Lei do Ventre Livre e a Liberdade dos Filhos de Escravos

Prévia do material em texto

Como se dava a libertação dos filhos de mulher escrava segundo a Lei do Ventre Livre?
A partir da entrada em vigor da “Lei do ventre livre” considerava-se livre todos os filhos de mulher escravas nascidos a partir da data da lei.
Analise frase seguinte, proferida pelo Visconde de S. Luiz do Maranhão, à luz do conceito de direito adquirido. “Si a escravidão não é um facto legítimo, é pelo menos um facto legal. A lei o tem reconhecido, autorizado e animado. O possuidor é de boa-fé: o seu erro é filho do erro do legislador, e este duplo erro tem durado 200 anos... É pois de toda equidade que haja a indemnização.
Analisando a Lei do Ventre Livre, qual a opinião do grupo a respeito da liberdade do filho e a escravidão da mãe, isto é, foi eficaz a lei ao conceder a liberdade a estas crianças? Realmente se tornaram livres? Por quê?
Como seus pais continuariam escravos (a abolição total da escravidão só ocorreu em 1888 com a Lei Áurea), a lei estabelecia duas possibilidades para as crianças que nasciam livres. Poderiam ficar aos cuidados dos senhores até os 21 anos de idade ou entregues ao governo. O primeiro caso foi o mais comum e beneficiaria os senhores que poderiam usar a mão-de-obra destes “livres” até os 21 anos de idade.
	Qual a opinião de Perdigão Malheiro a respeito do direito à indenização dos proprietários de escravos? E a opinião do grupo, deveria ou não haver a indenização?
A herança escravista de nascimento e o fato do Brasil depender economicamente da escravidão marcaram significativamente a formação jurídica “ilustrada” de Perdigão Malheiro. O embate jurídico entre a defesa legítima da liberdade e o respeito, igualmente legítimo, à propriedade privada o acompanhou por toda a vida, sendo responsável pelo surgimento de posturas ambíguas de sua parte, mas extremamente coerentes com o principal postulado que abraçava: a manutenção da segurança política e da tranquilidade econômica do país