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Jorge Eusébio Chagaca Gulambondo Uso e ocupação do espaço no Município de Tete: Caso do bairro Francisco Manyanga (Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilidades em Turismo) Universidade Pedagógica Tete 2016 Jorge Eusébio Chagaca Gulambondo Uso e ocupação do espaço no Município de Tete: Caso do bairro Francisco Manyanga (Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilidades em Turismo) Projecto de pesquisa científica apresentado ao departamento de ciências da terra e ambiente, no âmbito da participação nas VII jornadas científicas estudantis. Supervisor: dr Adélito Tomás Bernardo Universidade Pedagógica Tete 2016 Índice pág. Capítulo I: 1.Introdução .............................................................................................................. 8 1.1.Tema ............................................................................................................................... 10 1.2.Justificativa ..................................................................................................................... 10 1.3. Objectivo de estudo ....................................................................................................... 11 1.3.1. Geral: ....................................................................................................................... 11 1.3.2. Específicos: ................................................................................................................. 11 1.4. Definição do problema ................................................................................................... 11 1.5. Hipóteses ........................................................................................................................ 11 1.6. Delimitação do estudo ................................................................................................... 12 1.7. Limitações de estudo ..................................................................................................... 13 Capítulo II: Referencial teórico ................................................................................................ 14 2.1. Conceitos básicos ........................................................................................................... 14 2.1.1. Espaço urbano ......................................................................................................... 14 1.1.2. Uso e ocupação do espaço ....................................................................................... 14 2.2. Planos de Ordenamento do Território ............................................................................ 15 2.2.1. Zonas de protecção total .......................................................................................... 15 2.2.2. Zonas de protecção parcial ...................................................................................... 15 2.3. Sistema de gestão territorial ........................................................................................... 16 2.3.1. Instrumentos de ordenamento territorial ao nível autárquico.................................. 16 2.4. Áreas não cobertas por planos de urbanização .............................................................. 17 2.5. Mecanismos de ocupação do espaço.............................................................................. 17 Capítulo III: 3.Metodologia de pesquisa .................................................................................. 18 3.1. Tipo de pesquisa ............................................................................................................ 18 3.1.1. Quanto aos objectivos ............................................................................................. 18 3.1.2. Quanto a abordagem................................................................................................ 18 3.1.3. Quanto aos procedimentos técnicos ........................................................................ 18 3.3. População ....................................................................................................................... 19 3.4. Processo de Amostragem ............................................................................................... 19 3.5. Colecta de Dados ........................................................................................................... 20 3.5.1. Observação .............................................................................................................. 20 3.5.2. Inquérito .................................................................................................................. 20 3.6. Cronograma das actividades .......................................................................................... 20 3.7. Orçamento ...................................................................................................................... 21 Capítulo IV. 4. Bibliografia ...................................................................................................... 22 Capítulo I: 1.Introdução Com o acelerado crescimento das cidades que se verifica mundialmente, geralmente não vem acompanhado pelo acto de planear sua ocupação e expansão, certos problemas urbanos têm sido potencializados e adquirido um carácter de vulnerabilidade ambiental. A expansão do espaço urbano tem levado ao aumento da pressão sobre áreas e sistemas sob ameaça ambiental, o que preocupa as autoridades internacionais (BARCELLOS & OLIVEIRA, 2008:3). Em Moçambique, como a urbanização decorre da transformação da sociedade, com a concentração populacional num espaço determinado e mudanças no modo de produção, ela, apesar de causar impactos positivos, como desenvolvimento económico, tecnológico e social, gera graves problemas, a exemplo da degradação ambiental, escassez de recursos, poluição e redução da qualidade de vida da população. Além disso, provocar, nos grandes núcleos urbanos, a desorganização social com deficit habitacional, desemprego, desigualdades sociais e problemas infra-estruturais (como as de saneamento do meio). O crescente uso e ocupação desordenada do espaço que se verifica na cidade de Tete não é de hoje, este advém desde os anos que outrora passaram causados pela crescente densidade populacional, urbano, a migração rural-urbano (êxodo rural), pela emigração e imigração advindo dos mega-projectos, isto é, fazem com que haja uma grande procura do espaço para a construção de residências, assim, denotando-se um mau uso e ocupação desordenada do mesmo. O presente projecto visa analisar as formas de uso e ocupação do espaço urbano, dizer que o planeamento urbano geralmente visa estabelecer áreas residenciais; comerciais, industriais, de lazer; institucionais e de equipamentos comunitários com a determinação de uso conformes, desconformes e tolerados. Delimita locais de utilização específica, tais como feiras, mercados, estacionamentos e outras ocupações permanentes ou transitórias; dispõe sobre as construções e usos permissíveis; ordena a circulação urbana e o tráfego no perímetro urbano e disciplina as actividades colectivasou individuais que afectam a vida urbana. Para GUIMARÃES (2007), a crescente busca por moradia e outros serviços básicos, provenientes do grande fluxo de pessoas, incentivavam a expansão física das cidades. Os indivíduos abandonavam o campo em busca de novas oportunidades na cidade, fazendo com que as taxas de crescimento da população urbana se tornam altas, enquanto diminuíam as taxas de crescimento da população rural na região. Nas últimas décadas, devido ao crescente êxodo rural, a ocupação desordenada do solo urbano tornou-se um problema, pois um grande número de pessoas saiu da zona rural em busca de uma melhor qualidade de vida nas cidades, não havendo assim, possibilidade de planeamento prévio, fazendo com que os órgãos responsáveis não dispusessem do tempo devido para preparar a estrutura das cidades para tal quantidade de pessoas. Segundo SOUZA (2010), nos anos atrás, e até nos dias de hoje, dezena de pessoas migram dos campos para as cidades sem que os governos locais estivessem dispostos a investir no atendimento das necessidades mínimas de saneamento e moradia para estas populações. Com isso o aumento de moradias irregulares gerou imensos danos ao equilíbrio ambiental e a sadia qualidade de vida da população. Neste projecto estão presentes seguintes capítulos I, II, III, VI, capitulo I: compreende a introdução, o tema, a justificativa, objectivos (gerais e específicos), delimitação do problema, hipóteses e delimitação do estudo e por fim as limitações de estudo. Capitulo II: temos o referencial teórico. Capitulo III: metodologias desde os métodos científicos, tipos de pesquisa: quanto aos objectivos, abordagem, procedimentos técnicos, população, processo de amostragem. Capitulo IV: bibliografia. 1.1.Tema Uso e ocupação do espaço no Município de Tete: Caso do bairro Francisco Manyanga 1.2.Justificativa O uso e ocupação do espaço dentro da cidade de Tete e particularmente no bairro Francisco Manyanga são feitos de forma desordenada, o que influência negativamente na qualidade de vida urbana, isto, leva-nos a dizer que o planeamento urbano é um processo de grande importância para os espaços da urbe actualmente, auxiliando no uso e ocupação e no equilíbrio ambiental. E este não deveria ser desvinculado das políticas desenvolvimento, pois está directamente relacionado à qualidade de vida. O município de Tete hoje, particularmente o bairro Francisco Manyanga tem sido vítima deste fenómeno já referido acima, o que faz com este projecto que tem como propósito ou objectivo geral analisar as formas de uso e ocupação do espaço geográfico, para ordenar, articular e equipar o espaço, de maneira racional, para direccionar a malha urbana, assim como suas áreas ou zonas, a determinados usos e funções. Assim verifica-se a actualidade do tema que visará o melhoramento da qualidade de vida dos munícipes (relações sociais), juridicamente falando o parcelamento das áreas residenciais, de mercado, vias de comunicação, electricidade, abastecimento de água, áreas de conservação (margens dos rios, planícies de inundação, ilhas, espaços verdes, etc), faz com que não haja aproveitadores na ocupação desses espaços. A divisão administrativa é a chave para o desenvolvimento sustentável, porque esta divisão permitira a existência de uma distribuição equitativa dos recursos disponíveis dentro do município, para que se faça uma intervenção consciente na área de infra-estruturas (publicas, privadas, estatais, etc). E com a divisão administrativa é possível denotarmos que na economia irá permitir que haja áreas (zonas) económicas especiais como as de lazer, lojas, mercados, parques de veículos, estacionamentos, etc. O que motivou o autor a estudar o problema do presente projecto, foi a participação na conferência sobre as comemorações do dia do geógrafo organizado pelo departamento de Ciências da Terra e Ambiente no curso de geografia da Universidade Pedagógica no ano 2015 onde foram abordados aspectos da Urbanização e a ocupação da terra na cidade de Tete e por diante, organizou-se no primeiro semestre do corrente ano de 2016, no curso de geografia da Universidade Pedagógica onde abordou-se aspectos ligados a Postura urbana, também organizada pelo departamento de Ciências da Terra e Ambiente da Universidade Pedagógica, uma conferência Luso, afro-americana sobre Geografia física e ambiente, onde foram abordadas questões ligadas ao uso e ocupação do espaço geográfico. 1.3. Objectivo de estudo 1.3.1. Geral: Analisar as formas do uso e ocupação do espaço geográfico. 1.3.2. Específicos: Identificar os tipos de uso do espaço no bairro Francisco Manyanga; Estudar as modalidades de ocupação do espaço do bairro Francisco Manyanga; Propor mecanismos de ocupação do espaço. 1.4. Definição do problema Para garantir a qualidade de vida dos munícipes e a manutenção dos recursos naturais queira vegetais ou animais é necessário que o uso e ocupação do solo seja racional para garantir o desenvolvimento sustentável e tudo isto passa por conhecer e respeitar a postura urbana desde as zonas residenciais, comerciais, empresariais, industriais, de lazer, de conservação – preservação, agrícola, etc. A ocupação desordenada e o mau uso do espaço (solo), pode trazer consigo consequências amargas no seio da população que o faz. Contudo, na acepção científica, “problema é qualquer questão não resolvida e que é objecto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento” (GIL, 1999:49). E diante deste tema tendo o autor constatado o seguinte problema: Quais as formas de uso e ocupação do espaço no bairro Francisco Manyanga, Município de Tete? 1.5. Hipóteses A formulação de hipóteses é quase inevitável, para quem é estudioso da área que pesquisa. Geralmente, com base em análises do conhecimento disponível, o pesquisador acaba “apostando” naquilo que pode surgir como resultado de sua pesquisa. Uma vez formulado o problema, é proposta uma resposta suposta, provável e provisória (hipótese), que seria o que ele acha plausível como solução do problema (LUNA, 1997). Desse modo, o autor denotou as seguintes hipóteses que puderam ser confirmadas ou refutadas pela experiência: Será pela falta de informação por parte dos munícipes em matéria de postura urbana, porque, isto, pode influenciar nos munícipes na forma de uso e ocupação do espaço, onde os mesmos ocupam áreas reservadas para um outro tipo de função, exemplo: zonas reservadas para a prática agrícola (agricultura urbana) para áreas residenciais. Insuficiência de dispositivos legais que possam orientar, regular, ordenar, articular e equipar o espaço, de maneira racional, para direccionar a malha urbana, assim como suas áreas ou zonas, a determinados usos e funções. Escassez de formados em matéria de urbanização ou arquitectura, porque estes dotariam o espaço a determinados usos, funções e formas de ocupação que acima de tudo uma ocupação racional, de modo a garantir um desenvolvimento sustentável da cidade de Tete e particularmente o bairro Francisco Manyanga. Fraca fiscalização por parte das autoridades municipais quer dizer que os dispositivos legais existem mas que a fraca fiscalização, faz com que os munícipes ocupem zonas de protecção total e parcial do Município. 1.6. Delimitação do estudo As possibilidades de gestão urbana gerada pela quase inexistência de antecedentes relacionados à ocupação territorial urbana do lado dos munícipes que o fazem, e que o fazem de forma desordenada. E que as vezes ocupam espaço de preservação ambiental desde asmargens dos rios, planícies (áreas) de inundáveis, zonas elevadas que são susceptíveis a meteorização (intemperismo). Entretanto, despertou no autor uma oportunidade de estudo de análise das formas de uso e ocupação e também propor mecanismos de ocupação correcta do espaço, porque se for desordenada no decorrer de sua construção e consolidação, tornaram-se visíveis as contradições inerentes à organização social na cidade de Tete em particular o bairro Francisco Manyanga, as quais se reflectiram na apropriação desigual do espaço. O presente projecto de pesquisa com o tema: Uso e ocupação do espaço no Município de Tete: Caso do bairro Francisco Manyanga no ano 2007-2015 que deriva da entrada em funcionamento da fabrica da Mozambique Leaf Tabaco (MTL), êxodo rural, oportunidades de negocio, etc e que foi interrompida com a intervenção do Conselho Municipal da Cidade de Tete, onde algumas casas foram demolidas. 1.7. Limitações de estudo Na elaboração do presente projecto de investigação científica na sua elaboração encontrou-se como limitações ou obstáculos a falta de informações registadas desde documentos, plantas do bairro, mapas cadastrais, etc, por parte das entidades competente, para que se pudesse fazer a comparação dos anos outrora passados e nos dias de hoje. Capítulo II: 2. Referencial teórico 2.1. Conceitos básicos 2.1.1. Espaço urbano Numa visão clássica, o espaço geográfico é o espaço modificado e transformado pelo homem, quando este imprime na paisagem as marcas de sua actuação e organização social. O espaço urbano é extremamente diversificado, tanto devido à localização das funções sejam elas complementares ou exclusivas. De maneira ainda mais evidente que o espaço rural, o espaço urbano, por ser uma obra humana, reflecte a fisionomia da cidade de que é a expressão. (DOLFUS, 1991:88) O espaço urbano (the urban space) é fragmentado e articulado, sendo que ao mesmo tempo é fruto de suas relações sociais. É um tecido cheio de recortes, onde cada recorte se identifica com um tipo de uso ressaltando as funcionalidades deste espaço. Sobre a conceituação de espaço urbano (CORRÊA, 2000:10). Assim, o espaço urbano é disputado para inúmeros usos e por variados atores simultaneamente, pois tem um valor diferenciado de acordo com as vantagens e as oportunidades que oferece (CORRÊA, 2000:10). O espaço deve ser considerado como um conjunto de funções e formas que se apresentam por processos do passado e do presente (...) o espaço se define como um conjunto de formas representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma estrutura representada por relações sociais que se manifestam através de processos e funções (SANTOS, 1978:122). 1.1.2. Uso e ocupação do espaço O estudo do uso da terra e ocupação do solo consiste em buscar conhecimento de toda a sua utilização por parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a caracterização dos tipos de categorias de vegetação natural que reveste o solo, como também suas respectivas localizações. (ROSA, 2007:163) O conhecimento e o monitoramento do uso e ocupação da terra são primordiais para a compreensão dos padrões de organização do espaço, uma vez que suas tendências possam ser analisadas. Este monitoramento consiste em buscar conhecimento de toda a sua utilização por parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a caracterização de tipos de categorias de vegetação natural que reveste o solo, como também suas respectivas localizações. De forma sintética, a expressão “uso da terra ou uso do solo” pode ser entendida como sendo a forma pela qual o espaço está sendo ocupado pelo homem (ROSA, 2007). Os conceitos relativos ao uso da terra e cobertura da terra são muito próximos, por isso, muitas vezes são usados indistintamente. Cabe ao intérprete buscar as associações de reflectâncias, texturas, estruturas e padrões de formas para derivar informações acerca das actividades de uso, a partir do que é basicamente informações de cobertura da terra (ARAUJO FILHO et. al., 2007). 2.2. Planos de Ordenamento do Território O presente capítulo, faz uma breve reflexão sobre a situação do planeamento em Moçambique, tentando perceber o funcionamento dos instrumentos de gestão territorial em vigor no país, através de uma exploração e descrição das principais leis e decretos que incidem sobre o ordenamento do território em Moçambique. As leis serão em parte transcritas para demonstrar o enquadramento geopolítico e a dimensão física e territorial. 2.2.1. Zonas de protecção total O artigo 7 da lei nº 19/2007 de 18 de Julho diz que são consideradas zonas de protecção total as áreas destinadas a actividade de conservação ou preservação da natureza e de defesa e segurança do Estado. 2.2.2. Zonas de protecção parcial De acordo artigo nº 8 da lei nº 19/2007 de 18 de Julho, consideram-se zonas de protecção parcial: a) O leito das águas interiores, do mar territorial e da zona económica exclusiva; b) A plataforma continental; c) A faixa da orla marítima e no contorno de ilhas, baías e estuários, medida da linha das máximas preia-mares até 100 metros para o interior do território; d) A faixa de terreno até 100 metros confinante com as nascentes de água; e) A faixa de terreno no contorno de barragens e albufeiras até 250 metros; f) Os terrenos ocupados pelas linhas férreas de interesse público e pelas respectivas estações, com uma faixa confinante de 50 metros de cada lado do eixo da via; g) Os terrenos ocupados pelas auto- estradas e estradas de quatro faixas, instalações e condutores aéreos, superficiais, subterrâneos e submarinos de electricidade, de telecomunicações, petróleo, gás e água, com uma faixa confinante de 50 metros de cada lado, bem como os terrenos ocupados pelas estradas, com uma faixa confinante de 30 metros para as estradas primárias e de 15 metros para as estradas secundárias e terciárias; h) A faixa de dois quilómetros ao longo da fronteira terrestre; i) Os terrenos ocupados por aeroportos e aeródromos, com uma faixa confinante de 100 metros; j) A faixa de terreno de 100 metros confinante com instalações militares e outras instalações de defesa e segurança do Estado. 2.3. Sistema de gestão territorial No capítulo II, da lei nº 19/2007 de 18 de Julho, no seu artigo nº 8, diz que o sistema de gestão territorial (Níveis de intervenção). 1. O ordenamento territorial compreende os seguintes níveis de intervenção no território, nomeadamente: a) Nacional; b) Provincial; c) Distrital; d) Autárquico. 2.3.1. Instrumentos de ordenamento territorial ao nível autárquico Ao nível autárquico, estabelecem-se os programas, planos, projectos de desenvolvimento e o regime de uso do solo urbano de acordo com as leis vigentes e seus instrumentos: Planos de Estrutura Urbana – que estabelecem a organização espacial da totalidade do território do município ou povoação, os parâmetros e as normas para a sua utilização, tendo em conta a ocupação actual, as infra-estruturas e os equipamentos sociais existentes e a implantar e a sua integração na estrutura espacial regional. Os Planos Gerais e Parciais de Urbanização – que estabelecem a estrutura e qualificam o solo urbano, tendo em consideração o equilíbrio entre os diversos usos e funções urbanas, definem as redes de transporte, comunicações, energia e saneamento, os equipamentos sociais, com especial atenção às zonas de ocupação espontânea como base socioespacial para a elaboração do plano. Os Planos de Pormenor – definem com pormenor a tipologia de ocupação de qualquerárea específica do centro urbano, estabelecendo a concepção do espaço urbano dispondo sobre usos do solo e condições gerais de edificações, o traçado das vias de circulação, as características das redes de infra-estruturas e serviços, quer para novas áreas ou para áreas existentes caracterizando as fachadas dos edifícios e arranjos dos espaços livres. 2.4. Áreas não cobertas por planos de urbanização A lei nº 19/2007 de 18 de Julho, no seu capítulo V, artigo 22, dizem em áreas não cobertas por planos de urbanização, compete: 1. Aos Governadores Provinciais; 2. Ao Ministro da Agricultura e Pescas; 3. Ao Conselho de Ministros. Conforme o artigo nº 23 da mesma lei, compete aos Presidentes dos Conselhos Municipais e de Povoação e aos Administradores do Distrito, nos locais onde não existam órgãos municipais, autorizar pedidos de uso e aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização e desde que tenham serviços públicos de cadastro. 2.5. Mecanismos de ocupação do espaço Para um correcto uso e uma ocupação ordenada do espaço no Município de Tete, particularmente no bairro Francisco Manyanga que é um dos mais antigos bairro desta urbe o CMT, como é da sua competência, autorizar pedidos de uso e aproveitamento da terra nas áreas cobertas ou não cobertas por planos de urbanização. Contudo tendo como mecanismos de ocupação do espaço os seguintes: Planos de Estrutura Urbana; Planos Gerais e Parciais de Urbanização; Planos de Pormenor. Capítulo III: 3.Metodologia de pesquisa Entende-se por metodologia a determinação das formas que serão utilizadas para reunir os dados necessários para a consecução do trabalho ou por outra metodologia é conjunto de regras ou caminhos que nos levam a atingir uma meta. Segundo GALLIANO (1986), todas as acepções da palavra “método” registadas nos dicionários estão ligadas à origem grega methodos - que significa “caminho para chegar a um fim”. 3.1. Tipo de pesquisa 3.1.1. Quanto aos objectivos O presente projecto, quanto aos objectivos é uma pesquisa do tipo explicativa pelo facto de identificar os factores que determinam os mecanismos e formas de uso e ocupação do espaço. As pesquisas explicativas, nas ciências naturais, valem-se do método experimental. Nas ciências sociais, recorre-se a outros métodos, sobretudo ao observacional. Entretanto, nem sempre se torna possível a realização de pesquisas rigidamente explicativas em ciências sociais (GIL, 1991). 3.1.2. Quanto a abordagem Quanto aos métodos científicos, o método dedutivo é o mais apropriado visto que, com base no tema do projecto, faz-se uma abordagem particular, da realidade concreta dos factos vividos localmente, para um problema com ecos universalmente conhecidos, assistidos e feitos por todos nós. Dedutivo: método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objectivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão (LAKATOS & MARCONI, 1993). 3.1.3. Quanto aos procedimentos técnicos Quanto aos procedimentos técnicos deste projecto é uma pesquisa bibliográfica porque como já é sabido de antemão por todos nos, os livros constituem-se nas principais fontes de referências bibliográficas, porque está vai permitir-nos fazer o levantamento bibliográfico, do tema em questão: uso e ocupação do espaço no Município de Tete, caso do bairro Francisco Manyanga. A pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e actualmente com material disponibilizado na Internet e se definem mediante os seguintes passos: a) determinar os objectivos; b) elaborar um plano de trabalho; c) identificar as fontes; localizar as fontes e obter o material; d) ler o material; fazer apontamentos; e) confeccionar fichas; e f) redigir o trabalho (GIL, 2002:72). 3.3. População Referente a população será abrangida um universo de dez (10) unidades, e que dentro dessas abrangera-se um (1) quarteirão para cada unidade do bairro, dentro das mesmas duas (2) blocos de cada quarteirão, indo para mais além, em cada bloco, serão inqueridas e entrevistadas, questionadas através de perguntas formuladas (formulário) 10 famílias ou dez (10) casas para cada bloco, o que corresponde um participativo, onde estarão inclusos desde o Secretário do bairro, chefes das unidades, chefes dos blocos, chefes das células, chefes dez casas e sobretudo a parte mais importante que corresponde os próprios munícipes residente 3.4. Processo de Amostragem Quanto a amostra nesta pesquisa, de referir que serão inqueridos todos os munícipes residentes nas zonas de conservação total e parcial, em que o uso é inapropriado e a ocupação desses espaços deixa muito a desejar (desordenados) e que serão submetidos a um inquérito, entrevista, questionário, etc com vista a aferir as causas que os levou a ocuparem estes espaços. Importa referir que a escolha dos entrevistados será aleatória, como forma de obter resultados mais abrangentes apesar de que o problema ter sido constatado numa única zona e desenvolver palestra populares como forma de envolver todos os munícipes. N.B. a idade dos informantes compreendera pessoas com mais de 40 anos de idade para mais além, como forma a obter resultados e informações de como era feita a ocupação e uso do espaço nos tempos outrora passados, fazendo uma comparação com o período de estudo do actual projecto que compreende desde 2010 quando começaram as ocupações à 2015 quando começou o processo de demolição por parte do Conselho Municipal da Cidade de Tete. 3.5. Colecta de Dados 3.5.1. Observação Para LAKATOS & MARCONI, (2010), observação participativa consiste na participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo, onde ele se incorpora e confunde-se ao grupo. Fica tão próximo quanto um membro do grupo que esta estudando e participa das actividades normas deste. Com este método foi feita na companhia de alguns residentes influente e crescido, nas zonas abrangidas pelo projecto com propósito de identificar as áreas que foram ocupadas desordenadamente na cidade de Tete, no bairro Francisco Manyanga. 3.5.2. Inquérito É um instrumento de pesquisa fundamental para evitar erros e defeitos resultantes de entrevistadores inexperientes ou de informantes tendenciosos, com este método serão inqueridos duas (2) pessoas de cada família residente no bairro em questão. 3.6. Cronograma das actividades N r. Descrição Meses Mar ço Ab ril M aio Ju nho Jul ho A go. Set . 1 Elaboração do projecto 2 Revisão bibliográfica 3 Entrega do projecto 4 Correcção do projecto 5 Revisão do projecto 6 Apresentação de proj. (Jornadas Científicas) 3.7. Orçamento N r. Descritivo Quantid ade Preço unitário Total 1 Resma 2 150.00mt 300.00mt 2 Impressão 6 75.00mt 450.00mt 3 Encadernação 4 30.00mt 120.00mt 5 Esferográfica 4 5.00mt 20.00mt 6 Pasta 1 330.00mt 330.00mt 8 Alimentação 2500.00mt 2500.00mt Total 3.780.00mt Capítulo IV. 4. BibliografiaARAÚJO FILHO, Milton da Costa; MENESES, Paulo Roberto; SANO, Edson Eyji. Sistema de classificação de uso e cobertura da Terra na análise de imagens de satélite. Revista Brasileira de Cartografia No 59/02, Agosto 2007. BARCELLOS, Frederico C.; OLIVEIRA, Sónia Maria M.C. Novas Fontes de Dados sobre Riscos Ambientais e Vulnerabilidade Social. IBGE, Rio de Janeiro, 2008. p. 1-15. BEAUJEU-GARNIER, Jacqueline. Geografia urbana. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1980. CORREA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. 4ª edição. 2ª reimpressão. São Paulo: Ática, 2000. (Série Princípios). CORREA, Roberto Lobato. Estudos sobre a rede urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. COULON, Alan. Etnometodologia. Trad. de Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 1995. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila. DOLLFUS, Oliver. O espaço geográfico. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1991. SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. FREIRE-MAIA, Newton. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1998. GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 1999. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1993. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1991. Lei de Ordenamento do Território, De 18 de Julho de 2007, Moçambique. LUNA, Sergio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: EDUC, 1997. ROSA, Roberto. Introdução ao sensoriamento remoto. Uberlândia: Ed. UFU, 2007. 248 p. SANTOS, M. Por uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, Edusp, 1978. Capítulo I: 1.Introdução 1.1.Tema 1.2.Justificativa 1.3. Objectivo de estudo 1.3.1. Geral: 1.3.2. Específicos: 1.4. Definição do problema 1.5. Hipóteses 1.6. Delimitação do estudo 1.7. Limitações de estudo Capítulo II: 2. Referencial teórico 2.1. Conceitos básicos 2.1.1. Espaço urbano 1.1.2. Uso e ocupação do espaço 2.2. Planos de Ordenamento do Território 2.2.1. Zonas de protecção total 2.2.2. Zonas de protecção parcial 2.3. Sistema de gestão territorial 2.3.1. Instrumentos de ordenamento territorial ao nível autárquico 2.4. Áreas não cobertas por planos de urbanização 2.5. Mecanismos de ocupação do espaço Capítulo III: 3.Metodologia de pesquisa 3.1. Tipo de pesquisa 3.1.1. Quanto aos objectivos 3.1.2. Quanto a abordagem 3.1.3. Quanto aos procedimentos técnicos 3.3. População 3.4. Processo de Amostragem 3.5. Colecta de Dados 3.5.1. Observação 3.5.2. Inquérito 3.6. Cronograma das actividades 3.7. Orçamento Capítulo IV. 4. Bibliografia
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