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Exercícios Módulo 1 imunologia - biomedicina e farmácia noturno

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Exercícios para prova 1
Aluna: Brenda Galdino Jardim 
Turma: TFN
1- O que são órgãos linfóides primários e secundários? Exemplifique. (0,5)
Os órgãos linfóides podem ser divididos em 2 classes, os primários e os secundários. Os órgãos linfóides primários são aqueles que produzem os componentes celulares do sistema imunológico, onde os linfócitos começam a expressar seus receptores de antígeno e atingem a maturidade fenotípica e funcional. Esses órgãos são a medula óssea e o timo. Todos os linfócitos se originam na medula óssea, mas os linfócitos T só terminam a sua maturação no timo, em contrapartida aos linfócitos B que saem da medula já maduros. Por terem essa grande importância, a medula e o timo são chamados de órgãos linfóides centrais ou primários. Após a maturação, os linfócitos migram pelo sangue e pela linfa até os órgãos linfáticos secundários ou periféricos. 
Já os órgãos linfóides secundários são os locais onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e desenvolvidas. Eles incluem os glânglios linfáticos, o baço, o sistema imune cutâneo e o sistema imune de mucosas. Todos os órgãos periféricos possuem uma função em comum que é de serem o local em que ocorre a apresentação dos antígenos e a existência de linfócitos virgens respondedores no mesmo local, assim, as respostas imunes adaptativas podem ser iniciadas. Também possuem em comum a característica de segregarem anatômicamente os linfócitos B e T, exceto em situações específicas em que essas células precisam interagir entre si. 
2- Discorra sobre as células do sistema imune inato e adquirido e mencione sucintamente suas funções. (1,5)
A capacidade do sistema imune, tanto inato quanto adaptivo, de desempenhar suas funções protetoras de maneira eficaz é dependente de várias propriedades de suas células e seus tecidos. As células que apresentam funções especializadas nas respostas imunes são os (a) fagócitos, (b) células dendríticas, (c) linfócitos específicos que determinam antígenos e (d) vários leucócitos que agem na eliminação de invasores. As células do sistema imune são:
a) Fagócitos: 
Os neutrófilos e macrófagos estão inclusos nessa classe de células por terem como função primária identificar, ingerir e destruir microorganismos. Essas células possuem passos sequenciais de ação, iniciando em recrutar as células imunes para os sítios de infecção, depois de reconhecerem e serem ativados iniciam o processo de ingestão por meio da fagocitose. Também, por meio do contato direto e da secreção de proteínas os fagócitos comunicam-se com outras células, o que promove ou regula as respostas imunológicas. 
Os neutrófilos são células polimorfonucleadas, constituem a maior população de leucócitos circulantes, é extremamente reativa produzindo muito R.O.S ( espécie reativa de O2) e são as primeiras células a chegarem no patógeno. 
Os macrófagos são células mononucleares e originam-se por um precursor comum na medula óssea, circulam pelo sangue, sofrem maturação e tornam-se ativadas em vários tecidos. Além da ingestão de micro-organismos, os macrófagos também ingeram células mortas do organismo como parte do processo de limpeza após a infecção, secretam citocinas, atuam no APC que apresentam antígenos e ativam os lifócitos T e promovem a reparação dos tecidos lesionados. 
b) Células dendríticas 
São populações celulares especializadas em capturar antígenos microbianos e outros antígenos, apresentá-los aos linfócitos e fornecer sinais que estimulem a proliferação e diferenciação desses linfócitos. As células dendríticas são as APC mais importantes para a ativação de células T virgens, possuem funções na resposta imune e adquirida e são uma ponte entre essas duas respostas. 
c) Linfócitos 
São as principais células funcionais do sistema imune na defesa do organismo. São capazes de reconhecer moléculas estranhas em agentes infecciosos e combate-las por respostas humoral e citotóxica mediada por células. Podem ser T ou B. O tipo T participa da imunidade celular enquanto os linfócitos B poduzem anticorpos. Ambos participam da memória imune e só reconhecem antígenos específicos. Parte dos linfócitos diferenciam-se em linfócitos B que produzem linfócitos B e diferemciam-se em plasmócitos, que participam da produção de anticorpos. Outra parte diferencia-se em linfócitos T que produzem linfócitos citotóxicos, capazes de lisar células estranhas ou infectadas por vírus. 
Além das células B e T, existem outras populações de células que são denominadas linfócitos baseado em seus aspectos morfológicos, como as células assassinas naturais (NK cells). Essas células representam uma pequena população de linfócitos T que atuam na imunidade inata e são assim chamados em razão da sua grande capacidade em matar uma célula infectada e detectar e controlar antecipadamente os sinais de câncer. 
d) Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos
São três tipos celulares com importantes funções tanto na resposta inata como na adaptativa. A característca em comum dessas células é a presença de grânulos citoplasmáticos preenchidos por vários mediadores inflamatórios e antimicrobianos. Outro aspecto em comum ´o envolvimento nas respostas imunes que protegem contra helmintos e em alergias. 
3- Explique os eventos que ocorrem durante uma quebra de continuidade da barreira da pele, considere que houve uma invasão bacteriana no ferimento. (3,0)
a. Discorra sobre o reconhecimento do patógeno. Quais os principais PRR? Cite exemplos de PAMPs.
Quando há uma invasão de um patógeno, a primeira linha de defesa do organismo entra em ação. Assim, o sistema imune inato e suas células de defesa são acionados e começam a agir depois de serem avisadas pelas células da pele lesionada, pois elas liberam citocinas como forma de recrutar células imunes. Adicionalmente as citocinas, moléculas também são liberadas pelo patógeno, denominadas de PAMP’S (padrões moleculares associados a patógenos), pois caso ocorra contato direto vão ativar mastócitos que liberarão histamina, substância que além de causar a resposta inflamatória, é responsável por reagir com as células endoteliais e causar vasodilatação, fazendo assim, com que os capilares fiquem mais porosos. Dessa maneira, aumentará a permeabilidade dos capilares e consequentemente a quantidade de substâncias químicas no local, causando assim, uma mudança no gradiente. Tal mudança atrairá os neutrófilos e monócitos que migrarão para o local em que está ocorrendo a a resposta inflamatória. Os monócitos, então, ao chegarem no tecido serão diferenciados em macrófagos e produzirá citocinas como a IL-1 e PRR’S com TLR-2 e TLR-4, que são capazes de se ligarem ao LPS bacteriano e o ácido lipoproteico. A ativação desses PRR’s desencadeia na ativação de outras respostas celulares por meio das vias de transdução de sinais, o que leva a produção de citocina e outros mediadores pró-inflamatório que participam da resposta imune contra os micro-organismos. 
b. Discorra sobre a ação dos macrófagos e células dendríticas.
Os macrófagos e as células dendríticas são as célular que expressam maior variedade e quantidade de receptores de reconhecimento de padão associado a célula, e isso está ligado com o papel que as células dendríticas na reação aos microrganismos de forma a deflagrar inflamação e a imunidade adaptativa subsequente, além da fagocitose desses patógenos. Os macrófagos também são APCs e exibem fragmentos de antígenos proteicos e ativam os linfócitos T, promovem o reparo de tecidos lesados estimulando o crescimento de novos vasos sanguíneos e a síntese de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose). Os PRRs expressos tanto pelo macrófago quanto pelas células dendríticas estão ligados as vias de transudção de sinais intracelulares, ativando as varias respostas celulares e a produção de moléculas promotoras de inflamação. 
4- Cite as etapas e os eventos moleculares envolvidos na transmigração de leucócitos do sangue para um tecido inflamado. (1,0)
As etapas necessárias para a migração dos leucócitos nos tecidos podem serenumaradas em 4 eventos. O primeiro é o rolamento dos leucócitos mediado por selectinas no endotélio. Esse evento ocorre porque os leucócitos trafegam próximos às paredes das vênulas e em consequência da vasodilatação ou vasoconstrição, os leucócitos ligam-se às selectinas presentes nas paredes endotelias, entretanto, essa ligação é de baixa afinidade o que faz com que o leucócito se desprenda facilmente pela força do fluxo sanguíneo. Então, os leucócitos se prendem e desprendem às selectinas repetidas vezes e, dessa maneira, rolam ao longo da superfície endotelial. O segundo evento é a ativação das integrinas pelas quimiocinas, que são produzidas no local de infecção. Assim que são secretadas são trasnportadas até a superfície luminal das células endoteliais das vênulas, onde se ligam aos glicoaminoglicanos expressos em altas concentrações. Após isso, ocorre a adesão estável dos leucócitos ao endotélio por integrinas. Em paralelo à ativação das integrinas e a conversão para um estado de alta afinidade, as citocinas também aumentam a expressão endotelial de ligantes de integrina. Em consequência a essas alterações, os leucócitos se fixam firmamente ao endotélio, reorganizando seu citoesqueleto e aderindo a uma área maior da superfície endotelial. E por último, ocorre a transmigração dos leucócitos através do endotélio. Os leucócitos, então, transmigram entre as bordas das células endoteliais para alcançar os tecidos extravasculares, a fim de alcançar a infecção. 
5- Cite ações inflamatórias de TNF, IL1 e IL6 e sua importância para o combate a infecções. (0,5)
As citocinas TNF, IL1 e IL6 são produzidas durante a resposta imune inata. Assim, a TNF é produzido por macrófagos, células NK e mastócitos (onde encontra-se pré-formado) e age localmente no recrutamento de neutrofilos e sua ativação. A IL-1β é produzida por macrófagos e, juntamente com o TNF atua no aumento da permeabilidade vascular na fase inicial da inflamação. Além dos efeitos locais, essas citocinas podem realizar efeitos sistêmicos pois, a IL-1 e o TNF ligam-se a receptores termorreguladores no hipotálamo causando febre através da síntese de prostaglandina E2. Essas citocinas estimulam ainda o eixo hipotálamo-hipófiseadrenal com conseqüente aumento dos níveis de corticóides no sangue. Os níveis desses hormônios aumentam logo no início da inflamação, atingindo valores máximos 6 h depois. O TN causa ainda, mudanças metabólicas que levam à perda do apetite e de peso. Atuam também na medula óssea estimulando a produção de leucócitos e, conseqüentemente, aumentando o seu número no sangue. Essas duas citocinas, juntamente com a IL-6, agem também no fígado, aumentando a síntese de proteínas de fase aguda da infecção. 
6- Cite efeitos deletérios do TNF e IL1 durante um episódio de sepse. (0,5)
É importante destacar que os efeitos deletérios são os efeitos nocivos/prejudiciais à saúde. O TFN irá provocar no organismo um aumento da temperatura interna, isto é, febre. Além disso, um aumento drástico na quantidade de leucócitos circulando pela corrente sanguínea; hipotensão arterial e um aumento do risco de coagulação intravascular. Ainda, uma elevação nas concentrações de insulina liberada pelo pâncreas e anormalidades sob as liberações hormonais envolvendo o GH, esteroides e afins. Por fim, uma disfunção cardíaca, impactando também na incapacitação de realizar exercícios. A IL-1, quando em excesso, pode induzir mecanismos que culminam a reabsorção óssea, inibindo a síntese de colágeno e a ativação das MMPs, que resultaram na destruição de tecido conjuntivo e ósseo do organismo. O impacto metabólico produzido pelo aumento da expressão excessiva de IL-6 pelos adipócitos pode ser de crucial importância na patogenia da obesidade. Além do risco cardiovascular e a manutenção do estado de insulinoresistência.
7- Que são e qual a importância dos CDRs para os anticorpos? (0,5)
As regiões hipervariáveis são também chamadas de regiões determinantes de complementariedade (CDRs), porque determinam a especificidade do anticorpo. Isso porque, as diferentes sequencias entre os CDR de diferentes moleculas de anticorpos contribuem para a formação de superfícies de interação diferentes e assim geram a especificidade de cada anticorpo. Também, a capacidade de dobramento da região V em um domínio Ig é determinada, principalmente, pelas sequências conservadas das regiões estruturais adjacentes aos CDR. 
8- Cite as diferenças entre a resposta imune inata e adaptativa (0,5)
A resposta imune inata é a linha de defesa inicial contra patógenos e agem de forma rápida, cerca de 0 a 4 horas. Essa linha de defesa precede o processo infeccioso. É composta pelas barreiras físicas, como a pele e mucosas, proteínas do sangue e células fagocíticas. Possui uma especificidade baixa de diferenciar moléculas, uma limitada diversidade de reconhecimento, não possui memória celular. Já a resposta imune adaptativa é uma linha de defesa altamente específica, composta por linfócitos B e T que agem de forma mais lenta do que a resposta inata. Esse sistema se refere a memória imune.

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