Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Constitucional como ciência jurídica: - Direito Constitucional encarado como ciência jurídica. - Sendo ciência, se trata de um conjunto sistematizado de conhecimento sobre determinado objeto. - No Direito Constitucional o seu objeto é o estudo sistematizado da constituição. Introdução ao Direito Constitucional: - Direito Constitucional se origina da Ciência Política e do Pensamento Constitucional. - A Constituinte é o que vai determinar como é o Estado. - Estado de Direito = poder da constituinte. Pensamento Constitucional: - Se consolida com o iluminismo e termina com o movimento burguês que propõe o Estado de Direito, a partir da filosofia liberal. Limitando as ações do Estado e as possibilidades de administrar, legislar e aplicar a lei. - Base: pensamento enciclopedista europeu. - Defende valores que iriam delinear o conceito de Estado e de sociedade. Teoria da Constituição: - Sua base teórica é o Pensamento Constitucional. - Estuda o Estado frente ao Direito. - Estuda as experiências do Estado. Constitucionalismo: - Pensamento que antecede uma constituição. - Movimento político: valores do liberalismo; limitação do poder do rei. - Movimento ideológico: ideais de Locke; Separação dos Poderes. - Movimento jurídico: deu origem ao Estado de Direito. História da Constituição: - Inicia o pensamento na Revolução Francesa; - Triunfo do Liberalismo sobre o Absolutismo; - Passou a se preconizar a presença do Estado na economia; - Foi justamente para atender aos ideais liberais que surgiu o constitucionalismo clássico (pode ser definido como movimento político e jurídico); - Revolução Francesa -> Liberalismo sobre Absolutismo -> Pensamento Constitucional - Pensamento Constitucional: desencadeado das revoluções liberais burguesas. - Pensamento constitucional surge para se estabelecer Estados Constitucionais, com a fixação de mecanismos de limitação e repartição do poder estatal, inclusive protegendo os indivíduos do poder do Estado. - Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - 1789: expressamente defendeu a criação de um governo limitado em seu poder. “A Revolução Francesa pode ser considerada como um marco no surgimento do constitucionalismo, e, consequentemente, das constituições escritas, ao defender, de maneira expressa, que o Estado deveria ser formalizado por um documento escrito que previsse a separação do poder estatal (a famosa tripartição de poderes de Montesquieu), e que também contivesse uma declaração de direitos do homem.” ● Constitucionalismo Clássico: - Está estreitamente relacionado com os direitos e garantias fundamentais de primeira geração, também denominadas liberdades clássicas. - Liberdades negativas: que protegem o indivíduo do Estado. ● A partir do século XX: - Constitucionalismo deixou de guardar estreita vinculação com a ideologia liberal. - Busca-se trazer para a Constituição temas que o liberalismo clássico não pensava e não previu. - Surgimento do Estado Social -> Iniciou com a Constituição Mexicana (1917) - Constituição passa a prever hipóteses de intervenção estatal na vida privada, visando reduzir as desigualdades sociais, por exemplo, além de incentivar o desenvolvimento nacional. - Liberdades negativas + Liberdades positivas -> conjunto de direitos fundamentais que impunham ao Estado a prática de diversas ações visando à obtenção da igualdade substancial (não mais apenas formal) entre os indivíduos. - Estado Social: a busca da superação faz surgir a noção de Estado Social. História do Constitucionalismo Brasileiro: Constituição Imperial (1824) - outorgada; Constituição Republicana (1891) - coronelismo; derrubou a coroa portuguesa; instituiu o sufrágio direto para a eleição dos deputados. senadores, presidente e vice-presidente da República. Constituição (1934) - resultado da Revolução Constitucionalista de 1912; restabeleceu as franquias liberais; Direitos do Trabalhador; Direitos Culturais; Instituiu a Justiça Eleitoral e o voto secreto. Carta do Estado Novo (1937) - estabelece governo autoritário; influências nazifascistas; estabeleceu um Tribunal de Exceção. Constituição (1946) - restaurou os direitos e garantias individuais; Constituição (1967) - considerada semi-outorgada; apresenta graves retrocessos; Constituição Federal (1988) - vitória da opinião pública; reconquista da democracia. Estrutura política do Estado Brasileiro na evolução constitucional: - As constituições de um país são parte da história do seu povo. - A Constituição marca os grandes acontecimentos da história de uma nação. - Brasil teve até então 8 constituições. “Em cada uma dessas constituições, possuímos um Estado diferente, ora autoritário, ora republicano; ora centralizado, ora democrático; onde cada um deles possuíam distintas características. O problema está que, em nenhum deles, por mais transformador que fosse o seu momento no país, se voltou para os interesses do povo. A elite, desde a Constituição de 1824 até a Constituição de 1988 – apesar de ser a que contém o maior teor social e democrático, dentre todas elas – continua sendo a privilegiada. Isso pode ser observado nas reformas realizadas até hoje, que sempre possuíram, como objetivo principal, a manutenção da elite no poder.” “A República tem pouco mais de 120 anos, os períodos democráticos – que representam, todavia, uma democracia em construção – foram sempre intercalados por períodos marcados pelo autoritarismo, a nova constituição, que representa uma nova construção a partir de processos democráticos acaba de completar 23 anos.” Conceito de Constituição: - Organização fundamental do Estado. - Complexo de normas que estabelecem a maneira de ser de uma entidade estatal. Classificação das Constituições: ● Quanto à origem: 1) Promulgada - também denominada democrática, popular, ou votada. É aquela produzida por uma assembléia constituinte, composta por integrantes eleitos pelo povo. A assembléia constituinte é típica dos movimentos democráticos. 2) Outorgada - não reflete a vontade popular, mas sim pela imposição de um agente revolucionário. Alguns especialistas se referem como Carta Constitucional a esse tipo de texto. ● Quanto ao conteúdo: 1) Formal - Documento formal e solene, instituído pelo poder constituinte originário e que pode conter em seu corpo normas outras que não substancialmente (materialmente constitucionais). 2) Material - é aquela composta exclusivamente pelo conjunto de princípios e regras materialmente constitucionais, que tratam da organização fundamental do Estado, notadamente as relativas à sua estrutura, forma de Estado e de governo, regime político, modo de aquisição e exercício do poder, estabelecimento de seus órgãos e fixação de suas competências, além dos direitos e garantias fundamentais. ● Quanto à forma: 1) Escrita - Documento formal e solene. Elaborada de uma só vez por um órgão constituinte. Contém todas as matérias essenciais para a formação e regência do Estado. É o caso da Constituição Federal Brasileira de 1988. 2) Não escrita - não é formada por um único documento, mas por um conjunto de leis esparsas, somadas aos costumes e à jurisprudência. Utilizada no sistema de commom law, como a Constituiçãodo Reino Unido. ● Quanto à sistemática: 1) Codificada - único documento; 2) Leis esparsas - conjunto de leis; ● Quanto à dogmática: 1) Ortodoxa - É a que consagra certos dogmas da ciência política e do Direito dominantes no momento. 2) Eclética - resultante de lenta formação histórica. ● Quanto à consistência: 1) Rígidas - só mudam por meio de processo formal; 2) Flexíveis - é possível mudar sem precisar de processo especial; Elementos da Constituição: 1) Orgânicos - regulam a estrutura do Estado e do poder. 2) Sócio-ideológicos - compromisso com as instituições modernas do Estado. 3) Limitativos - limitam a ação dos poderes estatais. 4) Estabilização Constitucional - assegurar solução nos conflitos constitucionais. 5) Formais de aplicabilidade - regras de aplicação da Constituição. Estrutura da Constituição de 88: ● Três partes: 1) Preâmbulo - parte que antecede a Constituição; não é obrigatório; não tem força normativa; tem o caráter de fonte essencial de interpretação e de integração das normas constantes da Constituição; traça as diretrizes políticas, filosóficas e ideológicas da Constituição; é o documento de intenções do texto constitucional, revelador dos princípios e objetivos que serão buscados pelo novo Estado. 2) Parte Dogmática - normas constitucionais de caráter permanente, iniciam no art. 1 e vão até o art. 250. 3) Disposições Transitórias - compõem o Ato das Disposições Transitórias (ADCT), busca regulamentar a transição da realidade preexistente para a nova ordem constitucional. São dispositivos com vigência temporária, que após cumprirem seu objetivo perdem sua eficácia. - O Ato das Disposições Transitórias possui disposições constantes que se tratam de normas de caráter constitucional que só podem ser alteradas por meio de emenda constitucional, nos termos do art. 60, de maneira idêntica ao que se exige das demais normas constitucionais. Rigidez e Supremacia da Constituição: - Constituição rígida (escrita); - Só permite alterações dentro do que é determinado por ela mesma. - A Constituição rígida é considerada a norma suprema de um país. - Princípio da supremacia constitucional: decorre da rigidez constitucional. “Tanto os atos legislativos, administrativos e jurisdicionais como os atos praticados por particulares submetem-se à supremacia da Constituição brasileira, que esparge sua força normativa em todos os segmentos do ordenamento jurídico.” Unidade 1 - O Constitucionalismo como movimento político e jurídico ● A força normativa da constituição - K. Hesse 1) Hesse se opõe às ideias de Lassale. 2) Demonstra que ao lado de uma constituição que representa as relações fáticas de poder, existe na constituição formal uma força própria, motivadora e ordenadora da vida do Estado, ainda que limitada. ● O que é uma constituição? - Lassale 1) Lassale afirma que a Constituição jurídica não passa de um pedaço de papel e a Constituição real é formada pelos fatores reais de poder. 2) A Constituição é a soma dos fatores reais do poder que formam e regem um determinado Estado. Unidade 2 - O Poder Constituinte ● O que é o Terceiro Estado - A Constituinte Burguesa: Sieyès - A ideia de um poder constituinte vem da Revolução Francesa. - Sustenta a formação da sociedade política separada em três estágios distintos: 1) Indivíduos viviam isolados. 2) Indivíduos passam a deliberar assuntos em reuniões, numa espécie de democracia direta. 3) As deliberações passam a ser delegadas à representantes da coletividade. - Defende a ideia de que, para a representação da sociedade, na terceira fase da evolução política e social, é indispensável a criação de uma Constituição que fixe a estruturação dos órgãos estatais, viabilizando a representação social. - Segundo ele, o Poder Constituinte não sofre qualquer limite, senão os do direito natural. Quem sofre limitação são os poderes e órgãos criados por ele, que são os Poderes Constituídos. ● Espécies do Poder Constituinte Poder Constituinte Originário: - Poder inaugural. - Cria uma nova ordem estatal. - A ideia de poder constituinte está estreitamente relacionada à concepção das constituições escritas. - De primeiro grau, ou genuíno. - Inicial, ilimitado e incondicionado. Poder Constituído ou Constituinte Derivado: - Limitado pelo poder da Constituição. - Amparado na vontade da própria Constituição. - Instituídos pelo poder constituinte originário e inseridos no texto constitucional. * A ideia de poder constituinte perderia parte do sentido e importância caso a constituição não fosse considerada o ápice da pirâmide normativa do Estado, da qual todas as demais normas extraem sua validade. ● Natureza, titularidade e exercício do poder constituinte Titular do Poder Constituinte: o povo. Art. 1º “Todo poder emana do povo.” Quem exerce: não é o próprio titular, mas seus representantes. Legitimidade da Constituição: se dá sempre que houver correspondência entre a vontade do titular do poder (povo) e o documento produzido. ● Limitações ao poder de Reforma Constitucional Poder Constituinte Reformador ou Poder de Emenda: - Amparado na vontade do poder constituinte originário permite que a constituição sofra modificações. Trata-se de um poder derivado. - Exposto no Artigo 60 e seus parágrafos. - Cláusulas pétreas: matérias que não podem ser objeto de reforma. - O Poder de Reforma só existe nas Constituições Rígidas. Espécies de Poder de Reforma: - Emenda: art. 60, CF/88. - Revisão: ato das disposições constitucionais transitórias. Limitações explícitas: - Limitações materiais: estão previstas no parágrafo 4º do artigo 60. Cláusulas pétreas. Limitações formais: - Caput do art. 60. - Define os requisitos para emenda. - A proposta deverá ser discutida e votada. Limitações temporais: - Parágrafo 5º, Art. 60. - Estabelece uma limitação temporal ao poder constituinte derivado reformador. - Proíbe a apresentação de nova emenda constitucional, quando a primeira tiver sido rejeitada ou tiver restado prejudicada, de mesma matéria. Limitações implícitas: - Matérias que, embora não estejam claramente enunciadas pela constituição, não podem ser alteradas por força dos princípios. - Temporais: que impedem qualquer mudança em um período “x”. - Procedimentais: a própria constituição estabelece o rito para a sua alteração. Reforma Constitucional: alteração da constituição por meio da promulgação das emendas constitucionais. Mutação Constitucional: não é a alteração formal, mas na forma de interpretação da Constituição. Poder Constituinte Decorrente: confere aos membros de um Estado do tipo Federal o poder de criar seus próprios textos constitucionais. Não pode desrespeitar os limites impostos pela Constituição. Referente aos Estados-membros. Titular e Exercício - Congresso Nacional Questões: 1) Comente os termos: “Pensamento Constitucional” e “Teoria da Constituição”. O Pensamento Constitucional trata-se do pensar revolucionário que emanou da Revolução Francesa, a qual buscou e conquistou a vitória do Liberalismo sobre o Absolutismo. O Pensamento Constitucional inicia a crítica ao absolutismo, baseado no iluminismo e no movimento enciclopedista europeu. Traz o pensamento científico para estruturar a sociedade, negandoa crença divina que instituía o poder absoluto ao rei. Já a Teoria da Constituição tem como base o Pensamento Constitucional e também o estudo da Ciência Política. A Teoria da Constituição estuda o Estado frente ao Direito e as experiências constitucionais. 2) Faça uma análise sintética história do Constitucionalismo Mundial, iniciando com o Constitucionalismo Antigo até o Contemporâneo, abordando seus principais momentos. O Pensamento Constitucional surge com a Revolução Francesa e o triunfo do Liberalismo sobre o Absolutismo. Instituiu a ideia de limitação do poder do Estado e de defesa do indivíduo perante este. Observa-se que o Constitucionalismo segue a onda de gerações de direitos. Inicialmente, as Constituições visavam e pensavam nos direitos individuais, de primeira geração. Com o passar do tempo, a crescente discussão sobre o tema e o aparecimento de novas demandas da sociedade, as constituições passaram a trazer dispositivos legais que abordam questões das novas gerações de direito que foram surgindo, explicitando a necessidade de intervenção do Estado na esfera individual para a busca da justiça social e equiparação. Além das preocupações ambientais que também foram sendo apontadas com o evoluir da história. Atualmente, o Constitucionalismo Contemporâneo permitiu o surgimento do Estado Social e do Estado Democrático de Direito, que é o que de mais avançado temos em termos de constituições rígidas. 3) Em que consiste a chamada “Crise do Estado de Direito”? Ataque aos valores democráticos e fundamentais. Nos países democráticos é fundamental que os inimigos da democracia sejam combatidos por meios democráticos. Os governos são constituídos e desfeitos e os políticos vêm e vão; mas as instituições democráticas devem ser poupadas de qualquer interferência política. 4) Comente criticamente “Estado de Direito Liberal Burguês” O Estado de Direito Liberal Burguês é o Estado pensado a partir dos princípios e ideais liberais e da burguesia. Institucionalizou-se após a Revolução Francesa. Defende a tripartição dos poderes, limitação extrema do poder do estado e controle da economia nas mãos da burguesia. A principal crítica que se pode fazer à esse modelo é que, ao longo da história, ficou comprovado em diversos momentos que a intervenção do Estado na economia e também na esfera individual do cidadão e da cidadã se faz necessário, tomando como exemplo a crise de 29 nos Estados Unidos e as preocupações ambientais da contemporaneidade. A burguesia estando com o poder econômico nas mãos e limitando muito os poderes do Estado, agrava as desigualdades sociais, os problemas ambientais e põe acima de tudo os interesses burgueses, conforme foi comprovado em diversos momentos da história. Por isso, hoje, nos encaminhamos para o aprimoramento do Estado, pensando nas questões sociais, ambientais, democráticas, visando um Estado Democrático de Direito que intervenha em nossas vidas na busca da real justiça e da igualdade social. 5) Poder Constituinte Originário pode instituir pena de morte? (Art. 5º, CF/88) O Poder Constituinte Originário é inicial, autônomo, ilimitado juridicamente, incondicionado e soberano na tomada de suas decisões, podendo, por consequência, estabelecer qualquer tipo de pena, inclusive a de morte, que, atualmente, só é permitida em casos de guerra declarada. Acrescentamos, ainda, que a pena de morte não poderá ser introduzida por meio de emenda constitucional por ferir a cláusula pétrea do direito e garantia individual de o ser humano não ser a ela submetido. 6) Quais as formas de exercício do Poder Constituinte Originário? O exercício do Poder Constituinte Originário pode se dar através de Assembléia Constituinte e Revolução. 7) Compare: Poder Constituinte Derivado Reformador e Revisor. Ambos pretendem alterar o conteúdo constitucional. Entretanto, o Poder Reformador realiza modificações a partir de emendas constitucionais, enquanto o Poder Revisor destina-se a adaptar a aplicação da Constituição na vida real a partir do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 8) Comente sobre a titularidade do Poder Constituinte Originário e Derivado. O Poder Constituinte Originário é o poder inicial, incondicionado e ilimitado que emana do povo, o qual é o seu titular. Já o Poder Constituinte Derivado é aquele que é estabelecido pela própria constituição que indica quem são os titulares deste poder (legisladores; Senado; Câmara de Deputados;) e como ele será exercido. O Poder Constituinte Derivado altera a Constituição tal qual a forma como ela mesma demanda através de suas predisposições elencadas no Art.60, CF/88. 9) Qual a diferença entre Assembléia Nacional Constituinte, Congresso Constituinte e Revolução? Alguns doutrinadores dizem que existem diferenças técnicas. A Assembléia Nacional Constituinte é eleita exclusivamente para criar uma nova constituição. Possui o poder originário. O Congresso Nacional Constituinte NÃO é eleito exclusivamente para criar uma nova constituição, mas também para fazê-lo. É o caso da nossa CF/1988. O congresso eleito na época funcionava como constituinte originário nas sessões das terças-feiras e quartas-feiras e nos demais dias de trabalho da semana funcionava como constituinte derivado. A Assembléia Nacional Constituinte possui poderes apenas originário (somente cria a constituição). O Congresso Nacional Constituinte possui poderes originários e derivados. Revolução é uma mudança abrupta no poder político ou na organização estrutural de uma sociedade, reestruturando toda a ordem social, política, econômica. 10) Como surgiu o Constitucionalismo à nível mundial? A partir da Revolução Francesa começou o pensamento constitucional, o qual foi sendo aprimorado por importantes pensadores do Constitucionalismo como Sieyès, Lassalle e Hasse. Tem bases no iluminismo e no movimento enciclopedista europeu. 11) Cite exemplos de cada um dos elementos das Constituições: sócio-ideológicos, orgânicos, estabilização constitucional, formais de aplicabilidade. Elementos orgânicos: contêm normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder, que se concentram, predominantemente, nos Títulos II (Da organização do Estado), IV (Da organização dos Poderes e Sistemas de Governo), Capítulos II e III, do Título V (Das Forças Armadas e da Segurança Pública) e VI (Da Tributação e do Orçamento); Elementos limitativos: se manifestam nas normas que consagram o elenco dos direitos e garantias fundamentais (do Título II da Constituição - Dos Direitos e Garantias Fundamentais), excetuando-se os Direitos Sociais, que entram na categoria seguinte; Elementos sócio-ideológicos: normas que revelam o caráter de compromisso das Constituições modernas entre o Estado individualista e o Estado Social, intervencionista, como as do Capítulo II do Título II (Direitos Sociais) e as dos Títulos VII (Da Ordem Econômica e Financeira) e VIII (Da Ordem Social); Elementos de estabilização constitucional: normas destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição , do Estado edas instituições democráticas, como os encontrados nos arts. 34 a 36 , CF , os arts. 59, I e 60 (processo de emendas à Constituição), art. 102 , I . a (controle de constitucionalidade); Elementos formais de aplicabilidade: normas que estabelecem regras de aplicação das normas constitucionais, assim, o preâmbulo, o dispositivo que contém as cláusulas de promulgação, as disposições constitucionais transitórias e o § 1º, art. 5º, que determina que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicabilidade imediata.
Compartilhar