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Roteiro da Aula Teoria do Erro

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2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Nestor Távora 
Material elaborado pela monitora Tathi 
2ª FASE OSB – DIREITO PENAL 
Professor: Cristiano Rodrigues 
Aula nº 13 
 
 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I- ANOTAÇÕES DE AULA 
II- LOUSAS 
 
 
 
I. ANOTAÇÕES DE AULA 
 
TEORIA DO ERRO 
 
Erros essenciais – são aqueles que se referem aos elementos essenciais do conceito de 
crime: o tipo penal (erro de tipo incriminador – artigo 20), a ilicitude e suas excludentes 
(erro de tipo permissivo – artigo 20 §1º) e a culpabilidade (erro de proibição – artigo 21). 
 
Erro de tipo incriminador – artigo 20 CP – o agente comete um crime porém, errando 
a respeito da situação fática que está realizando tendo como consequência sempre 
afastar o dolo. 
 
No erro de tipo permissivo evitável surge a culpa imprópria já que o agente tem dolo 
ao atuar acreditando estar agindo numa situação fática de exclusão da ilicitude mas este 
dolo será afastado para punir impropriamente a forma culposa do crime. Logo, se ao 
atuar crendo estar se defendendo o agente erra e não obtém o resultado desejado, por 
exemplo, matar o suposto agressor, responderá pela tentativa do crime cometido (ex. 
homicídio) na forma culposa. Nesse caso, quando o resultado pretendido não ocorrer, 
poderá se falar em tentativa de crime ‘culposo’. 
 
 
No Erro de proibição o sujeito se confunde quanto a valoração do que é certo e do que 
é errado. O agende desconhece a ilicitude do que faz afetando assim o juízo de 
culpabilidade, podendo isentar de pena e afastar o crime (erro inevitável) ou ainda 
reduzir a pena de 1/6 a 1/3 (erro evitável). 
 
Erros acidentais – são aqueles produto de acidente na realização do crime podendo 
surgir em duas grandes hipóteses, quando o agente quer lesionar, atingir determinada 
pessoa, mas acaba praticando crime contra outra (erro sobre a pessoa artigo 20 §3º e 
erro de execução artigo 73) ou ainda quando quer lesionar um bem jurídico e lesiona 
outro (aberratio criminis). 
 
Erro sobre a pessoa é um erro sobre quem é a pessoa. É aquele em que o agente se 
confunde a respeito da identidade da vítima. 
 
Erro de execução ou abarratio ictus, artigo 73. É um erro na realização dos atos, o 
agente erra ao agir e atinge uma vítima diferente do que visou. Erro quanto a pratica do 
ato. Trata-se de um erro fático na realização da conduta em que o agente erra o alvo e 
acaba atingindo outra pessoa diversa daquela visada originariamente. Ex. erro da bala 
perdida. 
 
 
 
2ª FASE OAB – Direito Penal – Professor Nestor Távora 
Material elaborado pela monitora Tathi 
Obs. No caso concreto havendo exclusão de ilicitude (ex. legítima defesa) em que o 
agente erra o alvo mas acerta um inocente, em face das consequências do erro se 
estende a exclusão da ilicitude ao autor para que este não responda pela morte do 
inocente. 
 
Obs. Havendo dois ou mais resultados, produto do erro de execução, aplica-se 
normalmente a regra do concurso formal perfeito ou próprio (Artigo 70, 1ª parte, para se 
aplicar a pena de um só crime, o doloso mais grave, aumentada de 1/6 à metade em face 
dos demais resultados). 
 
Se o crime tiver dois ou mais resultados, fala-se em concurso formal perfeito – artigo 70. 
 
Aberratio criminis – artigo 74. Ocorre quando o agente quer cometer determinado 
crime, mas acaba lesionando, atingindo bem jurídico diverso do pretendido. Neste caso, 
afasta-se a tentativa de crime doloso originariamente desejado imputando-se apenas o 
resultado produzido culposamente. Trata-se do “erro da pedrada” onde a questão irá 
dizer que o agente queria lesionar um patrimônio (ex. dano 163), mas acaba atingindo 
uma pessoa (ex. homicídio ou lesão corporal) respondendo, portanto, apenas pelo crime 
culposo praticado contra a pessoa lesionada. 
 
II- LOUSAS 
 
 
 
 
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