Buscar

Controle de infecções cruzadas em odontologia

Prévia do material em texto

01/12/2013 
1 
CONTROLE DE 
INFECÇÕES CRUZADAS 
EM ODONTOLOGIA 
• Infecção ocasionada pela transmissão de microrganismos e partículas 
virais de uma paciente doente ou portador sadio para outro susceptivel, 
geralmente pelo pessoal, ambiente ou equipamentos 
Infecção Cruzada em Odontologia 
Infecção Cruzada em Odontologia 
Fonte de 
Infecção 
Via(s) de eliminação do 
patógeno 
Vias de 
transmissão 
Vias de penetração do 
novo hospedeiro 
Dose infecciosa X Virulência X Susceptibilidade do Hospedeiro 
01/12/2013 
2 
 Paciente com doença infecciosa sintomática 
 
 Paciente em fase prodrômica 
 
 Portadores assintomáticos (Ex.: Hepatite, HIV) 
 
 Ambiental (fômites, aerossóis...) 
Fontes de Infecção: 
Infecção Cruzada em Odontologia 
 Inalação 
 
 Inoculação 
 
 Lesões abertas 
 
 Mucosas 
Principais meios de transmissão 
PACIENTES 
EQUIPE 
ODONTOLÓGICA 
Contato direto com fluidos orgânicos e lesões 
Inalação de aerossóis microbianos 
 Contato indireto com instrumentos, superfícies 
e mãos 
Caneta de alta rotação, 
seringa tríplice, USom 
EQUIPE 
ODONTOLÓGICA PACIENTES 
Mos e vírus nas mãos 
Fluidos bucais e respiratórios 
PACIENTES PACIENTES 
Equipe odontológica (mãos) 
Instrumentos e equipamentos contaminados 
Controle de Infecção Cruzada - Objetivo 
 Redução do nº de patógenos a um nível incompatível com 
infecção 
 
 
 Identificar falhas na técnica asséptica e modificar os 
procedimentos para evitar a transmissão de Mos entre os 
indivíduos 
 
 
 Tratar cada paciente como se ele tivesse uma doença 
infecciosa, aplicando as precauções universais ou padrões 
Infecção Cruzada em Odontologia 
Procedimentos Executados no Consultório de Odontologia 
Classificação Características Principais 
Críticos Penetram a pele ou a mucosa, ou o tecido ósseo ou a polpa e 
o periápice 
Semicríticos Executados em planos teciduais mais superficiais 
Não Críticos Envolvem o contato apenas com a pele intacta 
01/12/2013 
3 
Ações Preventivas Para o Dentista e sua Equipe 
 Barreiras Imunológicas - Vacinas 
• Difteria e Tétano (DT): Reforço a cada 10 anos 
 
• Sarampo, Caxumba , Rubéola (MMR) – Vírus atenuado 
 
• Hepatite B- 3 doses (sorologia posterior) 
 
• Gripe: anualmente 
Ações Preventivas Para o Dentista e sua Equipe 
 Lavagem das Mãos 
• Antes e após calçar as luvas 
• Antes e após qq procedimento com paciente e após 
contato com qq material, equipamento ou superfície 
potencialmente contaminada 
• Antes e após utilizar o banheiro 
Microbiota Residente 
X Transitória 
Lavagem com água e sabão: remoção de detritos, sujeira e gordura 
Remoção mecânica de parte da flora transitória 
Atentar para: unhas curtas e limpas, retiradas de 
 objetos de adornos 
Antissepsia ou degermação 
Destruição de Mos nas camadas superficiais e 
mais profundas 
Propriedades Importantes de um antisséptico 
• Amplo espectro antimicrobiano 
• Ação bactericida rápida e prolongada 
• Não ser inativado pelo sg e por secreções ou exsudatos de pele e mucosas 
• Estabilidade frente a alterações ambientais 
• Não induzir hipersensibilidade tecidual 
• Não ser tóxico para os tecidos 
• Deve ser efetivo contra Mos em [ ] que não irrite o tecido 
Antimicrobianos indicados para antissepsia da pele 
• Álcool etílico a 77% v/v – álcool gel 70% 
• Álcool iodado a 0,5% ou 1% c/ ou s/ glicerina 
• Gluconato de clorexidina 2% ou 4% 
• PVP-I (Iodopolivinilpirrolidona) a 10% 
Escovas impregnadas com clorexidina ou PVPI 
Ações Preventivas Para o Dentista e sua Equipe – Mãos 
01/12/2013 
4 
Ações Preventivas Para o Dentista e sua Equipe 
 Uso de Barreiras Físicas (EPIs) 
• Óculos de proteção 
 
• Gorro – deve ser trocado a cada paciente 
 
• Avental – procedimentos SC e NC não precisa ser estéril 
 procedimentos Críticos: de preferência estéril e descartável 
 
• Luvas – procedimento, cirúrgica e limpeza 
 não devem ser usadas fora da área de atendimento 
 trocadas a cd paciente 
 trocar em procedimentos cirúrgicos demorados 
 sobreluvas 
 
• Máscara – camada dupla ou tripla 
 trocada a cd paciente 
 BK: negativado ou qd atendimento necessário máscara N95 ou R3M 
 
 Preparo e paramentação do paciente 
Cuidados Com a Saúde do Paciente 
Redução da 
microbiota bucal 
do paciente antes 
do atendimento 
Procedimentos 
críticos 
• Antissepsia da superfície intrabucal 
• Preparo extrabucal ( clorexidina a 4% 
ou PVP-I), precedida de limpeza da 
face com água e sabão 
Procedimentos 
não críticos 
Bochecho por 1min 
com solução de 
clorexidina a 0,12% 
Colocar avental plástico para proteção das roupas 
do paciente, óculos de proteção e gorro descartável Diferentes procedimentos 
Cuidados Com os Instrumentais 
SALA DE 
ATENDIMENTO 
 
SALA DE EXPURGO: 
Descontaminação, lavagem e 
secagem do instrumental. 
Embalagem adequada do lixo 
contaminado 
 
 
SALA DE PREPARO DO MATERIAL 
A SER UTILIZADO: 
Esterilização e embalagem adequada 
 
01/12/2013 
5 
Cuidados Com os Instrumentais: Classificação 
Críticos: Instrumentos de corte ou ponta que entram em contato com 
 tecidos subepiteliais (agulhas, fórceps, bisturis, instrumentos 
 periodontais, endodônticos...). Obrigatoriamente esterilizados 
Semi-Crítico: Entram em contato com a mucosa ou pele íntegra (espelho, 
 pinça, moldeiras etc). Devem ser esterilizados ou desinfetados 
Não Críticos: Entram em contato pele íntegra ou não entram em contato 
 com o paciente. Desinfetados 
Cuidados Com os Instrumentais - Limpeza 
 Deve ser feita antes de qualquer esterilização ou 
desinfecção, para retirar restos orgânicos que 
podem interferir nos mesmos. 
 Limpeza Mecânica: Fricção com escova de cabo longo, água e detergente 
 neutro. 
 
 Limpeza Química: Solução desencrustante / soluções enzimáticas 
 
 Limpeza Física: Utilização de lavadoras termodesinfetadoras ou ultrassônicas 
Cuidados Com os Instrumentais - Desinfecção 
 É recomendada para materiais termossensíveis, que não 
podem ser submetidos à estufa/autoclave, e para artigos 
com necessidade urgente de utilização. 
 
 São utilizados na maioria dos casos desinfetantes líquidos, e 
sua escolha deve ser determinada por fatores como o tipo de 
procedimento e de paciente, toxicidade, efeito residual, 
estabilidade, odor, etc. 
 
 Os desinfetantes mais utilizados em odontologia são o álcool 
e o hipoclorito de sódio para superfícies, enquanto que para 
instrumentais e outros materiais o mais utilizado é o 
glutaraldeído (atualmente substituído pelo ácido peracético), 
Cuidados Com os Instrumentais - Esterilização 
 Calor Úmido: Desnaturação de Ptns. 
 Mais seguro, prático, econômico, eficiente e rápido. 
 Autoclave: 121ºC/15min 
Os materias devem 
ser manuseados 
corretamente até a 
esterilização para boa 
eficácia do autoclave 
1ª Após o uso o material deve ficar molho no detergente enzimático 
2ª Lavar c/ detergente ou auxílio de uma escova ou esponja 
3ª Secar com toalha 
4ª Empacotar com embalagem apropriada. 
5ª Esterilizar ( observar espaços entre as embalagens) 
6ª Guardar o material seco em local apropriado. 
01/12/2013 
6 
 Calor Seco: Oxidação das moléculas 
 Principalmente objetos de metal e vidro 
 Temp 160a 170ºC/ 2h 
 R HBV ao calor 
Cuidados Com os Instrumentais - Esterilização 
Artigos de borracha, plástico 
e tecidos como gaze – Não 
podem ser esterilizados em 
estufa 
Agentes Químicos- Esterilização e Desinfecção 
Objetos termossensíveis 
 
 Desnaturação de ptns 
 
Álcoois: dissolução de lipídios 
Fenóis: dissolução de lipídios e desnaturação de ptns 
Esterilização 
química 
Óxido de etileno (tóxico e inflamável) 
 
Plasma de peróxido de hidrogênio (não 
produz resíduos tóxicos 
Inadequados para 
consultório 
↑ custo, aparelhagens especiais 
Requisitos de um Desinfetante Ideal 
• Amplo espectro de ação sobre Mos, vírus e esporos 
• Ação rápida 
• Ser atóxico para tecidos humanos 
• Não ser inativados por sabões, detergentes ou matéria orgânica 
• Não corroer ou manchar as superfícies onde deve ser aplicado 
• Efeito residual 
• Baixo custo 
• Ter fácil aplicação, não necessitando diluições ou dispositivos 
especiais 
Agentes Químicos- Esterilização e Desinfecção Agentes Químicos- Esterilização e Desinfecção 
Esterilização 
química 
Glutaraldeído 2 a 3% (imersão por 10h) 
 
 
Solução de ácido paracético a 2% (imersão/30min) 
(proxitaneR alfa ou SeksuseptR aktive ) 
Adequados para 
consultórios 
Desvantagens: Influência de > de fatores modificadores do que métodos físicos 
 Longa duração dos processos (glutaraldeido) 
 Não há confirmação de esterilidade com testes biológicos 
 Impossibilidade de fazer armazenamento estéril do objeto 
01/12/2013 
7 
Desinfecção 
química de 
alto nível 
Glutaraldeído 2 a 3% (imersão por 30min) 
 
Solução de ácido paracético a 2% (imersão/10min) 
 
Agentes Químicos- Esterilização e Desinfecção 
Destruição de vírus e Mos 
vegetativos 
 Artigos semi-críticos termossensíveis 
DQ nível 
intermediário 
Soluções de hipoclorito de sódio a 0,05%, 0,5% e 1% (HBV) 
 
Soluções de fenóis sintéticos (ruptura de MC, desn. ptns 
inativação de enzimas) – metais, vidros, borracha ou plástico 
 
Álcool 70% (coagulação de ptns e dissolução de lipídios) 
 
Soluções de PVP-I em > [ ] que os antissépticos 
Elimina BK 
 Não atua contra vírus 
hidrofílicos 
Agentes Químicos- Esterilização e Desinfecção 
DQ de baixo 
nível 
Compostos quaternário de amônio (cloreto benzalconio) 
Inadequados para consultório 
Ação 
antimicrobiana 
limitada 
Cuidado com o Ambiente e Equipamentos Fixos 
 Limpeza e desinfecção (álcool 70%) de equipamentos que cercam o paciente. 
 
 
 Limpeza do piso, paredes, teto, janelas (água e sabão). 
 
 
 Desinfecção de piso: aplicar diariamente solução de hipoclorito de sódio e 
semanalmente fenóis sinteticos; parede, portas e janelas: semanalmente 
fenois sintéticos. 
 
 Obedecer ordem de limpeza da área menos contaminada para a mais contaminada 
(mesa do equipo, balcão, refletor,cadeira e cuspideira). 
 
 
 Uso de filme de PVC em peças de mão, alça do refletor, teclas de acionamento 
da cadeira, aparelho de Rx. 
 
 
 Presença do auxiliar para manuseio de outros equipamentos, gavetas, armários, 
telefone, etc. 
Cuidado com o Ambiente e Equipamentos Fixos 
 Bancadas e pias: Fricção com Hipoclorito de sódio(1%), fenóis sintéticos ou 
álcool 70% 
 
 Locais contaminados com sg ou secreções: hipoclorito de sódio a 1% por 10min 
 
 
 Limpeza e desinfecção de caixas d´água com solução clorada a cada 6 meses. 
 
 
01/12/2013 
8 
Cuidados Com o Lixo 
Comum Descartado em sacos pretos 
Contaminado Descartado em sacos dulplos 
brancos ou vermelhos, 
impermeáveis 
Perfuro 
cortante Descartado em descarpack

Continue navegando