Aula 4 Biossegurança

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[ BACHARELADO EM ENFERMAGEM] 
[ DIFERENTE, COMO TEM QUE SER!] 
Biossegurança e Ergonomia 1 
Classificação do Risco Biológico 
Prof. Fernanda Donida 
Biossegurança e Ergonomia 1 
1. Classificação do Risco Biológico 
Tipos de riscos no ambiente de trabalho: 
Risco de Acidentes: qualquer fator que 
coloque o trabalhador em situação de perigo 
e possa afetar sua integridade, bem estar 
físico e moral. 
 as máquinas e equipamentos sem proteção 
 probabilidade de incêndio e explosão 
 arranjo físico inadequado 
 armazenamento inadequado 
 pisos escorregadios 
Biossegurança e Ergonomia 1 
1. Classificação do Risco Biológico 
Tipos de riscos no ambiente de trabalho: 
Risco Ergonômico: qualquer fator que possa 
interferir nas características psicofisiológicas 
do trabalhador causando desconforto ou 
afetando sua saúde 
 levantamento e transporte manual de peso 
 ritmo excessivo de trabalho 
 monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva 
 a postura inadequada de trabalho 
Biossegurança e Ergonomia 1 
1. Classificação do Risco Biológico 
Tipos de riscos no ambiente de trabalho: 
Risco Físico: diversas formas de energia a que 
possam estar expostos os trabalhadores 
 ruído, vibrações, pressões anormais 
 temperaturas extremas, radiações ionizantes, 
radiações não ionizantes 
 ultrassom, materiais cortantes e pontiagudos 
Biossegurança e Ergonomia 1 
1. Classificação do Risco Biológico 
Tipos de riscos no ambiente de trabalho: 
Risco Químico: substâncias, compostos ou 
produtos que possam penetrar no organismo 
pela via respiratória, nas formas de poeiras, 
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou 
que, pela natureza da atividade de 
exposição, possam ter contato ou ser 
absorvido pelo organismo através da pele ou 
por ingestão. 
 
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1. Classificação do Risco Biológico 
Tipos de riscos no ambiente de trabalho: 
Risco Biológico: capazes de provocar dano à 
saúde humana, podendo causar infecções, 
efeitos tóxicos, efeitos alergênicos, doenças 
auto-imunes e a formação de neoplasias e 
malformações. 
 
 bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre 
outros patógenos. 
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1. Classificação do Risco Biológico 
De acordo com as Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material 
Biológico, elaborado em 2004 pela Comissão de Biossegurança em Saúde - CBS do 
Ministério da Saúde, os tipos de agentes podem ser classificados com base no seu risco 
biológico em 4 Classes: 
 
 Classe de Risco I 
 Classe de Risco II 
 Classe de Risco III 
 Classe de Risco IV 
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1. Classificação do Risco Biológico 
 Classe de Risco I 
Escasso risco individual e comunitário – quando o micro-organismo tem pouca 
probabilidade de provocar enfermidades humanas ou veterinárias. 
Ex.: Lactobacillus. 
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1. Classificação do Risco Biológico 
 Classe de Risco II 
• Integrado por micro-organismos capazes 
de provocar enfermidades no homem e 
nos animais. 
• Risco individual moderado/ Se não cumprir 
com as boas práticas de laboratórios , 
normas de biossegurança; 
• Risco comunitário limitado – a exposição 
pode provocar infecções, porém, se 
dispõe de medidas profiláticas e 
terapêuticas eficazes, sendo o risco de 
propagação limitada. 
• Ex.: Schistosoma mansoni 
(causador da esquistossomose), 
Hepatite A, B, C, D. 
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1. Classificação do Risco Biológico 
 Classe de Risco III 
• Risco individual elevado; risco 
comunitário limitado 
• Pode causar infecções graves em 
humanos e animais; se propagar 
de uma pessoa para outra, mas 
existe profilaxia/tratamento 
eficazes 
• Ex.: Bacillus anthracis (causador 
de carbúnculo ou antrax). 
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1. Classificação do Risco Biológico 
 Classe de Risco IV 
• Elevado risco individual e comunitário 
• Agentes biológicos de fácil propagação 
e altamente patogênicos para o 
homem, animais e meio ambiente 
• Não existindo medidas profiláticas ou 
terapêuticas eficientes 
• Ex.: Vírus Ebola (causa febre 
hemorrágica). 
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2. Níveis de Biossegurança 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Ministério da Saúde, foram 
determinados 4 níveis de 
biossegurança conforme os 
cuidados necessários para 
contenção do tipo de agente 
patológico 
 Estão em ordem crescente de 
risco e correspondem às classes 
de risco biológico dos micro-
organismos 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 1 – NB1 
 Agentes biológicos da Classe de Risco I 
 Não requer característica especial no 
desenho arquitetônico 
 Bancada Aberta 
 Boas práticas de laboratórios (BPL) e no 
uso adequado dos EPI’s 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 1 – NB1 
o Cabines de segurança não são requeridas 
o É apropriado para o treinamento 
educacional secundário e universitário 
o Treinamento de técnicos e de 
professores de técnicas laboratoriais 
em laboratórios que se trabalhe com 
micro-organismos viáveis e conhecidos 
por não causarem enfermidade no 
homem e em animais 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 2– NB2 
o Trabalhos com agentes da Classe de Risco II 
o Micro-organismos associados a patologias humanas e animais 
de risco limitado 
o Manipulação de sangue humano, líquidos corporais tecidos ou 
linhagens de células humanas primárias 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 2– NB2 
o Recomenda-se o a contenção através de 
barreiras físicas primárias: EPI’s e Cabines de 
Segurança 
o Barreiras Físicas Secundárias 
(Projeção física do 
Laboratório) 
o Adoção das BPL’s 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 2– NB2 
o Barreiras Físicas Secundárias 
Esta forma de contenção é alcançada tanto pela adequada estrutura física do local 
como também pelas rotinas de trabalho, tais como descarte de resíduos sólidos, 
limpeza e desinfecção de artigos e áreas, etc. 
· Laboratório com portas trancadas 
· Pia para lavagem das mãos 
· Superfícies de trabalho de fácil manutenção 
· Bancos impermeáveis e Mobiliário resistente 
· Cabine de segurança instalada 
· Iluminação adequada e lava-olhos disponível 
· Ar do Laboratório não deve circular em outras áreas 
· Janelas fixas com tela protetora 
· Acesso restrito durante o trabalho 
· Disponibilidade de autoclave 
· Localização separada de área pública 
· Ventilação bi-direcional 
· Construção e estruturas normais 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 3– NB3 
o Destinado ao trabalho com micro-organismos da Classe de Risco III e grandes 
volumes e altas concentrações de agentes da Classe de Risco II 
o Micro-organismo manipulado nesse nível de biossegurança pode provocar 
enfermidades humanas e animais graves, podendo propagar-se de uma pessoa 
infectada para outra 
o Existe tratamento e profilaxia para essas enfermidades 
o Exige projeto arquitetônico e construções mais elaboradas. 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 3– NB3 
o Medidas de contenção física primária e secundária 
o Devem proteger os trabalhadores 
das áreas contíguas, a comunidade e 
o meio ambiente contra a exposição 
de aerossóis 
o Deve possuir arquitetura especial 
o Mantido sob controle rígido de 
vigilância, inspeção e manutenção 
o O corpo técnico deve recebertreinamento 
específico 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 3– NB3 
o Todas as manipulações devem ser feitas em CSB 
o O uso do EPi ( macacão, jaleco 
tipo cirúrgico descartável, com 
abertura na parte posterior, 
gorro, óculos, protetor facial, 
luvas descartável, máscara 
descartável, respirador, pró-pé 
ou sapatilha descartável) 
o Devem ser registrados junto às 
autoridades sanitárias locais, 
estaduais, e/ou nacionais. 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 4– NB4 
o Nível de segurança máxima para desenvolvimento de trabalhos com agentes da 
Classe de Risco IV 
o Apresentam elevado risco individual e comunitário (humano e animal) 
o Fácil transmissibilidade por aerossóis 
o Não existe profilaxia e tratamento, podendo levar a pessoa infectada a óbito 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 4– NB4 
o Essas unidades representam o mais alto nível de contenção 
o Devem ser projetadas em áreas isoladas e funcionalmente independentes 
de outras áreas 
o Requer todas as exigências já citadas além de procedimentos de segurança 
especiais 
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2. Níveis de Biossegurança 
 Nível de Biossegurança 4– NB4 
o Instalações com desenho 
especial e equipamentos 
de proteção 
tecnologicamente mais 
sofisticados, além de 
procedimentos especiais de 
segurança. 
 Todas as manipulações 
devem estar restritas as 
CSB 
 Roupas de pressão positiva, sendo 
ventiladas por sistemas de suporte de vida. 
 Sob o controle das 
respectivas autoridades 
sanitárias nos níveis local, 
estadual e nacional. 
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3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
Biossegurança e Ergonomia 1 
3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
Biossegurança e Ergonomia 1 
3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
 Ergonomia (ergon – trabalho; nomos 
– regras): é a “ciência que estuda as 
leis naturais do trabalho humano” 
 É a interação do homem ao 
ambiente de trabalho, e deste ao 
homem 
 “sistema homem-máquina-ambiente” 
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3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
A máquina: 
Com conhecimentos de desenho industrial engenharia mecânica, eletrônica, 
informática e gerência industrial 
Ao ambiente: 
Através da adequação de fatores como iluminação, temperatura, ruídos e 
cores 
Homem: 
Aplicação de conhecimentos de psicologia, anatomia, fisiologia, 
antropometria, toxicologia, biomecânica 
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3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
 Um mau projeto e o uso inadequado de equipamentos, 
sistemas e tarefas, podem causar doenças: 
 Doenças do sistema ósteo-muscular 
(dores nas costas, bursite, 
tenossinovites) 
 Psicológicas (estresse) 
Em Odontologia, a Ergonomia tem como objetivos 
racionalizar o trabalho, eliminar manobras não 
produtivas, produzir mais e melhor na unidade de 
tempo, proporcionar maior conforto e segurança ao 
paciente. 
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3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
 Recomendações Ergonômicas Específicas para Laboratórios e 
Serviços de Saúde 
Ao espaço de trabalho 
 A disposição, a configuração dos postos de trabalho, pode dificultar ou 
facilitar as comunicações, interações, movimentos e posturas ao longo das 
atividades 
 Prédios onde se trabalha 
 Áreas de circulação, de suporte (vestuários, copa, cozinha, banheiros, 
almoxarifado) 
 De repouso 
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3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
 Recomendações Ergonômicas Específicas para Laboratórios e 
Serviços de Saúde 
Ao espaço de trabalho 
 2° - conhecer os serviços e 
requisitos para projetar ou 
reformar, atendendo às 
necessidades locais, construindo 
dessa forma, um ambiente 
adequado e confortável 
 “receita ergonômica” para leiaute de postos e espaços de trabalho 
 1° - conhecer e seguir a legislação existente 
e vigente sobre o assunto para os serviços 
de saúde 
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3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
 Recomendações Ergonômicas Específicas para Laboratórios e 
Serviços de Saúde 
Ambiência e Postos de Trabalho 
 Ambiência na saúde compreende o espaço físico, social, profissional e de relações 
interpessoais que deve estar em sintonia com um projeto de saúde voltado para a 
atenção acolhedora, resolutiva e humana 
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3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
 Recomendações Ergonômicas Específicas para Laboratórios e 
Serviços de Saúde 
Sistemas e Equipamentos Existentes 
 Os insumos e manutenções adequadas 
 Se inexistentes, inadequados ou irregulares 
de maneira persistente, podem gerar 
estratégias de compensação (macetes) que 
fogem das preocupações e normas de 
segurança e qualidade, refletindo a 
degradação das condições de trabalho. 
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3. Aspectos Ergonômicos em Laboratórios de Saúde 
 Recomendações Ergonômicas Específicas para Laboratórios e 
Serviços de Saúde 
Normas, Procedimentos e Metas de Trabalho 
 Mapear as questões e interações políticas, institucionais e programáticas, antes de 
enfocar e analisar as atividades operacionais e, melhor ainda, descrevê-las e 
analisa-las à luz das condições institucionais mais amplas