Buscar

Dipylidium caninum (Lineu, 1758) Leuckart

Prévia do material em texto

Dipylidium caninum (Lineu, 1758)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA
PARASITOLOGIA VETERINÁRIA
DOCENTE: DR. FRANCISCO GLAUCO DE ARAÚJO DOS SANTOS
Leonardo de Barros Pessoa
Shayanne Freitas Alves
Shirle Ferreira Lima
Tiago Natan Lopes Damasceno
Rio Branco
2016
INTRODUÇÃO:
• Agente causador da Dipilidiose, é um helminto da classe Cestoda, que 
parasita o intestino delgado de cães ou gatos (HD); 
• Acidentalmente parasita o ser humano (zoonose);
• Gênero de cestódeo mais comum em cães e gatos domésticos.
TAXONOMIA:
• REINO: Animalia
• FILO: Platyhelminthes
• CLASSE: Cestoda
• ORDEM: Cyclophyllidae
• FAMÍLIA: Dilepididae
• GÊNERO: Dipylidium
• ESPÉCIE: D. caninum
MORFOLOGIA:
• TAMANHO DO INDIVÍDUO ADULTO:
• Comprimento: 20 a 60 cm;
• Largura: 2 a 4 mm.
• O escólex possui rostro protrátil e armado com quatro a sete acúleos 
em forma de espinho de roseira.
MORFOLOGIA:
• Proglotes são facilmente identificados:
• Alongados como um grão de arroz;
• Dois conjuntos genitais, com um poro abrindo-se em cada margem;
• Cada proglote possui cerca de 300 testículos;
• Proglotes grávidas com cápsulas ovígeras com até 30 ovos embrionados.
MORFOLOGIA:
• Ovos:
• Embrião hexacanto;
• Medem 25-50 µm
• Contidos nas cápsulas ovígeras.
FIGURA 01: A – Indivíduo adulto; B – Escólex; C – Região apical do
rostro; D – Proglote madura; E – Proglote grávida; F – Cápsula
ovígera; G – Ovo; H – Larva cisticercóide.
FO
N
TE
:
FO
R
TE
S,
El
in
o
r.
Pa
ra
si
to
lo
gi
a
ve
te
ri
ná
ri
a.
4
.e
d
.
Sã
o
Pa
u
lo
:
Íc
o
n
e,
2
0
0
4
.
CICLO BIOLÓGICO:
• Hospedeiros definitivos (HD):
• Caninos e felinos;
• Acidentalmente humanos.
• Hospedeiros intermediários (HI):
• Pulgas (Ctenocephalides spp., Pulex
irritans); 
• Piolhos (Trichodectes canis).
*FIGURA 03: Trichodectes canis 
FO
N
TE
:
B
IO
M
A
X
.
C
o
n
tr
o
le
d
e
p
u
lg
as
.
P
ir
ac
ic
ab
a,
20
15
.
h
tt
p
:/
/w
w
w
.b
io
m
ax
-m
ep
.c
o
m
.b
r/
co
n
tr
o
le
-d
e-
p
u
lg
as
/.
*FIGURA 02: Pulex irritans
___________________________
*Imagens meramente ilustrativas. 
FO
N
TE
:
D
O
YL
E,
J.
et
al
.
Ef
fi
ca
cy
o
f
Im
id
ac
lo
p
ri
d
1
0
%
an
d
Im
id
ac
lo
p
ri
d
1
0
%
p
lu
s
M
o
xi
d
ec
ti
n
2
.5
%
ag
ai
n
st
N
at
u
ra
l
Li
ce
(T
ri
ch
o
d
ec
te
s
ca
n
is
)
In
fe
st
at
io
n
s
in
D
o
gs
.
P
ar
as
o
to
lo
gy
R
e
se
ar
ch
.
A
ce
ss
o
em
:
h
tt
p
:/
/l
in
k.
sp
ri
n
ge
r.
co
m
/a
rt
ic
le
/1
0
.1
0
0
7
/s
0
0
4
3
6
-0
0
7
-0
6
0
6
-8
.
CICLO BIOLÓGICO:
• Proglotes grávidas eliminadas com as fezes do HD;
• Disseminação das cápsulas ovígeras contendo ovos;
• HI infectam-se ao ingerirem ovos embrionados;
• Oncosferas eclodem no tubo digestivo dos HI;
• HD contaminam-se ao ingerirem os HI infectados;
• Larva cisticercóide sofre desinvaginamento no intestino delgado dos HD;
• Origina-se o cestódeo adulto em aproximadamente 3 a 4 semanas.
CICLO BIOLÓGICO:
FO
N
TE
:
M
C
D
IN
TE
R
N
AT
IO
N
A
L.
Pa
rá
si
to
s
e
sa
lu
d
.
h
tt
p
:/
/w
w
w
.m
cd
in
te
rn
at
io
n
al
.o
rg
/t
ra
in
in
gs
/m
al
ar
ia
/s
p
an
is
h
/D
P
D
x/
H
TM
L/
Fr
am
es
/A
-
F/
D
ip
yl
id
iu
m
/b
o
d
y_
D
ip
yl
id
iu
m
_p
ag
e
1
.h
tm
.
Figura 04: Ciclo biológico do Dipylidium caninum
ETIOLOGIA:
• A determinação da origem deste helminto se dá através da ingestão, 
pelo HD, dos HI com larvas cisticercóides.
QUADRO CLÍNICO:
• No cão, esta espécie de cestódeo em pequeno número não sofre 
alteração;
• Em grande número em seu HD:
• Inflamação da mucosa intestinal;
• Diarreia;
• Cólica;
• Alteração de apetite;
• Emagrecimento exagerado.
OBS.: Às vezes há manifestações nervosas:
- Ataques epileptiformes e rábicos;
- Andar arrastando-se (desconforto anal e prurido).
PATOGENIA:
• Inflamação da mucosa intestinal;
• Infecções maciças:
• Invaginação e obstrução intestinal.
EPIDEMIOLOGIA:
• A infecção por Dipylidium caninum é muito comum;
• Distribuição geográfica:
• Mundial
• Relatos de infecção humana na Europa, as Filipinas, China, Japão,
Argentina e Estados Unidos. (Zoonose)
EPIDEMIOLOGIA:
• Sua endemicidade depende da presença de ectoparasitos (HI – pulgas e 
falsos piolhos);
• Mais prevalente em animais (HD) mal cuidados;
• Com menor prevalência, também pode ocorrer em animais (HD) bem 
cuidados.
• Transmissão via oral (através da ingestão dos HI pelos HD);
• HI (pulgas) infectam-se em sua fase larval através da ingestão de ovos.
• Os piolhos (HI) contaminam-se em qualquer uma de suas fases de vida pela 
ingestão de ovos de Dipylidium caninum, enquanto as pulgas (HI -
Ctenocephalides spp., Pulex irritans) infectam-se apenas pela ingestão de 
ovos em sua fase larval.
DIAGNÓSTICO:
• CLÍNICO:
• Pelos sinais;
• Constatação de proglotes ao redor do ânus e nas fezes;
• LABORATORIAL
• Pesquisa de cápsulas ovígeras em exame de fezes pelo Método de 
Sedimentação.
PROFILAXIA:
• Combate aos hospedeiros intermediários (pulgas e falsos piolhos);
• Educação sanitária do homem; 
• Destruição das proglotes e fezes dos hospedeiros definitivos (cães e 
gatos) infectados por substâncias cáusticas ou por incineração.
• Tratamento dos HD com anti-helmíntico apropriado.
TRATAMENTO:
REFERÊNCIAS:
• BIOMAX. Controle de pulgas. Piracicaba, 2015. http://www.biomax-mep.com.br/controle-de-
pulgas/.
• DOYLE, J. et al. Efficacy of Imidacloprid 10% and Imidacloprid 10% plus Moxidectin 2.5% against 
Natural Lice(Trichodectes canis) Infestations in Dogs. Parasotology Research. Acesso em: 
http://link.springer.com/article/10.1007/s00436-007-0606-8.
• FORTES, Elinor. Parasitologia veterinária. 4.ed. São Paulo: Ícone, 2004.
• MCD INTERNATIONAL. Parásitos e salud. 
http://www.mcdinternational.org/trainings/malaria/spanish/DPDx/HTML/Frames/A-
F/Dipylidium/body_Dipylidium_page1.htm

Continue navegando