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Aula 2 Imunologia para Odontologia

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Imunologia para Odontologia
	Históricos e elementos da imunologia
		Questões para prova:
1) Dê as características gerais da resposta imune e do sistema imune. 
2) Descreva o processo inflamatório.
	- O processo inflamatório é um mecanismo de reação dos tecidos para que haja uma eliminação, neutralização e destruição da causa da agressão. Esse processo se caracteriza pela saída de líquidos e células (exsudação) e induz o processo de reparo celular.
 
	A inflamação pode ser aguda ou crônica, porém, os mecanismos iniciais serão os mesmos para os dois tipos. Assim sendo, o que diferencia essa divisão é o tempo de exposição ao agente agressor, o tipo de agente e a resposta imune
 
	Existem cinco sinais no processo inflamatório que são chamados sinais cardinais: calor, rubor, tumor, dor e perda da função. O calor e o rubor são decorrentes da vasodilatação que leva ao local afetado uma maior quantidade de sangue (hiperemia), e, portanto, há um aumento da temperatura pelo aumento de sangue e há vermelhidão pela concentração de sangue. O tumor se dá pelo aumento da permeabilidade vascular que permite o extravasamento de líquidos e, portanto, o edema que é sinônimo de tumor. A dor aparece tanto por compressão dos nervos pelo tumor quanto por mediadores químicos liberados como prostraglandinas E2 e cininas. A perda da função pode ser total ou parcial e ocorre em decorrência dos outros quatro sinais cardinais. Durante todo o processo inflamatório há liberação de mediadores químicos que serão abordados mais a frente.
 
	Para que ocorra o processo inflamatório, existem cinco etapas (5 R's): Reconhecimento do agente agressor, Recrutamento das células que auxiliarão no processo, Remoção do agressor, Regulação da inflamação e Resolução.
		(falta falar das etapas como rolamento,adesão etc etc etc )
Inflamação Aguda
 
	A partir de um fenômeno irritativo como um trauma, infecções ou corpo estranho, há uma resposta rápida com leucócitos polimorfonucleares (neutrófilos) chamada de inflamação aguda.
 
	Nesse momento, há fenômenos vasculares, exsudativos e proliferativos. É importante ressaltar que esses fenômenos não são característicos da inflamação aguda e ocorrem também na crônica. Os fenômenos vasculares são: vasoconstrição transitória mediada por tromboxanos para impedir uma possível hemorragia e também para direcionar o sangue para o local que mais necessita; vasodilatação mediada por aminas vasoativas (como a histamina), óxido nítrico (NO), prostraglandinas, cininas e fragmentos do complemento (C3a e C5a) para que haja maior concentração de sangue e, consequentemente, maior número de leucócitos para o processo inflamatório e aumento da permeabilidade para auxiliar na saída de células do sistema imune. A partir daí, há os fenômenos exsudativos. Em consequência da hiperemia, a velocidade sanguínea diminui (estase) e favorece a marginação dos leucócitos na parede endotelial. Quando o leucócito encontra a parede do endotélio, há o processo de rolamento no qual os leucócitos se ligam a moléculas de expressão (selectinas e integrinas) e começam a rolar pelo endotélio até encontrarem um espaço entre as células endoteliais e passarem ao processo de transmigração (diapedese) no qual o leucócito migra de dentro da parede vascular com o auxílio de mediadores como fragmentos do complemento que são responsáveis pela quimiotaxia, isto é, o direcionamento do leucócito para o agente lesivo. No momento da transmigração, uma rede de fibrina serve de sustentação para a migração. Uma vez fora do vaso sanguíneo, o leucócito vai ao encontro do agente lesivo. Para que essa célula do sistema imune reconheça o agente lesivo, anticorpos fazem opsonização, ou seja, envolvem todo o agressor. Com isso, o leucócito se aproxima, reconhece o agente e o engloba por endocitose formando, então, uma vesícula endocítica. É dentro dessa vesícula que o leucócito fará a morte do agressor e sua digestão por enzimas lisossomais.
 
	Assim sendo, a inflamação aguda pode evoluir para a cronicidade, para regeneração ou para a cicatrização.
3 )O QUE É IMUNIDADE INATA, NATURAL OU NATIVA ?
	Responsável pela defesa inicial do organismo, através de mecanismos existentes antes da infecção, que são capazes de respostas rápidas e indiferenciadas além de estimular, modular e ter seus componentes utilizados pela resposta imune adquirida.
__________________________________________________________________________________
IMUNIDADE ADQUIRIDA OU ESPECÍFICA	
	Desenvolve-se como uma resposta a infecção e se adapta a ela. Apresenta uma grande especificidade para as mais distintas macromoléculas e capacidade de lembrar e de responder mais vigorosamente as repetidas exposições ao mesmo mo. A resposta imune adquirida é divida em duas partes que ocorrem simultaneamente.
	A resposta imune humoral é composta pelos linfócitos B, que são capazes de reconhecer tanto antígenos extracelulares quanto os de superfície celular e se diferenciam então, em células capazes de produzir anticorpos, os plasmócitos.
	Já a resposta imune celular é composta pelos linfócitos T que tem uma especificidade restrita, reconhecem somente antígenos peptídicos ligados a moléculas do hospedeiro (MHC). Os linfócitos T se dividem em TCD4 ou T auxiliares e os TCD8 ou T citotóxicos.
FASES DA RESPOSTA IMUNE ADQUIRIDA
	Reconhecimento: cada grupo de linfócitos origina-se de um precursor único e é capaz de reconhecer e responder a um determinante antigênico distinto.
	Ativação dos linfócitos: requerem dois sinais distintos, o primeiro é o próprio antígeno e o segundo produtos microbianos ou componentes da resposta inata aos antígenos. Exemplo: citocinas
	Após a ativação ocorre uma série de eventos detalhados a seguir.
- síntese de novas proteínas que são produzidas pelos linfócitos para estimular o 	crescimento e a diferenciação das células efetoras.
 Ex: expressão de receptores que tornam os linfócitos mais responsivos as citocinas.
	-expansão clonal: os linfócitos antígeno-específico sofrem divisão mitótica, o que resulta no aumento e na proliferação desses linfócitos.
-diferenciação em células efetoras ou de memória
	-homeostase: retorno do estado basal do sistema imune, já que, exceto os linfócitos de memória, os demais morrem por apoptose.
Fase Efetora
	Os anticorpos produzidos pelos LB eliminam os mo extracelulares, enquanto que os LT os mo intracelulares.
ORIGEM DAS CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE
	Todas as células do sangue se originam a partir de uma única célula tronco hematopoiética. Na medula óssea essas células de diferenciam a partir de um precursor que pode ser o mielóide (hemácias, eritrócitos, neutrófilos) e o linfóide (linfócitos e NK).
Precursor Mielóide
	Monócitos: Correspondem de 5 a 10 % dos leucócitos. Entram no sangue periférico depois de deixar a medula e são incompletamente diferenciados, com o núcleo em forma de feijão e o citoplasma granuloso, estas células amadurecem dentro dos tecidos em macrófagos que possuem maior capacidade fagocítica. No SNC esses macrófagos são chamados de células gliais, no fígado células de kupffer, nas vias respiratórias de macrófagos alveolares e nos ossos de osteoclastos.Funções: -fagocitose de mo, produção de citocinas que recrutem e ativem outras células inflamatórias , apresentar os antígenos em uma forma que possam ser reconhecidos pelos LT, produzir proteínas de membrana que secretadas sirvam como segundos sinais de ativação dos LT.
	Células dendríticas: são fagócitos mononucleares que possuem projeções membranosas e são capazes de apresentar antígenos aos LT, induzindo respostas principalmente a antígenos protéicos.
	Granulócitos: correspondem a 65% dos leucócitos e são assim chamados porque seu mecanismo efetor se da através da liberação de grânulos. São as primeiras células a chegar à inflamação e dividem-se em:
	-neutrófilos: fagócito polimorfonuclear, não apresentador de antígeno
	-eosinófilos: possuem núcleo bi ou tri segmentado, não é fagócito seu mecanismo efetor se dá pela liberação de grânulos sobreo antígeno, não é capaz de fazer apresentação de antígenos.
Precursor Linfóide
	Linfócitos: correspondem a 35% dos leucócitos são as únicas células do sangue capazes de reconhecer e distinguir especificamente diferentes determinantes antigênicos. Os linfócitos que ainda não foram estimulados por antígenos são chamados de virgens ou naives, estes ficam em estado de repouso, ou no estágio G° do ciclo celular.
Linfócito T
	São células efetoras da imunidade celular, seus precursores derivam da medula óssea migram e maduram no timo, onde são chamados de timócitos. Podem ser:
CD4 auxiliar: reconhecem antígeno através da célula apresentadora de antígenos e liberam citocinas, podendo auxiliar aos macrófagos e linfócitos T, não interagem diretamente com o antígeno.
CD8 citotóxico: reconhecem antígeno através de células apresentadoras de antígenos, liberam grânulos para eliminar mo.
CD é um grupo de diferenciação e refere-se a uma molécula reconhecida por um grupo de anticorpos monoclonais que podem ser utilizados para identificar a linhagem ou o estágio de diferenciação do linfócito e desse modo distinguir entre uma e outra classe de linfócitos.
Linfócito B
	Tem sua maturação na medula óssea e também no fígado durante a vida fetal, reconhecem antígenos através de receptores de superfície, portanto tem interação direta com o antígeno. Quando devidamente ativados dão origem aos plasmócitos que liberam anticorpos.
Natural killer (NK matadora natural)
	São linfócitos cujos receptores são inespecíficos, ou seja, ataca qualquer célula que esteja contaminada, sua função é da imunidade inata.
ANATOMIA DO SISTEMA IMUNE
	Órgãos linfóides primários: também chamados de geradores, local onde os linfócitos primeiramente expressam os receptores de membrana e atingem a maturidade fenotípica e funcional. São eles:
	-Medula óssea: estrutura espongiforme localizada no fígado e baço durante a vida fetal e nos ossos chatos como esterno e íleo durante a vida adulta.
	Responsável pela geração de todas as células do sangue, maturação de todas as células exceto linfócitos T, estimula o crescimento celular.
	-Timo: órgão que involui com a idade, localiza-se aderido à traquéia, entre os pulmões e tem como principal função a maturação de LT, com anatomia bilobada apresenta uma região cortical que contém uma grande quantidade de LT imaturos, já a medula é povoada por diferentes linhagens de linfócitos, células dendríticas e macrófagos.
	
	Órgãos Linfóides secundários: São aqueles em que se concentram as células da imunidade e onde ocorre a maior presença de antígenos. São eles:
	-Sistema linfático: conjunto de vasos aferentes e eferentes que muitas vezes acompanham o trajeto de artérias e veias. O sistema linfático coleta a linfa que é o excesso de líquido intersticial e a transporta juntamente com os linfócitos para os linfonodos.
	
-Linfonodos: sítios onde são iniciadas as respostas imunes adquiridas aos antígenos originários da linfa. Os linfonodos são compostos por pequenos agregados nodulares de tecido rico em linfócitos, cercados por uma cápsula fibrosa que é perfurada por vários vasos linfáticos aferentes os quais despejam a linfa em um seio capsular, a linfa infiltra-se através do nodo para o interior do seio capsular e sai pelos vasos linfáticos eferentes localizados no hilo. Abaixo do seio capsular o nodo compõe-se de um córtex externo e um paracórtex interno, no córtex externo áreas ricas em linfócitos são os folículos, sendo que os folículos primários contêm os centros germinativos compostos por LB maduros, os folículos secundários não possuem centros germinativos. Os LT estão localizados entre os folículos, no paracortéx.
	-Baço: local de respostas imunes aos antígenos transportados pelo sangue.
	-Sistema imune cutâneo: a pele possui um sistema imune especializado, consistindo de linfócitos e células acessórias, que servem para aperfeiçoar a detecção de antígenos ambientais. A epiderme é constituída de queratinócitos, melanócitos, células de langeherans, e células T intra-epiteliais.
	-Sistema imune das mucosas: as superfícies mucosas do trato gastrointestinal e respiratório são colonizadas por linfócitos e células acessórias com a finalidade de responder a antígenos ingeridos ou inalados. Esses tecidos linfóides podem ser organizado (placas de Peyer, tonsilas palatinas, pulmão) e não-organizado (linfócitos espalhados pela lâmina própria e camada epitelial).

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