dias derem no próximo exercício, sigo a data mais longa).
OBSERVAÇÃO 1: as duas modalidades (genérica e especial): acumulada
OBSERVAÇÃO 2: o contribuinte tem no mínimo 90 dias para se preparar para a nova exação.
OBSERVAÇÃO 3: síntese dos regimes jurídicos da anterioridade.
1 – REGRA: observância de ambos os princípios: genérica + especial = padrão do sistema.
Art. 150, § 1º, CF - A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
2 – NÃO sujeição a nenhuma modalidade (especial e geral), pois são impostos de natureza extrafiscal, estão destinados a regular a economia.
Empréstimos compulsórios (art. 148, I, CF): despesas extraordinárias, calamidades, guerra externa ou sua eminência.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
II (art. 153, I); IE (art. 153, II); IOF (art. 153, V)
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
Imp. Extraordinário (art. 154, II): guerra externa ou sua eminência.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
3 – Aplicação da anterioridade genérica, mas NÃO da especial: IR (art. 153, III) e a fixação da base de cálculo do IPVA (art. 155, III) e IPTU (art. 156, I).
– Aplicação da anterioridade especial, mas NÃO da genérica
IPI (art. 153. IV);
ICMS: combustíveis e lubrificantes. Art. 155, $ 4º, IC, “c”.
CIDE: atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados. Art. 177, $ 4º, I, “b”, CF/88.
5 – Aplicação da anterioridade nanogesimal. Art. 195, $ 6º, CF/88.; contribuições sociais.
D) Principio da generalidade da tributação. Art. 150, II, CF
Vedação de tratamento desigual
OBSERVAÇÃO 1: noção de justiça
E) Principio da capacidade contributiva. Art. 145, $ 1º, CF/88
Capacidade econômica do contribuente == IMPOSTOS.
Conceito: capacidade contributiva é a aptidão da pessoa colocada na posição de destinatário legal tributário, para suportar a carga tributária, numa obrigação cujo objeto é o pagamento de imposto, sem o perecimento da riqueza lastreadora da tributação. Representa critério de gradação do imposto, e atua como limite da tributação, permitindo a manutenção do mínimo vital, ou seja, aquela quantidade de riqueza mínima a propiciar ao sujeito passivo uma vida digna e obstando que a progressividade tributária atinja níveis de confisco ou de cerceamento 9retirar) de outros direitos constitucionais.
OBSERVAÇÃO 2: conceito compreendido em dois sentidos:
Capacidade contributiva absoluta ou objetiva: atividade de eleição pelo legislado (âmbito abstrato) que demonstram aptidão para suportar a carga tributária.
Capacidade contributiva relativa ou subjetiva: sujeito individualmente considerado (âmbito concreto)
Dia 14/10/2013
F) Vedação da utilização de tributo com efeito de confisco. Art. 150, IV, CF
Livro Eduardo Sabagg: É da essência do texto constitucional que a carga tributária seja aceitável, razão por que o legislador houve por bem regrar o poder de tributar com as conhecidas limitações principio lógicas a este poder, destacando-se, sobretudo, o postulado constitucional que veda o tributo com efeito de confisco. Note o dispositivo no texto constitucional:
Art. 150, IV, da CF: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) IV – utilizar tributo com efeito de confisco. (...)”.
** Definição de confisco: é a absorção total ou substancial da propriedade privada, pelo poder público, sem a correspondente indenização.
Livro Eduardo Sabagg: Define-se confisco ou confiscação como “o ato pelo qual se apreendem e se adjudicam ao fisco bens pertencentes a outrem, por ato administrativo ou por sentença judicial, fundados em lei”.
“O princípio do não confisco é uma derivação do ‘direito de propriedade’, sendo uma limitação negativa ao poder de tributar imposta ao Estado. Proíbe, assim, o Estado de usar os tributos para confiscar os bens ou o patrimônio de particulares”.
“O princípio da Vedação de Confisco tem por objetivo estabelecer a tributação justa e livre de arbitrariedade”.
OBSERVAÇÃO 01: vedação para proteger o direito da propriedade
OBSERVAÇÃO 02: excepcionalmente
Direito penal: art. 5º: XLV (perdimento de bens) e XLVI (perda de bens)
Art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
Art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
b) perda de bens;
Disposições gerais: art. 243, $ único: plantio de culturas ilegais.
Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.
Livro Eduardo Sabagg: O confisco tributário e o princípio da capacidade contributiva 
De início, pode-se afirmar, sem receio de equívoco, que toda entidade impositora que confisca, na seara tributária, vai além da capacidade contributiva do cidadão, estiolando-a com intenção predatória. Por outro lado, a entidade política que se atém aos limites da capacidade contributiva do cidadão mantém-se na ideal zona intermediária entre o confisco e o mínimo razoável na tributação. Nesse passo, vale a pena recordar que o princípio da vedação ao confisco deriva do princípio da capacidade contributiva, atuando aquele em conjunto com este, porquanto essa capacidade econômica se traduz na aptidão para suportar a carga tributária sem que haja perecimento da riqueza tributável que a lastreia, calcada no mínimo existencial. A propósito, o mínimo existencial (vital ou necessário) está delineado no art. 7º, IV, CF, cujo teor indica os parâmetros de quantidade de riqueza mínima, suficiente para a manutenção do indivíduo e de sua família, isto é, um limite intangível pela tributação, no bojo da capacidade contributiva. O tributo confiscatório representa dessarte, o resultado do confrontodesproporcional entre seus efeitos, tendentes à exacerbação, e sua causa determinante – a capacidade contributiva, “dificultando sobremaneira a subsistência da pessoa ou sua capacidade de prosseguir gerando riquezas”.
IMUNIDADE TRIUBUTÁRIA
2.1 CONCEITO: é a exoneração, fixada constitucionalmente, trazida em norma expressa e impeditiva da atribuição de competência tributária ou extraível, necessariamente, de um ou mais princípios constitucionais, que confere direito público subjetivo a certas pessoas, nos termos por ela delimitados, de não se sujeitarem a tributação. REGINA HELENA COSTA
“As imunidades tributárias são normas constitucionais impeditivas da outorga da competência tributária em relação a determinadas situações, pessoas ou bens”.
“Imunidade é uma forma qualificada de não incidência por vedação constitucional do poder de tributar”.
“As pessoas imunes não podem ser submetidas a nenhuma espécie de fiscalização”.
Livro Eduardo Sabagg: “a norma constitucional de desoneração tributária, que, justificada no plexo de valores proclamados no texto constitucional, inibe a atribuição de competência impositiva e credita ao beneficiário o direito público subjetivo de ‘não incomodação’ perante o ente tributante”. Evidencia-se, a partir do conceito expendido, que a imunidade possui uma natureza dupla: de um lado, mostra-se como norma constitucional que demarca a competência tributária, ao apresentar fatos que não são tributáveis, no bojo do aspecto formal da imunidade; e, de outra feita, revela-se como direito público subjetivo das pessoas que, direta ou indiretamente, usufruem os seus benefícios, à luz do aspecto substancial ou material da norma.
A competência tributária apresenta-se como a aptidão jurídica para criar, in abstracto, tributos, descrevendo, legislativamente, suas hipóteses de incidência, seus sujeitos ativos, seus sujeitos passivos, suas bases de cálculo e suas alíquotas. Perguntar-se-á: quem a tem? As pessoas políticas – a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal –, que receberam do legislador constituinte a faculdade de instituir, em caráter privativo, todas as modalidades de tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições). Em outras palavras, a Constituição disciplinou, rigorosa e exaustivamente, o exercício das competências tributárias, retirando do legislador ordinário a faculdade de definir, de modo livre, o alcance das normas jurídicas que criam, in abstracto, os tributos (normas jurídicas tributárias). Nesse passo, pode-se afirmar, sem medo de equívoco, que a norma imunitória se mostra como um sinalizador de “incompetência tributária”, o que é de opinião generalizada entre os doutrinadores de prol.
Sinopse: A imunidade é uma hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada. Vale dizer: a Constituição impede que a lei de tributação inclua certos fatos na hipótese de incidência de impostos (impõe uma regra negativa de competência). Só há imunidade, em regra, quanto aos impostos.
É uma limitação do poder (União, Estados e Municípios) de instituir impostos.
2.2 CLASSIFICAÇÃO
a) quanto aos valores constitucionais protegidos
Genéricas ou gerais: art. 150, VI, CF. todas as pessoas políticas; todo e qualquer imposto (patrimônio, renda ou serviços)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Especificas ou especiais: restritivas a um único tributo. Pode ser: imposto, taxa ou contribuição (social, melhoria) – determinada pessoa política.
EXEMPLO 1: taxa. Art. 5º, XXXIV, ‘a’ e ‘b’, CF
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
EXEMPLO 2: serviço. Art. 5º, LXIII, LXXIV e LXXVI, ‘a’ e ‘b’
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
EXEMPLO 3: contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico. Art. 149, $ 2º, I = receitas decorrentes de exportação.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
OBSERVAÇÃO 01: doutrina literal X doutrina atual
quanto ao modo de sua incidência 
objetivas ou reais: recaem sobre coisas = determinados fatos, bens e situações
Exemplo: livros, jornais e periódicos, papel destinado a sua impressão.
Subjetivas e pessoais: sobre sujeitos = em razão de sua condição
Natureza jurídica da pessoa
Papel socialmente relevante
Exemplo: templos de qualquer culto. Art. 150, $ 4º, CF/88
Mistas: em razão da natureza jurídica das pessoas e relacionadas a determinadas fatos, bens ou situações. Ex.: ITR. Art. 153,$ 4º, II, CF/88
Conceitos de imunidades de diversos doutrinadores:
Paulo de Barros Carvalho, a imunidade se define como “a classe finita e imediatamente determinável de normas jurídicas, contidas no texto da Constituição Federal, e que estabelecem, de modo expresso, a incompetência das pessoas políticas de direito constitucional interno para expedir regras instituidoras de tributos que alcancem situações específicas e suficientemente caracterizadas”.
José Souto Maior Borges, afirmando que “a regra jurídica de imunidade insere-se no plano das regras negativas de competência. O setor social abrangido pela imunidade está fora do âmbito da tributação. Previamente excluído, como vimos, não poderá ser objeto de exploração pelos entes públicos”. 
Segundo Amílcar de Araújo Falcão, a imunidade é “uma forma qualificada ou especial de não incidência, por supressão, na Constituição, da competência impositiva ou do poder de tributar, quando se configuram certos pressupostos, situações ou circunstâncias previstas pelo estatuto supremo”.
Aliomar Baleeiro, as “imunidades tornam inconstitucionais as leis ordinárias que as desafiam”.
Hugo de Brito Machado, por fim, ratifica o plano conceitual em epígrafe, ao definir imunidade como “o obstáculo criado por uma norma da Constituição que impede a incidência de lei ordinária de tributação sobre determinado fato, ou em detrimento de determinada pessoa, ou categoria de pessoas”.
Para o STF, as imunidades e os princípios tributários são limitações constitucionais ao poder de tributar, ganhando a estatura de cláusulas pétreas – limites não suprimíveis por emenda constitucional, uma vez asseguradores de direitos e garantias individuais (art. 60, § 4º, IV, CF), aptos ao resguardo de princípios, interesses e valores, tidos como fundamentais pelo Estado.
Dia 21/10/2013
Imunidades genéricas
Art. 150, VI e $ 2º a 4º, CF/88
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas

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