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Ectoparasitas e Animais peçonhentos

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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escola Técnica Aberta do Brasil 
Vigilância em Saúde
Ectoparasitas e Animais 
Peçonhentos
Wilson da Silva
Ministério da
Educação
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escola Técnica Aberta do Brasil
Vigilância em Saúde
Ectoparasitas e Animais 
Peçonhentos
Wilson da Silva
Montes Claros - MG
2011
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância
Carlos Eduardo Bielschowsky
Coordenadora Geral do e-Tec Brasil 
Iracy de Almeida Gallo Ritzmann
Governador do Estado de Minas Gerais
Antônio Augusto Junho Anastasia
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia 
e Ensino Superior
Alberto Duque Portugal
Reitor
João dos Reis Canela
Vice-Reitora
Maria Ivete Soares de Almeida
Pró-Reitora de Ensino
Anete Marília Pereira
Diretor de Documentação e Informações
Huagner Cardoso da Silva
Coordenador do Ensino Profissionalizante
Edson Crisóstomo dos Santos
Diretor do Centro de Educação Profissonal e 
Tecnólogica - CEPT
Maísa Tavares de Souza Leite
Diretor do Centro de Educação à Distância 
- CEAD
Jânio Marques Dias
Coordenadora do e-Tec Brasil/Unimontes
Rita Tavares de Mello
Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/
CEMF/Unimontes
Eliana Soares Barbosa Santos
Coordenadores de Cursos:
Coordenador do Curso Técnico em Agronegócio
Augusto Guilherme Dias
 
Coordenador do Curso Técnico em Comércio
Carlos Alberto Meira
 
Coordenador do Curso Técnico em Meio 
Ambiente
Edna Helenice Almeida
Coordenador do Curso Técnico em Informática
Frederico Bida de Oliveira
Coordenador do Curso Técnico em 
Vigilância em Saúde
Simária de Jesus Soares
Coordenador do Curso Técnico em Gestão 
em Saúde
Zaida Ângela Marinho de Paiva Crispim
ECToPARASITAS E AnIMAIS PEçonhEnToS
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 
Elaboração
Wilson da Silva
Projeto Gráfico
e-Tec/MEC
Supervisão 
Wendell Brito Mineiro
Diagramação
Hugo Daniel Duarte Silva
Marcos Aurélio de Almeida e Maia
Impressão
Gráfica RB Digital
Designer Instrucional
Angélica de Souza Coimbra Franco
Kátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira
Revisão
Maria Ieda Almeida Muniz
Patrícia Goulart Tondineli
Rita de Cássia Silva Dionísio
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
3
Prezado estudante,
Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes!
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola 
Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 
2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, 
na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre 
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia 
(SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e 
escola técnicas estaduais e federais.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e 
grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pes-
soas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimen-
to da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente 
ou economicamente, dos grandes centros.
O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos técnicos a locais distantes 
das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incenti-
vando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas 
instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em 
escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais.
O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, 
seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profis-
sional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – não só 
é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também 
com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, so-
cial, familiar, esportiva, política e ética.
Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Janeiro de 2010
Apresentação e-Tec Brasil/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
5
Indicação de ícones
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas 
de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.
Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou 
“curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.
Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada 
no texto.
Mídias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades 
empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e 
outras.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis 
de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu 
domínio do tema estudado.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
Sumário
7
Palavra do professor conteudista ........................................... 11
Projeto instrucional ........................................................... 13
Aula 1 – Ectoparasitas: conceito e pulgas .................................. 15
 1.1 Conceitos de ectoparasitas ........................................ 15
 1.2 Biologia e comportamento das pulgas ........................... 15
 1.3 As espécies mais importantes na saúde pública ............... 18
 Resumo ................................................................... 20
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 20
Aula 2 – Ectoparasitas: pulgas ............................................... 21
 2.1 Métodos de prevenção ............................................. 21
 2.2 Métodos de controle mecânico .................................23
 2.3 Controle químico ...................................................23
 Resumo ................................................................... 24
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 24
Aula 3 – Ectoparasitas: bicho-de-pé ........................................ 25
 3.1 Biologia e comportamento do bicho de pé ...................... 25
 3.2 Sintomas de Tunga penetran ....................................27
 3.3 Métodos de prevenção ............................................. 28
 3.4 Métodos de controle ..............................................29
 Resumo ................................................................... 30
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 30
Aula 4 – Ectoparasitas: piolhos da cabeça em humanos ................. 31
 4.1 Biologia e comportamento do piolho da cabeça ................ 31
 4.2 Sintomas de Pediculus humanus var capitis ..................32
 4.3 Métodos de prevenção ............................................. 33
 4.4 Métodos de controle ..............................................34
 Resumo ................................................................... 36
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 36
Aula 5 – Ectoparasitas: percevejo de cama ...............................37
 5.1 Biologia e comportamento do percevejo de cama ............37
 5.2 Sintomas de Cimex lectularius ..................................39
 5.3 Métodos de prevenção do percevejo de cama .................. 40
 5.4 Métodos de controle ..............................................40
 Resumo ................................................................... 41
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 41
Aula 6 – Ectoparasitas: ácaros do pó doméstico ..........................43
 6.1 Biologia e comportamento do ácaro ............................. 43
 6.2 Sintomas do ácaro da poeira ..................................... 45
 Resumo ................................................................... 47
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 47
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde8
Aula 7 – Ectoparasitas: ácaros do pó doméstico .......................... 49
 7.1 Métodos de prevenção e de controle ............................49
 7.2 Métodos de controle químico ...................................... 51
 Resumo ................................................................... 52
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 53
Aula 8 – Ectoparasitas: carrapatos em humanos .......................... 55
 8.1. Biologia e comportamento dos carrapatos ..................... 55
 8.2 Biologia e comportamento do carrapato da família Ixodidae 57
 Resumo ................................................................... 60
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 60
Aula 9 – Ectoparasitas: carrapatos em humanos .......................... 61
 9.1 Biologia e comportamento do carrapato da família Argasidae 61
 9.2 Espécies de carrapatos mais comuns no Brasil ................62
 9.3 Doenças transmitidas pelos carrapatos, patógenos veiculados 
 e sintomas ...............................................................63
 Resumo ................................................................... 66
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 66
Aula 10 – Ectoparasitas: carrapatos em humanos ......................... 67
 10.1 Métodos de prevenção ............................................ 67
 10.2 Métodos de controle ............................................68
 Resumo ................................................................... 69
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 69
Aula 11 – Ectoparasitas: larva migrans cutânea .........................71
 11.1. Biologia e comportamento da larva migrans cutânea ......71
 11.2 Sintomas da larva migrans cutânea (LMC) .................... 72
 11.3 Tratamento da larva migrans cutânea (LMC) ................ 73
 11.4 Métodos de prevenção e controle .............................. 74
 Resumo ................................................................... 75
 Atividades de aprendizagem .......................................... 75
Aula 12 – Animais peçonhentos .............................................. 77
 12.1 Conceitos de animais peçonhentos e de animais venenosos 77
 12.2 Medidas de prevenção contra animais peçonhentos e animais 
 venenosos ............................................................... 78
 Resumo ................................................................... 80
 Atividades de aprendizagem ........................................... 80
Aula 13 – Animais peçonhentos: Escorpiões ............................... 81
 13.1 Biologia e comportamento dos escorpiões .................... 81
 13.2 Escorpião: vida, alimentação e hábitos ........................ 82
 Resumo ................................................................... 84
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 84
Aula 14 – Animais peçonhentos: Escorpiões ................................ 85
 14.1 Métodos de prevenção e controle ............................... 85
 14.2 As espécies mais importantes na saúde pública .............. 86
 14.3 Sintomas, tratamento e primeiros socorros ................... 89
 Resumo ................................................................... 90
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos 9
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 90
Aula 15 – Animais peçonhentos: Aranhas .................................. 91
 15.1 Biologia e comportamento das aranhas ........................ 91
 15.2 Métodos de prevenção, controle e sintomas ................... 94
 15.3 As espécies mais importantes na saúde pública .............. 95
 Resumo ..................................................................100
 Atividades de Aprendizagem ..........................................100
Aula 16 – Animais peçonhentos: Serpentes ...............................101
 16.1 Biologia e comportamento das serpentes .....................101
 16.2 Métodos de prevenção de acidentes, primeiros socorros e sinto 
 mas .......................................................................103
 16.3 As espécies mais importantes na saúde pública no Brasil ..104
 Resumo .................................................................. 110
 Atividades de Aprendizagem .......................................... 110
Aula 17 – Animais peçonhentos: Lacraias ................................. 111
 17.1 Biologia e comportamento das lacraias ........................ 111
 17.2 Métodos de prevenção de acidentes e sintomas ............. 112
 17.3 As espécies mais importantes na saúde pública ............. 113
 Resumo .................................................................. 114
 Atividades de Aprendizagem .......................................... 114
Aula 18 – Animais peçonhentos: abelhas, vespas e formigas ........... 115
 18.1 Biologia e comportamento das abelhas, vespas e formigas . 115
 18.2 Métodos de prevenção de acidentes com abelhas, vespas e for 
 migas, primeiros socorros e sintomas ..............................116
 18.3 As espécies mais importantes na saúde pública no Brasil .. 119
 Resumo .................................................................. 121
 Atividades de Aprendizagem .......................................... 121
Aula 19 – Animais peçonhentos: lagartas ..................................123
 19.1 Biologia e diferenças entre borboletas e mariposas .........123
 19.2 Lepidóptera: Lonomia obliqua chamada de taturana assassi . 
 na .........................................................................125
 19.3 Acidentes com taturanas da família Saturniidae ........... 126
 Resumo .................................................................. 127
 Atividades de Aprendizagem .......................................... 127
Referências ....................................................................128
Currículo do professor conteudista ........................................130
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
11
Palavra do professor conteudista
Prezados alunos, sejam todos bem-vindos. 
É com grande entusiasmo que estamos iniciando a nossa disciplina: 
Ectoparasitas e Animais Peçonhentos.
O nosso objetivo nesta disciplina é dar conhecimento a todos os 
alunos em Vigilância em Saúde, no módulo referente as Zoonoses, princi-
palmente, às oriundas das ectoparasitas e dos animais peçonhentos; com-
preender como se deve referir às atividades de prevenção das doenças e 
manejo ambiental e, como as diferentes espécies de ectoparasitas e animais 
peçonhentos provocam acidentes aos seres humanos; mobilizar ações de pre-
venção e controle das zoonoses, especialmente, no ambiente domiciliar e 
peridomiciliar; bem como, conscientizar a população quanto à importância 
da limpeza em todos os espaços da comunidade e quanto às condições do 
terreno adequadas para que haja o controle dos ectoparasitas e dos ani-
mais peçonhentos. Apresentamos aqui uma visão abrangente da disciplina, 
distribuída em aulas, com vários tópicos importantes, como definição de 
ectoparasitas - biologia, comportamento, prevenção, controle e importância 
dos ectoparasitas como pulgas, bicho-de-pé, piolho da cabeça, percevejo 
de cama, ácaros do pó doméstico, carrapatos em humanos e larva migrans 
cutânea na saúde pública. Apresentamos, ainda, conceitos de animais 
peçonhentos e venenosos - biologia, comportamento,prevenção, controle, 
acidentes e importância dos animais peçonhentos como escorpiões, aranha, 
serpente, lacraias, abelhas, vespas, formigas e lagartas na saúde pública e 
outros tópicos complementares da disciplina que são imprescindíveis para 
sua formação. São temas que irão lhes auxiliar na sua formação profissional 
e pessoal.
Busquei, de forma simples e resumida, contextualizar a nossa dis-
ciplina para melhor compreensão, no intuito de atingirmos os objetivos pro-
postos. Ressaltamos que se torna necessário o conhecimento de conceitos 
relativos à disciplina, bem como, a interpretação de tabelas e figuras.
Desejo todo o êxito na conclusão da nossa disciplina. Que o seu 
aprendizado eleve o seu conhecimento. Estou certo de que edificaremos, 
juntos, esta caminhada.
Portanto, vamos começar os nossos estudos.
Abraços cordiais.
Prof. Wilson da Silva
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
13
Projeto instrucional
Disciplina: Ectoparasitas e Animais Peçonhentos (carga horária: 
60 h).
Ementa: Ectoparasitas e Animais Peçonhentos: saneamento bá-
sico e do meio: saneamento do ar, da água e do lixo, das habitações e dos 
locais de trabalho; seleção, descarte e reciclagem de lixo; epidemiologia: 
prevenção e controle de doenças infecto-contagiosas e infecto-parasitárias; 
noções sobre o método epidemiológico, métodos de investigação, tipos de 
estudo, conceito de risco, medidas das doenças, indicadores de saúde, aná-
lise de dados, aplicações e usos da Epidemiologia; fundamentos de saúde 
pública.
AULA oBJETIVoS DE APREnDIZAGEM MATERIAIS CARGA hoRÁRIA
Aula 1 – Ectopara-
sitas: conceito e 
pulgas 
Inserir o conhecimento em ectopa-
rasitas, biologia e comportamento 
das pulgas
Caderno 
didático. 03
Aula 2 – Ectoparasi-
tas: pulgas
oferecer uma visão sobre métodos 
de prevenção, controle mecânico e 
químico das pulgas.
Caderno 
didático. 03
Aula 3 – Ectoparasi-
tas: bicho-de-pé
Conhecer a importância da bio-
logia, comportamento, sintomas, 
prevenção, controle de bicho-de-pé, 
Tunga penetran.
Caderno 
didático. 03
Aula 4 – Ectopara-
sitas: piolhos da ca-
beça em humanos
Descrever a importância da bio-
logia, comportamento, sintomas, 
prevenção, controle de piolhos da 
cabeça, Pediculus humanus var 
capitis.
Caderno 
didático. 03
Aula 5 – Ectopara-
sitas: percevejo de 
cama
Conhecer a importância da bio-
logia, comportamento, sintomas, 
prevenção, controle do percevejo 
de cama, Cimex lectularius.
Caderno 
didático. 03
Aula 6 – Ectopara-
sitas: ácaros do pó 
doméstico
Entender a importância da biolo-
gia, comportamento e sintomas do 
ácaro da poeira.
Caderno 
didático. 03
Aula 7 – Ectopara-
sitas: ácaros do pó 
doméstico
oferecer uma visão sobre méto-
dos de prevenção e de controle do 
ácaro da poeira.
Caderno 
didático. 03
Aula 8 – Ectoparasi-
tas: carrapatos em 
humanos
Conhecer a importância da biolo-
gia, comportamento do carrapato 
da família Ixodidae
Caderno 
didático. 03
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde14
Aula 9 – Ectopara-
sitas: carrapatos 
em humanos
Entender a importância da bio-
logia, comportamento, sintomas 
do carrapato da família Argasidae 
e outras espécies de carrapatos 
mais comuns no Brasil.
Caderno 
didático. 03
Aula 10 – Ectopa-
rasitas: carrapatos 
em humanos
oferecer uma visão sobre méto-
dos de prevenção e controle dos 
carrapatos. 
Caderno 
didático. 03
Aula 11 – Ectopara-
sitas: larva migrans 
cutânea
Entender a importância da biolo-
gia, comportamento, sintomas, tra-
tamento e métodos de prevenção e 
controle da larva migrans cutânea.
Aula 12 – Animais 
peçonhentos
Identificar os conceitos de animais 
peçonhentos e venenosos e medi-
das de prevenção.
Caderno 
didático. 03
Aula 13 – Animais 
peçonhentos: Es-
corpiões 
Conhecer a importância da bio-
logia, comportamento, sintomas, 
vida, alimentação e hábitos do 
escorpião.
Caderno 
didático. 03
Aula 14 – Animais 
peçonhentos: Es-
corpiões
Entender a importância dos sinto-
mas, método de prevenção e con-
trole das espécies escorpiões mais 
importantes na saúde pública.
Caderno 
didático. 03
Aula 15 – Animais 
peçonhentos: 
Aranhas 
Conhecer a importância da biolo-
gia, comportamento, método de 
prevenção, controle e espécies de 
aranhas mais importantes na saúde 
pública.
Caderno 
didático. 03
Aula 16 – Animais 
peçonhentos: Ser-
pentes
Descrever a importância da biolo-
gia, comportamento, prevenção, 
sintomas das serpentes.
Caderno 
didático. 03
Aula 17 – Animais 
peçonhentos: 
Lacraias
Entender a importância da biolo-
gia, comportamento, prevenção 
de acidentes, primeiros socorros e 
sintomas das lacraias.
Caderno 
didático. 03
Aula 18 – Animais 
peçonhentos: 
abelhas, vespas e 
formigas
Descrever a importância da bio-
logia, comportamento, método 
de prevenção, controle e espécies 
mais importantes das abelhas, 
vespas e formigas.
Caderno 
didático. 03
Aula 19 – Animais 
peçonhentos: 
lagartas
Conhecer a biologia e a diferen-
ça entre borboletas e mariposas, 
importância sobre Lonomia obliqua 
e acidentes com taturanas.
Caderno 
didático. 03
Aula 20 – Ectopara-
sitas: larva migrans 
cutânea
Entender a importância da biolo-
gia, comportamento, sintomas, tra-
tamento e métodos de prevenção e 
controle da larva migrans cutânea.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
15
Aula 1 – Ectoparasitas: conceito e pulgas
objetivos
• Inserir o conhecimento em ectoparasitas;
• Descrever a importância da biologia e do comportamento das 
pulgas;
• Listar as espécies mais importantes de pulgas na saúde pública.
1.1 Conceitos de ectoparasitas
São indivíduos denominados por ectoparasitas ou parasitas exter-
nos os que vivem sobre o corpo do hospedeiro, no exterior do corpo do hos-
pedeiro. Como exemplos há os carrapatos, as pulgas, os piolhos, o percevejo 
de cama, os ácaros, o bicho-de-pé e a larva migrans cutânea. Há outros 
conceitos sobre ectoparasitas, de acordo com Hopla: 
Ectoparasitas são organismos que habitam a pele de um ou-
tro organismo, denominado hospedeiro, por determinado 
período de tempo, dependendo totalmente de seus hospe-
deiros para sua sobrevivência, podendo ter efeito prejudicial 
na saúde destes.(Hopla et al. 1994).
1.2 Biologia e comportamento das pulgas
As pulgas são ectoparasitos que pertencem à ordem Siphonaptera, 
parasitando aves e mamíferos. Pequenos insetos com menos de 5 milímetros 
de comprimento e sem asas, possuem três pares de pernas extremamente 
fortes, especialmente o par posterior, que possibilitam as pulgas se movimen-
tarem velozmente e pularem distâncias muito maiores que o comprimento 
de seu corpo. São achatadas, verticalmente, o que facilita seu movimento 
entre os pêlos ou penas do hospedeiro. As partes bucais são adaptadas para 
cortar a pele e sugar o sangue do hospedeiro. Os olhos são reduzidos ou 
mesmo ausentes. Elas possuem coloração marrom avermelhada, corpo endu-
recido, que é difícil de esmagar entre os dedos para matar. 
É importante ressaltar que as pulgas infestam locais com tranquilida-
de, dentro de casa ou em outros abrigos que são lugares propícios para o seu 
desenvolvimento. A falta de movimento facilita os processos biológicos que in-
duzem as larvas a eclodirem dos ovos e os adultos a saírem de suas pupas.
Precisamos ressaltar que as pulgas trazem desconforto com sensa-
ção de coceiras ao corpo do homem e dos animais, além de proporcionarem 
doenças como dermatites alérgicas e algumas doenças originadas por bacté-
Caro aluno, repare 
como este ponto 
é importante. Os 
inseticidas são 
impenetráveis nos 
ovos e nas pupas daspulgas, ou seja, não as 
eliminam. Para as larvas 
e os adultos da pulga, os 
inseticidas são eficazes. 
Deste modo, o controle 
deste inseto deve 
ser feito por meio de 
medidas preventivas ou 
curativas (de controle) 
mais utilizados. 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde16
rias, como peste bubônica, tularemia e salmonelose. Elas também transmi-
tem vermes e viroses. Embora alguns indivíduos não sintam as picadas das 
pulgas, a irritação causada pelas secreções salivares delas pode se agravar 
em algumas pessoas. É interessante que certos indivíduos sofrem uma reação 
severa resultante de infecções secundárias causadas pela ação de coçar a 
área irritada. Por exemplo, as picadas nas pernas e no tornozelo podem, em 
alguns sujeitos, causar dor e, esta pode durar alguns minutos, horas ou dias, 
que dependerá da sensibilidade da pessoa. Contudo, em certas pessoas não 
acontece qualquer reação. A reação típica da picada é a formação de uma 
pequena mancha dura, avermelhada, com um ponto em seu centro.
O ciclo biológico das pulgas abrange a fase de ovo, larva, pupa e 
adulto. Este ciclo é concluído aproximadamente com 30 dias, e dependerá 
das condições de umidade da temperatura ambiente. 
Pode-se afirmar sem nenhuma dúvida que a pulga fêmea, alguns 
dias após a fecundação, põe na superfície da pele de seu hospedeiro, comu-
mente, cães, gatos e ratos, uma quantidade de 200 a 400 ovos por dia, esses 
ovos podem cair no solo com o movimento dos hospedeiros. Os ovos, quando 
caem no solo, podem liberar a primeira larva, no período de dois até 14 dias, 
dependendo das condições ambientais: umidade e temperatura. As três fa-
ses de larva que se seguem, muito pequenas, alimentam-se principalmente 
das fezes das pulgas adultas, que contêm sangue semidigerido. Cerca de 7 
a 10 dias depois, a larva III procura um local seco com ciscos e poeira para 
formar um casulo, no interior do qual vai desenvolver-se a pupa. 
É interessante lembrar que no intervalo de sete a quatorze dias 
após, estará concluído, dentro do pupário, um pré-adulto completado para 
emergir, se as condições ambientais forem favoráveis. No entanto, em condi-
ções ambientais desfavoráveis, o pré-adulto poderá continuar no interior do 
casulo por um período de doze meses sem se alimentar. Assim que a pulga 
adulta emergir do casulo, fica faminta e começa a dar enormes saltos até 
atingir seu hospedeiro, um cão ou um gato (às vezes uma pessoa) onde pro-
cura sugar sangue. Depois de alimentados, machos e fêmeas podem copular 
tanto sobre o hospedeiro quanto no solo, reiniciando o ciclo. 
Os ovos das pulgas podem ser colocados sobre o hospedeiro, no 
chão ou em seu ninho. Eles têm uma coloração clara, formato oval e liso, 
como mostra a figura abaixo. 
Figura 1: Ciclo biológico: os ovos da pulga.
Fonte: Disponível em: <http://www.casa-sem-inseto.com.br/pulgas.htm>. Acesso em: 06/08/2011.
Caro estudante, 
somente o adulto das 
pulgas é hematófago, 
isto é, alimenta-se de 
sangue.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos 17
As larvas das pulgas não sugam sangue, não têm pernas, nem en-
xergam; por isso, evitam a luz solar. Depois da eclosão, a larva alimenta-se 
de fezes das pulgas adultas, pêlo, penas e pele. Por este motivo, os adul-
tos ingerem mais sangue do que precisam. Sendo assim, uma pulga pode 
alimentar-se de duas a três vezes ao dia e cada tempo de alimentação dura 
cerca de dez minutos. A hematofagia é desempenhada tanto de dia como de 
noite, e é essencial para que as fêmeas possam colocar seus ovos. Depois da 
alimentação, a pulga segrega gotículas de sangue pelo ânus, que, na maio-
ria das vezes, vêm misturadas com as fezes. Será um sinal de que as pulgas 
estão presentes, quando forem encontradas essas gotículas ressecadas em 
roupas ou nos pêlos do animal. 
Figura 2: Ciclo biológico: as larvas da pulga.
Fonte: Disponível em: <http://www.casa-sem-inseto.com.br/pulgas.htm>. Acesso em: 07/08/2011.
É importante observar que, no ciclo de vida das pulgas, as pupas 
têm uma cavidade de seda fabricada pela larva de último instar, que per-
manecem coladas aos pêlos de animais, poeira e outras sujeiras. No período 
de 5 a 14 dias as pulgas adultas saem ou continuam em descanso dentro 
do casulo até a detecção de alguma vibração, que pode ser causada pela 
circulação do homem ou de algum animal quando estas se põem sobre ele. 
É curioso notar que o nascimento da pulga pode ser originado por barulho, 
vibração, calor ou pela presença de dióxido de carbono, que significa que 
uma fonte potencial de alimento está presente. 
Falando um pouco mais sobre ciclo de vida das pulgas, ressaltamos 
que as fêmeas adultas só conseguem colocar seus ovos após fazerem uma 
refeição. Já os adultos (fêmeas e machos) são capazes de sobreviver sem 
se alimentar num período de dois a doze meses. Às vezes, as pessoas ficam 
ausentes de suas residências por alguns meses e, ao retornarem, podem 
encontrar a casa infestada por estes insetos, principalmente, quando a casa 
se encontrar fechada e sem hospedeiros, principalmente, com gatos e cães. 
Assim que as pessoas retornam, elas são atacadas pelas pulgas que nasceram 
no período de ausência.
Instar:
é estágio de 
crescimento entre 
duas mutações 
(transformações) 
sucessivas
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde18
Figura 3: Ciclo biológico da pulga.
Fonte: Disponível em: <http://www.casa-sem-inseto.com.br/pulgas.htm>. Acesso em: 07/08/2011.
Pesquisas realizadas em condições de laboratório concluíram que Pu-
lex irritans pode viver até 513 dias e Xenopsylla cheopis 100 dias. Estas duas 
espécies são extraordinárias saltadoras. Na posição vertical, elas saltam a uma 
altura próxima de 18 cm e na posição horizontal podem alcançar 33 cm. 
Falando um pouco mais sobre o comportamento das pulgas, deve-
-se notar que a sua longevidade é variável e depende da espécie e também 
de outros fatores, como umidade e temperatura do ambiente, da atividade 
e do estado de nutrição delas. Portanto, algumas pesquisas apontam sobre 
longevidade de cada espécie desse inseto, de acordo, com o grupo de pulgas 
estarem alimentadas ou sem alimentos. Os resultados foram: Xenopsylla che-
opis (pulga do rato): alimentada, vive 100 dias; sem alimento, 38 dias; Pulex 
irritans (pulga do homem): alimentada, vive 513 dias; sem alimento, 125 dias; 
Ctenocephalides canis (pulga do cão e do gato): alimentada, vive 234 dias; 
sem alimento, 58 dias. 
1.3 As espécies mais importantes na saúde pú-
blica 
As principais pulgas domésticas são, em nosso país, Ctenocephali-
des felis (a pulga do gato) e Ctenocephalides canis (a pulga do cão). É inter-
resante salientar que a Pulex irritans não é tida como a pulga do ser humano; 
na verdade, é uma pulga de hospedeiro indefinido, podendo sugar igualmen-
te cães, gatos, suínos, aves, etc., sendo uma espécie que se encontra em 
grande parte do globo terrestre. Os roedores têm na Xenopsylla cheopis e 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos 19
na Xenopsylla brasiliensis seus principais ectoparasitas, transmissores poten-
ciais da temível peste bubônica em algumas regiões do Brasil. 
Figura 4: A pulga do homem (Pulex irritans).
Fonte: Disponível em: <http://www.protech-online.com.br/pulgas.htm>. Acesso em 08/08/2011.
A pulga do gato (Ctenocephalides felis felis) tem a habilidade de 
transmitir doenças e alergia ao ser humano. Esta espécie agride diversos 
hospedeiros, entre os quais estão o homem, o cão, o rato e o gato. Já a 
pulga do cão (Ctenocephalides canis), mais atuante em regiões de clima frio, 
não é a mais frequente encontrada neste hospedeiro; muitas das vezes, o 
cão possui a espécie Ctenocephalides felis felis. É importante ressaltar que 
pulga do cão/gato (Ctenocephalides canis/felix) ataca, além do cão, também 
o gato e o homem, podendo picarrato e outros animais; irá substituir a Pu-
lex irritans ao longo do tempo, tornando-se a principal inimiga do homem. 
Ctenocephalides canis/felix tem como principal característica possuir uma 
sutura (prega) dupla no segundo segmento do terceiro par de pernas.
Figura 5: A pulga do cão/gato (Ctenocephalides canis/felix).
Fonte: Disponível em: <http://www.protech-online.com.br/pulgas.htm>. Acesso em 08/082011.
A pulga do rato (Xenopsylla cheopis) é uma espécie que se encontra 
na maior parte do globo terrestre e possui grande relevância para a saúde do 
ser humano, porque ela transmite a peste bubônica. Embora este inseto não 
seja uma praga doméstica, existem registros de pessoas que foram picadas 
por Xenopsylla cheopis, em sua casa. O rato é o principal hospedeiro desta 
espécie de inseto. As principais espécies de ratos que possuem X. cheopis 
são as ratazanas, ou rato de esgoto, o rato de telhado ou rato preto e o 
camundongo. X. cheopis ataca o rato e o homem. Suas peculiaridades são a 
presença de pêlos em seu occipício (parte superior do cefalotórax) e tama-
nho mais reduzido que outras espécies de pulgas. 
Caro aluno, observe 
como este ponto é 
importante: Pulex 
irritans, a pulga do 
homem, é uma espécie 
que antigamente 
se localizava, 
abundantemente, em 
domicílio humano; 
hoje, se encontra 
praticamente 
irradicada, e vem 
sendo substituída 
gradualmente 
pela pulga canina 
(Ctenocephalides canis).
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde20
Figura 6: A pulga do rato (Xenopsylla cheopis).
Fonte: Disponível em: <http://www.protech-online.com.br/pulgas.htm>. Acesso em 07/08/2011.
Resumo
Nesta aula, você aprendeu:
• Conceitos de ectoparasitas;
• Biologia e comportamento das pulgas;
• As espécies mais importantes na saúde pública.
Atividades de aprendizagem
1. Questão. O que é ectoparasita? Dê os exemplos. 
2. Questão. Os inseticidas controlam todo estágio de vida da pulga? Justifi-
que. 
3. Questão. As pulgas precisam concluir seu ciclo de vida em aproximada-
mente com 30 dias. Quais são os fatores externos de que as pulgas precisam 
para completar seu ciclo biológico? Faça um breve comentário sobre o as-
sunto.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
21
Aula 2 – Ectoparasitas: pulgas
objetivos
• oferecer uma visão sobre métodos de prevenção das pulgas;
• Explicar o que são os métodos de controle mecânico e químico.
2.1 Métodos de prevenção
É importante conservar a higiene diária dos animais domésticos e 
manutenção de convívio apropriado na residência humana. Além disso, é 
interessante colocar, continuamente, um material que pode ser um tecido 
ou uma toalha limpa onde animal vai dormir e, lave este material a cada 
semana. Agindo, assim, pode dizer que é uma forma de se prevenir invasão 
de pulgas, pois, os ovos que são depositados sobre o hospedeiro caem no 
ambiente sobre este material. Desse jeito, os ovos são periodicamente des-
cartados.
Precisamos lembrar a importância dos pisos das casas: se eles fo-
rem de tacos ou tábuas corridas, ocorrem grandes riscos de todas as frestas 
servirem de abrigo para pulgas, melhor maneira de evitar os abrigos é vetar 
as frestas dos assoalhos e rodapés, e, ainda, lavar os tapetes e capachos, 
periodicamente, para evitar novas infestações. Se houver tapetes ou carpe-
tes, passar o aspirador de pó; e, se possível, colocar esses materiais ao sol 
durante uma hora. 
As casas devem ser limpas uma ou duas vezes por semana com o 
suprimento de um aspirador de pó. Desta maneira, evita-se o acúmulo de 
poeiras nos tacos, tapetes e outros ambientes. É bom passar no assoalho um 
tecido umedecido com querosene.
Figura 7: Aspirador é um importante aliado na luta contra pulgas.
Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.cpt.com.br/imagens/
enviadas/materias/materia1072/aspirador-pulga.JPG&imgrefurl=http://www.afe.com.br/noticia/1072/
eliminar-pulgas-fica-mais-facil-com-o-uso-de-aspirador-de-po&usg=__OTk1WPH_iIuvSsJvdIhhnTVAwg4=
&h=180&w=262&sz=12&hl=pt-BR&start=65&zoom=1&tbnid=uHMORUkKJh7YIM:&tbnh=77&tbnw=112&ei
=Q61yTrepLI--tgeCqryJCg&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bde%2Bpulgas%2Bcom%2Bcontrole%26start%3D
63%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1>. Acesso em 09/08/2011.
Caro aluno, repare 
como esse ponto é 
importante. Devem ser 
descartadas as sujeiras 
que estiverem dentro 
do filtro do aspirador, 
após a limpeza, em 
locais apropriados, pois, 
as larvas das pulgas têm 
a capacidade de eclodir 
dos ovos recolhidos pelo 
aspirador e, já as pulgas 
adultas são capazes de 
surgir de suas pupas e 
reinfestar o ambiente.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde22
Precisamos deixar claro que, além da limpeza no interior da resi-
dência, é interessante que se faça a limpeza externa, como podar a grama 
para que ela fique bem baixinha, fazer a limpeza periódica de quintais e 
jardins para impedir que os ambientes fiquem úmidos e adequados para o 
desenvolvimento das larvas das pulgas. Outros métodos de prevenção é evi-
tar o acúmulo de areia ao redor da casa por períodos longos e, também, 
fazer o controle de roedores no lote da residência, sabe-se que os roedores 
são hospedeiros de pulgas e que elas transmitem doenças. 
As pulgas podem entrar em uma casa de várias maneiras, mesmo 
quando os animais são conservados no exterior da casa. As pulgas têm hábito 
de saltar, assim, elas podem saltar do jardim para o interior da residência, 
também, elas podem ser introduzidas aderidas na pessoa ou mesmo ter sido 
deixadas por moradores que residiram neste local.
Outro ponto essencial como métodos de prevenção é saber se ani-
mal de estimação possui pulgas. Abra os pêlos e examine se a pele dele 
apresenta-se irritada e se no lugar da picada da pulga o animal coça, irrin-
tando a pele. É fundamental observar o grau de infestação de pulgas, pois, 
quando a infestação está alta, pode acontecer queda de pêlo em algumas 
partes do corpo, além de se formarem pequenas bolinhas marrons escuras 
grudadas nos pêlos. Isto é sinal da presença das pulgas que excretam sangue 
digerido. É importante também observar o local onde o animal dorme e pro-
curar pelas fezes das pulgas e pelos adultos.
Figura 8: Abrir os pêlos do animal e examinar se sua pele se apresenta irritada com 
a picada da pulga é método de prevenção.
Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://i51.tinypic.com/
zxm92p.jpg&imgrefurl=http://forum.adestradoronline.com/showthread.php%3F10890-Consumo-
de-%25E1gua./page2&usg=__-2qW1XvjYsQ8O3kM6zxsrcMvT3A=&h=408&w=640&sz=28&hl=pt-
BR&start=303&zoom=1&tbnid=3Uba-qNVAxGm-M:&tbnh=87&tbnw=137&ei=IbNyTqOuDsmEtgeZ
mK2LBA&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bde%2Bpulgas%2Bcom%2Bcontrole%26start%3D294%26hl%3D
pt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1>. Acesso em 09 ago. 2011.
Falaremos agora sobre a presença pulgas nas residências. É bom 
fazer o monitoramento das populações de pulgas, colocando-se uma vasilha 
baixa com água juntamente com um pouco de detergente de lavar louças, 
sobre o piso. Ponha uma vela acesa a uns 10 cm de altura, no meio da vasilha 
que tem água com detergente. É interessante observar que as pulgas adultas 
são seduzidas pela fonte de luz da vela e caem dentro da vasilha com solução 
de água e detergente. Com a utilização deste método, pode-se examinar em 
quais localidades da casa há infestação de pulgas. 
Caro aluno, observe 
como esse ponto é 
importante. As larvas 
das pulgas podem ficar 
em estado dormente 
por um período maior 
de tempo; é a maneira 
que esse inseto tem 
para conservar esta 
espécie, auxiliando na 
infestação. 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos 23
2.2 Métodos de controle mecânico
Precisamos ressaltar que o controle de pulgas é mais eficiente quando 
são adotados costumessimultâneos que abrangem limpeza periódica, tratamen-
to do animal de estimação e controle químico no domicílio como canis, quintais, 
abrigos de animais, etc. Os métodos de controle de pulgas como os mecânicos, 
os químicos ou os biológicos, usados corretamente, são eficientes.
Os métodos mecânicos no controle de pulgas são: catação manual 
das pulgas nos animais domésticos, pela verificação dos pelos do hospedeiro 
e escovação periódica da pelagem dele; banhar semanalmente os animais e 
os imergid por alguns minutos em recipiente cheio de água; fazer aspiração 
periódica do local; lavagem dos pisos internos; lavagem da cama do animal; 
varreção e lavagem frequente do quintal e do canil. 
A aspiração a cada dois dias remove o sangue digerido que pulgas 
adultas deixam no ambiente e outras matérias orgânicas que servem de ali-
mentos para as larvas. É importante ressaltar que, ao aspirar, o aparelho 
estimula vibração fazendo com que os adultos das pulgas saiam dos casulos, 
estimulando, assim, a emergência dos adultos e uma nova população de pul-
gas. Desse jeito, o aparelho removerá, além das pulgas adultas, pupas e ovos 
recém- depositados, impedindo a proliferação deste inseto. 
Figura 9: Método mecânico de controle as pulgas com banho periódico no animal.
Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/images?q=foto+de+controle+de+pulgas&hl=pt-
BR&tbm=isch&ei=qzVzTrrLHoujtgeV34zYDA&start=630&sa=N>. Acesso em: 10/08/2011.
2.3 Controle químico
Falaremos agora sobre os métodos químicos que são mais usados pelos 
profissionais da área de desinsetização. Existem empresas de desinsetização que 
fazem o controle das pulgas de acordo com os tipos de inseticidas. Os inseticidas 
que têm como produto ativo alguns organofosforados e piretróides, chamados 
de knockdown. Existem no mercado diferentes tipos de inseticidas que o profis-
sional vai empregar no recinto; entre eles, estão os inseticidas de atividade resi-
dual ou de ação residual,que incluem parte dos organofosforados, carbamatos e 
os inseticidas microencapsulados com ação residual por longo período.
Antes de fazer o controle químico de insetos que se alimentam de 
sangue humano, principalmente pulgas, alguns cuidados precisam ser adota-
dos, entre eles estão remover da localidade pessoas, cães, pássaros, peixes, 
gatos e outros animais domésticos. É importante que o dono do imóvel infor-
Inseticidas :
são produtos que 
contêm substâncias 
ou misturas delas 
com ingrediente 
próprio que objetiva 
matar, controlar ou 
repelir quaisquer 
espécies de insetos, 
em vários estágios 
de crescimento. 
Os inseticidas 
são utilizados nos 
domicílios, na 
agricultura, na indústria 
etc. e ambiente. 
knockdown: 
informa a capacidade 
que certo inseticida 
tem de matar as pulgas 
alguns momentos após 
do contato. 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde24
me ao controlador sobre locais onde os animais dormem. Nos dormitórios há 
maiores incidências de pulgas, e também em locais onde existem frestas os 
ovos de pulgas se alojam com maior facilidade. 
Ao aplicar inseticida líquido, por meio de pulverização, deve-se pul-
verizar colchões, camas, estrados, sofás, carpetes, tapetes, toda a expansão 
do chão, canil, cama do animal, garagem e gramado ao redor da residência. 
É importante salientar que pessoas ou animais não devem transitar e nem 
permanecer na localidade até a secagem total do inseticida, ou seja, devem 
se ausentar dos locais pulverizados pelo menos até três horas após aplicação 
do inseticida. Depois desse tempo, não há problemas quanto à permanência 
na área na qual foi aplicado o inseticida, exceto no caso pessoas idosas, ges-
tantes, crianças de colo e pessoas alérgicas a produtos químicos – as quais 
terão que se ausentar por um período de 24 horas após aplicação, incluindo 
neste período de tempo os animais domésticos. 
Figura 10: Pulverização com inseticida no controle das pulgas.
Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.ddcip.com.br/
wp-content/uploads/1267578629_65582482_3-Insetos-formigas-baratas-cupins-aranhas-carrapatos-
pulgas-ligue-19-3388-4491-Outros-servicos-1267578629-560x374.jpg&imgrefurl=http://www.ddcip.
com.br/dedetizacao-de-baratas-em-prol-da-saude-publica/&usg=__fzjemoeaR37m6v-8GuXugxPra
pQ=&h=374&w=560&sz=45&hl=pt-BR&start=172&zoom=1&tbnid=u8FuV-L1kJGm8M:&tbnh=89&tbnw
=133&ei=VrByTpzYAcy4tgfX3MzqCQ&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bde%2Bpulgas%2Bcom%2Bcontrol
e%26start%3D168%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1>. Acesso em 10/08/2011.
Resumo
Nesta aula, você aprendeu:
• Métodos de prevenção;
• Métodos de controle mecânico;
• Controle químico.
Atividades de aprendizagem
1. Questão. O aspirador de pó é muito importante como medida preventiva 
no controle de pulgas. Que cuidado devemos ter ao descartar as sujeiras que 
estiverem dentro do filtro do aspirador, após a limpeza? 
2. Questão. Que medidas têm que ser tomadas antes de se fazer o controle 
químico de pulgas? 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
25
Aula 3 – Ectoparasitas: bicho-de-pé
objetivos
1. Conhecer a biologia e comportamento do bicho-de-pé;
2. oferecer uma visão sobre sintomas de Tunga penetran;
3. Explicar os métodos de prevenção e de controle mecânico e quí-
mico de bicho-de-pé.
3.1 Biologia e comportamento do bicho de pé
Este inseto é chamado de bicho-do-pé ou bicho do porco, pois, após 
a fecundação, a fêmea parasita o hospedeiro. É conhecido também como 
pulga da areia, cujo nome científico é Tunga penetran, e é distribuído em 
quase todo globo terrestre com maiores incidências nas regiões da África, 
Índias Ocidentais, nas regiões tropicais e subtropicais das Américas entre 30o 
de latitude norte e 30o de latitude sul. A ocorrência nas Américas vai desde o 
sul dos Estados Unidos até América do Sul, incluindo o Paraguai. No Brasil, T. 
penetran ocorre em todas as regiões, indo do estado do Amazonas ao estado 
do Rio Grande do Sul. Este inseto existe com maior frequência em áreas mais 
pobres urbanas e rurais e também em áreas indígenas. 
É conhecida por ser a menor das pulgas. O adulto possui coloração 
marrom avermelhada e mede 1 mm de comprimento, não possuem asas e o 
corpo é achatado, além da fronte terminando em ponta aguda beneficiando 
sua penetração na pele do hospedeiro. Tanto o macho como a fêmea são 
exclusivamente hematófagos, somente a fêmea fecundada vira um parasita 
intracutâneo permanente. Pelo meio de seu aparelho bucal, a fêmea grá-
vida possui a capacidade de perfurar a pele e alojar no hospedeiro (porco, 
homem e outros mamíferos) para se alimentar do sangue. Esta espécie é 
endêmica e uma grave questão de saúde pública.
Figura 11: Fronte em ponta aguda de Tunga penetrans favorece sua penetração na 
pele do hospedeiro. 
Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.portalsaofrancisco.com.br/
alfa/bicho-de-pe/imagens/bicho-de-pe-1.jpg&imgrefurl=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/bicho-
de-pe/&usg=__4K2y-M0s1QgrOgWiCjUunU3WLPo=&h=222&w=250&sz=9&hl=pt-BR&start=1&zoom=1&tbnid=
CtxHGj7TZU4XWM:&tbnh=99&tbnw=111&ei=Iy57TvqkIMytgQfp3ozJAQ&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2BTunga
%2Bpenetrans%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DX%26tbm%3Disch&itbs=1>. Acesso em 11/08/2011.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde26
Assim que a fêmea grávida do bicho-de-pé se instala no hospedeiro, 
começa a sucção de sangue para o desenvolvimento dos ovos, ocasião em 
que seu abdômen pode obter o diâmetro de 1 cm. Isto ocorre em cerca de 1 
a 2 semanas após contato. Ao adentrar no hospedeiro, seu último segmento 
abdominal fica paralelo com a superfície da pele, assim, ela coloca a cabeça, 
o tórax e a parte do abdome, permanecendo no exterior o estigma respira-
tório e o ânus, por meio do qual elimina fezes e ovos ao ambiente. Após a 
penetração,a fêmea pode expelir de 150 a 200 ovos durante um tempo de 
7 a 10 dias. Em seguida, a fêmea morre, em aproximadamente 3 a 4 dias, ela é 
eliminada do local por contratura ou é expulsa pela reação inflamatória da pele, 
ao romper a epiderme, e a pele fica exposta como uma escara. 
Este inseto tem a preferência por viver em terreno arenoso não en-
charcado, chão úmido, com pouca iluminação e ventilação, onde dará origem 
às larvas e pupas. Precisamos ressaltar sobre a forma de disseminação do 
bicho-de–pé: a cada movimento dos reservatórios bióticos (homens e outros 
mamíferos), existe o deslocamento de areia, leivas de grama, madeira e ou-
tros componentes abióticos da cadeia, introduzindo o inseto na forma adulta 
ou de transição para outras áreas, gerando novos focos, ou reintroduzindo o 
agente nas áreas infestadas (focos endêmicos).
Figura 12: Fêmea e macho de Tunga penetran.
Fonte: Disponível em: <http://cblogvs.blogspot.com/2011/08/tunga-penetrans-pulga.html>. 
Acesso em 12/08/2011.
Falaremos agora sobre ciclo biológico de Tunga penetran que com-
preende a fase de ovo, larva, pupa e adulto. Às 58 horas após a postura, 
nascem as larvas, no chamado primeiro estágio. As larvas do segundo instar 
(estágio de crescimento entre duas alterações sucessivas) surgem 24 horas 
depois da emergência da larva de primeiro instar. As duas formas de larvas 
são subterrâneas, elas se alimentam com grande apetite dos detritos orgâni-
cos, principalmente, de fezes. As larvas geram as pupas que, em sua volta e 
por um tipo de fios de seda delicado e pegajoso, tipo exoesqueleto, agregam 
as partículas de areia, restos de folha e outros materiais. O período de pupa-
ção é de 3 dias. O estágio de pupa vai acontecer 14 dias depois da postura. 
Quando esta está pronta, rompe o casulo e sai, e acontece o surgimento do 
adulto, ou seja, 17 dias depois da postura começa o ciclo novamente. O ma-
cho e a fêmea no ambiente copulam. A fêmea grávida busca hospedeiro para 
adentrar na sua pele. Jamais se acha um macho inserido num hospedeiro, ele 
está sempre procurando uma fêmea para acasalar. 
Escara:
é uma crosta resultante 
da modificação da 
epiderme devida à ferida
Caro estudante, 
para que o biológico 
de Tunga penetran 
aconteça dentro de 
17 dias, é preciso que 
a temperatura esteja 
entre 24-260C; já em 
temperaturas mais 
baixas, o período de 
ovulação é bem maior, 
aproximadamente de 
uma semana. 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos 27
Assim que os ovos de Tunga penetran são expelidos, eles caem em 
chão úmido e sombreado onde eclodem as larvas e, em seguida, as pupas. 
As larvas são de vida livre e vivem em locais sombreados com chão de terra, 
em solos arenosos e praias. Já os adultos habitam em ambientes de solo are-
noso, quentes e secos, eles são mais frequentes em chiqueiros de porcos e 
peridomícilio. Esta espécie tem como características residir em lugares que 
tem fezes de animais. Muitas das vezes as fezes são usadas como adubo em 
áreas cultivadas que causam infestações aos pés das pessoas ao trabalharem 
nas lavouras, proporcionando, assim, um grande problema domissanitário 
em áreas rurais. 
Figura 13: Ciclo biológico de Tunga penetran.
Fonte: Disponível em: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.dedetizadorailha.
com.br/imagens/pulga-ciclo.gif&imgrefurl=http://www.dedetizadorailha.com.br/pulga_
s1.html&usg=__v7nIl5MFYeIcqijtOmkcxC6NubE=&h=250&w=238&sz=10&hl=pt-BR&start=1&zoom=1&
tbnid=OKgPcgapr-aflM:&tbnh=111&tbnw=106&ei=9Rp7TuD4IdO_tgf4pYjyDw&prev=/images%3Fq%3D
foto%2Bdo%2Bciclo%2Bde%2Bvida%2Bde%2Bbicho%2Bde%2Bp%25C3%25A9%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG
%26tbm%3Disch&itbs=1. Acesso em 11/08/2011.
3.2 Sintomas de Tunga penetran
A tungíase é uma enfermidade causada pela pulga Tunga penetrans, 
ectoparasito obrigatório em animais homeotérmicos. Os locais preferenciais 
da fêmea parasita são os espaços interdigitais, sob as unhas e a sola dos pés, 
calcanhar, porém, a fêmea pode-se alojar em qualquer local do corpo. Os 
sintomas começam com uma leve coceira no local, até reação inflamatória 
e inchaço, ocorrem também úlceras dolorosas e, ainda, depois da saída da 
fêmea, pode acontecer infecção secundária por Clostridium tetani (tétano), 
Clostridium perfringens ou fungos (Paracoccidioides brasiliensis). Dependen-
do do estágio da infecção, é bom que se procure o médico para a remo-
ção do bicho-do-pé e diagnóstico; assim, evitam-se ou diminuem os riscos 
de complicações decorrentes da infecção. É essencial eliminar não somente 
a fêmea, mas, também que seus ovos sejam completamente extraídos de 
dentro da pele. Dependendo da gravidade da ferida, é interessante que se 
vacine contra o tétano.
Animais 
homeotérmicos ou 
endotérmicos:
são os mamíferos e 
as aves, que mantêm 
a temperatura 
corporal interna 
sempre constante, 
sem influência 
das alterações da 
temperatura do 
ambiente externo. 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde28
É importante que os ovos de Tunga penetran sejam completamente 
retirados de dentro da pele. Durante esta operação, não se deve ferir a pele 
saudável que o circula a área infectada. Terminando a remoção dos ovos, 
deve se fazer curativo à base de antisépticos e bactericidas. 
Falando um pouco mais sobre os sintomas do bicho-de–pé, deve-se 
notar que existe ocorrência em que sujeitos sofreram contínuas infecções 
causadas por esse inseto, podendo abranger até 200 desses indivíduos sob 
a epiderme, a camada externa da pele. Isso origina feridas sérias. As le-
sões abertas servem de entrada para vários microorganismos causativos de 
doenças. Precisamos deixar claro que infecção bacteriana das lesões pode 
proporcionar tétano e gangrena.
Figura 14: Sintoma da tungíase causada pela pulga Tunga penetrans.
Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.portalsaofrancisco.
com.br/alfa/bicho-de-pe/imagens/bicho-de-pe-9.jpg&imgrefurl=http://www.portalsaofrancisco.
com.br/alfa/bicho-de-pe/bicho-de-pe-3.php&usg=__x632DW1mWZAaf-XhxQXzeaaItFk=&h=563&w=
750&sz=34&hl=pt-BR&start=126&zoom=1&tbnid=08LroFZy9BebBM:&tbnh=106&tbnw=141&ei=VRl7T
p3uOYGXtwfu65DkDw&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bde%2Bbicho%2Bde%2Bp%25C3%25A9%26start%
3D105%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbm%3Disch&itbs=1>. Acesso em: 12/08/2011.
Falaremos agora sobre as reações alérgicas. Tanto as pessoas como 
os mamíferos podem se deparar com esse sintoma ao serem picados por Tun-
ga penetran. As reações alérgicas trazem grande desconforto, pois a região 
mordida apresenta forte coceira (prurido). É interessante ressaltar que pelo 
ato de coçar pode se aumentar a ferida, que, posteriormente, pode infeccio-
nar. Há relatos de gatos e cães em que a pelagem dá lugar a lesões sérias.
3.3 Métodos de prevenção
Podemos dizer que em recinto doméstico onde existem animais de 
estimação, deve-se conservar a higiene. Além da higiene, aconselha-se fazer 
a dedetização periódica da localidade, com orientação de um profissional da 
área. Ao aplicar produtos antipulgas, deve-se retirar as pessoas e os animais do 
local para não intoxicá-los, e é bom que sejam seguidas as recomendações do 
fabricante do produto no seu rótulo. Também é recomendável pedir orientação 
do médico veterinário, para que o combate Tunga penetran seja eficiente e não 
prejudique outros organismos que habitem no mesmo ambiente. 
Precisamos deixar claro que a tungíase é uma doença com alta mor-
bidade em regiões urbanas e rurais pobres, onde algumas pesquisas apontam 
Morbidade:
é a relação entre o 
número de casos de 
moléstias e o número 
de habitantes em dado 
lugar e momento
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos 29
que entre 16 e 54% das crianças são mais expostas e, frequentemente, mais 
infestadas com tungíase; no entanto, muitas das vezes esta doença é negli-
genciada pelos serviçospúblicos de saúde e pela própria população que não 
tem conhecimento sobre as prováveis complicações em função de infecções 
secundárias. É importante que a população das regiões mais infestadas com 
tungíase acione a Secretaria Municipal de Saúde de seu município, por meio 
do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que é um órgão responsável pela 
saúde pública, para fazer o controle ou reduzir o número de casos dessa 
doença.
O diagnóstico é basicamente clínico e o tratamento consiste, essen-
cialmente, na extração da pulga com material cirúrgico esterilizado. Embora 
algumas pesquisas não tenham sido concluídas, o emprego de ivermectina 
oral no tratamento de tungíase em seres humanos tem comprovado relativa 
eficácia. Antes de se tomar qualquer remédio, o melhor é procurar um mé-
dico. Já para tratamento em animais, especialmente cães e gatos, pode-se 
utilizar desse medicamento.
3.4 Métodos de controle
O controle de Tunga penetrans é um trabalho de campanha de saú-
de pública. Por isto, ele deverá ser atingido em área com problema de infes-
tação com esta espécie, pois é interessante pulverizar toda região infestada, 
que podem ser áreas ao redor das habitações ocupadas ou não, ruas, ter-
renos baldios, incluindo residências particulares. Pode se pulverizar similar 
com tanque de 150 litros e calibrada para 200 libras de pressão e pistola 
HG aberta para leque. A máquina calibrada nessa condição pode pulverizar 
3.936 m2 com os 150 litros de calda. 
A calda pode ser preparada com uso de 15 envelopes do produto 
Icon 10 PM por máquina, o que dá um consumo de 105 envelopes por dia de 
trabalho. No mercado, há outros inseticidas que podem ser aplicados tam-
bém, e pode-se trocar o Icon pelo Cymperator. Antes de se fazer a aplica-
ção, deve-se procurar um profissional da área.
O controle químico de Tunga penetran deverá acompanhar seu ciclo 
de vida, pois somente larvas e adultos são controladas. Em virtude de esse 
ciclo de vida ser diferente entre larvas e adultos, deve-se repetir a operação 
a cada 15 dias para interromper o ciclo do parasita, ou seja, fazer de 3 a 4 
aplicações na área externa ao redor das residências sobre o chão de areia e, 
ou argila, chiqueiros e outros locais infestados com esta praga. 
Precisamos ressaltar que as medidas preventivas são essenciais no 
controle do bicho-de-pé. Entre elas, estão algumas atividades que deverão 
ser implementadas como: - captura de cães vadios que são importantes dis-
seminadores do parasita; - tratamento dos cães domiciliados infectados; - 
tratamento das pessoas infectadas; - orientações nas escolas; - orientações 
nas comunidades urbanas e rurais. Agindo assim, há grandes possibilidades 
para se evitar novos focos de infestação do parasita e, consequentemente, 
livrar as pessoas da tungíase.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde30
Resumo
Nesta aula, você aprendeu:
• Biologia e comportamento do bicho-de-pé;
• Sintomas de Tunga penetran;
• Métodos de prevenção;
• Métodos de controle.
Atividades de aprendizagem
1a Questão. O que acontece quando a fêmea do bicho-de-pé morre? Explique.
2a Questão. O macho e a fêmea do bicho-de-pé acasalam-se em ambiente nor-
mal. Após a cópula, o que acontece com a fêmea e o macho dessa espécie? 
3a Questão. Assista ao vídeo sobre bicho-de-pé e faça um breve comentário 
relacionando-o com a educação sanitária. Esse vídeo está disponível no site: 
<http://www.youtube.com/watch?v=V_o5Wd_yYAM>.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
31
Aula 4 – Ectoparasitas: piolhos da cabe-
ça em humanos
objetivos
• Conhecer a biologia e comportamento do piolho da cabeça em 
humanos;
• Descrever os sintomas de Pediculus humanus var capitis;
• Explicar os métodos de prevenção, controle e tratamento químico 
de bicho-de-pé.
4.1 Biologia e comportamento do piolho da ca-
beça
Piolhos são ectoparasitas pertencentes à ordem Phtiraptera. Este 
inseto tem o nome científico de Pediculus humanus var capitis, não tem asa 
e nem salta, são visíveis e pequenos, chegando a 3 mm de tamanho com o 
corpo achatado, possuem seis pernas curtas, adaptadas para segurar o cabe-
lo das pessoas. Esta espécie vive somente no couro cabeludo dos seres hu-
manos, não existe noutra parte do corpo nem em outros animais. Alimenta-
-se de sangue humano e parasita o couro cabeludo, onde se aquece. Muitas 
das vezes esta espécie é difícil de ser achada, pois tem o comportamento 
de se esconder, quando há uma alteração de cabelo, e também a cor deles 
é, normalmente, parecida com a cor do cabelo. A fêmea põe oito a 10 ovos 
lêndeas por dia, e 160, ao longo da vida, sobre o couro cabeludo. Estes ovos 
são chamados de lêndeas, que são ovais, pequenas, de aproximadamente 
0,5 mm, que ficam aderidos aos fios de cabelo por uma espécie de cimento 
muito firme (substância quitinosa) liberada pela fêmea.
Figura 15: Pediculus humanus var capitis piolho da cabeça.
Fonte: Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/_qzozO6lSKWc/S3FMpGOPbhI/AAAAAAAAK_E/
tMkT74KlSvg/s1600-h/piolho-humano-um-devorador-de-sangue-2869797-1623.jpg>. Acesso em: 
12/08/2011.
Casos autóctones:
Quando as pessoas são 
infectadas no mesmo 
lugar onde vivem. Ou 
seja, a doença não 
foi trazida de outras 
regiões por onde 
passaram.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde32
O período de duração das lêndeas é de aproximadamente 8 dias 
depois da postura, chamado de período de incubação; dentro de mais oito 
dias, temos um piolho adulto pronto para a reprodução, ou seja, rapidamen-
te, os piolhos alcançam o estado adulto e as fêmeas começam a pôr os ovos. 
Os piolhos adultos têm uma expectativa de vida de 40 dias. Eles se alastram 
muito rapidamente sobre a cabeça das pessoas, agarrando-se aos fios do 
cabelo para se moverem depressa. Agarram-se com muita força, o que torna 
difícil retirá-los do couro cabeludo e do cabelo.
Observaremos agora que as lêndeas (ovos) são esbranquiçadas, por 
isto elas são mais fáceis de serem encontradas que os piolhos. Infelizmente, 
as lêndeas são difíceis de serem retiradas quando penteamos, pois ficam 
presas ao cabelo. As lêndeas são hermeticamente fechadas, o que dificulta 
a ação dos medicamentos sobre elas, tornando-se mais resistentes aos pro-
dutos químicos que o próprio piolho; por isto, para que o tratamento seja 
eficaz, é preciso conhecer o ciclo desta espécie.
Figura 16: Lêndea presa ao fio de cabelo.
Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.
com/_pMxMXFn7L-4/THvW88PJtMI/AAAAAAAAQQ0/yAG0xe3dEWg/s200/L%C3%AAndea.
jpg&imgrefurl=http://www.mdsaude.com/2010/08/piolho-lendeas-remedios-tratamento.html&usg=__
FoZVkgSlIioXxRyCts1P95Vor6I=&h=178&w=200&sz=3&hl=pt-BR&start=4&zoom=1&tbnid=msgT54jVmTGZ
yM:&tbnh=93&tbnw=104&ei=AhqCTumrJcW2twevwYz3AQ&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bde%2Bl%25C3
%25AAndeas%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG%26tbm%3Disch&itbs=1>. Acesso em: 12/08/2011.
Os piolhos têm um bom apetite e a cada 3 horas alimentam-se do 
sangue do couro cabeludo e, ao alimentar, eles injetam uma substância anes-
tésica na pele que provoca uma infestação, de contágio muito fácil e desen-
volvimento muito rápido, provocando dermatoses. Este parasita se prolifera, 
sobretudo, em ambientes quentes e úmidos.
4.2 Sintomas de Pediculus humanus var capitis
O ato de coçar intensivamente pode gerar feridas no couro cabelu-
do. A pediculose é uma infecção provocada pela infestação do piolho adulto 
e lêndeas no couro cabeludo. As consequências da pediculose são intensas 
coceiras no couro cabeludo, podendo causar feridas com aspecto de crostas, 
provocadas pela picada do parasita e, posteriormente, as feriadas se tornam 
aberturas para infecções bacterianas, como impetigo, além do aparecimento 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos 33
de gânglios. Alémdo mais, as feridas podem facilitar o acesso de microorga-
nismos como germes e bactérias dentro da corrente sanguínea, uma vez que 
a cabeça é ricamente vascularizada. As pessoas que adquiriram o parasita 
devem se tratar imediatamente. Ressalta-se que a transmissão é mais fácil 
em escolas, colônias de férias ou entre familiares.
Observaremos agora que, dependendo do grau de infestação do 
parasita na pessoa, podem se apresentar coceiras intensas, vermelhidão, 
manchas. Nas pessoas alérgicas podem ocorrer reações alérgicas, inflama-
ções, infecções, dermatites ou mesmo anemias. As principais causas de in-
festações por esses insetos são descuidos em relação à higiene pessoal, aglo-
merações e o uso objetos contaminados pelo piolho.
Figura 17: Pessoa com pediculose e piolho.
Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.reinaldoribela.
pro.br/galeria_imgs/saude/dst/pediculose_pubiana/images/pediculose%2520pubiana%2520-
%2520monte%2520de%2520venus_png.jpg&imgrefurl=http://www.reinaldoribela.pro.
br/galeria_imgs/saude/dst/pediculose_pubiana/pages/pediculose%2520pubiana%2520-
%2520monte%2520de%2520venus_png.htm&usg=__wV51nQe9Ih5bkiFZ6RtziMQygqw=&h=250&w=37
4&sz=33&hl=pt-BR&start=6&zoom=1&tbnid=db_We3kSnNxHCM:&tbnh=82&tbnw=122&ei=XRuCTrXH
C4O6tgfY-ZXmAQ&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bde%2BPediculose%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG%26tb
m%3Disch&itbs=1>. Acesso em: 13/08/2011.
4.3 Métodos de prevenção
As pessoas adultas ficam bem mais envergonhadas que as crianças 
com a presença deste inseto. Esse constrangimento normalmente ultrapas-
sa a importância que os piolhos possam representar para a saúde pública. 
Muitas das pessoas não utilizam adequadamente os produtos químicos – o 
que vem causar prejuízo. A aplicação constante de produtos químicos no 
couro cabeludo pode originar reações graves na cabeça de algumas pessoas, 
principalmente, as alérgicas. Precisamos deixar claro que muitas das vezes 
os pais, na sua frustração no controle do parasita, podem usar como recurso 
de controle os produtos que não foram examinados para emprego humano e 
que não demonstram ter qualquer resultado na redução dos piolhos da cabe-
ça e que, às vezes podem intoxicar as pessoas. Portanto, as pesquisas têm 
buscado um produto químico que altere as condições do habitat do parasita 
no couro cabeludo. Até que os resultados das pesquisas não se realizem, uso 
do pente fino de metal e exame periódico da cabeça dos seres humanos, 
principalmente das crianças, é a melhor prevenção.
Falaremos agora sobre a propagação dos piolhos. A população de 
piolhos numa cabeça humana não é atingida pela limpeza da casa, lavagem 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde34
dos cobertores, lençóis, fronhas, etc. A propagação do inseto é realizada 
pelo contacto humano com pessoas que possuem o parasita. Portanto, a 
transmissão do piolho é realizada: pelo contato direto de pessoas infesta-
das; - pela utilização coletiva de objetos como travesseiro, almofada, lenço 
de cabeça, presilha, boné, pente, encostos de cadeiras, assentos de carros 
e outros. 
Os métodos de prevenção contra os piolhos são: - vistoriar a cabeça 
diariamente à procura de piolhos e lêndeas; lavar a cabeça de preferência 
diariamente e não deixar que os cabelos fiquem úmidos e prendê-los somen-
te quando estiverem secos; - pentear constantemente com pente fino para 
remover piolhos e ninfas, não utilizar roupa nem objetos de outras pessoas 
que possam estar infectados, lembrando que os piolhos podem sobreviver 
por três dias sem se alimentarem; ao entrar em contacto com pessoas que 
tenham piolhos, empregar um repelente contra este parasita.
Pode-se afirmar, sem nenhuma dúvida, que as palestras feitas regu-
larmente em escolas particulares, da rede pública municipal, estadual, cre-
ches, orfanatos e igrejas, para alunos, pais e professores, ainda é o melhor 
método de prevenção, pois leva o esclarecimento sobre o piolho de cabeça e 
sua consequência para os seres humanos. As palestras sempre vão destacar 
a importância de se verificar assiduamente a cabeça da criança à procura de 
piolhos e, ou lêndeas, os quais devem ser retirados imediatamente e, a esco-
la, notificada de tal ocorrência, deve optar pela melhor forma para resolver 
o problema, pois, a omissão somente beneficia a proliferação do parasita. 
É lógico chegarmos à conclusão de que as palestras utilizadas com 
álbum seriado, slides, vídeos só esclarecem de forma ilustrativa a biologia do 
piolho e também como prevenir e tratar do parasita e suas consequências, 
além da distribuição de panfletos educacionais, pente-fino, adesivo e imã do 
programa contra a proliferação do piolho da cabeça. 
4.4 Métodos de controle
É importante perceber que o piolho existe, e ele pode estar pre-
sente em vários lugares, e, quando a pessoa percebe, o parasita já está 
atuando em seu couro cabeludo. Deve-se fazer o controle do piolho no couro 
cabeludo, pois é quase impossível retirá-lo individualmente. Assim que se 
detecta a infestação do inseto, pode se executar o tratamento com o produ-
to adequado indicado pelo médico. Portanto, precauções devem ser tomadas 
no controle do parasita. Deve-se utilizar do mesmo tratamento para todas as 
pessoas que tenham ou que estão infestadas com o parasita. Lembrando que 
os produtos antipiolhos indicados pelo médico, ao serem aplicados no couro 
cabeludo do sujeito, não podem entrar em contato com os olhos, boca ou 
nariz; também é essencial lavar as mãos depois de cada aplicação e guardar 
os produtos longe do alcance das crianças. 
Falando um pouco mais sobre o tratamento com o uso do pente-
-fino, ressalta-se que é essencial usá-lo diariamente. Ao passá-lo, utilize sem-
pre um tecido branco para impedir que os piolhos caiam na veste. Lêndeas, 
ninfas:
são piolhos em estágio 
de desenvolvimento
Caro aluno, repare 
como esse ponto 
é importante: por 
motivo de segurança, 
as mulheres grávidas 
ou que estão 
amamentando e 
crianças até aos dois 
anos não podem 
usar todo o tipo de 
produtos, pois pode 
prejudicar a saúde. 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos 35
ninfas e piolhos que caírem no tecido devem ser colocados em uma solução 
que contenha vinagre diluído em água, por um período de 30 minutos, para 
que sejam mortos. As lêndeas devem ser retiradas empregando as seguintes 
etapas: - molhar um pedaço de algodão em vinagre dissolvido em água na 
proporção de 1:1; - selecionar três ou quatro fios de cabelo que estejam com 
lêndeas; - com ajuda do algodão encharcado em vinagre dissolvido, envolver 
os fios de cabelo de três ou quatro no máximo, apertando-os entre os dedos; 
- puxar pausadamente no sentido da base do cabelo para a ponta e com a 
outra mão, segurar a base do cabelo para não machucar a criança; - alterar 
sempre que necessário o algodão, abandonando-o em um frasco com vinagre 
dissolvido em água para matar as lêndeas. 
Figura 18: Método de controle com pente-fino.
Fonte: Disponível em: <http://br.ruadireita.com/images/product/17033/5e771facc1905326fd58c35
0c54f2191.jpg>. Acesso em: 14/08/2011.
Podemos dizer que as pessoas que tenham piolhos não devem raspar 
seu cabelo por causa do parasita, mesmo que seja um homem, pois há outros 
métodos que o sujeito pode usar para se libertar do parasita sem precisar ficar 
careca, como utilização de xampus próprios para o caso, produtos que acabem 
com estes insetos, não se esquecendo de pentear seu cabelo com pente-fino 
várias vezes ao dia. Tome cuidado com os objetos de outras pessoas que podem 
conter estes insetos que se reproduzem rapidamente. Procure evitar o contato 
muito próximo com indivíduos que tem lêndeas ou piolhos.
4.4.1 Tratamentos químicos
Antes de optar por um tratamento químico no controle do parasita 
é importante verificar as observações mais relevantes, como: - certifique-se 
antes deiniciar o tratamento químico na cabeça se há o parasita e, se não 
existe, ignore este tratamento. É essencial lembrar que não tem tratamento 
químico preventivo, por isso, ao aplicar o produto, ele não terá resultado 
e poderá contribuir para que os piolhos criem resistência aos tratamentos 
químicos; – crianças com menos de dois anos de idade, mulheres grávidas 
ou que estejam amamentando ou indivíduos com irritação ou inflamação no 
couro cabeludo não devem receber tratamentos químicos. Neste caso, o me-
lhor é procurar um médico; – ao aplicar os produtos na cabeça não deixe cair 
Caro aluno, repare 
como esse ponto é 
importante: jamais 
usar querosene, Neocid 
ou qualquer outro 
inseticida, pois são 
tóxicos às pessoas. 
Ferver os objetos 
pessoais, tais como: 
pente, boné, lençol e 
roupas é outra medida 
de prevenção. 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde36
nos olhos, boca ou nariz; – observar o cheiro dos produtos, pois vários têm 
cheiro muito ativo e isso pode causar irritação na pessoa, principalmente 
quando ficar por um período maior de tempo; - antes de aplicar um produto, 
leia primeiro o rótulo na embalagem e aplique a dose recomendada, e nunca 
use uma dose acima da dose recomendada do produto, na tentativa de eli-
minar de vez o parasita.
Falando um pouco mais sobre tratamentos químicos; nunca utilize 
inseticidas, álcool desnaturado, querosene, gasolina, etc. na cabeça; - não 
utilize secador de cabelo após o tratamento, pois o calor pode deixar o 
produto inativo e nem lave o cabelo pelo menos dois dias após o tratamen-
to; - aplique o produto em todos os fios de cabelo e faça massagem, deixe 
ficar durante 20 minutos e penteie com pente-fino. - os produtos químicos, 
na maioria das vezes, só matam os piolhos adultos e não apresentam efeitos 
sobre as lêndeas. Por este motivo, deve se repetir a aplicação após sete dias 
da primeira aplicação, com intuito de matar quaisquer piolhos que tenham 
nascido após a aplicação inicial. No entanto, a existência de piolhos vivos 
mostra que o produto aplicado não é eficaz. Portanto, deve ser aplicado um 
novo produto com um ingrediente ativo diferente. Deve-se ler sempre o ró-
tulo da embalagem antes de se utilizar um produto químico.
Resumo
Nesta aula, você aprendeu:
• Biologia e comportamento do piolho da cabeça;
• Sintomas de Pediculus humanus var capitis;
• Métodos de prevenção;
• Métodos de controle;
• Tratamentos químicos.
Atividades de aprendizagem
1. Questão. O que são lêndeas e qual é sua cor?
2. Questão. Quais são os parasitas mais difíceis de serem retirados do couro 
cabeludo, as lêndeas ou o pilho? Por quê? 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos
AULA 1
Alfabetização Digital
37
Aula 5 – Ectoparasitas: percevejo de cama
objetivos
• Conhecer a biologia e comportamento do percevejo de cama;
• Descrever os sintomas de Cimex lectularius;
• Explicar os métodos de prevenção e controle do percevejo de 
cama.
5.1 Biologia e comportamento do percevejo de 
cama
O percevejo de cama pertence à ordem dos Hemípteros, da família 
Cimicidae, cujo nome científico é Cimex lectularius, mundialmente conheci-
dos como bed bugs. Os adultos medem de 4,5 a 7,0 mm de comprimento e o 
corpo tem formato oval e achatado no sentido dorso-ventral. Possuem uma 
coloração castanho-avermelhada e, após alimentar-se de sangue do hospe-
deiro, seu corpo permanece inchado e com uma coloração vermelho escuro. 
Esta espécie não tem asas e só pode rastejar de uma superfície para outra 
com suas seis patas. Os mais novos dificilmente podem ser vistos a olho nu.
Figura 19: Adulto de Cimex lectularius.
Fonte: Disponível em: <http://www.guaruclean.com.br/2011/index.php?option=com_content&vie
w=article&id=76&Itemid=83>. Acesso em 14/08/2011.
Podemos dizer que os machos acabam o acasalamento, apenas as 
fêmeas recém alimentadas, aproximadamente, 36 horas depois da última 
alimentação. A fêmea ovipõe de forma isolada e no interior dos abrigos. O 
tempo de incubação dos ovos está relacionado com a temperatura, isto é, 
abaixo de 13ºC a eclosão cessa; com aproximadamente 18ºC, o tempo de 
eclosão é de 23 dias; com a temperatura 28ºC, o tempo de eclosão dos ovos 
oscila entre 5 e 6 dias; com a temperatura mais elevada, em torno de 23ºC, 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Vigilância em Saúde38
os ovos eclodem em 4 dias. Com a fêmea bem alimentada, a oviposição 
persiste em torno de 11 dias, sendo que cada dia a fêmea ovipõe aproxima-
damente 3 ovos. Com o fornecimento adequado de sangue pelo hospedeiro 
e a temperatura ambiente favorável, a reprodução continua até 12 meses 
e a fêmea pode ovipositar em torno de 500 ovos. Os ovos têm uma colora-
ção branco-amarelada com um tamanho quase de 1 mm de comprimento 
e, geralmente, a fêmea coloca os ovos deitados e aderentes aos abrigos em 
virtude da substância adesiva que os envolve. 
Figura 20: Fêmea e macho de Cimex lectularius.
Fonte: Disponível em: <http://www.pragas.com.br/pragas/geral/percevejo_cama.php>. Acesso 
em: 15/08/2011.
O percevejo de cama reside nas frestas dos estrados das camas e 
nos colchões, que são os locais mais comuns para se alimentar e pôr seus 
ovos; ainda podem servir de esconderijo para esta espécie poltronas, cadei-
ras estofadas, fendas nas paredes e molduras de quadro e pilhas de roupa, 
móveis, debaixo de carpetes, dentro de gaveta, por detrás dos rodapés e em 
redor das esquadrias das janelas e portas, papéis de parede e tecidos para 
decoração, ou seja, o percevejo de cama tem como moradia, praticamente, 
local seco, com pouca ou nenhuma luminosidade e mínimo fluxo de vento, 
onde esta espécie fica escondida durante o dia e ataca durante a noite na 
hora que a pessoa está dormindo. Dependendo dessas características an-
teriormente citadas, esta espécie de inseto pode residir em casas, hotéis, 
pensões, escolas, etc. O Cimex lectularius é rápido e ágil, e ao ser encon-
trado em um esconderijo, logo, irá passar rapidamente para outro refúgio. 
Também gosta de trafegar em roupas, bagagem, móveis e outros meios de 
transporte. Pode-se afirmar sem nenhuma dúvida que os locais onde residem 
muitas pessoas, principalmente as hospedarias, são os lugares mais propícios 
para a invasão desta praga. 
O Cimex lectularius prefere alimentar-se de sangue do ser humano, 
embora também se alimente de sangue de mamíferos e aves. Esta espécie 
de inseto ataca à noite, sugando qualquer parte do corpo do sujeito, princi-
palmente na face, pescoço, tronco superior, braços e mãos. O percevejo de 
cama pode sobreviver até seis meses sem alimento. Precisamos deixar claro 
que tanto o macho como a fêmea sugam o sangue do hospedeiro. 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesEctoparasitas e Animais Peçonhentos 39
Falando um pouco mais sobre Cimex lectularius, na fase adulta, este 
inseto consegue sobreviver até um ano sem se alimentar; ao ficar longe da 
moradia por um período menor que 12 meses, não há segurança ao retornar 
e achar que a residência esteja livre dessa praga. Pode-se estar enganado. A 
ocorrência deste inseto não se relaciona com sujeira, pois ele se alimenta de 
sangue e não de matéria orgânica, ou seja, uma habitação mais limpa pode 
ter esta praga, porém, uma moradia desarranjada proporciona mais espaço 
para que o percevejo de cama possa se alojar. 
5.2 Sintomas de Cimex lectularius
É uma espécie de inseto hematófago, e normalmente fica escondido 
durante o dia, pica as pessoas durante a noite principalmente quando elas 
estão dormindo. Eles inserem uma extensão da boca, semelhante a uma se-
ringa, na pele do hospedeiro para fazer a refeição em qualquer parte expos-
ta da pele, isto é, não têm preferência por uma parte específica do corpo; o 
tempo que o percevejo de cama leva para sugar o sangue e ficar saciado é 
de três a dez minutos e, ainda, enquanto a pessoa está sendo picada é

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