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REGISTRO EMPRESARIAL
Hannah Bethlen Franco
O registro empresarial é um ato jurídico que confere segurança jurídica ao negócio jurídico comercial. Portanto, não é ato constitutivo de empresa (que se dá por meio de contrato de sociedade ou de declaração do empresário), mas uma obrigação que nasce a partir de sua constituição. Tem natureza declaratória. O registro da atividade vincula o empresário como titular de direitos e deveres no âmbito do direito empresarial.
No registro, devem constar todos os elementos principais da atividade empresarial e da vida do empresário. Esse ato faz parte de um sistema de normas e órgãos (DREI, no âmbito nacional, e Junta Comercial, no estado) que o tornam apto a produzir efeitos jurídicos. O DREI é o órgão nacional, vinculado ao Poder Executivo Federal, cujo papel é o de liberar diretrizes reguladoras ao sistema de registro empresarial; a Junta Comercial é o órgão nacional com função administrativa e de registro.
São três os atos compreendidos pelo registro de empresa: a matrícula, o arquivamento e a autenticação. Por matrícula temos o ato de inscrição de algumas profissões específicas que se dão perante a Junta, são elas: leiloeiros, tradutores públicos, intérpretes comerciais, trapicheiros e donos de armazéns – a regularização destas profissões apenas se dá mediante a matrícula no registro de empresas. O arquivamento diz respeito ao registro e guardamento dos atos levados ao órgão. Assim, todos os atos de constituição, modificação ou extinção da atividade empresarial só se corporificam no mundo jurídico quando do seu arquivamento. A autenticação é o ato de conferir validade ao conteúdo dos livros empresariais ou de reconhecer a autenticidade dos documentos registrados nas Juntas.
Como dito anteriormente, o registro não é ato constitutivo, entretanto sua ausência implica numa série de consequências advindas da condição irregular. Algumas dessas consequências são: a impossibilidade de registro do empresário perante o registro fiscal e previdenciário; a não aptidão de participar de licitações ou de aderir ao Simples Nacional; a impossibilidade de requerer autenticação dos livros empresariais; em suma, a impossibilidade de gozar dos direitos garantidos a quem exerce atividade empresarial.
É importante destacar que a ausência de registro dos atos empresariais por um período de dez anos, implica na consideração de inatividade empresarial. Tal situação autoriza a Junta Comercial a fazer o cancelamento, de ofício, do registro empresarial – devendo observar, entretanto, a necessidade de realização de processo administrativo que garanta ao interessado o exercício do direito constitucional do contraditório e da ampla defesa. Mister destacar que o cancelamento do registro não dissolve a atividade empresarial, mas implica na perda de proteção ao nome empresarial.

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