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Aula 01 organização do Estado

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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
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FORMAS DE ESTADOS
ESTADOS SIMPLES(unitário) - são aqueles em que dentro de um mesmo território existe um único centro de poder todo concentrado-Centralização do poder político
 - Estado simples puro – total centralização política e administrativa.
Estado simples descentralizado- é o que tem centralização política, mas apresenta descentralização administrativa.
Constituição de 1824- estabeleceu no Brasil o Estado Unitário dividido em Províncias.
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FORMAS DE ESTADOS
ESTADOS COMPOSTOS – junção de dois ou mais Estados - verificam-se mais de um centro de poder político de onde irradiarão centros de decisões políticas – mais de um poder é exercido sobre o território.
PODEM SER:
UNIÃO PESSOAL- apresentam um único monarca, gozam de autonomia no plano interno e externo, de índole precária e temporária- Inglaterra (1714 a 1839)
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UNIÃO REAL- apresentam-se no plano externo como um único Estado embora preservem a autonomia interna – União da Austria e Hungria;
CONFEDERAÇÃO – união permanente de Estados que, sem abdicarem de sua soberania, se reúnem para defesa de interesses comuns no meio externo. Cada Estado integrante preserva sua soberania.
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FEDERAÇÃO – união permanente de Estados que abdicam de sua soberania em favor de um poder central, vez que verifica-se a criação de um novo Estado onde este é soberano e aqueles conservam apenas autonomia política – Estado de Estados.
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Tipologias de Federalismo:
a) Federalismo por agregação ou desagregação - maior solidez e indissolubilidade do pacto federativo (Alemanha, EUA, Suíça, entre outros).
b) Federalismo dual (separação de competência rígida entre os entes) ou cooperativo (Estado de bem-estar social comum ou concorrente – forma mais democrática);
c) Federalismo Simétrico (homogeneidade de fatores/culturais, de língua) e Assimétrico (diversidades de fatores);
d) Federalismo Orgânico- os entes federativos são simples reflexo da vontade do ente central, tem objetivos ditatoriais do socialismo e detentor de traços de alguns modelos na América Latina;
e) Federalismo de Integração – meramente formal a descentralização é mínima que se aproximam mais dos Estados Unitários;
f) Federalismo Equilíbrio – harmonia entre os entes federativos através das regiões de desenvolvimento;
g) Federalismo de 2º grau – modelo que leva em consideração o grau de descentralização em níveis. Todavia, alguns autores brasileiros tipificaram o federalismo brasileiro – com três níveis;
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FEDERAÇÃO
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
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FEDERAÇÃO
 A Soberania
Suprema Potestas;
Relação de Coordenação;
Relação de Subordinação;
Novas Relações comerciais, político, econômicas travadas na sociedade afetam o conceito de Soberania?
Natureza Jurídica do Estado Federal-Pessoa Jurídica de Direito Público Internacional;
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FEDERAÇÃO
 Cidadania
 Conceito mais abrangente que somente o exercício dos direitos políticos; 
Participação política do Estado. Não só através do voto secreto, periódico, direto e universal, mas também através de atividades junto ao Poder Público, através dos instrumentos da Soberania popular: plebiscito, referendo e iniciativa popular
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FEDERAÇÃO
 Dignidade da pessoa humana
 Conceito mais moral e ético que propriamente jurídico;
Relacionado aos direitos e garantias fundamentais e a garantia de condições mínimas de saúde, educação, trabalho,segurança, dentre outros direitos;
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FEDERAÇÃO
 Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (art. 5º, XIII, 6º, 7º, 8º da CF/88);
Dogma econômico e social que estabelece o modo de produção capitalista do Estado brasileiro;
Garantias dos direitos sociais do trabalhador;
Proibição de cláusulas abusivas no contrato de trabalho;
 
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FEDERAÇÃO
PLURALISMO POLÍTICO
Pluralidade de partidos políticos;
Formas plurais no exercício da democracia 
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FEDERAÇÃO
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
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FEDERAÇÃO
Forma de governo:República
Sistema de governo: Presidencialista
Forma de Estado: Unitário e Federal
Regime Democrático: Estado Democrático de Direito
Idioma oficial: língua portuguesa, assegurada as comunidades indígenas a possibilidade de utilização de sua língua materna e processos próprios de metodologia; (art. 13 c/c art. 210, §2º da CF/88);
Símbolos: a bandeira, o hino, as armas e o selo nacional, sendo que os entes federativos devem ter seus próprios símbolos (art. 13, §§ 1º e 2º da CF/88);
Cores oficiais: Apesar de não existir disposição constitucional a lei federal nº 5700/71 dispõe art. 29 que o verde, amarelo , azul e branco são as cores oficiais do nosso país.
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FEDERAÇÃO
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
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CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
INDISSOLUBILIDADE DO VÍNCULO –as unidades parciais não tem direito de separação.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...)
Instrumentos que protegem esta característica: 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
Lei de segurança nacional - 
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CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
DIVISÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIA
Compete a União (arts. 21 e 22)
Compete aos municípios (art. 30)
PARTICIPAÇÃO DAS UNIDADES PARCIAIS NA FORMULAÇÃO DA VONTADE GERAL-
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
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CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
EXISTÊNCIA DE UM TRIBUNAL ENCARREGADO DE MANUTENÇÃO DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO.
A PRÓPRIA EXISTÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO
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FEDERAÇÃO
ORIGEM DA FEDERAÇÃO
 A origem da formação do Estado federal deita suas raízes na história da concepção dos Estados Unidos da América. 
Em 1776, as antigas treze colônias da Inglaterra na América do Norte, ao tornarem-se independentes, resolveram unir esforços para a criação de uma abrangente entidade central que pudesse representá-las e defendê-las em assuntos de interesse comum de todas as colônias, criando assim, em 1778, uma espécie de CONFEDERAÇÃO DOS ESTADOS INDEPENDENTES
Esta união foi firmada por um documento denominado de Artigos da Confederação, que entrou em vigor a partir de 1781, cujo texto guardava semelhança com as Constituições dos Estados, as quais já dispunham sobre: separação de poderes, Congresso Bicameral e Declaração de Direitos (Bill of Rights). 
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FEDERAÇÃO
ORIGEM DA FEDERAÇÃO
 Fracasso e insuficiência da Confederação( possibilidade de secessão, cada Estado mantinha sua soberania)
Assim, em 14 de Maio de 1787, na cidade de Filadélfia, reunidos em uma convenção, para rever o pacto formado entre as antigas colônias, os Estados decidiram
aprovar uma nova carta, a Constituição dos Estados Unidos da América. 
A Constituição Federal do EUA, então, fixou as bases sobre a qual se assentaria o novo Estado federativo norte-americano, estabelecendo um novo pacto entre os Estados antes soberanos e independentes que, agora, abdicavam desses poderes em prol do novo poder central. Dentro dessa nova união, a Federação, os Estados gozavam somente de autonomia. As entidades que comporiam a Federação norte-americana, portanto, seriam o poder central (a União) e as unidades federadas (os Estados). “A supremacia do poder federal veio com a aceitação pelos Estados da Constituição Federal, impondo a superioridade da União, em face da legislação dos Estados, como também da legislação federal”.
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FEDERAÇÃO
CARACTERÍSTICAS: 
(1) a existência de pelo menos duas ordens jurídicas distintas, a central e a periférica; 
(2) autonomia das unidades federadas, revelada pela repartição constitucional de competências; 
(3) rigidez da Constituição Federal; 
(4) indissolubilidade do pacto federativo;
(5) possibilidade de manifestação de vontade das unidades parciais, de maneira isonômica, por meio de representantes no Senado Federal; 
(6) a existência de um órgão guardião da Constituição; 
(7) possibilidade de intervenção federal nos Estados para a manutenção do pacto federativo.
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FEDERAÇÃO
(1) A co-existência do poder central com vontades parciais autônomas é o cerne do pacto federativo, é o objeto do acordo federalista. A Federação reconhece e pressupõe a convivência dessas distintas esferas de poderes, sem as quais não haveria sentido em se falar em Estado federal, pois aí estaríamos diante de outra forma de Estado.
	
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FEDERAÇÃO
 (2) As unidades federadas devem ter a possibilidade de exercer certas competências com autonomia, ou seja, as vontades parciais devem ter o poder de se auto-organizar, de realizar, de se manifestar livremente sobre certos assuntos, sem a interferência da vontade central. 
	Esta é a parcela de autonomia que, obrigatoriamente, os Estados federados devem possuir para seja caracterizada a Federação. E esta autonomia se verifica pela repartição de competências atribuídas pela Constituição Federal.
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FEDERAÇÃO
(3) O Estado Federal, necessariamente, possui como documento que o institui e o organiza a Constituição Federal. E esta é imprescindível, uma vez que ela é que determina as bases em que se assenta a Federação. É o acordo de vontades, contrato escrito, que regerá a vida de todas as partes envolvidas no pacto federativo. 
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FEDERAÇÃO
Desta premissa surge a outra característica comum as federações, qual seja, A RIGIDEZ CONSTITUCIONAL. Por isto, não basta a existência da Constituição, ela tem que ser rígida, assim conceituada como aquele documento que exige um processo mais solene e dificultoso para a sua alteração do que aquele previsto para as leis infraconstitucionais. Esta rigidez se constitui em garantia do pacto federal, de modo que este restará protegido de uma tentativa de alteração, sem que realmente haja um forte desejo da sociedade nesse sentido. Inclusive, há autores que defendem que esta rigidez deve estar alçada à condição de cláusula pétrea, não podendo a Federação ser abolida em nenhuma hipótese.
				
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FEDERAÇÃO
(4) A indissolubilidade seria outro elemento sine qua non da Federação, pois a proibição dirigida aos seus membros de dela se retirar é parte intangível, implícita e integrante do pacto federativo. Seria impensável uma Federação em que qualquer um dos seus integrantes pudesse deixá-la a qualquer tempo. 
As unidades federadas, quando da aquiescência ao pacto federativo, deixam de ter soberania e, por via de conseqüência, também abdicam do poder de se afastar da Federação. Nisto reside a diferença nuclear entre esta e a Confederação, ou seja, nesta última os Estados ainda reservam para si o direito de secessão, o que não se verifica na federação.
				
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FEDERAÇÃO
(5) A possibilidade dos Estados membros de participar na formação da vontade central é ínsita ao pacto federal. Quando do nascimento do Estado federativo, os seus membros já exercem esta vontade ao criar o órgão central. Esta característica irá, necessariamente, permear todas as manifestações do governo central. 
				
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FEDERAÇÃO
Este age em nome de todos os componentes da federação e, por isto, a sua manifestação se dá com a participação ou aprovação dos Estados membros, que se perfaz com a eleição de representantes perante o Senado Federal. 
O órgão legislativo federal, portanto, deve contar com representantes do povo (Câmara dos Deputados) e com representantes dos Estados (Senado). E esta participação das unidades federadas deve contar com número igual de representantes. Nenhum Estado pode ser privilegiado com mais representantes eleitos do que os outros e nenhum Estado pode ser prejudicado com um menor número deles, para que haja harmonia e equilíbrio no pacto federativo.
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FEDERAÇÃO
(6) Para controlar toda a distribuição de competências federativas e de modo a manter funcionando harmoniosamente a federação, mister se faz a existência de um órgão que dirimirá os conflitos que possam surgir neste relacionamento entre os membros do Estado Federal. 
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FEDERAÇÃO
Este órgão exercerá função das mais relevantes e por isso deve ser neutro, para que as ordens jurídicas, eventualmente em litígio, possam receber uma solução jurídica imparcial. Este órgão deve pertencer ao Poder Judiciário, posto que este é que enfeixa em suas mãos todas estas propriedades, capazes de estabelecer o equilíbrio desejado para o bom funcionamento do acordo de vontades das entidades federadas. Importante dizer que a atuação do órgão do Judiciário que exercerá esta função deverá basear suas decisões na Constituição Federal, que é o documento onde se encontram as diretrizes para a solução de todo e qualquer conflito federativo.				
 				
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FEDERAÇÃO
(7) Por derradeiro, temos outro importante característico comum da Federação, instrumento de defesa do próprio pacto federal em situações de maior gravidade: é o instituto jurídico-constitucional da intervenção federal. 
 Por meio desta ao órgão central federal é permitido intervir em determinado Estado federado, para que sejam combatidas certas condutas ou omissões atentatórias ao pacto federativo. Assim, a União recebe poderes explícitos para agir em nome dos demais Estados e decreta a intervenção federal em um Estado, objetivando fazer cessar uma situação que esteja ameaçando a Federação. Nesta hipótese, a autonomia do Estado membro fica temporariamente afastada, dando lugar à manifestação de poder da vontade central, até que cesse a situação que ensejou a intervenção. É bom dizer que se trata de situação anormal, rara e sujeita a verificação da ocorrência de diversos requisitos, tudo lastreado nos comandos previstos no Texto Constitucional que disciplinam a matéria.
				 				
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 Vedações constitucionais aos diversos entes federativos (art. 19 da CF/88)
Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, bem como, subvencioná-las ou embaraçar-lhe o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes legais relações de dependência ou aliança, ressalvada , na forma da lei a colaboração de interesse público;
Recusar a fé a documentos públicos;
Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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