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Relatório linfócitos

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Relatório de Tutoria Prob3 M2 2021 
 
N° do Problema: 3 Data da Análise: 19/04/2021 Data da Resolução: 26/04/2021 
Professor: Patrícia Coordenador: Pétala Koster Relator: Daniela Nery 
 
PROBLEMA 3 – ÍNGUAS NO CORPO! 
 
 Na enfermaria feminina de Medicina Interna, os acadêmicos do sexto período deveriam entrevistar 
Denise para discussão do caso com o professor. Denise, 25 anos, reside em Goiânia, trabalha como 
empregada doméstica e é solteira. Há dois meses iniciou quadro de fraqueza generalizada, febre baixa 
vespertina, emagrecimento e aparecimento de “ínguas” pelo corpo. Está internada há cinco dias e já foi 
avaliada pela infectologia, sem conclusão diagnóstica. Ao exame físico, apresenta-se hipocorada (++/4+), 
afebril (T=36,6°C), emagrecida e eupneica. Os acadêmicos detectaram também pequenas adenomegalias 
múltiplas na região cervical e únicas nas regiões axilares e inguinais, de tamanhos variados e indolores à 
palpação. A palpação do abdome revelou hepatomegalia a 3cm do rebordo costal direito e esplenomegalia 
com borda inferior a 6 cm do rebordo costal esquerdo. 
 A radiografia de tórax mostrava alargamento de mediastino. Os exames laboratoriais encontraram 
anemia, leucopenia com neutropenia e plaquetopenia: Hb = 7,8 g/dL (VN: 12-15), Ht: 23,4% (VR: 36-
46), VCM: 86 (VR: 80-99), HCM: 30 (VR: 23-33), Leucócitos: 1.400/mm3 (1% de bastonete, 10% de 
segmentados, 0% de eosinófilos, 0% de basófilos, 15% de linfócitos, 1% de monócitos, 73% de blastos), 
Plaquetas: 25.000/mm3 (VN: 130.000-450.000).O hematologista, após exames mais específicos, concluiu 
tratar-se de Leucemia Linfóide Aguda, subtipo T. As células apresentavam marcadores de superfície de 
linfócitos T, como CD7 e CD3, e eram CD4 positivo e CD8 positivo, mas não tinham marcadores de 
linfócitos B, como o CD19. 
 
INSTRUÇÃO: Quais são as características e funções dos linfócitos T e B? 
 
 
1º Passo: Definir os Termos Desconhecidos 
- ínguas : Correspondem ao aumento dos gânglios linfáticos, ou linfonodos, que geralmente acontece por 
alguma infecção ou inflamação da região em que surge. Ela se manifesta através de um ou mais pequenos 
nódulos sob a pele do pescoço, cabeça ou virilha, que podem ou não ser dolorosos, e costumam durar 
entre 3 e 30 dias. 
 -Hipocorada : baixa pigmentação ou pouca coloração da pele 
 
 
-Hepatomegalia: é caracterizado pelo aumento do tamanho do fígado, podendo ser palpado abaixo da 
costela no lado direito. O fígado pode aumentar devido a diversas situações, como por exemplo, cirrose, 
esteatose hepática, insuficiência cardíaca congestiva e, menos frequentemente, no câncer. 
-Rebordo costal esquerdo : é o espaço em forma de lua crescente circundado pela borda inferior do 
pulmão esquerdo, a borda anterior do baço, o rebordo costal esquerdo e a margem inferior do lobo 
esquerdo do fígado. O contorno das últimas costelas, delimitando onde acaba a caixa torácica. 
-Adenomegalias : Os gânglios linfáticos consideram-se aumentados quando excedem 1 cm de diâmetro, 
no caso dos cervicais ou axilares e 1,5 cm nos inguinais. Um gânglio linfático aumentado de tamanho 
denomina-se adenomegalia. 
-Eupneica: Respiração normal 
-Esplenomegalia: A esplenomegalia consiste no aumento do tamanho do baço que pode ser causado por 
diversas doenças e que necessita de tratamento para evitar uma possível ruptura, de forma a evitar 
hemorragias internas potencialmente fatais. 
 -Leucopenia: redução do número de leucócitos no sangue 
-neutropenia: – Diminuição do número de neutrófilos no sangue. 
- plaquetopenia: Diminuição do número de plaquetas. 
-VCM: Volume Corpuscular Médio, é um índice presente no hemograma que indica a média do tamanho 
das hemácias, que são as células vermelhas do sangue. O valor normal do VCM é entre 80 e 100 fl 
(fração livre), podendo variar de acordo com o laboratório. 
-Leucócitos : são células sanguíneas conhecidas por muitas pessoas como glóbulos brancos. Essas células 
podem ser classificadas em diversos tipos, entretanto, todos atuam em prol de um bem comum: a defesa 
do organismo. 
-Leucemia Linfoide Aguda: Um tipo de câncer do sangue e da medula óssea que afeta os glóbulos 
brancos. A leucemia linfoblástica aguda é o câncer mais comum na infância. Ocorre quando uma célula 
de medula óssea desenvolve erros no seu DNA. Os sintomas podem incluir aumento dos gânglios 
linfáticos, hematomas, febre, dor óssea, sangramento da gengiva e infecções frequentes 
 -Eosinófilos: Eosinófilos são um tipo de glóbulo branco do sangue que desempenha um papel importante 
na resposta do organismo a reações alérgicas, asma e infecção por parasitas. Essas células participam da 
imunidade protetora contra certos parasitas, mas também contribuem para a inflamação que ocorre em 
distúrbios alérgicos. 
-Monócitos : são um grupo de células do sistema imunológico que tem a função de defender o 
organismo de corpos estranhos, como vírus e bactérias. 
-Basófilos: são células importantes para o sistema imune, estando normalmente aumentados em casos de 
alergia ou inflamação prolongada como asma, rinite ou urticária por exemplo. Os basófilos possuem em 
sua estrutura inúmeros grânulos, que, em situações de inflamação ou alergia, por exemplo, liberam 
heparina e histamina para combater o problema. 
-Acidófilos: Que retém corantes ácidos. 
- Lisossomos: Partícula presente no protoplasma celular, circundada por uma membrana lipoprotéica e 
contendo enzimas variadas do tipo hidrolase, a lisozima, e outros agentes bactericidas protéicos. São 
agentes de defesa celular e da fagocitose. 
-CD7: Este gene codifica uma proteína transmembrana que é membro da superfamília das 
imunoglobulinas . Esta proteína é encontrada em timócitos e células T maduras . Ele desempenha um 
papel essencial nas interações de células T e também na interação de células T / células B durante o 
desenvolvimento linfóide inicial. Marcador de linfócitos T. 
-CD3: Os linfócitos CD3 são correceptores que ajudam na ativação do sistema imune. 
. 
 
 
 
2º Passo: Definir o Problema 
 
Características dos linfócitos T e B 
 
3º Passo: Analisar o Problema (Chuva de Ideias) 
-Os linfócitos células do sistema imune (auxilia contra antígenos), linfócitos T diferentes dos linfócitos B 
 -Linfócito T madura no timo, Linfócitos B madura na medula óssea. 
-Linfócitos B atua como células de memoria. 
 -Depois da diapedese os linfócitos B transformasse em plasmócitos. 
 -Linfócitos T- os linfócitos T fazem parte da imunidade celular humoral, no qual eles produzem citocinas 
que combatem os antígenos– CD4 que recebe informação do macrófago. CD8- linfócito que vai destruir a 
célula. 
 -Os linfócitos T não fazem reconhecimento celular direto, eles são apresentados através das APC (células 
apresentadoras de antígenos) 
 -Relacionado a um tipo de anemia 
-Leucemia é uma contagem descontrolada de células percursoras dos glóbulos brancos. 
 -Leucemia Linfoide Aguda é um tipo de neoplasia de células percursora de linhagem linfoide. 
 -Paciente pode ter hemorragia. 
-Manifestações cutâneas 
. -MHC 
 
4º Passo: Sistematizar a Análise e Hipóteses de Resolução do Problema 
 
Tema : Linfócitos 
Referência : Abbas 
 
 
 
 
 
 
5º Passo: Formular os Objetivos Específicos de Aprendizagem 
O1: Descrever a maturação, subpopulações e funções de linfócitos T ( CD4, CD8, Treg). 
O2: Descrever a maturação, subpopulações e funções de linfócitos B 
O3: Caracterizar as imunoglobulinas (conceito; estrutura; classificação e funções). 
O4: Diferenciar adenomegalias inflamatórias e neoplásicas 
 
6º Passo: Estudo Individual 
 
 
7º Passo: Sistematizar os Conhecimentos Adquiridos para a Resolução do Problema 
 
DO1: Descrever a maturação, subpopulações e funções de linfócitos T ( CD4, CD8, Treg). 
 
 Células tronco dão origem a linhagem linfoide de células na medula óssea. Algumas células dessa 
linhagem vão para o timo (órgão linfoide)se maturarem, originando os linfócitos T. Apenas os 
linfócitos T maduros deixam o timo e caem na circulação. Maturação dos LT: ocorre em etapas 
sequenciais que envolvem a recombinação somática e expressão do TCR (receptor de linfócitos T), 
proliferação das células, expressão de correceptores CD4 e CD8 e seleção positiva e negativa induzida 
por apresentação de antígenos por células do estroma tímico. 
Sai do timo como uma célula madura e NAIVE (completou o seu processo de diferenciação e já é um 
linfócito T formado, porém ainda não ativado). 
 As células T provavelmente evoluíram em resposta a esse aspecto da patogenicidade – a necessidade 
de combater patógenos intracelulares. Elas também são o modo pelo qual o sistema imune reconhece 
células que não são próprias, especialmente células cancerosas. Assim como as células B, cada célula T 
é específica apenas para um determinado antígeno. Mais do que o revestimento com imunoglobulinas 
que proporcionam a especificidade para as células B, as células T apresentam TCRs (estrutura que 
reconhece antígenos). 
 Os linfócitos T são responsáveis pela imunidade celular. Os receptores de antígenos da maioria dos 
linfócitos T reconhecem apenas fragmentos peptídicos de antígenos de proteína que estão ligados a 
moléculas de apresentação de peptídeos especializadas, chamadas de complexo principal de 
histocompatibilidade (MHC; do inglês, major histocompatibility complex), sobre a superfície de células 
especializadas, chamadas células apresentadoras de antígenos (Cap. 3). Entre os linfócitos T, as células 
T CD4+ são chamadas de células T auxiliares porque ajudam os linfócitos B a produzirem anticorpos e 
auxiliam os fagócitos na destruição dos microrganismos ingeridos. Os linfócitos T CD8+ são chamados 
de linfócitos T citotóxicos (CTL; do inglês, cytotoxic T lymphocyte), porque eles matam as células que 
contêm microrganismos intracelulares. Algumas células T CD4+ pertencem a um subconjunto especial 
que funciona para impedir ou limitar as respostas imunes; estas são chamadas linfócitos T reguladores. 
 
-Linfócitos Th1: produzem grande quantidade de IL- 2, que induz proliferação de LT e também induz a 
proliferação e aumenta a capacidade citotóxica dos LT CD8. Outra citocina produzida em grande 
quantidade é o INF-γ, importante na ativação de macrófagos infectados por patógenos intracelulares 
como micobactérias, protozoários e fungos. O INF-γ também participa da retroalimentação positiva, em 
que induz a via de diferenciação para células Th1 e inibe a via de Th2. A resposta de Th1 é essencial 
para o controle de patógenos intracelulares, sendo possível que contribua para a patogênese de doenças 
reumáticas autoimunes como artrite reumatoide e esclerose múltipla; 
 
 
-Linfócitos Th2: são muito importantes para as respostas imunes humorais. Produzem IL-4, IL-5, IL-6 e 
IL-10, favorecendo a produção de anticorpos. A resposta dessas células está associada com as doenças 
alérgicas e infecções por helmintos, uma vez que a IL-4 induz a troca de classe de imunoglobulinas nos 
linfócitos B para IgE e a IL-5 induz a proliferação e ativação de eosinófilos. A IL-4 também ativa a via 
de diferenciação para os linfócitos Th2 e suprime a via de Th1; 
-Linfócitos Th17: são importantes na proteção contra infecções por microrganismos extracelulares. 
Produzem IL-22, IL-26 e citocinas da família IL-17. As citocinas da família IL-17 são potentes 
indutoras da inflamação, induzindo a infiltração celular e proliferação de outras citocinas pró-
inflamatórias. A produção desregulada de IL-17 está associada a várias condições autoimunes, como 
esclerose múltipla, doença intestinal inflamatória, psoríase e lúpus. A via de diferenciação Th17 é 
antagonizada pelas citocinas Th1 e Th2. Essas células também produzem IL-23 que, juntamente com 
IL-1 e IL-6, pode levar ao desenvolvimento de doenças autoimunes e induz a ativação da via de 
diferenciação dos linfócitos Th17. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DO2: Descrever a maturação, subpopulações e funções de linfócitos B 
 
 Os linfócitos B são células que são produzidas inicialmente no saco vitelino, depois no fígado (durante 
a vida fetal) e, posteriormente, na medula óssea. As células progenitoras linfoides permanecem na 
medula óssea até sua maturação, deixando o local e caindo na circulação em direção a órgãos linfoides 
quando estão maduras. Os linfócitos B são os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, 
que se destaca pela resposta imunológica realizada pela produção de anticorpos. Esses anticorpos são 
capazes de neutralizar ou ainda destruir os antígenos. Para que ocorra a produção de anticorpos, faz-se 
necessária a ativação dos linfócitos B, que se proliferam e diferenciam-se em plasmócitos. São os 
plasmócitos que produzem os anticorpos. 
 
 
 
1)rearranjo e expressão de genes de Ig em uma ordem precisa 
2)seleção 
3)proliferação de células B em desenvolvimento no ponto de controle do pré-receptor de antígenos 
4)seleção do repertório de células B maduras. 
 
-Mecanismo de seleção positiva: os LB imaturos expressando moléculas funcionais de Ig de membrana 
recebem sinais de sobrevivência para prosseguir a maturação; 
-Mecanismo de seleção negativa: os LB imaturos, ainda na medula óssea, que reconhecem antígenos 
próprios com alta afinidade sofrem apoptose ou entram em um processo denominado edição de receptor, 
no qual os genes RAG são novamente ativados e outra combinação V-J de cadeia leve é gerada em 
substituição à anterior, auto-reativa. 
 
Papel do Complexo pré-BCR em Maturação de Célula B. 
O pré-BCR montado tem função essencial na maturação das células B: 
• Sinais do complexo pré-BCR promovem a sobrevivência e a proliferação de linhagens de células B 
que têm feito um rearranjo produtivo no locus da cadeia H. Este é o primeiro ponto de checagem do 
desenvolvimento das células B, e tal checagem seleciona e expande as células pré-BCR que expressam 
uma cadeia pesada de μ funcional (um componente essencial do pré-BCR e BCR). As pré-células B que 
realizam rearranjos fora da estrutura (não produtivos) no locus de cadeia pesada não conseguem criar a 
proteína μ, não podem expressar um pré-BCR ou receber sinais de pré-BCR e morrem por morte celular 
programada (apoptose). 
• O complexo pré-BCR também sinaliza o processo de fechamento da recombinação dos genes da 
cadeia pesada da Ig no segundo cromossomo, pois cada célula B pode expressar uma cadeia pesada Ig 
de somente um dos dois alelos parentais herdados. Esse processo é chamado de exclusão alélica. 
-Subpopulações: As principais subpopulações de células B são células B foliculares, células B da zona 
marginal e células B-1, cada uma das quais encontrada em localizações anatômicas distintas junto aos 
tecidos linfoides. As células B foliculares, o tipo de células B mais numeroso, são encontradas nos 
tecidos linfoides e no sangue. Elas expressam conjuntos de anticorpos altamente diversificados e 
clonalmente distribuídos, que atuam como receptores antigênicos de superfície celular e como 
moléculas efetoras-chave secretadas de imunidade adaptativa humoral. As células B foliculares 
originam a maioria dos anticorpos de alta afinidade e as células B de memória que protegem as pessoas 
contra infecções repetidas pelos mesmos microrganismos. Em contraste, as células B-1 e as células B da 
zona marginal constituem uma minoria das células B e produzem anticorpos com diversidade muito 
limitada. As células B-1 são encontradas principalmente em tecidos de mucosa, bem como nas 
cavidades peritoneal e pleural, enquanto as células B da zona marginal estão presentes principalmente 
no baço. 
- Função : Os linfócitos B participam da resposta imune adaptativa humoral, produzindo anticorpos. 
Possuem receptores de antígenos e são derivados da medula óssea. Os linfócitos B são células que são 
produzidas inicialmente no saco vitelino, depois no fígado (durantea vida fetal) e, posteriormente, na 
medula óssea. As células progenitoras linfoides permanecem na medula óssea até sua maturação, 
deixando o local e caindo na circulação em direção a órgãos linfoides quando estão maduras. 
Os linfócitos B são os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, que se destaca pela 
resposta imunológica realizada pela produção de anticorpos. Esses anticorpos são capazes de neutralizar 
ou ainda destruir os antígenos. Para que ocorra a produção de anticorpos, faz-se necessária a ativação 
dos linfócitos B, que se proliferam e diferenciam-se em plasmócitos. São os plasmócitos que produzem 
os anticorpos.Além da produção de anticorpos, os linfócitos B atuam como células de memória 
 
 
imunitária. Essas células são capazes de reagir rapidamente em uma nova infecção com o mesmo 
antígeno. Assim sendo, elas garantem uma proteção mais rápida e eficaz. 
Além disso, os Linfócitos B funcionam como Células Apresentadoras de Antígenos via Classe II do 
MHC, ativando os Linfócitos T CD4+. 
 
DO3: Caracterizar as imunoglobulinas (conceito; estrutura; classificação e funções). 
 As imunoglobulinas são moléculas de glicoproteína que são produzidas pelos plasmócitos em resposta 
a um antígeno e que funcionam como anticorpos. Funcionam como opsonizadoras para fagócitos e 
fazem parte da resposta imune adaptativa humoral. 
 A IgG é a principal Ig no soro, faz parte da resposta imune adaptativa, sendo responsável pela memória 
imunológica, além de apresentar transferência placentária. A IgM é responsável pela resposta imune 
primária, quando testada positivamente significa que a infecção está vigente. A IgA faz parte da 
imunidade das mucosas, sendo importante na imunidade local. Pode ser transferida na amamentação. A 
IgE está envolvida em processo alérgicos e infecções parasitárias por helmintos. A IgD funciona como 
um receptor para antígenos. 
 
 
 Os anticorpos, também conhecidos como imunoglobulinas (Ig) ou gamaglobulinas, são glicoproteínas 
sintetizadas pelos linfócitos B, utilizadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar os 
antígenos. Eles podem se apresentar em duas formas: secretados pelos plasmócitos (B maduro), estando 
solúvel na corrente sanguínea; ou ligados à membrana de B, conferindo especificidade antigênica à 
célula. 
 Estruturalmente, os anticorpos são compostos por duas cadeias leves idênticas e de duas cadeias 
pesadas, também idênticas. As cadeias leves se ligam às cadeias pesadas através de pontes dissulfetos, 
que variam em quantidade e posições entre as diferentes classes de anticorpos. Além disso, ambas as 
cadeias possuem uma região variável e outra constante. O domínio variável confere especificidade ao 
anticorpo. 
 
 
 
 A IgM é a molécula que é formada rapidamente no corpo logo após o primeiro contato com uma 
infecção. É através dessa molécula, formada perfeitamente para aquela determinada infecção, que o 
corpo organiza o ataque inicial para combatê-la. Essa molécula tem como característica ter uma vida 
curta, assim não dura muito tempo no corpo. A IgG é uma molécula que demora mais tempo para ser 
formada, e ela é responsável pelo impedimento da re-infecção.IgG negativo (não reagente) e IgM 
negativo (não reagente): indicam que o paciente nunca entrou em contato com o agente patogênico 
(agente causador da doença), ou seja, nunca foi nem vacinado nem contaminado. 
IgG negativo (não reagente) e IgM positivo (reagente): indicam infecção aguda (ou seja, iniciada há dias 
ou semanas). 
IgG positivo (reagente) e IgM negativo (não reagente): indicam infecção antiga (com meses ou anos) ou 
que a pessoa foi vacinada e o organismo teve sucesso na produção de anticorpos. 
 IgG positivo (reagente) e IgM positivo (reagente): infecção recente (semanas ou meses). 
IgG: Suas principais funções são: opsonização, ativação do complemento, aglutinação e formação de 
precipitado e citotoxidade dependente de anticorpos mediados por células NK. Possui quatro subclasses, 
1,2,3 e 4. 
IgM: Ativação da via clássica do complemento e receptor de antígeno dos linfócitos B virgens. É 
encontrado no sangue da linfa e na superfície das células B como monômero. 
 IgA: É responsável pela ativação do complemento pela via das lectinas e via alternativa. Encontrado no 
sangue e na linfa e secreções como saliva, leite, muco, lágrima. Possui duas subclasses 1 e 2. 
 IgE: Em forma de monômero, está envolvida na ativação dos eosinófilos, para combate de parasitas 
como helmintos. É a principal imunoglobulina dos processos alérgicos. 
 IgD: É um monômero ligado a membrana, nunca está na forma livre. É receptor de antígeno na célula B 
imatura. 
 Funções efetoras: 
o Neutralização de microrganismos: O anticorpo recobre o sítio tóxico do agente antigênico 
(mecanicamente); Bloqueiam a ligação desses agentes e suas toxinas aos receptores celulares; 
o Ativação do complemento: Ativação do complemento (via clássica): induz a lise de 
microrganismo pela ativação do complemento; 
o Opsonização de antígenos: Os anticorpos do isotipo IgG cobrem (opsonizam) os microrganismos 
e promovem sua fagocitose pela ligação de receptores de Fc nos fagócitos; 
o Citotoxidade dependente de anticorpo: Células efetoras do sistema imune provoca a lise 
ativamente de uma célula alvo cuja superfície da membrana foi recoberta por anticorpo; 
o Hipersensibilidade imediata: Hipersensibilidade decorrente da degranulação de mastócitos e 
basófilos ativados por IgE. 
o Receptores de antígenos: Anticorpos ligados à membrana na superfície dos linfócitos B funcionam 
 
 
como receptores de antígenos. O reconhecimento do antígeno pelos anticorpos ligados à membrana nas 
células B imaturas ativa esses. 
 
DO4: Diferenciar adenomegalias inflamatórias e neoplásicas 
 A adenomegalia é uma das alterações mais comuns na infância que, muitas vezes, cabe ao pediatra 
avaliar e tomar a conduta mais adequada para confirmar ou excluir uma patologia como câncer, 
tuberculose ou HIV. Trata-se de um aumento dos linfonodos que pode surgir ao longo da cadeia 
linfática existente no organismo. Normalmente, a adenomegalia é uma reação a processos inflamatórios 
de doenças benignas, como amigdalite, que são frequentes em crianças, regredindo espontaneamente. 
Porém, a causa do aumento do gânglio linfático deve ser sempre muito bem investigada. Embora menos 
frequente, a adenomegalia de causa neoplásica pode ser localizada ou generalizada, superficial ou 
profunda. São gânglios de consistência endurecida, coalescentes, aderentes a planos profundos, mal 
delimitados e de crescimento mais lento que em processos virais ou bacterianos. As principais 
neoplasias que podem se manifestar com adenomegalia são: linfomas, leucemias, neuroblastoma, 
carcinomas de rinofaringe e tireóide. 
-Inflamatórias: Evolução rápida, com presença de sinais flogísticos, normalmente são dolorosos, com 
frequência são múltiplos desde o inicio do processo inflamatório. Em geral são maiores que 2 cm. 
-Neoplásicas: Evolução progressiva, normalmente são indolores, pele inicialmente sem alteração de 
cor, em geral são maiores que 2 cm.

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