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PROJECTO USO E OCUPAÇÃO

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Jorge Eusébio Chagaca Gulambondo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso e ocupação do espaço no Município de Tete: Caso do bairro 
Francisco Manyanga 
(Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilidades em Turismo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
Tete 
2016 
 
 
Jorge Eusébio Chagaca Gulambondo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso e ocupação do espaço no Município de Tete: Caso do bairro 
Francisco Manyanga 
(Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilidades em Turismo) 
 
 
 
 
Projecto de pesquisa científica apresentado ao 
departamento de ciências da terra e ambiente, 
no âmbito da participação nas VII jornadas 
científicas estudantis. 
 
 Supervisor: dr Adélito Tomás Bernardo 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
Tete 
 2016 
 
 
Índice pág. 
Capítulo I: 1.Introdução .............................................................................................................. 8 
1.1.Tema ............................................................................................................................... 10 
1.2.Justificativa ..................................................................................................................... 10 
1.3. Objectivo de estudo ....................................................................................................... 11 
1.3.1. Geral: ....................................................................................................................... 11 
1.3.2. Específicos: ................................................................................................................. 11 
1.4. Definição do problema ................................................................................................... 11 
1.5. Hipóteses ........................................................................................................................ 11 
1.6. Delimitação do estudo ................................................................................................... 12 
1.7. Limitações de estudo ..................................................................................................... 13 
Capítulo II: Referencial teórico ................................................................................................ 14 
2.1. Conceitos básicos ........................................................................................................... 14 
2.1.1. Espaço urbano ......................................................................................................... 14 
1.1.2. Uso e ocupação do espaço ....................................................................................... 14 
2.2. Planos de Ordenamento do Território ............................................................................ 15 
2.2.1. Zonas de protecção total .......................................................................................... 15 
2.2.2. Zonas de protecção parcial ...................................................................................... 15 
2.3. Sistema de gestão territorial ........................................................................................... 16 
2.3.1. Instrumentos de ordenamento territorial ao nível autárquico.................................. 16 
2.4. Áreas não cobertas por planos de urbanização .............................................................. 17 
2.5. Mecanismos de ocupação do espaço.............................................................................. 17 
Capítulo III: 3.Metodologia de pesquisa .................................................................................. 18 
3.1. Tipo de pesquisa ............................................................................................................ 18 
3.1.1. Quanto aos objectivos ............................................................................................. 18 
3.1.2. Quanto a abordagem................................................................................................ 18 
3.1.3. Quanto aos procedimentos técnicos ........................................................................ 18 
 
3.3. População ....................................................................................................................... 19 
3.4. Processo de Amostragem ............................................................................................... 19 
3.5. Colecta de Dados ........................................................................................................... 20 
3.5.1. Observação .............................................................................................................. 20 
3.5.2. Inquérito .................................................................................................................. 20 
3.6. Cronograma das actividades .......................................................................................... 20 
3.7. Orçamento ...................................................................................................................... 21 
Capítulo IV. 4. Bibliografia ...................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo I: 
1.Introdução 
Com o acelerado crescimento das cidades que se verifica mundialmente, geralmente 
não vem acompanhado pelo acto de planear sua ocupação e expansão, certos problemas 
urbanos têm sido potencializados e adquirido um carácter de vulnerabilidade ambiental. A 
expansão do espaço urbano tem levado ao aumento da pressão sobre áreas e sistemas sob 
ameaça ambiental, o que preocupa as autoridades internacionais (BARCELLOS & 
OLIVEIRA, 2008:3). 
Em Moçambique, como a urbanização decorre da transformação da sociedade, com a 
concentração populacional num espaço determinado e mudanças no modo de produção, ela, 
apesar de causar impactos positivos, como desenvolvimento económico, tecnológico e social, 
gera graves problemas, a exemplo da degradação ambiental, escassez de recursos, poluição e 
redução da qualidade de vida da população. Além disso, provocar, nos grandes núcleos 
urbanos, a desorganização social com deficit habitacional, desemprego, desigualdades sociais 
e problemas infra-estruturais (como as de saneamento do meio). 
O crescente uso e ocupação desordenada do espaço que se verifica na cidade de Tete 
não é de hoje, este advém desde os anos que outrora passaram causados pela crescente 
densidade populacional, urbano, a migração rural-urbano (êxodo rural), pela emigração e 
imigração advindo dos mega-projectos, isto é, fazem com que haja uma grande procura do 
espaço para a construção de residências, assim, denotando-se um mau uso e ocupação 
desordenada do mesmo. 
O presente projecto visa analisar as formas de uso e ocupação do espaço urbano, dizer 
que o planeamento urbano geralmente visa estabelecer áreas residenciais; comerciais, 
industriais, de lazer; institucionais e de equipamentos comunitários com a determinação de 
uso conformes, desconformes e tolerados. Delimita locais de utilização específica, tais como 
feiras, mercados, estacionamentos e outras ocupações permanentes ou transitórias; dispõe 
sobre as construções e usos permissíveis; ordena a circulação urbana e o tráfego no perímetro 
urbano e disciplina as actividades colectivasou individuais que afectam a vida urbana. 
Para GUIMARÃES (2007), a crescente busca por moradia e outros serviços básicos, 
provenientes do grande fluxo de pessoas, incentivavam a expansão física das cidades. Os 
indivíduos abandonavam o campo em busca de novas oportunidades na cidade, fazendo com 
que as taxas de crescimento da população urbana se tornam altas, enquanto diminuíam as 
taxas de crescimento da população rural na região. 
 
Nas últimas décadas, devido ao crescente êxodo rural, a ocupação desordenada do solo 
urbano tornou-se um problema, pois um grande número de pessoas saiu da zona rural em 
busca de uma melhor qualidade de vida nas cidades, não havendo assim, possibilidade de 
planeamento prévio, fazendo com que os órgãos responsáveis não dispusessem do tempo 
devido para preparar a estrutura das cidades para tal quantidade de pessoas. 
Segundo SOUZA (2010), nos anos atrás, e até nos dias de hoje, dezena de pessoas 
migram dos campos para as cidades sem que os governos locais estivessem dispostos a 
investir no atendimento das necessidades mínimas de saneamento e moradia para estas 
populações. Com isso o aumento de moradias irregulares gerou imensos danos ao equilíbrio 
ambiental e a sadia qualidade de vida da população. 
Neste projecto estão presentes seguintes capítulos I, II, III, VI, capitulo I: compreende 
a introdução, o tema, a justificativa, objectivos (gerais e específicos), delimitação do 
problema, hipóteses e delimitação do estudo e por fim as limitações de estudo. Capitulo II: 
temos o referencial teórico. Capitulo III: metodologias desde os métodos científicos, tipos de 
pesquisa: quanto aos objectivos, abordagem, procedimentos técnicos, população, processo de 
amostragem. Capitulo IV: bibliografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1.Tema 
Uso e ocupação do espaço no Município de Tete: Caso do bairro Francisco Manyanga 
1.2.Justificativa 
O uso e ocupação do espaço dentro da cidade de Tete e particularmente no bairro 
Francisco Manyanga são feitos de forma desordenada, o que influência negativamente na 
qualidade de vida urbana, isto, leva-nos a dizer que o planeamento urbano é um processo de 
grande importância para os espaços da urbe actualmente, auxiliando no uso e ocupação e no 
equilíbrio ambiental. E este não deveria ser desvinculado das políticas desenvolvimento, pois 
está directamente relacionado à qualidade de vida. O município de Tete hoje, particularmente 
o bairro Francisco Manyanga tem sido vítima deste fenómeno já referido acima, o que faz 
com este projecto que tem como propósito ou objectivo geral analisar as formas de uso e 
ocupação do espaço geográfico, para ordenar, articular e equipar o espaço, de maneira 
racional, para direccionar a malha urbana, assim como suas áreas ou zonas, a determinados 
usos e funções. 
Assim verifica-se a actualidade do tema que visará o melhoramento da qualidade de 
vida dos munícipes (relações sociais), juridicamente falando o parcelamento das áreas 
residenciais, de mercado, vias de comunicação, electricidade, abastecimento de água, áreas de 
conservação (margens dos rios, planícies de inundação, ilhas, espaços verdes, etc), faz com 
que não haja aproveitadores na ocupação desses espaços. 
A divisão administrativa é a chave para o desenvolvimento sustentável, porque esta 
divisão permitira a existência de uma distribuição equitativa dos recursos disponíveis dentro 
do município, para que se faça uma intervenção consciente na área de infra-estruturas 
(publicas, privadas, estatais, etc). E com a divisão administrativa é possível denotarmos que 
na economia irá permitir que haja áreas (zonas) económicas especiais como as de lazer, lojas, 
mercados, parques de veículos, estacionamentos, etc. 
O que motivou o autor a estudar o problema do presente projecto, foi a participação na 
conferência sobre as comemorações do dia do geógrafo organizado pelo departamento de 
Ciências da Terra e Ambiente no curso de geografia da Universidade Pedagógica no ano 2015 
onde foram abordados aspectos da Urbanização e a ocupação da terra na cidade de Tete e 
por diante, organizou-se no primeiro semestre do corrente ano de 2016, no curso de geografia 
da Universidade Pedagógica onde abordou-se aspectos ligados a Postura urbana, também 
organizada pelo departamento de Ciências da Terra e Ambiente da Universidade Pedagógica, 
 
uma conferência Luso, afro-americana sobre Geografia física e ambiente, onde foram 
abordadas questões ligadas ao uso e ocupação do espaço geográfico. 
 
1.3. Objectivo de estudo 
1.3.1. Geral: 
 Analisar as formas do uso e ocupação do espaço geográfico. 
1.3.2. Específicos: 
 Identificar os tipos de uso do espaço no bairro Francisco Manyanga; 
 Estudar as modalidades de ocupação do espaço do bairro Francisco Manyanga; 
 Propor mecanismos de ocupação do espaço. 
 
1.4. Definição do problema 
Para garantir a qualidade de vida dos munícipes e a manutenção dos recursos naturais 
queira vegetais ou animais é necessário que o uso e ocupação do solo seja racional para 
garantir o desenvolvimento sustentável e tudo isto passa por conhecer e respeitar a postura 
urbana desde as zonas residenciais, comerciais, empresariais, industriais, de lazer, de 
conservação – preservação, agrícola, etc. A ocupação desordenada e o mau uso do espaço 
(solo), pode trazer consigo consequências amargas no seio da população que o faz. Contudo, 
na acepção científica, “problema é qualquer questão não resolvida e que é objecto de 
discussão, em qualquer domínio do conhecimento” (GIL, 1999:49). E diante deste tema tendo 
o autor constatado o seguinte problema: 
 
 Quais as formas de uso e ocupação do espaço no bairro Francisco Manyanga, 
Município de Tete? 
 
1.5. Hipóteses 
A formulação de hipóteses é quase inevitável, para quem é estudioso da área que 
pesquisa. Geralmente, com base em análises do conhecimento disponível, o pesquisador 
acaba “apostando” naquilo que pode surgir como resultado de sua pesquisa. Uma vez 
 
formulado o problema, é proposta uma resposta suposta, provável e provisória (hipótese), 
que seria o que ele acha plausível como solução do problema (LUNA, 1997). 
Desse modo, o autor denotou as seguintes hipóteses que puderam ser confirmadas ou 
refutadas pela experiência: 
 
 Será pela falta de informação por parte dos munícipes em matéria de postura urbana, 
porque, isto, pode influenciar nos munícipes na forma de uso e ocupação do espaço, 
onde os mesmos ocupam áreas reservadas para um outro tipo de função, exemplo: 
zonas reservadas para a prática agrícola (agricultura urbana) para áreas residenciais. 
 Insuficiência de dispositivos legais que possam orientar, regular, ordenar, articular e 
equipar o espaço, de maneira racional, para direccionar a malha urbana, assim como 
suas áreas ou zonas, a determinados usos e funções. 
 Escassez de formados em matéria de urbanização ou arquitectura, porque estes 
dotariam o espaço a determinados usos, funções e formas de ocupação que acima de 
tudo uma ocupação racional, de modo a garantir um desenvolvimento sustentável da 
cidade de Tete e particularmente o bairro Francisco Manyanga. 
 Fraca fiscalização por parte das autoridades municipais quer dizer que os dispositivos 
legais existem mas que a fraca fiscalização, faz com que os munícipes ocupem zonas 
de protecção total e parcial do Município. 
 
1.6. Delimitação do estudo 
As possibilidades de gestão urbana gerada pela quase inexistência de antecedentes 
relacionados à ocupação territorial urbana do lado dos munícipes que o fazem, e que o fazem 
de forma desordenada. E que as vezes ocupam espaço de preservação ambiental desde asmargens dos rios, planícies (áreas) de inundáveis, zonas elevadas que são susceptíveis a 
meteorização (intemperismo). Entretanto, despertou no autor uma oportunidade de estudo de 
análise das formas de uso e ocupação e também propor mecanismos de ocupação correcta do 
espaço, porque se for desordenada no decorrer de sua construção e consolidação, tornaram-se 
visíveis as contradições inerentes à organização social na cidade de Tete em particular o 
bairro Francisco Manyanga, as quais se reflectiram na apropriação desigual do espaço. 
O presente projecto de pesquisa com o tema: Uso e ocupação do espaço no Município 
de Tete: Caso do bairro Francisco Manyanga no ano 2007-2015 que deriva da entrada em 
funcionamento da fabrica da Mozambique Leaf Tabaco (MTL), êxodo rural, oportunidades de 
 
negocio, etc e que foi interrompida com a intervenção do Conselho Municipal da Cidade de 
Tete, onde algumas casas foram demolidas. 
 
1.7. Limitações de estudo 
Na elaboração do presente projecto de investigação científica na sua elaboração 
encontrou-se como limitações ou obstáculos a falta de informações registadas desde 
documentos, plantas do bairro, mapas cadastrais, etc, por parte das entidades competente, para 
que se pudesse fazer a comparação dos anos outrora passados e nos dias de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo II: 2. Referencial teórico 
2.1. Conceitos básicos 
2.1.1. Espaço urbano 
Numa visão clássica, o espaço geográfico é o espaço modificado e transformado pelo 
homem, quando este imprime na paisagem as marcas de sua actuação e organização social. 
O espaço urbano é extremamente diversificado, tanto devido à localização das 
funções sejam elas complementares ou exclusivas. De maneira ainda mais evidente 
que o espaço rural, o espaço urbano, por ser uma obra humana, reflecte a fisionomia 
da cidade de que é a expressão. (DOLFUS, 1991:88) 
 
O espaço urbano (the urban space) é fragmentado e articulado, sendo que ao mesmo 
tempo é fruto de suas relações sociais. É um tecido cheio de recortes, onde cada recorte se 
identifica com um tipo de uso ressaltando as funcionalidades deste espaço. Sobre a 
conceituação de espaço urbano (CORRÊA, 2000:10). 
Assim, o espaço urbano é disputado para inúmeros usos e por variados atores 
simultaneamente, pois tem um valor diferenciado de acordo com as vantagens e as 
oportunidades que oferece (CORRÊA, 2000:10). 
O espaço deve ser considerado como um conjunto de funções e formas que se 
apresentam por processos do passado e do presente (...) o espaço se define como um conjunto 
de formas representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma estrutura 
representada por relações sociais que se manifestam através de processos e funções 
(SANTOS, 1978:122). 
 
1.1.2. Uso e ocupação do espaço 
O estudo do uso da terra e ocupação do solo consiste em buscar conhecimento de toda 
a sua utilização por parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a caracterização 
dos tipos de categorias de vegetação natural que reveste o solo, como também suas 
respectivas localizações. (ROSA, 2007:163) 
O conhecimento e o monitoramento do uso e ocupação da terra são primordiais para a 
compreensão dos padrões de organização do espaço, uma vez que suas tendências possam ser 
analisadas. Este monitoramento consiste em buscar conhecimento de toda a sua utilização por 
parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a caracterização de tipos de categorias 
de vegetação natural que reveste o solo, como também suas respectivas localizações. De 
 
forma sintética, a expressão “uso da terra ou uso do solo” pode ser entendida como sendo a 
forma pela qual o espaço está sendo ocupado pelo homem (ROSA, 2007). 
Os conceitos relativos ao uso da terra e cobertura da terra são muito próximos, por 
isso, muitas vezes são usados indistintamente. Cabe ao intérprete buscar as associações de 
reflectâncias, texturas, estruturas e padrões de formas para derivar informações acerca das 
actividades de uso, a partir do que é basicamente informações de cobertura da terra (ARAUJO 
FILHO et. al., 2007). 
2.2. Planos de Ordenamento do Território 
O presente capítulo, faz uma breve reflexão sobre a situação do planeamento em 
Moçambique, tentando perceber o funcionamento dos instrumentos de gestão territorial em 
vigor no país, através de uma exploração e descrição das principais leis e decretos que 
incidem sobre o ordenamento do território em Moçambique. As leis serão em parte transcritas 
para demonstrar o enquadramento geopolítico e a dimensão física e territorial. 
2.2.1. Zonas de protecção total 
O artigo 7 da lei nº 19/2007 de 18 de Julho diz que são consideradas zonas de 
protecção total as áreas destinadas a actividade de conservação ou preservação da natureza e 
de defesa e segurança do Estado. 
2.2.2. Zonas de protecção parcial 
De acordo artigo nº 8 da lei nº 19/2007 de 18 de Julho, consideram-se zonas de 
protecção parcial: a) O leito das águas interiores, do mar territorial e da zona económica 
exclusiva; b) A plataforma continental; c) A faixa da orla marítima e no contorno de ilhas, 
baías e estuários, medida da linha das máximas preia-mares até 100 metros para o interior do 
território; d) A faixa de terreno até 100 metros confinante com as nascentes de água; e) A 
faixa de terreno no contorno de barragens e albufeiras até 250 metros; f) Os terrenos ocupados 
pelas linhas férreas de interesse público e pelas respectivas estações, com uma faixa 
confinante de 50 metros de cada lado do eixo da via; g) Os terrenos ocupados pelas auto-
estradas e estradas de quatro faixas, instalações e condutores aéreos, superficiais, subterrâneos 
e submarinos de electricidade, de telecomunicações, petróleo, gás e água, com uma faixa 
confinante de 50 metros de cada lado, bem como os terrenos ocupados pelas estradas, com 
uma faixa confinante de 30 metros para as estradas primárias e de 15 metros para as estradas 
secundárias e terciárias; h) A faixa de dois quilómetros ao longo da fronteira terrestre; i) Os 
terrenos ocupados por aeroportos e aeródromos, com uma faixa confinante de 100 metros; j) 
 
A faixa de terreno de 100 metros confinante com instalações militares e outras instalações de 
defesa e segurança do Estado. 
 
2.3. Sistema de gestão territorial 
No capítulo II, da lei nº 19/2007 de 18 de Julho, no seu artigo nº 8, diz que o sistema 
de gestão territorial (Níveis de intervenção). 
1. O ordenamento territorial compreende os seguintes níveis de intervenção no território, 
nomeadamente: 
a) Nacional; 
b) Provincial; 
c) Distrital; 
d) Autárquico. 
2.3.1. Instrumentos de ordenamento territorial ao nível autárquico 
Ao nível autárquico, estabelecem-se os programas, planos, projectos de 
desenvolvimento e o regime de uso do solo urbano de acordo com as leis vigentes e seus 
instrumentos: 
Planos de Estrutura Urbana – que estabelecem a organização espacial da totalidade do 
território do município ou povoação, os parâmetros e as normas para a sua utilização, tendo 
em conta a ocupação actual, as infra-estruturas e os equipamentos sociais existentes e a 
implantar e a sua integração na estrutura espacial regional. 
Os Planos Gerais e Parciais de Urbanização – que estabelecem a estrutura e qualificam 
o solo urbano, tendo em consideração o equilíbrio entre os diversos usos e funções urbanas, 
definem as redes de transporte, comunicações, energia e saneamento, os equipamentos 
sociais, com especial atenção às zonas de ocupação espontânea como base socioespacial para 
a elaboração do plano. 
Os Planos de Pormenor – definem com pormenor a tipologia de ocupação de qualquerárea específica do centro urbano, estabelecendo a concepção do espaço urbano dispondo sobre 
usos do solo e condições gerais de edificações, o traçado das vias de circulação, as 
características das redes de infra-estruturas e serviços, quer para novas áreas ou para áreas 
existentes caracterizando as fachadas dos edifícios e arranjos dos espaços livres. 
 
2.4. Áreas não cobertas por planos de urbanização 
A lei nº 19/2007 de 18 de Julho, no seu capítulo V, artigo 22, dizem em áreas não 
cobertas por planos de urbanização, compete: 
1. Aos Governadores Provinciais; 
2. Ao Ministro da Agricultura e Pescas; 
3. Ao Conselho de Ministros. 
Conforme o artigo nº 23 da mesma lei, compete aos Presidentes dos Conselhos 
Municipais e de Povoação e aos Administradores do Distrito, nos locais onde não existam 
órgãos municipais, autorizar pedidos de uso e aproveitamento da terra nas áreas cobertas por 
planos de urbanização e desde que tenham serviços públicos de cadastro. 
2.5. Mecanismos de ocupação do espaço 
 Para um correcto uso e uma ocupação ordenada do espaço no Município de Tete, 
particularmente no bairro Francisco Manyanga que é um dos mais antigos bairro desta urbe o 
CMT, como é da sua competência, autorizar pedidos de uso e aproveitamento da terra nas 
áreas cobertas ou não cobertas por planos de urbanização. Contudo tendo como mecanismos 
de ocupação do espaço os seguintes: 
 Planos de Estrutura Urbana; 
 Planos Gerais e Parciais de Urbanização; 
 Planos de Pormenor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo III: 3.Metodologia de pesquisa 
Entende-se por metodologia a determinação das formas que serão utilizadas para 
reunir os dados necessários para a consecução do trabalho ou por outra metodologia é 
conjunto de regras ou caminhos que nos levam a atingir uma meta. 
Segundo GALLIANO (1986), todas as acepções da palavra “método” registadas nos 
dicionários estão ligadas à origem grega methodos - que significa “caminho para chegar a um 
fim”. 
3.1. Tipo de pesquisa 
3.1.1. Quanto aos objectivos 
O presente projecto, quanto aos objectivos é uma pesquisa do tipo explicativa pelo 
facto de identificar os factores que determinam os mecanismos e formas de uso e ocupação do 
espaço. 
As pesquisas explicativas, nas ciências naturais, valem-se do método experimental. 
Nas ciências sociais, recorre-se a outros métodos, sobretudo ao observacional. Entretanto, 
nem sempre se torna possível a realização de pesquisas rigidamente explicativas em ciências 
sociais (GIL, 1991). 
3.1.2. Quanto a abordagem 
Quanto aos métodos científicos, o método dedutivo é o mais apropriado visto que, 
com base no tema do projecto, faz-se uma abordagem particular, da realidade concreta dos 
factos vividos localmente, para um problema com ecos universalmente conhecidos, assistidos 
e feitos por todos nós. 
Dedutivo: método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz que 
pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo 
tem o objectivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de 
raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma 
conclusão (LAKATOS & MARCONI, 1993). 
3.1.3. Quanto aos procedimentos técnicos 
Quanto aos procedimentos técnicos deste projecto é uma pesquisa bibliográfica porque 
como já é sabido de antemão por todos nos, os livros constituem-se nas principais fontes de 
referências bibliográficas, porque está vai permitir-nos fazer o levantamento bibliográfico, do 
tema em questão: uso e ocupação do espaço no Município de Tete, caso do bairro Francisco 
Manyanga. 
 
A pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, 
constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e actualmente com material 
disponibilizado na Internet e se definem mediante os seguintes passos: a) determinar os 
objectivos; b) elaborar um plano de trabalho; c) identificar as fontes; localizar as fontes e 
obter o material; d) ler o material; fazer apontamentos; e) confeccionar fichas; e f) redigir o 
trabalho (GIL, 2002:72). 
3.3. População 
 Referente a população será abrangida um universo de dez (10) unidades, e que dentro 
dessas abrangera-se um (1) quarteirão para cada unidade do bairro, dentro das mesmas duas 
(2) blocos de cada quarteirão, indo para mais além, em cada bloco, serão inqueridas e 
entrevistadas, questionadas através de perguntas formuladas (formulário) 10 famílias ou dez 
(10) casas para cada bloco, o que corresponde um participativo, onde estarão inclusos desde o 
Secretário do bairro, chefes das unidades, chefes dos blocos, chefes das células, chefes dez 
casas e sobretudo a parte mais importante que corresponde os próprios munícipes residente
 
3.4. Processo de Amostragem 
Quanto a amostra nesta pesquisa, de referir que serão inqueridos todos os munícipes 
residentes nas zonas de conservação total e parcial, em que o uso é inapropriado e a ocupação 
desses espaços deixa muito a desejar (desordenados) e que serão submetidos a um inquérito, 
entrevista, questionário, etc com vista a aferir as causas que os levou a ocuparem estes 
espaços. Importa referir que a escolha dos entrevistados será aleatória, como forma de obter 
resultados mais abrangentes apesar de que o problema ter sido constatado numa única zona e 
desenvolver palestra populares como forma de envolver todos os munícipes. 
N.B. a idade dos informantes compreendera pessoas com mais de 40 anos de idade 
para mais além, como forma a obter resultados e informações de como era feita a ocupação e 
uso do espaço nos tempos outrora passados, fazendo uma comparação com o período de 
estudo do actual projecto que compreende desde 2010 quando começaram as ocupações à 
2015 quando começou o processo de demolição por parte do Conselho Municipal da Cidade 
de Tete. 
 
3.5. Colecta de Dados 
3.5.1. Observação 
Para LAKATOS & MARCONI, (2010), observação participativa consiste na 
participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo, onde ele se incorpora e 
confunde-se ao grupo. Fica tão próximo quanto um membro do grupo que esta estudando e 
participa das actividades normas deste. 
 Com este método foi feita na companhia de alguns residentes influente e crescido, nas 
zonas abrangidas pelo projecto com propósito de identificar as áreas que foram ocupadas 
desordenadamente na cidade de Tete, no bairro Francisco Manyanga. 
3.5.2. Inquérito 
É um instrumento de pesquisa fundamental para evitar erros e defeitos resultantes de 
entrevistadores inexperientes ou de informantes tendenciosos, com este método serão 
inqueridos duas (2) pessoas de cada família residente no bairro em questão. 
 
3.6. Cronograma das actividades 
 
N
r. 
 
 
Descrição 
 
Meses 
 
 Mar
ço 
Ab
ril 
M
aio 
Ju
nho 
Jul
ho 
A
go. 
Set
. 
1 Elaboração do projecto 
2 Revisão bibliográfica 
3 Entrega do projecto 
4 Correcção do 
projecto 
 
5 Revisão do projecto 
6 Apresentação de 
proj. (Jornadas 
Científicas) 
 
 
 
3.7. Orçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
N
r. 
Descritivo Quantid
ade 
Preço 
unitário 
Total 
1 Resma 2 150.00mt 300.00mt 
2 Impressão 6 75.00mt 450.00mt 
3 Encadernação 4 30.00mt 120.00mt 
5 Esferográfica 4 5.00mt 20.00mt 
6 Pasta 1 330.00mt 330.00mt 
8 Alimentação 2500.00mt 2500.00mt 
Total 3.780.00mt 
 
Capítulo IV. 
4. BibliografiaARAÚJO FILHO, Milton da Costa; MENESES, Paulo Roberto; SANO, Edson Eyji. 
Sistema de classificação de uso e cobertura da Terra na análise de imagens de satélite. 
Revista Brasileira de Cartografia No 59/02, Agosto 2007. 
BARCELLOS, Frederico C.; OLIVEIRA, Sónia Maria M.C. Novas Fontes de Dados 
sobre Riscos Ambientais e Vulnerabilidade Social. IBGE, Rio de Janeiro, 2008. p. 1-15. 
BEAUJEU-GARNIER, Jacqueline. Geografia urbana. Lisboa: Fundação Calouste 
Gulbenkian, 1980. 
CORREA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. 4ª edição. 2ª reimpressão. São Paulo: 
Ática, 2000. (Série Princípios). 
CORREA, Roberto Lobato. Estudos sobre a rede urbana. Rio de Janeiro: Bertrand 
Brasil, 2006. 
COULON, Alan. Etnometodologia. Trad. de Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 
1995. 
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila. 
DOLLFUS, Oliver. O espaço geográfico. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1991. 
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção. São 
Paulo: Hucitec, 1996. 
FREIRE-MAIA, Newton. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1998. 
GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 1999. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia 
científica. São Paulo: Atlas, 1993. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho 
científico. São Paulo: Atlas, 1991. 
Lei de Ordenamento do Território, De 18 de Julho de 2007, Moçambique. 
LUNA, Sergio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: 
EDUC, 1997. 
ROSA, Roberto. Introdução ao sensoriamento remoto. Uberlândia: Ed. UFU, 2007. 248 
p. 
SANTOS, M. Por uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, Edusp, 1978. 
	Capítulo I: 
	1.Introdução 
	1.1.Tema 
	1.2.Justificativa 
	1.3. Objectivo de estudo 
	1.3.1. Geral: 
	1.3.2. Específicos: 
	1.4. Definição do problema 
	1.5. Hipóteses 
	1.6. Delimitação do estudo 
	1.7. Limitações de estudo 
	Capítulo II: 2. Referencial teórico 
	2.1. Conceitos básicos 
	2.1.1. Espaço urbano 
	1.1.2. Uso e ocupação do espaço 
	2.2. Planos de Ordenamento do Território 
	2.2.1. Zonas de protecção total 
	2.2.2. Zonas de protecção parcial 
	2.3. Sistema de gestão territorial 
	2.3.1. Instrumentos de ordenamento territorial ao nível autárquico 
	2.4. Áreas não cobertas por planos de urbanização 
	2.5. Mecanismos de ocupação do espaço 
	Capítulo III: 3.Metodologia de pesquisa 
	3.1. Tipo de pesquisa 
	3.1.1. Quanto aos objectivos 
	3.1.2. Quanto a abordagem 
	3.1.3. Quanto aos procedimentos técnicos 
	3.3. População 
	3.4. Processo de Amostragem 
	3.5. Colecta de Dados 
	3.5.1. Observação 
	3.5.2. Inquérito 
	3.6. Cronograma das actividades 
	3.7. Orçamento 
	Capítulo IV. 
	4. Bibliografia

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