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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO-GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ANDREIA CRISTIANE DE OLIVEIRA ERICK XAVIER DE SOUZA GIDELMA OLIVEIRA BATISTA ILDO OSCAR HOFFMANN JOSIMAR PEREIRA DA SILVA SANTOS LUCIANO RAMIRO REZENDE DAS NEVES OSMAR SANGALLI ALVES RONDONÓPOLIS 2010 ANDREIA CRISTIANE DE OLIVEIRA ERICK XAVIER DE SOUZA GIDELMA OLIVEIRA BATISTA ILDO OSCAR HOFFMANN JOSIMAR PEREIRA DA SILVA SANTOS LUCIANO RAMIRO REZENDE DAS NEVES OSMAR SANGALLI ALVES LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Abordando os impostos ICMS, IPVA e ISSQN. Trabalho apresentado ao Prof.º Florentino Gonçalves Senise para obtenção da 3ª nota na Disciplina de Legislação Tributária no Curso de Graduação em Ciências Contábeis sob a orientação do mesmo. RONDONÓPOLIS 2010 SUMÁRIO RESUMO ........................................................................................................................................................... iv ABSTRACT ........................................................................................................................................................ v 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 1 2 ICMS ............................................................................................................................................................... 1 2.1 COMPETÊNCIA ................................................................................................................................... 1 2.2 SUJEITO PASSIVO .............................................................................................................................. 1 2.3 PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE ...................................................................................... 1 2.4 PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE ........................................................................................................ 2 2.5 FATO GERADOR ................................................................................................................................. 2 2.6 LOCAL DA OPERAÇÃO E DA PRESTAÇÃO ................................................................................... 2 2.7 BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO .................................................................................................. 4 2.8 ALÍQUOTAS DO ICMS ....................................................................................................................... 5 2.9 DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DO ICMS NA IMPORTAÇÃO ................................................ 5 2.10 DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DO ICMS DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA ........................... 6 2.11 LANÇAMENTO.................................................................................................................................... 6 2.12 APURAÇÃO ......................................................................................................................................... 6 2.13 PAGAMENTO ...................................................................................................................................... 8 2.14 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ............................................................................................................. 8 2.15 BENEFÍCIOS FISCAIS ......................................................................................................................... 8 3 IPVA ................................................................................................................................................................ 9 3.1 FATO GERADOR ................................................................................................................................. 9 3.1.1 Ocorrência do Fato Gerador .............................................................................................................. 9 3.1.2 Local da Ocorrência do Fato Gerador ................................................................................................ 9 3.2 BASE DE CÁLCULO ........................................................................................................................... 9 3.3 ALÍQUOTAS ....................................................................................................................................... 10 3.4 CONTRIBUINTE ................................................................................................................................ 11 3.5 OBRIGAÇÕES DO CONTRIBUINTE ............................................................................................... 11 3.6 SOLIDARIEDADE ............................................................................................................................. 11 3.7 RESPONSABILIDADE PESSOAL .................................................................................................... 12 3.8 DO RESPONSÁVEL OU SUBSTITUTO ........................................................................................... 13 3.9 RESTITUIÇÃO ................................................................................................................................... 13 3.10 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS ACESSÓRIAS ............................................................................... 14 3.11 DA MORA E DAS PENALIDADES .................................................................................................. 14 3.12 BENEFÍCIOS ...................................................................................................................................... 16 3.12.1 Prazo............................................................................................................................................ 16 3.12.2 Abrangência ................................................................................................................................ 16 3.12.3 Condições .................................................................................................................................... 16 3.12.4 Fruição do benefício .................................................................................................................... 16 3.13 PARCELAMENTO ............................................................................................................................. 17 3.14 ISENÇÃO ............................................................................................................................................ 17 3.15 CONCESSÃO ...................................................................................................................................... 18 3.16 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A SOLICITAÇÃO DE ISENÇÃO DE IPVA - PNE ....... 18 3.16.1 Avaliação de deficiência física para isenção de IPVA. ............................................................... 19 3.17 NÃO-INCIDÊNCIA ............................................................................................................................ 20 3.18 PAGAMENTO .................................................................................................................................... 22 3.18.1 Calendário para Recolhimento do IPVA ..................................................................................... 24 3.19 RECOLHIMENTO DO IPVA ............................................................................................................. 24 4 ISSQN ...........................................................................................................................................................26 4.1 ELEMENTOS DO ISS ........................................................................................................................ 26 4.1.1 Elemento Material ........................................................................................................................... 26 4.1.2 Elemento Subjetivo.......................................................................................................................... 27 4.1.3 Elemento Quantitativo ..................................................................................................................... 27 4.2 CRITÉRIO ESPACIAL E TEMPORAL ............................................................................................. 27 4.3 FATO GERADOR E INCIDÊNCIA ................................................................................................... 27 4.4 NÃO INCIDÊNCIA ............................................................................................................................. 28 4.5 BASE DE CÁLCULO E CONTRIBUINTE ....................................................................................... 28 4.6 LOCAL DA PRESTAÇÃO E ESTABELECIMENTO ....................................................................... 28 4.7 SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO ........................................................................................... 29 4.8 ALÍQUOTAS ....................................................................................................................................... 29 4.9 RESPONSABILIDADE ...................................................................................................................... 30 4.10 LANÇAMENTO.................................................................................................................................. 30 4.11 A SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA .................................................................................................... 31 4.12 OBRIGAÇÕES DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO DO ISS ............................................................. 31 4.12.1 Principal ...................................................................................................................................... 31 4.12.2 Acessória ..................................................................................................................................... 31 4.13 INFRAÇÕES E PENALIDADES........................................................................................................ 32 4.14 NOTAS GERAIS ................................................................................................................................. 32 5 CONSIDERAÇOES FINAIS ........................................................................................................................ 33 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 35 ANEXOS ........................................................................................................................................................... 36 RESUMO Impostos são tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Os impostos se caracterizam por serem de cobrança compulsória e por não darem um retorno ao contribuinte sobre o fato gerador. Por exemplo, um imposto sobre posse de automóvel não necessariamente será revertido em melhorias das condições das vias urbanas ou rodovias. Existe uma distinção entre impostos indiretos e impostos diretos. Impostos diretos são pagos diretamente pelo contribuinte (Exemplo: o Imposto de Renda), enquanto os impostos indiretos têm o valor embutido no preço da transação. (Exemplo: o ICMS). Impostos indiretos também não têm qualquer variação na renda do contribuinte. Imposto é uma quantia em dinheiro, paga obrigatoriamente por pessoas ou organizações a um governo, a partir da ocorrência de um fato gerador, calculada mediante a aplicação de uma alíquota a uma base de cálculo. O imposto é uma das espécies do gênero tributo. Diferentemente de outros tributos, como taxas e contribuição de melhoria, é um tributo não vinculado: é devido pelo contribuinte independentemente de qualquer contraprestação por parte do Estado. Destina-se a atender as despesas gerais da Administração, pelo que só pode ser exigido pela pessoa jurídica de direito público interno que tiver competência constitucional para tal. Em teoria, os recursos arrecadados pelos governos são revertidos para o bem comum, para investimentos (tais como infra-estrutura: estradas, portos, aeroportos, etc.) e custeio de bens e serviços públicos, como saúde, segurança e educação. Mas não há vinculação entre receitas de impostos e determinada finalidade; ao contrário do que ocorre com as taxas e a contribuição de melhoria, cujas receitas são vinculadas à prestação de determinado serviço ou realização de determinada obra. Embora a lei obrigue os governos a destinarem parcelas mínimas da arrecadação a certos serviços públicos, em especial de educação e saúde; o pagamento de impostos não confere ao contribuinte qualquer garantia de contrapartida. Palavras chaves: Imposto, ICMS, IPVA, ISS e ISSQN. ABSTRACT Taxes are tributes whose obligation has for generating fact an independent situation of any specific state activity, relative to the contributor. The taxes if characterize for being of obligatory collection and not giving a return to the contributor on the generating fact. For example, a tax on automobile ownership not necessarily will be reverted in improvements of the conditions of the urban ways or highways. A distinction between indirect taxes and taxes exists right-handers. Taxes right- handers are paid directly for the contributor (Example: the Income tax), while the indirect taxes have the value inlaid in the price of the transaction. (Example: the ICMS). Indirect taxes also do not have any variation in the income of the contributor. Tax is an amount in money, paid obligatorily for people or organizations to a government, from the occurrence of a generating fact, calculated by means of the application of an aliquot one to a taxable income. The tax is one of the species of the sort tribute. Differently of other tributes, as taxes and special assessment, it is a tribute not tied: it must by the contributor independently of any consideration on the part of the State. It is destined to take care of the overheads to it of the Administration, by what it only can be demanded by the legal entity of internal public law that will have constitutional ability for such. In theory, the resources collected for the governments are reverted for the common good, for investments (such as infrastructure: roads, ports, airports, etc.) and defray of public goods and services, as health, security and education. But it does not have entailing between prescriptions of taxes and determined purpose; in contrast of what it occurs with the taxes and the special assessment, whose prescriptions are tied with the installment of determined service or accomplishment of determined workmanship. Although the law compels the governments to destine minimum parcels of the collection the certain public services, in special of education and health; the payment of taxes does not confer to the contributor any guarantee of counterpart. Keywords: Tax, ICMS, IPVA, ISS e ISSQN. 1 INTRODUÇÃO O ICMS é um imposto de competência do Estado e do Distrito Federal, regulamentado pela Lei Complementar87/1996 (chamada “Lei Kandir”), alterada pelas Leis Complementares 92/97, 99/99 e 102/2000. Esse tipo de imposto incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias, prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, prestação de serviços de comunicação, entre outros. Já em outros casos o ICMS não incide como, por exemplo, nas operações com livros, operações de arrendamento mercantil (não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário), dentre outras operações. Para que haja a cobrança do ICMS é necessário que ocorra o fato gerador do imposto que se caracteriza assim: pela saída de mercadoria do estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; da prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal de qualquer natureza; dentre outras. Esse tipo de imposto caracteriza se pela seletividade dos produtos e pela não-cumulatividade. O IPVA é o imposto sobre a propriedade de veículos automotores, cujo fato gerador incide em qualquer veiculo automotor seja aéreo, aquático ou terrestre. A ocorrência do fato gerador do IPVA incide na data da 1ª aquisição do veiculo; na data em que ocorrer a perda da isenção ou da não-incidência. A base de cálculo para esse tipo de imposto e calculado sobre o valor constante em Notas Fiscais acrescido do valor das despesas para a realização da operação. Outro fator marcante são as alíquotas que são diferenciadas, ou seja, dependendo do tipo veículo e da potência do motor pertencente ao mesmo. Contribuinte é todo proprietário de veiculo automotor, tendo a obrigação de pagar o imposto devido na forma e prazo estabelecidos no regulamento do IPVA. O não pagamento do imposto no prazo legal pode acarretar multa de ate 5% ao mês do valor do imposto devido e de 100% quando houver início de alguma ação fiscal. O contribuinte pode entrar com ação de restituição de valores, no caso de pagar a mais do que o devido ou no caso de cobrança em duplicidade, os valores a serem restituídos serão compensados nos exercícios seguintes. O ISS é um tributo de competência municipal, que incide na prestação de serviço, seja pessoa física, jurídica ou profissional autônomo. Podendo ser recolhido no máximo 5% do valor do serviço prestado, conforme Lei Complementar n° 113/03 e no mínimo 2% do valor, conforme o art. 88 no ADCT. Esse imposto pode ser objeto de isenção, incentivos e benefícios fiscais, que podem interferir diretamente na redução da alíquota do imposto. O fato gerador do ISS é a ocorrência de qualquer prestação de serviço incluso na lista em anexo da LC. Nesse tipo de imposto tem a figura do Contribuinte Substituto Tributário, que é obrigado a reter na fonte o valor do ISS devido na prestação do serviço vinculado ao fato gerador da obrigação principal. A não-incidência do ISS esta compreendido nos seguintes casos: prestação de serviços a si próprio; prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações (campo de incidência do ICMS - Art.155, II, CF), prestação de serviços pelo próprio poder publico (imunidade - Art. 150, IV, CF). A base de cálculo do ISS é obtida sobre o valor bruto da prestação do serviço, podendo ter redução em se tratando de empresas do ramo da construção civil; podendo estas, deduzir o valor do material utilizado na obra, na base de cálculo do imposto; desde que se o valor a ser deduzido seja comprovado em notas fiscais. As alíquotas incidentes no ISSQN são proporcionais ou fixas, dependendo das características do sujeito passivo. O procedimento que constitui o crédito tributário é o lançamento. Que por sua vez as informações são transmitidas pelo contribuinte através da declaração (DEMMS), ate o dia 5 de cada mês após a ocorrência do fato gerador. Onde o fisco ira analisar as informações e estabelecer o valor do imposto a ser recolhido. No caso de imposto recolhido indevidamente o contribuinte poderá solicitar a restituição; caso tenha sido 2 pago a maior pelo mesmo, ele poderá ser compensado nos meses subseqüentes até que seja recuperado o valor total da restituição. Quanto à obrigação do Substituto Tributário do ISS tem como principal fator a retenção e o recolhimento do imposto e como obrigação acessória prestar as informações em Livros Fiscais Eletrônicos. 2 ICMS Conforme a Lei Complementar nº 87/96, em seu Art. 1º, compete aos Estados e ao Distrito Federal, instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. 2.1 COMPETÊNCIA Este imposto, a partir da Constituição Federal de 1988, passou de ICM para ICMS, abrangendo desta forma, também os serviços de transporte intermunicipal e interestadual e os serviços de comunicação, bem como as operações com energia elétrica, combustíveis, lubrificantes e minerais, que até então estavam sujeitas apenas ao Imposto Único Federal. 2.2 SUJEITO PASSIVO Conforme art. 4º da LC 87/96, combinado com o art. 155 parágrafo II, XII, “a”, da CF, o sujeito passivo do ICMS poderá ser: pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias; importadores de bens de qualquer natureza; prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal; prestadores de serviços de comunicação. 2.3 PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE Conforme Art. 19 da LC 87/96, o ICMS é um imposto não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas operações anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Para a compensação do imposto, é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado à entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, bem como o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação, sendo vedada a utilização de créditos: resultantes de operações ou prestações que sejam isentas ou não tributadas, ou de mercadorias e serviços alheios a atividade do estabelecimento (ex. veículos de transporte pessoal); as entradas de mercadorias ou serviços para consumo ou utilizadas em processo de industrialização em que a operação oriunda seja isenta ou não tributada; para comercialização ou prestação de serviços, quando a saída subseqüente seja isenta ou não tributada. 2 Exemplo de cálculo do ICMS compensado a Alíquota de 17% MT Compra Venda Valor Mercadoria ICMS Creditado ICMS Debitado ICMS a recolher A B 10.000,00 - 1.700,00 1.700,00 B C 20.000,00 1.700,00 3.400,00 1.700,00 C D 30.000,00 5.100,00 3.400,00 1.700,00 2.4 PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE O ICMS é um tributo seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e serviços, e fica a critério das unidades da federação, adotar a seletividade, cobrando ICMS menor para os produtos essenciais, por exemplo, os produtos da cesta básica e uma maior para os produtos supérfluos e para os nocivos à saúde. 2.5 FATO GERADOR Considera-se fator gerador, a circulação da mercadoria ou prestação do serviço interestadual ou intermunicipal de transporte e de comunicação, ainda que iniciado no exterior. (Art. 155, II CF/88). 2.6 LOCAL DA OPERAÇÃO E DA PRESTAÇÃO Conforme o artigo 23 da Lei 7098/98, o local da operação ou da prestação, paraefeito de cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: I - tratando-se de bem ou mercadoria: a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador; b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação fiscal inidônea; c) o do estabelecimento que transfira sua propriedade, ou o título que a represente, quando por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado; d) o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física, quando importada do exterior; e) o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido, na hipótese prevista na alínea anterior; f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; g) aquele onde estiver estabelecido ou domiciliado o contribuinte adquirente ou consumidor final, nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando não destinados à industrialização ou à comercialização; h) aquele, no território mato-grossense, onde o ouro tenha sido extraído, quando não considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial; i) o do desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e moluscos; j) o do estabelecimento destinatário da mercadoria ou bem, na hipótese do inciso XIII do artigo 3º, para efeitos do § 3º do artigo 6º. 3 II - tratando-se de prestação de serviço de transporte: a) aquele onde tenha início a prestação; b) aquele onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação fiscal inidônea; c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso XIV do artigo 3º, para efeitos do § 3º do artigo 6º. III - ressalvado o disposto no § 5º deste artigo, tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação: a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim entendido o da geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição , ampliação e recepção; b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, cartão, ou assemelhados com que o serviço é pago; c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso XIV do artigo 3º, para os efeitos do § 3º do artigo 6º; d) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por meio de satélite; e) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos. IV - tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do estabelecimento ou do domicílio do destinatário. § 1º O disposto na alínea c do inciso I não se aplica às mercadorias recebidas em regime de depósito de contribuinte de Estado que não o do depositário. § 2º Para os efeitos da alínea h do inciso I, o ouro, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, deve ter sua origem identificada. § 3º Para efeito desta lei, estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encontrem armazenadas mercadorias, observado, ainda, o seguinte: I - na impossibilidade de determinação do estabelecimento, considera-se como tal o local em que tenha sido efetuada a operação ou prestação, encontrada a mercadoria ou constatada a prestação; II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular; III - considera-se também estabelecimento autônomo o veículo usado no comércio ambulante e na captura de pescado; IV - respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos do mesmo titular. § 4º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito fechado do próprio contribuinte, neste Estado, a posterior saída considerar-se-á ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente. §5º Ressalvado o disposto no §7º deste artigo, na hipótese do inciso III do caput, tratando-se de serviços não medidos, que envolvam localidades situadas em diferentes unidades da Federação e cujo preço seja cobrado por períodos definidos, o imposto devido 4 será recolhido em partes iguais para as unidades da Federação onde estiverem localizados o prestador e o tomador. § 6º Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, quando o prestador de serviço de comunicação estiver localizado fora do território mato-grossense, será considerado como local o da recepção do respectivo sinal. § 7º Ainda nas hipóteses do inciso III do caput, será observado o que segue: I – considera-se, também, local da prestação de serviço: a) o do estabelecimento ou domicílio do tomador, inclusive nas hipóteses de serviço de provimento de acesso à Internet e de serviço prestado por meio de satélite; b) o do estabelecimento do prestador de serviço localizado no Estado onde o terminal estiver instalado ou habilitado, tratando-se de serviços de telefonia; c) o do estabelecimento do domicílio do beneficiário, no território nacional, na hipótese prevista no inciso V do § 2º do Art.2º; II – considera-se, ainda, estabelecimento prestador de serviço de comunicação, o local de ponto de presença onde o contribuinte desenvolva a atividade de modo permanente ou temporário, sendo irrelevante a utilização de rede própria ou de terceiros; III – quando o serviço de comunicação de dados for prestado a mais de um estabelecimento ou domicílio do tomador, considera-se como local da prestação cada um daqueles alcançados pelo serviço, sendo o imposto atribuído a cada unidade federada, proporcionalmente ao número de estabelecimentos ou domicílios; IV – quando o serviço de comunicação visual for prestado a tomador estabelecido ou domiciliado em mais de uma unidade da Federação alcançada pelo serviço, considera-se como local da prestação cada um desses locais, sendo o imposto atribuído a cada unidade federada proporcionalmente ao número de estabelecimentos ou domicílios. § 8º Para fins de determinação do local da prestação, nas hipóteses tratadas no inciso V do § 2º do Art.2º e na alínea c do inciso I do § 7º deste artigo, entende-se como local da ocorrência do resultado da prestação de serviço de comunicação, aquele onde se verificar a utilização do serviço pelo tomador. 2.7 BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO Como regra geral, a base de cálculo do ICMS é: o valor da saída da mercadoria; a prestação de serviço de transportes interestadual, intermunicipal e de comunicações, o preço do serviço; na importação do exterior, a somatória dos seguintes valores: o valor da mercadoria, seguro e frete (CIF), convertido em moeda nacional pela taxa de câmbio fiscal determinada pela Receita Federal, por meio de ato declaratório Executivo da Receita Federal; o imposto de importação; o imposto sobre produtos industrializados; o imposto sobre operações de câmbio; 5 o quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras. Conforme determina o Art. 13, parágrafo 1º, inciso I, o valor do imposto integra sua própria base de cálculo, como mostra o modelo abaixo: Receita Liquida 100% Alíquota 17% Forma de cálculo (100 – 17) = 83 % Receita Líquida = 100.000,00 x 100 / 83 = 120.481,93 120.481,93 X 17% = 20.481,93 = (ICMS) 100.000,00 – receita líquida 2.8 ALÍQUOTAS DO ICMS As alíquotas interestaduais do ICMS variam de acordo com as regiões, conforme abaixo: Para os estadosdo Centro-Oeste, Norte e Nordeste e Espírito Santo a alíquota é de 12%, não importando qual estado de destino da mercadoria. Para os estados da Região Sul e Sudeste 12% quando o destinatário for localizado nestas mesmas regiões, e 7% quando o destinatário estiver localizado no estado do Espírito Santo, região Norte, Nordeste e Centro Oeste. Vide Anexo I: Tabela com as alíquotas do ICMS em todos os entes da federação. 2.9 DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DO ICMS NA IMPORTAÇÃO Por exemplo: Valor CIF da mercadoria: R$ 80.000,00 (+) II ...........................R$ 16.000,00 (+) IPI .........................R$ 9.600,00 Valor total......................R$ 105.600,00 Base de Cálculo do ICMS....... R$ 105.600,00 / 0,82 = R$ 128.780,49 Valor do ICMS ......................R$ 128.780,49 X 18% = R$ 23.180,49 6 2.10 DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DO ICMS DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA Valor Total Nota Fiscal 50.000,00 Alíquota Estado de Origem 7% Alíquota Interna MT 17% Diferença Alíquota Interna x Origem 10% Valor ICMS Diferencial 5.000,00 2.11 LANÇAMENTO O imposto será espontaneamente lançado pelo contribuinte nos seus livros e documentos fiscais com a descrição das operações e prestações na forma disciplinada no regulamento do ICMS. O imposto apurado é de inteira responsabilidade do contribuinte, ficando sujeito à homologação pela autoridade fiscal. 2.12 APURAÇÃO O valor do imposto a recolher corresponde à diferença, em cada período de apuração, entre o imposto devido sobre as operações ou prestações tributadas e o cobrado relativamente às anteriores. O imposto será apurado: por período; por mercadoria ou serviço, dentro de determinado período; por mercadoria ou serviço, à vista de cada operação ou prestação, nas seguintes hipóteses: o contribuinte dispensado de escrita fiscal; o contribuinte submetido a regime especial de fiscalização. Observado o princípio constitucional da não-cumulatividade, o mês será o período considerado para efeito de apuração e lançamento do imposto. O Estado, através de ato normativo do Secretário de Estado de Fazenda, poderá estabelecer período de apuração inferior ao fixado acima. Ocorrendo saldo credor em cada apuração admitida na legislação tributária do Estado, poderá o mesmo ser transferido para o período ou períodos seguintes. Os estabelecimentos dos contribuintes obrigados à escrituração fiscal apurarão o valor do imposto a recolher, de conformidade com os seguintes regimes: regime de apuração normal; regime de estimativa. Os estabelecimentos enquadrados no regime de apuração normal apurarão no último dia de cada mês: no Registro de Saídas: 7 o o valor contábil total das operações e/ou prestações; o o valor total da base de cálculo das operações e/ou prestações com débito do imposto e o valor do respectivo imposto debitado; o o valor fiscal total das operações e/ou prestações isentas ou não tributadas; o o valor fiscal total de outras operações e/ou prestações sem débito do imposto; no Registro de Entradas: o o valor contábil total das operações e/ou prestações; o o valor total da base de cálculo das operações e/ou prestações com crédito do imposto e o valor total do respectivo imposto creditado; o o valor fiscal total das operações e/ou prestações isentas ou não tributadas; o o valor fiscal total de outras operações e/ou prestações sem crédito do imposto; o o valor total da diferença do imposto devido a este Estado, decorrente da entrada ou aquisição das mercadorias oriundas de outra unidade federada, destinadas a uso, consumo ou ativo fixo, e da utilização de serviço cuja prestação não esteja vinculada à operação ou prestação subseqüente alcançada pela incidência do ICMS. no Registro de Apuração do ICMS, após os lançamentos de que tratam os incisos anteriores: o o valor do débito do imposto, relativamente às operações de saída e aos serviços prestados; o o valor de outros débitos; o o valor dos estornos de créditos; o o valor total do débito do imposto; o o valor do crédito do imposto, relativamente às operações de entradas e aos serviços tomados; o o valor de outros créditos; o o valor dos estornos de débitos; o o valor total de crédito do imposto; o o valor do saldo devedor, que corresponderá à diferença entre o valor mencionado na alínea "d" e o valor referido na alínea "h"; o o valor das deduções previstas pela legislação; o o valor do imposto a recolher, se for o caso; ou o o valor do saldo credor a transportar para o período seguinte, que corresponderá à diferença entre o valor mencionado na alínea h e o valor referido na alínea d; o o valor da diferença a recolher, obtida de acordo com a alínea e do inciso II deste artigo. 8 2.13 PAGAMENTO Conforme o Art. 88 do Regulamento do ICMS do estado do Mato Grosso, aprovado pelo Decreto 1944/89, o pagamento do imposto será efetuado nos prazos fixados em Portaria do Secretário de Fazenda. 2.14 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Os contribuintes e os responsáveis pelo pagamento do imposto ficam obrigados, em relação a cada um dos seus estabelecimentos, ao cadastramento na repartição fiscal a que estiver vinculado, à emissão e escrituração de documentos e livros fiscais, ao fornecimento de informações e atendimento das demais exigências previstas em normas complementares. A obrigação acessória deve ser cumprida ainda que se refira a operações ou prestações não tributadas ou isentas de imposto. As pessoas físicas e jurídicas, mesmo não contribuintes do imposto, ficam obrigadas a prestar as informações solicitadas pela fiscalização no interesse da Fazenda Pública. As mercadorias e serviços, em qualquer hipótese, deverão estar sempre acompanhados de documentos fiscais idôneos. 2.15 BENEFÍCIOS FISCAIS Os benefícios fiscais serão concedidos ou revogados na forma e atendendo às disposições estabelecidas no artigo 155, § 2º, inciso XII, alínea g, da Constituição Federal. Os benefícios fiscais não dispensam o contribuinte do cumprimento das disposições acessórias. Quando o reconhecimento do benefício fiscal depender de requisito a ser preenchido e não sendo este satisfeito, o imposto será considerado devido no momento da ocorrência da respectiva operação ou prestação. Salvo disposição em contrário, o benefício concedido para determinada operação não alcança a correspondente prestação de serviço com ela relacionada. São considerados benefícios fiscais: Isenção, redução da base de cálculo, diferimento, benefícios fiscais. 3 IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. 3.1 FATO GERADOR O imposto incide sobre a propriedade de veículo automotor aéreo, aquático ou terrestre, quaisquer que sejam as suas espécies, ainda que o proprietário seja domiciliado no exterior. O imposto é vinculado ao veículo. 3.1.1 Ocorrência do Fato Gerador Ocorre o fato gerador do imposto: na data da primeira aquisição do veículo novo por consumidor final; na data do desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado do exterior, diretamente ou por meio de trading, por consumidor final; na data da incorporação de veículo ao ativo permanente do fabricante, do revendedor ou do importador; na data em que ocorrer a perda da isenção ou da não-incidência; no dia 1º de janeiro de cada ano, em relação a veículo adquirido em exercício anterior. 3.1.2 Local da Ocorrência do Fato Gerador Considera-se local da ocorrência do fato gerador do imposto o município onde estiver domiciliadoo proprietário do veículo, no território mato-grossense. 3.2 BASE DE CÁLCULO A base de cálculo do imposto é: o valor constante do documento fiscal relativo à aquisição, acrescido do valor de opcional e acessório e das demais despesas relativas à operação, quando se tratar da primeira aquisição do veículo por consumidor final; o valor constante do documento de importação, acrescido do valor de tributo incidente e de qualquer despesa decorrente da importação, ainda que não pago pelo importador, 10 quando se tratar de veículo importado do exterior, diretamente ou por meio de trading, por consumidor final; o valor do custo de aquisição ou de fabricação constante do documento relativo à operação, quando se tratar de incorporação de veículo ao ativo permanente do fabricante, do revendedor ou do importador; o somatório dos valores constantes dos documentos fiscais relativos à aquisição de partes e peças e aos serviços prestados, quando se tratar de veículo montado pelo próprio consumidor ou por conta e ordem deste, não podendo o somatório ser inferior ao valor médio de mercado; o valor médio de mercado divulgado em tabela elaborada pela Secretaria de Estado de Fazenda e publicada no Órgão oficial do Estado, no ano anterior, quando se tratar de veículo adquirido em exercício anterior. 3.3 ALÍQUOTAS As alíquotas do imposto são: 1% (um por cento) para ônibus, microônibus, caminhão, veículos aéreos e aquáticos utilizados no transporte coletivo de passageiros e de carga, isolada ou conjuntamente; 1% (um por cento) para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta com potência de até 180 (cento e oitenta) cilindradas cúbicas. 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta com potência acima de 180 (cento e oitenta) até 300 (trezentas) cilindradas cúbicas; 3% (três por cento) para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta com potência acima de 300 (trezentas) até 600 (seiscentas) cilindradas cúbicas; 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta com potência acima de 600 (seiscentas) cilindradas cúbicas; 2% (dois por cento) para automóvel de passeio, carga ou misto, com potência de até 1000 (mil) cilindradas cúbicas; 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para utilitários não especificados no item anterior e no seguinte; 3,0% (três por cento) para veículo terrestre de passeio, carga ou misto, jipe, picape e camioneta com cabine fechada ou dupla, veículo aéreo, veículo aquático e demais veículos não especificados; 4,0% (quatro por cento) para veículos de competição. 11 3.4 CONTRIBUINTE Contribuinte do imposto é o proprietário do veículo. 3.5 OBRIGAÇÕES DO CONTRIBUINTE São obrigações do contribuinte: pagar o imposto devido na forma e prazo previstos neste regulamento, bem como em normas complementares editadas pela Secretaria de Estado de Fazenda; não embaraçar a ação fiscal e assegurar aos Fiscais de Tributos Estaduais o acesso aos seus estabelecimentos, depósitos, dependências, veículos, equipamentos, programas de computador e dados magnéticos ou óticos; apresentar meios de armazenamento de dados, inclusive magnéticos, algoritmos e formas de tratamentos de dados e/ou informações, bem como todos os documentos ou papéis inclusive borradores, cadernos ou apontamentos em uso ou já utilizados; na forma disposta neste regulamento e em normas complementares, informar à Administração Tributária e manter atualizados os endereços eletrônicos próprio, do seu preposto e, quando for o caso, do profissional de Contabilidade responsável pela respectiva escrituração fiscal e/ou contábil, bem como acessá-los, diariamente, verificando as notificações e comunicações administrativo-tributárias, que lhe forem enviadas eletronicamente pelas unidades fazendárias. 3.6 SOLIDARIEDADE São solidariamente responsáveis pelas obrigações principais e acessórias: o devedor fiduciário, no caso de alienação fiduciária em garantia; o arrendatário, no caso de arrendamento mercantil. A solidariedade aqui estabelecida não comporta benefício de ordem. São também solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto: a autoridade administrativa, com o sujeito passivo, que proceder ao registro ou averbação de negócio do qual resulte a alienação ou a oneração do veículo, sem que o sujeito passivo faça prova de quitação de crédito tributário relativo ao imposto; com o sujeito passivo, qualquer pessoa que adulterar, viciar ou falsificar: 12 o documento de arrecadação do imposto, de registro ou de licenciamento de veículo; o dados cadastrais de veículos, com o fim de eliminar ou reduzir imposto. Nas hipóteses previstas neste artigo aplica-se também o disposto no parágrafo único do artigo anterior. Responde solidariamente com o sujeito passivo pelas infrações praticadas, e demais obrigações contidas na legislação tributária, o profissional de Contabilidade, responsável pela escrituração fiscal e/ou contábil do contribuinte, em relação à prestação de informações com omissão ou falsidade. Respondem, também, solidariamente com o sujeito passivo pelas infrações praticadas, em relação às disposições deste decreto e demais obrigações contidas na legislação tributária, no que se refere à prestação de informações com omissão ou falsidade, o administrador, o advogado, o economista, o correspondente fiscal, o preposto, bem como toda pessoa que concorra ou intervenha, ativa ou passivamente, no cumprimento da referida obrigação. 3.7 RESPONSABILIDADE PESSOAL É pessoalmente responsável pelo pagamento do imposto o adquirente ou o remitente do veículo, em relação a fato gerador anterior ao tempo de sua aquisição. O tributo pode ser exigido do contribuinte ou do responsável, indistintamente, ficando este último sub-rogado nos direitos e obrigações do contribuinte, estendendo-se sua responsabilidade à punibilidade por infração tributária. A responsabilidade será, também, aplicada a fatos geradores ocorridos após a alienação do veículo, quando não houver a transferência da respectiva titularidade junto ao Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/MT. Nos casos em que houver a comunicação de venda veicular junto ao DETRAN/MT, devidamente acompanhada de cópia autenticada do Certificado de Registro de Veículo – CRV, contendo a identificação do comprador, seu CPF/CNPJ, RG, endereço, data, local e assinatura do vendedor com firma devidamente reconhecida, e uma vez efetuado o lançamento da comunicação de venda no sistema estadual de veículos, a Secretaria de Estado de Fazenda poderá responsabilizar o adquirente pelo pagamento do imposto devido, independentemente da efetiva ocorrência da transferência de propriedade no documento do veículo. Fica o DETRAN/MT responsável pela regularidade das informações lançadas no sistema estadual de veículos, nos casos descritos anteriormente. Os débitos fiscais pertinentes ao IPVA, relativos a veículos vendidos poderão ser exigidos do adquirente que deixar de promover a transferência de titularidade do bem junto ao Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/MT. Após a adoção da providência de que trata os itens anteriores pelo vendedor do veículo, a Secretaria de Estado de Fazenda notificará o adquirente para efetuar o recolhimento dos débitos pendentes de pagamento. 13 3.8 DO RESPONSÁVEL OU SUBSTITUTO Fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do impostoe acréscimos legais devidos pelo sujeito passivo, pelos atos e omissões que praticarem e que concorrerem para o não cumprimento da obrigação tributária: ao leiloeiro, em relação ao IPVA pertinente a veículo automotor, arrematado em leilão, excetuado o referente a mercadoria importada a apreendida; ao administrador judicial, inventariante ou liquidante, em relação ao IPVA pertinente a veículo automotor, pertencente à massa falida ou a empresa em processo recuperação judicial, ou que for objeto de inventário ou integrante do patrimônio de sociedade em dissolução, conforme o caso; a qualquer pessoa que, na condição de adquirente do bem: o prestar ou deixar de prestar declaração ou informação que implique desoneração ou postergação, total ou parcial, a qualquer título, do imposto; o deixar de observar a correta destinação ou finalidade do bem, nas hipóteses de benefícios ou incentivos fiscais ou financeiro-fiscais condicionados. Se o contribuinte substituto ou responsável estiver situado em outra unidade federada, a adoção do regime de substituição tributária implicará a observância da legislação tributária deste Estado. 3.9 RESTITUIÇÃO O sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do imposto nas hipóteses de pagamento indevido ou maior do que o devido, ressalvado o disposto a seguir: As importâncias recolhidas a maior ou em duplicidade a título de IPVA, referente a determinado veículo, serão compensadas, automaticamente, com o imposto devido pelo sujeito passivo, em relação ao mesmo veículo, nos exercícios seguintes, até a extinção do excesso. O disposto anterior não se aplica se ocorrer, no mesmo exercício do recolhimento, alienação do veículo, transferência do seu registro para outra unidade da Federação, ou ainda, sua baixa, por perda total, hipóteses em que a restituição do indébito será processada mediante requerimento do interessado. A devolução da importância recolhida a maior ou em duplicidade em relação a veículo objeto de furto ou roubo ocorrido no mesmo exercício do recolhimento, será processada mediante requerimento do interessado, que deverá ser apresentado no mês do vencimento do tributo relativo ao exercício subseqüente, desde que até esse período não tenha havido a recuperação do aludido bem. Na hipótese do parágrafo anterior, em havendo a recuperação do veículo, a importância favorável ao contribuinte será compensada com o valor do imposto devido nos exercícios seguintes, até a sua extinção. Não haverá compensação de indébito tributário com IPVA devido em relação a outro veículo, ainda que pertencente ao mesmo titular. 14 É assegurada ao contribuinte a devolução proporcional do IPVA devido no exercício e recolhido em relação a determinado veículo, posteriormente objeto de roubo, furto ou perda total. A diferença corresponderá a tantos doze avos do valor anual do imposto, quantos forem os meses-calendário faltantes para o término do ano civil, desprezada a fração do mês da ocorrência do evento. No caso de perda total, a restituição será processada mediante requerimento do interessado, na forma prevista neste Capítulo. A diferença proporcional de que trata este artigo em relação a veículo objeto de furto ou roubo também será processada mediante requerimento do interessado, porém, apresentado no mês do vencimento do tributo no exercício subseqüente, desde que até esse período não tenha havido a recuperação do aludido bem. Na hipótese do parágrafo anterior, em havendo a recuperação do veículo, a importância favorável ao contribuinte será computada proporcionalmente em relação ao período compreendido entre a data do evento e da recuperação ou do término do ano civil, conforme a recuperação tenha ocorrido, respectivamente, no mesmo exercício ou não. A diferença calculada em consonância com o parágrafo anterior será automaticamente compensada com o valor do imposto devido nos exercícios seguintes, até a sua extinção. Nas hipóteses em que for assegurada a compensação do imposto, fica vedado ao contribuinte requerer sua restituição, dispensada a análise de pedidos eventualmente apresentados. 3.10 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS ACESSÓRIAS É obrigatória a inscrição do contribuinte do imposto nos órgãos responsáveis pela matrícula, inscrição ou registro de veículo aéreo, aquático e terrestre. Os órgãos devem fornecer à Secretaria de Estado da Fazenda os dados cadastrais relativos aos veículos e seus respectivos proprietários e possuidores a qualquer título. O contribuinte, inclusive o solidário, submete-se ainda ao cumprimento de outras obrigações tributárias acessórias, estabelecidas na legislação tributária. 3.11 DA MORA E DAS PENALIDADES Os débitos fiscais decorrentes do não recolhimento do imposto no prazo legal, inclusive parcelamento e reparcelamento, terão os seus valores corrigidos em função da variação do poder aquisitivo da moeda nacional, pelo Índice Geral de Preços, conceito Disponibilidade Interna – IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas, ou por outro índice de preços de caráter nacional que o substitua. A correção monetária será efetuada com base nos coeficientes em vigor no mês em que deva ocorrer o pagamento do débito fiscal, considerando-se, para todos os efeitos, como termo inicial o mês em que houver expirado o prazo normal para recolhimento do tributo. Os coeficientes relativos a determinado mês serão calculados com base no IGP-DI divulgado pela Fundação Getúlio Vargas no mês anterior, qualquer que seja o seu respectivo período de referência. 15 Os valores do imposto não integralmente pagos nos prazos previstos na legislação, inclusive os valores relativos às parcelas mensais decorrentes de acordo de parcelamento e reparcelamento, serão acrescidos de juros de mora equivalentes a 1% (um) por cento ao mês calendário ou fração. Quando o vencimento recair no último dia útil do mês, os juros de mora incidirão a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao do vencimento do tributo e serão calculados sobre o respectivo valor corrigido monetariamente. Em caso de parcelamento ou reparcelamento, o valor de cada parcela mensal será acrescido dos juros de mora equivalentes a 1% (um por cento) ao mês calendário ou fração. Os juros de mora, seja qual for o motivo determinante da inadimplência, serão aplicados sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis ou de quaisquer outras medidas de garantia previstas na legislação tributária. As infrações decorrentes da violação das regras estabelecidas na legislação, e as respectivas penalidades pecuniárias, são as seguintes: deixar de pagar o imposto no prazo regulamentar: o multa de 5% (cinco por cento) ao mês do valor do imposto devido pró rata die até o limite de 10% (dez por cento), se o pagamento for efetuado antes de qualquer ação fiscal; o multa de 100% (cem por cento) do valor do imposto devido, quando o pagamento ocorrer após o início de qualquer ação fiscal; deixar de encaminhar veículo para a matrícula, à inscrição ou registro, ou para o cadastramento Fazendário, no prazo regulamentar, multa equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do imposto, sem prejuízo do recolhimento deste; utilizar documento adulterado, falso ou que sabe indevido, para comprovar regularidade tributária, para preencher requisito legal ou regulamentar, inclusive para beneficiar-se de não-incidência ou de isenção, ou, ainda, para reduzir ou excluir da cobrança o valor do imposto devido, multa equivalente a duas vezes o valor do imposto. O disposto no 3º item aplica-se também a quem adultera, emite, falsifica ou fornece o documento paraos fins previstos neste inciso, ainda que não seja o proprietário ou o possuidor do veículo. A aplicação das penalidades referidas neste artigo é feita sem prejuízo da exigência do imposto, atualizado monetariamente e acrescido de juro e demais acréscimos legais, bem como das providências necessárias à instauração da ação penal cabível. No caso da prática de mais de uma infração conexas com o mesmo fato que lhes deu origem, deve ser aplicada apenas a multa mais grave. A multa prevista de 100% será reduzida em 50% (cinqüenta por cento) do seu valor, quando o pagamento for realizado até 30 (trinta) dias após a ciência da notificação para recolhimento do tributo. 16 3.12 BENEFÍCIOS Os benefícios pertinentes ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, cuja concessão foi autorizada ao Poder Executivo pelo artigo 1º da Lei nº 8.069, de 7 de janeiro de 2004, observado o disposto naquele preceito, reger-se-ão, pelos seguintes termos: 3.12.1 Prazo No período de 1º de dezembro de 2003 a 31 de dezembro de 2013, fica reduzida em 100% (cem por cento) a base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA. 3.12.2 Abrangência Aquisições de veículos automotores terrestres novos, destinados ao transporte de passageiros ou de cargas, respectivamente, com volume interno de habitáculo igual ou superior a 10 (dez) pessoas, inclusive o motorista, ou com capacidade superior a 3 (três) toneladas, cujas aquisições sejam efetuadas junto ao fabricante ou importador, desde que realizadas com interveniência de concessionária estabelecida em território mato-grossense e devidamente inscrita no Cadastro de Contribuintes do Estado; Em relação aos faturamentos de veículos novos que ocorrerem no mês de dezembro, cuja entrega efetiva somente for realizada no mês de janeiro subseqüente, o benefício previsto será observado em relação ao tributo devido no exercício subseqüente. 3.12.3 Condições Os benefícios ficam condicionados à manutenção do registro do veículo no Cadastro de Veículos de Mato Grosso, até 31 de dezembro do segundo ano subseqüente àquele em que ocorreu a fruição do benefício. Do contrário, ocorrendo a transferência para outra unidade da Federação, antes do prazo fixado de 2 anos, considerar-se-á devido o valor do IPVA que deixou de ser recolhido, desde a sua aquisição ou transferência para este Estado, conforme o caso, devendo o seu valor ser corrigido monetariamente, até a data do efetivo pagamento,ficando o contribuinte dispensado da cobrança de multas e juros moratórios. 3.12.4 Fruição do benefício O adquirente de veículo novo, que atender as condições estabelecidas, interessado na fruição do benefício previsto, deverá obter autorização prévia da Secretaria de Estado de Fazenda, antes de promover o registro do veículo junto ao Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso – DETRAN/MT. Para a fruição do benefício, o registro do veículo junto ao DETRAN/MT deverá ser efetuado no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data da emissão da respectiva Nota Fiscal de aquisição do veículo novo. A Nota Fiscal deverá conter a expressa indicação da concessionária mato-grossense interveniente na operação, e será acompanhada de declaração prestada pela concessionária deste Estado, nele citada, de que participou da operação de venda do veículo ao destinatário, na qualidade de interveniente. 17 O Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Mato Grosso, ao efetuar o registro do veículo novo, com o benefício, deverá informar no Sistema de Cadastro de Veículos, a matrícula do servidor fazendário responsável pela concessão da autorização. Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso – DETRAN/MT efetuará o registro e licenciamento do veículo com o benefício, mediante a apresentação do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE. 3.13 PARCELAMENTO Os débitos fiscais, vencidos, relativos ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA poderá ser objeto de parcelamento, solicitado, obrigatoriamente, por meio eletrônico, observados os seguintes prazos, formas e condições: Não se autorizará o parcelamento quando não corresponder à totalidade dos débitos vencidos, relativos a determinado veículo, salvo se objeto de acordo de parcelamento, sem parcelas em atraso, sendo que o referido parcelamento (sem parcelas em atraso), não impedirá o licenciamento do veículo. Não é permitida a concessão de mais de 2 (dois) parcelamentos, referentes ao mesmo veículo. O parcelamento será concedido ao proprietário do veículo que constar no Cadastro de Veículos do Estado, desde que o valor de cada parcela não seja inferior a 2 (duas) Unidades Padrão Fiscal do Estado de Mato Grosso – UPFMT, na data da solicitação eletrônica do parcelamento, e respeitados os limites adiante arrolados, o débito fiscal, vencido, pertinente ao IPVA poderá ser parcelado: o em até 6 (seis) parcelas, mensais e sucessivas: para débitos vencidos até o exercício imediatamente anterior àquele em que ocorrer a formalização do acordo; o em até 3 (três) parcelas, mensais e sucessivas: para débitos vencidos no mesmo exercício em que ocorrer a formalização do acordo 3.14 ISENÇÃO Para o reconhecimento de isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, o interessado deverá apresentar requerimento dirigido à Secretaria de Estado de Fazenda, segundo o modelo: Vide Anexo II. São isentos do pagamento do IPVA: máquina e trator agrícola e de terraplenagem; veículo aéreo de exclusivo uso agrícola; 18 veículo automotor destinado a pessoa portadora de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autista, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, limitado a único veículo por proprietário; ônibus de transporte coletivo urbano, que tenha rampa ou outro equipamento especial de ascenso e de descenso para deficiente físico; veículo de aluguel (táxi), dotado ou não de taxímetro, destinado ao transporte de pessoa, limitada a isenção a 1 (um) veículo por proprietário; veículo de combate a incêndio; locomotiva e vagão ou vagonete automovidos, de uso ferroviário; embarcação de propriedade de pescador profissional, pessoa física, por ele utilizada na atividade pesqueira, com capacidade de carga de até 3 (três) toneladas, comprovada por entidade representativa da classe, limitada a isenção a 1 (uma) embarcação por proprietário. 3.15 CONCESSÃO O benefício da isenção do IPVA poderá ser concedido a: pessoa portadora de deficiência física, que apresente alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo que acarrete o comprometimento da função física, sob forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplesia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, deformidade de membros congênita ou adquirida; pessoa portadora de deficiência visual que apresente acuidade visual igual ou inferior a 20/200 (tabela de Snellen) no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (vinte graus), ou a ocorrência simultânea de ambas as situações; pessoa portadora de deficiência mental, severa ou profunda ou autista, cuja condição seja atestada conforme os critérios e requisitos definidos na Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2, de 21 de novembro de 2003, ou em outra que venha a substituí-la. O veículo poderá ser adquirido diretamente pela pessoa portadora de deficiência que tenha plena capacidade jurídica e, no caso dos interditos, por seus representanteslegais. 3.16 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A SOLICITAÇÃO DE ISENÇÃO DE IPVA - PNE Cópia do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) do exercício anterior; Cópia da Carteira de Identidade (RG) e CPF do PNE e/ou terceiro condutor; Cópia da CNH - Carteira Nacional de Habilitação, comprovando estar o interessado autorizado a dirigir veículo adaptado (PNE ou do terceiro condutor); 19 o Em se tratando de primeira habilitação, poderá ser dispensada a apresentação da cópia da Carteira Nacional de Habilitação, desde que o interessado firme termo de responsabilidade, se comprometendo a apresentar o documento em referência, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados do deferimento da isenção. Cópia do documento fiscal de aquisição do veículo que deverá, obrigatoriamente, estar em nome do requerente, quando se referir a veículo novo; Certidão Negativa de Débitos – CND relativa ao ICMS e IPVA para fins gerais; Laudo de perícia médica expedida pelo DETRAN/MT, atestando sua completa incapacidade para dirigir automóveis comuns e sua habilitação para fazê-lo em veículo especialmente adaptado, especificando, ainda, o tipo de deficiência física e as adaptações necessárias ( no caso de ser o próprio condutor, se for o terceiro condutor, o laudo poderá ser expedido pelo médico credenciado pelo SUS). 3.16.1 Avaliação de deficiência física para isenção de IPVA. Caberá a Junta Médica do Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/MT avaliar a incapacidade das pessoas portadoras de deficiência física para dirigir veículos convencionais, indicando a necessidade de adaptação, que se encontram amparadas, pela legislação estadual, para instruir processo de obtenção do benefício da isenção do IPVA e ICMS. A isenção do Imposto sobre circulação de mercadorias (ICMS), bem como, do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) poderá ser reconhecida através de processo pela Secretaria de Fazenda de Mato Grosso – SEFAZ/MT. Para que seja considerado válido, o laudo de avaliação de deficiência física para aquisição de veículos destinados a pessoas portadoras de deficiência física, conterá obrigatoriamente: o dados pessoais do requerente; o atestado de sua completa incapacidade para dirigir veículos convencionais e sua aptidão para fazê-lo naqueles especificamente adaptados; o especificação do tipo de deficiência física; o especificação das adaptações necessárias. O prazo de validade do laudo de avaliação de deficiência física é de 30 (trinta) dias a contar da data de sua emissão. O laudo a ser emitido obedecerá o modelo fornecido pelo órgão. (Vide Anexo III). Caberá ao DETRAN/MT, através do Serviço Médico Pericial – SERMEPE, emitir e expedir o laudo de avaliação de deficiência física. Cada laudo atenderá os requisitos do artigo anterior, bem como, será identificado por uma numeração, que partirá em ordem crescente de 0001, a cada ano civil, e será vinculado ao processo da Junta Médica. O Laudo de avaliação de deficiência física, será emitido e expedido em 03 (três) vias, ficando 01 (uma) anexada ao processo, 02 (duas) serão entregues ao requerente para instruírem os processos a serem protocolizados na SEFAZ – MT. 20 O SERMEPE se responsabilizará por todo o procedimento de emissão, expedição, distribuição e encaminhamento dos laudos de deficiência física, bem como, por seus custos operacionais. Caberá à Gerência de Exames de Saúde a fiscalização de todo o procedimento para emissão, expedição e encaminhamento dos laudos de avaliação de deficiência física. 3.17 NÃO-INCIDÊNCIA O imposto não incide sobre a propriedade de veículo pertencente: à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; à embaixada ou consulado estrangeiro credenciado junto ao Governo brasileiro; às entidades a seguir relacionadas, desde que o veículo esteja vinculado às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes: o autarquia ou fundação instituída e mantida pelo Poder Público; o templo de qualquer culto; às entidades a seguir relacionadas, desde que não distribuam qualquer parcela de seu patrimônio ou de sua renda a título de lucro ou participação no seu resultado, apliquem integralmente no País o seu recurso na manutenção de seu objetivo institucional, mantenham escrituração de sua receita e despesa em livro revestido de formalidade capaz de assegurar sua exatidão e vinculem o uso do veículo apenas as suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes: o instituição de educação ou de assistência social; o partido político, inclusive suas fundações; o entidade sindical de trabalhador. O ato declaratório de reconhecimento de não-incidência, expedido pela Gerência do IPVA, será utilizado para licenciamento do veículo, atendidas as seguintes disposições: será exigido apenas uma vez e terá validade enquanto não houver alteração do proprietário ao qual se conferiu o tratamento excludente da tributação e atendidas as exigências previstas neste regulamento; quando relativo a veículo novo, o documento fiscal de aquisição que deverá, obrigatoriamente, estar em nome do beneficiário da não incidência; quando relativo a veículo usado, este deverá estar cadastrado no órgão estadual de trânsito em nome do beneficiário da não incidência. Fica dispensada, para o cadastramento ou licenciamento do veículo, a exigência de ato declaratório de reconhecimento de não incidência quando o proprietário do veículo for órgão da Administração Pública Direta Federal, Estadual ou Municipal. 21 Na hipótese de perda da condição que fundamenta a não incidência, o imposto será devido por duodécimo ou fração que falte para o término do exercício. Verificado pela Fiscalização ou autoridades responsáveis pelo registro e licenciamento, inscrição ou matrícula do veículo, que o requerente não preenchia, ou deixou de preencher, as condições determinativas da não incidência, e desde que não tenha havido dolo, fraude ou simulação, o interessado será notificado a recolher o imposto devido, na forma do artigo 15, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do recebimento da notificação, findo o qual ficará sujeito ao lançamento de ofício, através da lavratura de Notificação/Auto de Infração. O reconhecimento de não-incidência condicionar-se-á à apresentação, juntamente com o pedido, conforme o caso, dos seguintes documentos: autarquias e fundações mantidas integralmente pelo Poder Público: lei de criação e Estatuto; partidos políticos: lei de criação e registro no Tribunal Superior Eleitoral; fundações dos partidos políticos: estatuto; entidades sindicais dos trabalhadores: estatuto e ata da constituição e da eleição da diretoria; instituições de educação ou de assistência social; o ato oficial de reconhecimento como instituição de utilidade pública no Estado e, na hipótese de instituição de assistência social, registro no órgão competente da Secretaria da Criança, Família e Bem-Estar Social; o estatuto ou contrato social, registrado no órgão competente; o ata da última assembléia que elegeu a diretoria da instituição; o declaração da entidade de que aplica, integralmente, nos seus objetivos institucionais, as rendas que aufere; o declaração da entidade, ratificada pelo contador responsável, de que os livros e a escrituração estão revestidos das formalidades exigidas por lei; templos de qualquer culto: estatuto e ata da eleição de seus representantes; veículos do corpo diplomático: cópia da Carteira Diplomática, Carteira de Perito ou Identidade Consular, expedida pelo Ministériodas Relações Exteriores. Em relação aos veículos pertencentes a instituições de educação ou de assistência social, poderá, ainda, ser solicitado que a entidade apresente cópia dos seguintes documentos: livros revestidos das formalidades capazes de assegurar a exatidão da escrituração de suas receitas e despesas, inclusive termo de abertura e, se houver, de encerramento, contendo os lançamentos dos cinco exercícios mediatamente anteriores ao do pedido; balanço patrimonial e financeiro dos dois últimos exercícios financeiros anteriores ao do pedido; relatório das atividades educacionais ou assistenciais realizadas nos dois últimos exercícios anteriores ao do pedido e programação das atividades para o exercício em curso, evidenciando as já realizadas e aquelas por realizar; declaração do imposto de renda dos dois exercícios imediatamente anteriores ao do pedido. 22 Os requerimentos de reconhecimento de isenção ou de não-incidência do IPVA, acompanhados das informações e dos documentos comprobatórios do atendimento das condições estabelecidas para sua concessão, serão dirigidos à Gerência de IPVA da Secretaria de Estado de Fazenda, à qual compete a sua apreciação e deliberação. 3.18 PAGAMENTO O lançamento do imposto será efetuado mediante ou notificação fiscal emitida pela Secretaria de Estado da Fazenda, podendo o documento que a represente ser expedido conjuntamente com o do licenciamento, registro, inscrição ou matrícula nos órgãos competentes. Serão observados as seguintes normas: Nenhum veículo será registrado, inscrito ou matriculado perante as repartições competentes sem a prova do pagamento do imposto ou de que é imune ou isento. O disposto no parágrafo anterior, aplica-se igualmente aos casos de renovação, averbação, cancelamento e a quaisquer outros atos que impliquem alteração no registro, inscrição ou matrícula do veículo. Em caso de furto ou roubo, de sinistro com perda total do veículo, poderá a Secretaria de Estado de Fazenda autorizar o pagamento proporcional do IPVA referente aos meses já decorridos do ano, corrigido monetariamente e acrescido de juros e multa de mora previstos na legislação, quando for o caso O pagamento do imposto será feito em documento próprio nos bancos autorizados e nos seus postos existentes nas Agências Fazendárias e agências do DETRAN. O imposto tem vencimento no último dia útil do mês correspondente ao algarismo final do número da placa do veículo, conforme abaixo especificado no calendário de recolhimento: Mês de vencimento Final da placa Janeiro 1 Fevereiro 2 e 3 Março 4 e 5 Abril 6 e 7 Maio 8 e 9 Junho 0 Tratando-se de veículo novo, o imposto deverá ser recolhido até 30 (trinta) dias após a data da emissão da nota fiscal de venda. O recolhimento do imposto poderá ser efetuado em cota única ou em até 3 (três) parcelas mensais, iguais e sucessivas. O pagamento em cota única terá redução de 5% (cinco por cento) do valor do imposto devido se realizado até o último dia útil imediatamente anterior ao do vencimento do tributo, fixado nos termos do artigo 16. Para recolhimento parcelado do imposto, deverá ser observado o valor mínimo para cada parcela, equivalente a 03 (três) UPFMT, vedada a sua concessão quando o montante de qualquer parcela resultar inferior ao aludido valor. 23 Na hipótese de parcelamento do imposto, o contribuinte deverá recolher a primeira parcela dentro do prazo fixado. As segunda e terceira parcelas poderão ser recolhidas, respectivamente, até o último dia útil do primeiro e segundo meses consecutivos ao do recolhimento da primeira. O recolhimento extemporâneo da segunda parcela deverá ser efetuado juntamente com o da terceira, sem prejuízo dos acréscimos legais incidentes sobre cada uma, observados os respectivos para recolhimento regular. Caberá a Secretaria de Estado de Fazenda apreciar o pedido de parcelamento, assim como calcular os valores das cotas. Os valores médios de mercado, expressos em Real (R$), dos veículos automotores, por tipo, marca, modelo e ano de fabricação, que servirão à apuração da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, para o exercício de 2010, são os arrolados na Tabela de Valores Venais e na correspondente Tabela Complementar. (Vide Anexo IV). O valor do imposto corresponderá ao que resultar da aplicação das alíquotas adiante indicadas, sobre o montante obtido de acordo com o disposto anteriormente. O recolhimento do imposto poderá ser efetuado em cota única ou em até 3 (três) parcelas mensais, iguais e sucessivas. O pagamento em cota única terá redução de 5% (cinco por cento) do valor do imposto devido, se realizado até o último dia útil imediatamente anterior ao do vencimento do tributo, fixado no Anexo I, em consonância com o artigo 16 do Decreto n° 1.977, de 23 de novembro de 2000. O parcelamento do imposto somente será permitido se a primeira cota for recolhida no mês do vencimento, fixado em função do número final da placa do veículo. A segunda e a terceira parcelas deverão ser recolhidas, respectivamente, até o último dia útil do primeiro e segundo meses consecutivos ao do recolhimento da primeira. O recolhimento extemporâneo da segunda parcela deverá ser efetuado juntamente com o da terceira, sem prejuízo dos acréscimos legais incidentes sobre cada uma, observados os respectivos prazos para recolhimento regular. É vedado o recolhimento parcelado do imposto: o quando já transcorrido o respectivo prazo de vencimento; o no caso de registro inicial de veículo, quando este ocorrer após 30 de setembro de 2010; o em qualquer caso, quando o valor da parcela resultar inferior a 3 (três) UPFMT. Tratando-se de veículo novo, o imposto deverá ser recolhido até 30 (trinta) dias após a data da emissão da Nota Fiscal de venda, considerando-se como base de cálculo do tributo o valor exarado no documento fiscal fornecido pelo revendedor, acrescido do valor de opcional e acessórios e das demais despesas relativas à operação, reduzido de tantos 12 (doze) avos quantos forem os meses já decorridos no ano. O pagamento antes do transcurso do prazo, em cota única, assegurará, ainda, o direito à redução de 5% (cinco por cento). Os juros e multas serão calculados sobre o valor do imposto corrigido monetariamente, com base nos coeficientes em vigor no mês em que ocorrer o pagamento, considerando-se, para todos os efeitos, como termo inicial, o mês em que houver expirado o prazo normal para pagamento do tributo. 24 O DAR-1/AUT, contendo o valor para pagamento do tributo, qualquer que seja a modalidade pretendida (cota única ou parcelado), poderá ser obtido pelo contribuinte, via INTERNET, no endereço eletrônico da Secretaria de Estado de Fazenda www.sefaz.mt.gov.br. O contribuinte poderá, ainda, obter o Documento de Arrecadação para recolhimento do IPVA/2010, junto às unidades informatizadas do Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/MT. Nos Municípios onde não houver unidade do DETRAN/MT ou, em havendo, não for a mesma informatizada, o contribuinte poderá procurar a Agência Fazendária do seu domicílio tributário, para retirar o Documento de Arrecadação – DAR-1/AUT, correspondente ao veículo identificado pela sua placa, para pagamento do tributo. A Secretaria de Estado de Fazenda poderá remeter o DAR-1/AUT para recolhimento do IPVA referente ao exercício de 2010 ao endereço que constar no Cadastro de Veículos do DETRAN/MT, sendo que a falta de recebimento do DAR-1/AUT no endereço indicado não desobriga o contribuinte da observância do prazo estabelecido para recolhimento do
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