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TESTE N2 ERRO

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Curso de DIREITO
- Atividade Avaliativa - DIR. PENAL II
 DATA 23.10.2020 TESTE NOTA____________
 Integrantes do grupo: FRANCISCO THIAGO DE BRITO RAMOS ; Rogillan da Rocha Duarte ; Denival Araujo dos Santos Junior
QUESTÕES - ERRO
1 – Na época de férias, Fernando, que é um estrangeiro, vem ao Brasil para poder aproveitar as praias do País. Ele possui uma doença rara, sendo o remédio o uso recorrente de uma das substâncias que é encontrada na maconha, ou seja, usa de forma medicinal prescrita por um médico do seu país, que, por sinal, não proíbe tal substância. Assim, sempre anda com uma porção substancialmente grande guardada em sua mochila. Em determinado dia, ao ir passear pelo Parnaíba shopping, os policias que ali estavam acharam estranho o motivo de alguém querer entrar no shopping com uma mochila enorme, assim, o revistaram e a droga foi encontrada. Fernando foi denunciado por crime de tráfico de drogas, e ao ser questionado pelas autoridades competentes alegou que sabia a ilicitude dessa prática, mas acreditava que para o uso medicinal fosse possível a exclusão da ilicitude. Diante disso, Fernando:
A) Incorreu no desconhecimento da lei, o que não afasta a culpabilidade.
B) Incorreu no erro do tipo, o que afasta a ilicitude de sua conduta
C) Pagará pelo crime no qual foi enquadrado, tendo em vista a evidente possibilidade de saber que a conduta é crime no Brasil.
D) Agiu em erro de proibição, a depender da análise das circunstâncias poderá sofrer diminuição de pena ou até mesmo exclusão de sua culpabilidade.
E) Incorreu no erro do tipo, assim, pagará pelo dolo se houver a possibilidade no crime de tráfico de drogas, pois é causa apenas de diminuição de pena.
R: Letra “D” O erro de proibição como o erro do agente que recai sobre a ilicitude do fato. O agente pensa que é lícito o que, na verdade, é ilícito. Geralmente aquele que atua em erro de proibição ignora a lei
2 – Matheus e Bianca são casados há 10 anos, sempre tiveram um relacionamento harmonioso, prezando pelo respeito e carinho um pelo outro. Os dois trabalham, Bianca é vendedora de roupa, sempre chega mais cedo em casa, e Matheus é pedreiro, sempre chega mais tarde. Em determinado dia, Bianca já estava em casa quando Matheus chegou alegando está estressado e que queria manter relações sexuais com sua esposa, ela, por sua vez, diz que não quer naquele dia, pois está cansada. Matheus não se contenta e força sua esposa a praticar a relação sexual com ele, pois acredita que o fato de ser casado com ela não configura o crime de estupro. Ele possui o conhecimento de que relação sexual sem consentimento é estupro, mas supõe que o casamento civil lhe isenta de possível responsabilidade por este delito. Nessa situação:
A) Matheus não pode ser punido, pois, de fato, o casamento civil faz o crime de estupro ser impossível para um casal;
B) agiu em erro de proibição, pois imaginou existir norma permissiva e que excluiria a ilicitude do estupro.
C) O agente pode alegar erro do tipo, pagando por estupro na sua forma culposa, pois não sabia que era proibido.
D) Matheus poderá alegar erro sobre a pessoa, haja visto que imaginou que só configura estupro caso fosse com uma pessoa que não fosse casado com ela.
E) O agente acreditou está agindo em exercício regular do direito porr ser casado civilmente, logo, não será punido em nenhuma ocasião.
R Letra “B” O erro de proibição como o erro do agente que recai sobre a ilicitude do fato. O agente pensa que é lícito o que, na verdade, é ilícito. Geralmente aquele que atua em erro de proibição ignora a lei
3 – A respeito do resultado diverso do pretendido, estabelecido no art. 74 do Código Penal, verifique as seguintes afirmativas, colocando “V” para verdadeiro e “F” para falso e selecione a alternativa que elenca corretamente a ordem disposta nas lacunas:
( ) O resultado diverso do pretendido acontece quando o indivíduo, por erro na execução do crime, tenta acertar uma vítima e acaba acertando pessoa distinta.
( ) Caso o agente criminoso produza o resultado pretendido bem como outro resultado diverso, ele pagará em concurso formal de crimes
( ) A regra do resultado diverso do pretendido é aplicado somente quando os bens jurídicos são de valores idênticos.
( ) Não há a possibilidade de o agente pagar por crime culposo no resultado diverso do pretendido, isso porque o bem jurídico violado não foi o que ele queria previamente.
A) F, V, V, F
B) V, F, V, F
C) F, F, V, V
D) F, V, F, F
E) V, F, V, F
R Letra “D” I-Vale ressaltar que o art. 73 do Código Penal prevê hipótese de aproveitamento do dolo, ou seja, quando alguém tem por objetivo ferir certa pessoa, mas, por erro na execução, lesa outro ser humano, o efeito é o mesmo. A lei penal protege qualquer indivíduo, não importando quem seja. Dessa maneira, se A quer matar B, embora termine atingindo C, continua a haver homicídio. E, com razão, responderá o agente como se tivesse eliminado a vítima desejada, com todas as suas características pessoais."
III-"O resultado diverso do pretendido, conhecido como aberratio criminis ou aberratio delicti, espécie de crime aberrante, também ocorre no mecanismo de ação, na fase de execução do delito, quando o agente, pretendendo atingir um bem jurídico, atinge outro diverso.
A terceira é de coluna
ai essas justificativas servem para todas
 IV- Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste código.
II- a conduta do agente, além de produzir o resultado pretendido, atinge bem jurídico diverso, porém na modalidade culposa. Nesse sentido, utiliza-se a regra do concurso formal de crime, aplicando-se a pena do crime mais grave e incidindo a causa de aumento de pena.
4 – A FAHESP/IESVAP é uma instituição acadêmica que vem ganhando notoriedade no tocante à qualidade de ensino, grande parte dos que querem ingressar no mercado de trabalho a procuram. Josué, dono de uma outra instituição acadêmica, revoltado em virtude da perda de alguns alunos que se transferiram para a IESVAP, certo dia vai até esta faculdade na tentativa de lhe causar um dano econômico jogando uma pedra na vidraça localizada na entrada da instituição. Assim, Josué consegue quebrar a vidraça em decorrência da pedra jogada, contudo, tal objeto acaba ultrapassando a barreira e acertando a recepcionista que estava na parte de dentro, está veio a óbito no mesmo momento, pois a pedra pegou em região fatal. Sob a luz do Código Penal e majoritário doutrina, marque a alternativa CORRETA:
A) Josué pagará somente pela vidraça quebrada tendo em vista que ele não pode ser punido por algo que ele tinha a intenção, o dolo era inexistente.
B) O resultado diverso do pretendido não pode ser aplicado ao caso de Josué, isso porque não há possibilidade de homicídio culposo.
C) Josué incorreu no resultado diverso do pretendido, assim, ele pagará penalmente pelo crime de dano (resultado pretendido) e o crime de homicídio na sua forma culposa (resultado diverso do pretendido).
D) Fica caracterizado a descriminante putativa, haja visto que Josué não imaginou que por trás do vidro estivesse alguém, logo, fica isento de pena.
E) Josué poderá alegar erro na execução, tendo que pagar pelo crime de dano e também o homicídio, mas este último na sua forma culposa.
R: Letra “C”, Art. 74 – Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste código
5) Fernando, penalmente imputável, na tentativa de praticar o crime de homicídio contra o seu desafeto João, arquiteta todo o crime em sua casa em uma segunda-feira. No dia seguinte, terça-feira, vai colocartudo que planejou em prática. Assim, utiliza-se de sua arma que está toda regularizada pelos órgãos competentes, vai até a casa de João e espera este chegar do trabalho. Ao chegar, antes mesmo da vítima estacionar o carro na garagem, é recebido por vários disparos feitos por Fernando, contudo, nenhum dos tiros acerta em João, todos os projétil acertam o vidro do carro que fica todo danificado. Aos olhos do direito penal, tal situação se caracterizaria como resultado diverso do pretendido, tendo isso em mente, marque a alternativa CORRETA:
A) Fernando pagará pelo crime de homicídio tentado, e em relação ao vidro não há possibilidade de ser imputado a ele o crime de dano culposo, pois este não há previsão legal, e tal instituto exige isso do resultado diverso do pretendido.
B) No julgamento, o juiz poderá deixar de aplicar a pena na tentativa de homicídio, pois, o Fernando agiu em erro do tipo acidental
C) Haverá a cumulação de penas, pois o resultado diverso do pretendido determina que sempre será aplicado o concurso formal
D) Não há possibilidade de dano culposo, mas isso não impossibilita que Fernando pague por esse delito de dano, como prevê o resultado diverso do pretendido.
E) O resultado diverso do pretendido neste caso, o dano ao vidro do carro, não pode ser imputado ao Fernando em decorrência da ausência de previsão legal. Além disso, a tentativa de homicídio também não poderá ser imputado pelo mesmo motivo.
R: Letra “A”, artigo 74, do CP. Dessa forma, o agente irá responder pelo resultado produzido na modalidade culposa, sendo assim, é necessário que exista a previsão legal da conduta nessa modalidade.
6 – No que se refere ao erro sobre a pessoa, que é quando o agente acaba por confundir a vítima, ou seja, por alguma circunstância o delinquente acredita fielmente está agindo contra a vítima que quis desde o início, marque a alternativa CORRETA:
A) O agente pagará pelo crime que cometeu, lesão corporal ou homicídio, e sempre será levado em consideração as qualidades da vítima efetivamente agredida.
B) Possíveis qualificadoras que existiriam caso o crime fosse praticado contra a pessoa que queria atingir, serão transferidas para a pessoa que efetivamente foi lesada.
C) O agente responderá pelo crime que praticou cumulado com o delito que queria ter praticado desde o início.
D) O erro sobre a pessoa poderá isentar o indivíduo de qualquer pena, pois a vítima que ele efetivamente queria atingir não foi lesada, somente a pessoa distinta confundida por ele.
E) Não há possibilidade de se considerar as qualificadoras de uma pessoa em outra distinta, o erro sobre a pessoa é incompatível com tal situação.
R: Letra “A” Como consequência, ele responderá como se tivesse atingido a vítima pretendida (teoria da equivalência), e não a efetivamente atingida. É o que a lei chama de erro sobre a pessoa, e está no artigo 20, §3º (lê-se ‘parágrafo terceiro’) de nosso Código Penal. Ele diz que “o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime”.
Em outras palavras, o que a lei está dizendo é que se o criminoso queria praticar o crime contra Zezinho e acaba praticando o crime contra Huguinho porque confundiu as suas identidades, a lei o tratará como se ele houvesse praticado o crime contra Zezinho (a vítima desejada) e não Huguinho (a vítima de fato/errada).
Jurisprudências encontradas https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=ERRO+SOBRE+A+PESSOA+DA+VÍTIMA
7 – Pedro e seu irmão Vitor compraram dois celulares idênticos pela internet, pois o celular era o lançamento mais novo da marca e eles queriam possuir essa nova tecnologia. Ainda que pese o fato de serem irmãos, eles moram em casas distintas já que ambos são casados. Certo dia, Pedro estava aniversariando e convidou seu irmão Vitor para a comemoração, ele foi sem pensar duas vezes. Na hora de ir embora, Vitor pergunta para sua esposa onde está seu celular, ela diz que tinha visto ele em cima da mesa da cozinha da casa de Pedro e, então, ele vai pegar. Contudo, acontece que o celular de Vitor estava dentro do seu próprio bolso, e aquele que ele pegou em cima da mesa era de Pedro. No dia seguinte se deu conta que havia pegado o celular por engano e vai devolver para seu irmão. Nessa ocasião, a conduta de Vitor poderá ser considerada:
A) Erro sobre o objeto, isso porque queria pegar seu celular e pegou outro 
B) Erro na execução, pois não tomou cuidado no momento da execução de seu crime furto.
C) Erro de proibição, haja visto que não sabia que roubar é crime.
D) Descriminante putativa, pois ele imaginou que sua conduta estava protegida por o exercício regular do direito.
E) Erro do tipo, e irá excluir o dolo e culpa de sua conduta, isso por que ele desconhecia que praticava um crime e as circunstância lhe impossibilitada ter o conhecimento da ilicitude do fato, haja visto que os celulares eram idênticos.
R: Letra “A’’ Erro sobre objeto (error in objecto) ocorre quando o sujeito supõe que sua conduta recai sobre determinada coisa, sendo que na realidade incide sobre outra; é o caso do sujeito subtrair açúcar supondo tratar-se de farinha.
Jurisprudencias encontradas https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2385695/erro-essencial-sobre-o-objeto
8° O erro é uma falsa representação da realidade ou o falso conhecimento de um objetivo que seria essencial saber para que se fosse possível evitar o cometimento de um crime. Com base nisso, marque a alternativa que melhor caracteriza o erro de tipo.
a)	É o que incide sobre elementos subjetivo do tipo penal, levando-se em conta as circunstâncias estranhas à composição da norma.
b)	O engano a respeito de um dos elementos que compõem o modelo legal de conduta proibida sempre exclui o dolo, podendo levar à punição por crime culposo.
c)	O dolo eventual poderá ser alcançado pela norma penal quando o agente praticar a conduta movido por erro de tipo escusável. 
d)	O agente poderá responder na modalidade culposa quando o erro provier de fato inevitável. 
e)	O erro sempre será responsabilizado, seja ele praticado de maneira dolosa ou culposa. 
R: Letra “A” O erro de tipo, propriamente dito, é somente aquele em que o agente se equivoca sobre um elemento que constitui o tipo penal. O erro de tipo está vinculado à falsa percepção da realidade do agente ao praticar determinado fato considerado típico, ou seja, o autor desconhece ou se engana a respeito da descrição legal do crime. Por não haver o elemento dolo ao praticar o crime, a finalidade típica desaparece, o que o torna culposo.
A doutrina estabelece que o erro de tipo acontece justamente quando há a exclusão do dolo, por não haver no agente vontade de realizar o tipo objetivo, portanto vai ocorrer em qualquer caso em que o agente não sabe que está empreendendo em um tipo legal porque se equivocou a respeito de um dos elementos, agindo assim, de forma não dolosa (MIRABETE e FABBRINI, 2012
Jurisprudências encontradas https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=Erro+de+tipo
9° João e Caio são caçadores esportivos e costumam sempre postar em suas redes sociais os abates que fazem durantes as suas caçadas. Num certo dia, ambos combinaram em ir caçar javali durante a noite, armados de espingardas e munições de alto poder lesivo. Durante a caminhada na floresta, eles decidem separar-se em pontos estratégicos para encurralar o animal. Contudo, Caio acaba esquecendo de pegar as munições com João, o que o fez voltar até onde o mesmo se encontrava posicionado. João, ao ver o movimento do mato quebrando em sua direção, pensando ser um javali, efetua um disparo certeiro no que, na verdade, era seu amigo, Caio, causando-lhe a morte. Nesse sentido, assinale a alternativa correta.
a)	João responderá por crime doloso, tendo em vista que assumiu o riscou de acertar seu amigo ao efetuar um disparo na noite escura da floresta. 
b)	João não poderá ser responsabilizado em nenhuma hipótese, tendo em vista quenão tinha a intenção de matar Caio.
c)	Caio é o único culpado, pois foi imprudente em não avisar que estava se aproximando, o que acarreta uma excludente de ilicitude para João. 
d)	João não poderá ser responsabilizado culposamente, pois não existe essa possibilidade no Código Penal. 
e)	João não responderá na modalidade dolosa do crime de homicídio, mas poderá ser responsabilizado culposamente caso seja constatado que seu erro era inescusável. 
R: Letra “E’’ Esta modalidade de erro configura o chamado erro de tipo, presente no artigo 20, CP: O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Por não ser o caso sub studio, o erro de tipo e suas características não serão abordados.
10° O erro do tipo penal recai sobre o elemento constitutivo da norma, descaracterizando a conduta do agente devido a inobservância objetiva do fato que constitui, em tese, crime. Contudo, o Código Penal vem trazendo a possibilidade de punição em situação de erro quando for constatado o elemento culpa no cometimento do fato típico. Com base nisso, assinale a alternativa correta. 
a) O erro do tipo escusável ocorrerá quando o agente possuir a possibilidade de evitar o erro, se agir com mais cautela no momento da conduta. 
b) Caso o agente haja com culpa no cometimento do erro, deverá ser penalizado na modalidade culposa, independentemente do crime que tenha praticado.
c) O erro do tipo vencível afasta também a culpa, tendo em vista que se trata de uma conduta que qualquer pessoa poderia praticar quando presente as mesmas circunstâncias fáticas. 
d) Quando inescusável, o erro irá afastar somente o dolo, podendo o agente ser punido na modalidade culposa, caso tenha previsão expressa, tendo em vista que, em regra, a responsabilização penal só ocorrerá quando existente o dolo. 
e) Independentemente da forma que o erro se der, ele jamais poderá ser punido, pois a agente agi sem o ânimo subjetivo em cometer o delito. 
R: Letra “D” O erro de tipo essencial é aquele que recai sobre dados principais do tipo (ex.: num dia de caça, atirar contra pessoa pensando ser animal). Inexistindo consciência e vontade, exclui, sempre, o dolo. Se o erro for invencível (ou escusável), é dizer, inevitável, mesmo atentando-se para os cuidados necessários, além do dolo exclui-se também a culpa; se vencível (ou inescusável), isto é, evitável pela diligência ordinária, o agente responderá por crime culposo, se previsto pelo tipo respectivo (ex.: no caso do exemplo acima, provando-se que qualquer pessoa, nas condições em que o caçador se viu envolvido, empregando a diligência ordinária exigida pela ordem jurídica, não incidiria em erro, há exclusão do dolo, mas não da culpa, respondendo o agente por homicídio culposo).
Jurisprudências encontradas https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=ERRO+INESCUSÁVEL+OU+GROSSEIRO
 
11° O erro do tipo essencial é caracterizado quando a conduta recai sobre o elemento constitutivo do tipo penal, levando-se em conta os elementares do crime. Contudo, a doutrina vem trazendo também a figura do erro acidental, que, por sua vez, é constituído de elementos secundários ou acessórios dos elementos constitutivos. Nesse sentido, assinale a alternativa correta. 
a)	O erro acidental faz parte do tipo penal, o que evidencia a possibilidade de serem adotadas as mesmas regras previstas no Código Penal para o erro essencial. 
b) No erro acidental não existe o animus por parte do agente em praticar o crime, razão pela qual não poderá ser responsabilizado. 
c) O Aberratio Ictus desconfigurará a existência de crime, pois não houve a vontade do agente no resultado ocasionado. 
d) No Aberratio Criminis o agente pratica uma conduta almejando um resultado, mas, por erro, acaba alcançando outro além daquele pretendido, podendo responder por culpa, caso tenha a previsibilidade. 
e) No erro praticado por terceiro responderá tanto este como também aquele que ocasionou diretamente o resultado. 
R: Letra “D” JUSTIFICATIVA: No art. 74 do código penal fala sobre o aberratio criminis,que é
quando o agente pretende atingir um bem jurídico e atingi outro diverso,podendo ser
considerado culposo.
12° As Descriminantes putativas tratam-se de fatos típicos que são transformados em indiferentes penais devido situações causalistas que, por causa das circunstâncias, levaram o agente a crer numa determinada realidade imaginária, a qual contribuiu para o erro. Por meio disso, assinale a alternativa que melhor caracteriza as descriminantes putativas. 
a) Caso seja justificado, ocorrerá a isenção de pena de quem praticou o erro, tendo em vista que irá excluir a culpabilidade do agente. 
b) Não será isento de pena quando o erro derivar de culpa, independentemente do crime que o agente tiver cometido. 
c) Como qualquer erro ocorrido em putatividade, as descriminantes putativas podem ser escusáveis ou inescusáveis, sendo presente neste último a culpa imprópria. 
d) Só serão aplicadas quando for configurado erro de tipo, não abarcando, assim, o erro de proibição. 
e) São hipóteses de excludentes de tipicidade, ficando o agente isento de pena se plenamente justiçada a sua conduta. 
R: Letra “A” JUSTIFICATIVA :“art. 20 (...) §1º É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.” 
13° O erro de proibição se caracteriza por uma conduta diversa do agente que ultrapassa as margens permissivas da licitude do fato, que ocorrerá quando a sua atuação for desprovida de consciência necessária para se evitar a prática delitiva. Com base nisso, assinale a alternativa correta. 
a) O agente poderá alegar desconhecimento da lei, que acarretará a isenção da pena, pelo o fato de não haver consciência na conduta delitiva. 
b) Caso o erro seja escusável, ocorrerá a diminuição de pena, que poderá ser de um sexto até um terço.
c) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta a pena, tendo em vista que se trata de uma excludente de tipicidade. 
d) Caso o erro seja do tipo vencível, o juiz poderá diminuir a pena de um sexto até a metade. 
e) Poderá se alegar o erro de proibição caso a pessoa, por falta de informação devidamente justificada, não tiver acesso ao conteúdo da norma.
R: Letra “E” JUSTIFICATIVA :inerente ao conteúdo lícito ou ilícito da lei, somente se adquire com a vida em sociedade. E é justamente nesse ponto que entra em cena o instituto do erro de proibição. Há duas situações diversas: desconhecimento da lei (inaceitável) e desconhecimento do caráter ilícito do fato, capaz de afastar a culpabilidade, isentando o agente de pena. 
14° Durante uma guerra entre Brasil e Alemanha, José, capitão do Exército Brasileiro, foi lotado a comandar um ponto estratégico de conflito para se tentar avançar contra o inimigo. Durante uma de suas expedições dentro da mata fechada, José acabou se perdendo de sua equipe, ficando vários dias lutando pela sobrevivência sem nenhuma comunicação com sua composição. Enquanto isso, Brasil e Alemanha entraram em um acordo para acabar com a drástica guerra que já havia trazido muita destruição para os países, ocorrendo a decretação da paz. Porém, por não ter sido possível a comunicação com José, que ainda estava perdido, ele acaba por atira e matar um alemão que havia avistado passando por uma estrada que cruzava a mata fechada, mesmo já tendo acabado a guerra. Com base na situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
a) José não responderá pelo crime, pois agiu com erro de proibição de maneira escusável.
b) José deverá ser responsabilizado pela morte que ocasionou, pois era de sua obrigação saber que a guerra já tinha acabado. 
c) José não responderá pelo crime que ocasionou, pois cometeu um erro de tipo, tendo em vista que não tinha conhecimento do acordo de paz firmado. 
d) José responderá pelo crime, pois a sua conduta é típica, antijurídica e culpável,não se admitindo erro nessa situação. 
e) José não responderá pelo crime, pois sua conduta era inescusável, tendo em vista que qualquer militar em seu lugar agiria da mesma forma. 
R: Letra “C” JUSTIFICATIVA: o militar agiu de forma inconsciente da ilicitude da atitude. 
15° O erro sobre a ilicitude do fato pode isentar o agente da pena, dependendo do caso concreto, ou reduzi-la no momento da condenação. Nessa lógica, doutrina vem trazendo as possibilidades de escusabilidade e inescusabilidade da conduta no cometimento do erro ocasionado pelo indivíduo. Nesse sentido, assinale a alternativa correta. 
a) A inescusabilidade significa que o agente, no exato momento do desenvolvimento da conduta típica, não tinha condições de compreender o caráter ilícito do fato, embora tivesse potencialidade para tanto, bastando maior esforço de sua parte.
b) A escusabilidade provoca a excludente de tipicidade, pois significa que o agente não tinha condição de saber, em razão das circunstâncias do caso concreto, a ilicitude de sua conduta.
c) Caso ocorra a inescusabilidade, o agente será isento da sua pena, não respondendo por qualquer resultado que tenha surgido oriundo de sua conduta.
d) O juiz poderá diminuir a pena de um sexto até um terço se for caracterizado a escusabilidade justificada. 
e) É considerado inescusável o erro em que o agente, sem consciência da ilicitude, ocasiona um fato típico e antijurídico.
R: Letra “B” JUSTIFICATIVA: o militar não tinha conhecimento do tratado de paz.
 
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Disciplina: Direito Penal II Profa. Maria da Graça Borges de Moraes

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