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CONTABILIDADE PÚBLICA Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula Revisão 01 a 05 Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 1 Estado, Governo e Administração Pública E L J Elementos Constitutivos do Estado Estado Governo e Administração Pública Estado é a organização juridicamente soberana de um povo em um dado território, sob a gestão de um governo. Povo Território Governo Soberano Finalidade ESTADO Estrutura do Governo LEGISLATIVO EXECUTIVO JUDICIÁRIO Federal Senado Federal Câmara dosDeputados TCU Presidência da República Ministérios STF, STJ, STM,TST, TSE, TRF Estadual Assembleia Legislativa TCE Conselho de Contas Governadoria Secretarias Tribunal de Justiça Tribunal de Alçada Tribunal Militar Municipal CâmaradeVereadores TCM Prefeitura Secretarias Inexistente Estado Governo e Administração Pública Adaptado de Sérgio Jund. AFO, 2ª. Ed. Campus, p. 510 Administração Pública Administração Auxiliar Administração Central Descentralização por Colaboração Descentralização por Cooperação Administração Indireta Administração Direta Concessionários (com contrato) Permissionários (sem contrato) Entidades não Públicas Fundações Autarquias Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista Poder Judiciário Poder Executivo Poder Legislativo Especial Institucional Corporativa Estado Governo e Administração Pública Estrutura da Administração Pública 5 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Constitucionais Princípios do DL nº 200/67 Supremacia do interesse público Indisponibilidade do interesse público Proporcionalidade Motivação Razoabilidade Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência Planejamento Coordenação Descentralização Delegação de Competência Controle L I M P E Gerais Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 2 Formas de Financiamento da Atividade Estatal Origem dos Recursos Públicos Formas de Financiamento da Atividade Estatal Não passíveis de devolução. Destinados as despesas. Passíveis de Devolução. Não destinados as despesas. Receita Pública Formas de Financiamento da Atividade Estatal Exemplos: cauções, consignações, depósitos de terceiros, ARO Classificação Ocorrências Natureza Econômica Corrente, Capital Fonte / Destinação Vinculada, não Vinculada Indicador de Resultado Primário Primária, Financeira Afetação Patrimonial Efetiva, não Efetiva Procedência Originária, Derivada Regularidade Ordinária, Extraordinária Competência Federal, Estadual, Municipal Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Crédito Público – Quanto a Origem e Local Formas de Financiamento da Atividade Estatal Crédito Público – Quanto ao Prazo Formas de Financiamento da Atividade Estatal Receita da Dívida Ativa Formas de Financiamento da Atividade Estatal Recolhimento Previsão Arrecadação Lançamento Planejamento Execução Controle e Avaliação Metodologia Destinação dos recursos Classificação da Receita Caixa e Bancos Unidade de Caixa Etapas e Estágios da Receita Pública Declaração Direto Homologação Formas de Financiamento da Atividade Estatal Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 3 Despesa Pública Conceito Para Diana Vaz de Lima, “Define-se despesa pública como o conjunto de dispêndios da entidade governamental para o funcionamento dos serviços públicos. Nesse sentido, como parte do orçamento, a despesa compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições e funções governamentais.”. Despesa Pública Despesa Pública Alinhamento da Despesa Despesa Pública Conceito Exemplos: cauções, consignações, depósitos de terceiros, ARO Despesa Pública Dispêndio, gasto ou desembolso são palavras normalmente utilizadas para caracterizar as importâncias que saem dos cofres públicos. Entretanto, nem toda saída de recursos dos cofres públicos pode ser considerada como despesa pública. Strictu Sensu, não constituem Despesa Pública Diferenciação da Despesa Pública Despesa Pública Tipo Classificação Qualitativa Esfera Orçamentária Institucional Funcional Programática Quantitativa Meta Física Financeira Natureza da Despesa Identificador de Uso Fonte de Recursos IDOC / Doação Identificador Resultado Primário Classificação Orçamentária Despesa Pública Princípio Descrição Utilidade A destinação dos recursos deve, obrigatoriamente, visar à satisfação das necessidades coletivas. Legitimidade A despesa deve ter ao consentimento da coletividadeeser suportável pelos contribuintes. Oportunidade A despesa deve considerar as prioridades e as limitações de gasto e as condições econômicas vigentes na ocasião. Legalidade A despesa pública só pode ser realizada se autorizada em lei. Economicidade Está relacionada à questão do custo-benefício, considerando à eficiência e a eficácia da despesa. Despesa Pública Princípios Empenho Identificação do Credor Autorização Formalização Liquidação Origem e objeto Importância exata a ser paga Certificação do credor Pagamento Entrega do numerário ao credor Autorização Formalização Fixação Organização das estimativas Conversão da proposta em orçamento Programação da despesa Lei nº 4.320/64 LOA Licitação Escolha da proposta mais vantajosa Lei nº 8.666/93 Etapas de Execução Despesa Pública São despesas empenhadas, mas não pagas, dentro do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro (art. 36 da Lei nº 4.320/64 e 67 do Decreto nº 93.872/86). Quando o pagamento deixa de ser efetuado no próprio exercício, a despesa é inscrita em Restos a Pagar. Os Restos a Pagar podem ser classificados em: Processados - são despesas em que o credor já cumpriu as suas obrigações, isto é, entregou o material, prestou os serviços ou executou a etapa da obra, dentro do exercício, tendo, portanto, direito líquido e certo, faltando, apenas, o pagamento; Não-processados - são despesas que ainda dependem da prestação do serviço ou do fornecimento do material, ou seja, cujo direito do credor não foi apurado. São despesas ainda não liquidadas. Restos a Pagar Despesa Pública É a denominação dada à despesa realizada em regime de adiantamento que é aplicável aos casos especiais de despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. Consiste na entrega de numerário a servidor, para realização dessas despesas. Casos de Aplicação do Suprimento de Fundos: Despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie; Despesas feitas em caráter sigiloso (conforme regulamento); Despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não ultrapassam os limites estabelecidos pela Port. MF nº 95/2002. REGRA: Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF). EXCEÇÃO: Depósito em c/c nos casos em que não seja possível utilizar o CPGF. Suprimento de Fundos Despesa Pública 23 São despesas de exercícios encerrados, para as quais o respectivo orçamento consignava crédito, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. Considera-se DEA (§ 2º do art. 22 do Decreto 93.872/86): Despesas que não tenham sido empenhadas na época própria; Empenhos indevidamente anulados no encerramento do exercício; Restos a Pagar com prescrição interrompida – Restos a Pagar cancelado, mas em relação ao qual ainda vige o direito do credor; Compromisso reconhecido após o encerramento do exercício – obrigação de pagamento criada por lei, mas reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. Despesas de Exercícios Anteriores - DEA Despesa Pública 24 O principal objetivo da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei Responsabilidade Fiscal (LRF), é estabelecer “normas de finanças públicas voltadas paraa responsabilidade na gestão fiscal”. A LRF estabelece diversos mecanismos de controle. Despesa Pública Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF 25 Despesa Pública Limites de Gastos Estabelecidos pela LRF Limites de Gastos com Pessoal com base na ReceitaCorrente Líquida União: 50% 40,9% para o Executivo; 6% para o Judiciário; 2,5% para o Legislativo 0,6% para o Ministério Público Estados: 60% 49% para o Executivo 6% para o Judiciário 3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Estado 2% para o Ministério Público Municípios: 60% 54% para o Executivo 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Município, quando houver 26 Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 4 Aspectos Introdutórios Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios A NBC T 16.1, aprovada pela Resolução CFC nº 1.128/08, conceitua e define o objeto, o objetivo, o campo de aplicação e a função social da Contabilidade aplicada ao Setor Público. Conceito de Contabilidade Pública - NBC T 16.1 Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Objeto da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio público. Função Social da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Objetivo da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Campo de Aplicação da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 Administração Direta Administração Indireta Direito Público Direito Privado CONTABILIDADE PÚBLICA CONTABILIDADE EMPRESARIAL PÚBLICA PRIVADA ENTIDADE Prof. Cristóvão Araripe Marinho Dependentes Não Dependentes Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Regime Contábil Na área pública, para o regime contábil aplica-se integralmente o regime de competência. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público . O Apêndice II da Resolução CFC nº 750/93, aprovado pela Resolução CFC nº 1111/07, trata dos Princípios de Contabilidade sob a perspectiva do Setor Público Princípio da Entidade Princípio da Continuidade Princípio da Oportunidade Princípio do Registro pelo Valor Origina Princípio da Competência Princípio da Prudência Evolução da Contabilidade Pública no Brasil 1808 Criação do Erário Régio 1822 Código de Contabilidade Pública 1964 Lei nº 4.320/1964 - Lei Geral de Finanças Públicas. 1986 Criação da Secretaria do Tesouro Nacional 1987 Implantação do SIAFI e da Conta Única 1988 CF – PPA, LOA , LDO 1997 Edição das normas internacionais de Contabilidade. 2000 Edição da Lei de Responsabilidade Fiscal, LC nº 101 – LRF. 2004 CFC cria grupo para estudar e propor as NBCTSP. 2007 Convergência da Contabilidade Pública para os princípios contábeis. 2008 Edição das NBCTSP e da Portaria MF nº 184/2008. 2009 Dec. nº 6976/2009 - Sist. de Contabilidade Federal e edição do MCASP 2012 Início de Vigência das NBCTSP. 2014 PCASP obrigatório para todos os entes públicos. 2015 Consolidação do novo padrão Contábil. 35 Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 5 Aspectos Práticos Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Estrutura do Patrimônio Público NBC T 16.6 Ativo Circulante Não Circulante Passivo Circulante Não Circulante Lei nº 4.320/64 Ativo Financeiro Permanente Passivo Financeiro Permanente Ativo – Passivo = Patrimônio Líquido / Saldo Patrimonial Como desdobramento do processo de convergência da Contabilidade Pública Brasileira para padrões internacionais, os bens públicos de uso comum que não eram passíveis de registro, passaram a ser. A NBC T – SP 16.10 passou a estabelecer que os bens de uso comum, que absorveram ou absorvem recursos públicos, devem ser incluídos no Ativo não Circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam ou não relacionados à sua atividade operacional. Dessa forma, sempre que houver alocação de recursos públicos em bens de uso comum, os valores gastos deverão ser registrados pela contabilidade. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Contabilização dos Bens de Uso Comum Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Mensuração de Ativos e Passivos Reconhecimento inicial. Mensuração após o reconhecimento inicial. Reavaliação. Redução ao Valor Recuperável (impairment). Depreciação. Amortização. Exaustão. Provisões Conceitos Envolvidos Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Variações Patrimoniais Ativas Passivas Orçamentárias Extraorçamentárias Orçamentárias Extraorçamentárias Receita Mutações Ativas (Despesa) Superveniências Ativas Insubsistências do Passivo Despesa Mutações Passivas (Receita) Insubsistências do Ativo Superveniências Passivas Variações Patrimoniais PL PL Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) A LRF determinou que seja feita a consolidação nacional das contas públicas. A STN exerce esta atribuição através da publicação anual do Balanço do Setor Público Nacional, congregando as contas da União, estados, municípios e DF. A Portaria MF nº 184/2008 e o Decreto nº 6.976/2009 determinam que a STN, edite normativos, manuais, instruções de procedimentos contábeis e o plano de contas de âmbito nacional, objetivando a elaboração e publicação de demonstrações contábeis consolidadas. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Contabilidade Pública - Aspectos Práticos O PCASP e os Subsistemas de Informações Contábeis A CASP é organizada na forma de sistema de informações, cujos subsistemas possam oferecer produtos diferentes em razão da respectiva especificidade.