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Contestação. FERNANDA SOUZA ROCHA TROCA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PETROPOLIS- RJ.
	
Processo nº0024365-31.2016.8.19.0042
	
 BRIGHT COM COMERCIAL LTDA., inscrita no CNPJ nº 01.184.287/0001-10 e na Inscrição Estadual nº 114.644.253.114, com contrato social arquivado na Junta Comercial do Estado de São Paulo, com sede na Av. Nove de Julho, 4458, Jardim Paulista, CEP 01406-100, São Paulo-SP, representada por seu sócio, Jairo Paciornik Coslovsky, brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº 130.268.278-43, residente no endereço acima, nos autos da presente ação indenizatória movida por FERNANDA DE SOUZA ROCHA TROCA, contra BRIGHT COM COMERCIAL LTDA e de CASA & VIDEO RIO DE JANEIRO S/A, por seus Advogados a final assinados (procuração anexa), cujo nome requer do DOUTOR BENSION COSLOVSKY seja anotado na contracapa dos autos para publicação de futuras intimações sob pena de nulidade, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 30 e seguintes da Lei nº 9.099/95, apresentar sua
CONTESTAÇÃO
Pelas razões de fato e de direito aduzidas a seguir.
LIMINAR – ENVIO DO PRODUTO
	
	A ré “Bright” informa que enviou um produto novo autora, da mesma espécie, em perfeitas condições de uso em conformidade com o art. 18, parágrafo 1º, inciso I do Código de Defesa do Consumidor.
EM PRELIMINAR – DECADÊNCIA DO DIREITO DO AUTOR
Ainda em sede de preliminar, cabe aqui ressaltar que se o produto possui defeito, deveria a Autora ter intentado a ação tão logo da averiguação do defeito, eis que o artigo 26 do CDC preceitua que o direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em 90 (noventa) dias, tratando-se e de produto duráveis.
Assim, resta evidente que o direito da Autora decaiu quando da propositura da ação, transcorridos assim, mais de 90 dias.
O vicio do produto alegado pela Autora é vicio aparente e de fácil constatação. 
Ressalte-se o caráter protetivo do sujeito vulnerável (consumidor), nos termos do art. 5º, XXXII, da Constituição Federal de 1988 e do art. 4º, I, do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Apesar de dezenove (19) anos da edição do Código de Defesa do Consumidor - Lei 8.078, 11.09.1990, ainda remanescem fundadas dúvidas quanto ao prazo para o consumidor exercer os seus direitos em face do fornecedor quando produtos ou serviços não atendem à legítima expectativa em relação à segurança ou à qualidade.
A decadência está disciplinada pelo art. 26 do CDC e contempla dois prazos distintos: trinta (30) dias para produtos não duráveis e noventa (90) dias para produtos duráveis. 
Significa que a Autora tinha prazo (legal) para reclamar perante a Ré acerca da existência de um vício (qualidade ou quantidade) em seu produto ou serviço. 
Assim, se o consumidor não reclamar no prazo legal, a consequência é a perda do direito à reparação do dano, que no caso consiste em anomalia intrínseca, representada, em regra, pelo inadequado funcionamento de um produto ou má qualidade de um serviço. Ocorre que a identificação do prazo legal depende do enquadramento do produto ou serviço viciado como não durável ou durável.
Verifica-se o que é DECADÊNCIA: 
Art. 26 - O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
II - 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis.
Prazo é o lapso de tempo, período fixado na lei entre o termo inicial (dies a quo) e o termo final (dies ad quem), cujo implemento vem a constituir o fato jurídico, in casu, decadencial ou prescricional, extintivo de direito.
Convém salientar que os prazos decadenciais são de ordem pública e, portanto, inalteráveis pela vontade das partes.
90 dias: na mesma hipótese para serviços e produtos duráveis. (art. 26, II).
Para nós importa compreender a mens legis, do dispositivo legal, ao utilizar a expressão "entrega efetiva", a qual parece-nos ser a de fornecer o contraponto entre a possibilidade Da autora constatar o vício eventualmente existente versus a sua passividade, sua inércia frente à constatação do vício. 
O prazo decadencial se inicia quando da evidenciação do defeito. 
A reclamação efetuada quanto a Ré não é válida. 
Zelmo Denari (Código de Defesa do Consumidor, comentado pelos autores do Anteprojeto, Forense Universitária, São Paulo, 1991), considerando as expressões "até a resposta negativa", "até seu encerramento", pondera: "Resta saber se esses dois eventos (reclamação e inquérito civil), que o Código qualifica como obstativos da decadência, têm efeitos suspensivos ou interruptivos do seu curso. ... parece intuitivo que o propósito do legislador não foi interromper, mas suspender o curso decadencial. Do contrário, não teria estabelecido um hiato, com previsão de um termo final (dies ad quem) mas, simplesmente, um ato interruptivo." Não obstante, e dada, máxima venia, não conseguimos atinar com a relação de causa e efeito entre o fato de haver previsão de um hiato e a conclusão de ser o prazo suspensivo. O dies ad quem, esta simplesmente a indicar o momento em que volta a correr a decadência anteriormente interrompida ou suspensa, não podendo-se desse fato apenas se concluir por um ou outro caso.
 A explicação, a nosso entender mais convincente é a de William Santos Ferreira (Prescrição e Decadência no Código de Defesa do Consumidor, Revista de Direito do Consumidor, n 10, p 77 a 96, abril/junho, 1994), para quem efetuada a reclamação, "não há mais que falar em transcurso de prazo (suspensão ou interrupção), não é necessário tratar-se do prazo, o direito foi exercido." Cita Câmara Leal "A decadência tem um curso fatal, não se suspendendo, nem se interrompendo, pelas causas suspensivas ou interruptivas da prescrição, só podendo ser obstada a sua consumação pelo efetivo exercício do direito ou da ação, quando esta constitui o meio pelo qual deve ser exercitado o direito." O que ocorre no CDC (e isso justifica o que Ferreira chama de "dies a quo", "até resposta negativa..." e "até seu encerramento" §2º, I e III), é que o CDC reconheceu duas formas de exercício: extrajudicial e judicial do direito de reclamar. Sendo que a segunda forma de exercê-lo, se não exercido antes, inicia-se nos termos supracitados. Verificados tais termos, novo prazo decadencial se inicia, agora, através da exteriorização da pretensão por uma ação judicial.
A partir do momento do conhecimento do dano ou de sua autoria. Isto é, a partir do momento em que se conheça o dano e possa-se relacioná-lo com o defeito do produto ou do serviço. Conhecimento dos efeitos do dano, não é conhecimento do dano, necessário que o consumidor tenha consciência de que aquilo que observa é, de fato, um dano, já que tal ilação pode não ser imediata em todos os casos.
Assim, todas as alegações em desfavor da Requerida, não passam de meras alegações, eis que somente junta prova do contato realizado com a Ré. 
DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA
Conforme se extrai dos fatos acima narrados, verifica-se que a Ré “BRIGHT”, embora seja a fabricante do produto objeto, não é parte legítima para figurar no polo passivo da demanda em tela, visto não ter sido o causador do dano que origina a presente pretensão. 
 Nesse sentido, dispõe o art. 3º do Código de Processo Civil que “para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade”. Assim, para se configurar a legitimidade do réu é preciso que haja relação de sujeição à pretensão do autoraa. No caso dos autos, todavia, considerando que a conduta que deu causa ao pretenso prejuízo não fora praticada pelo promovido, há de ser reconhecida sua ilegitimidade para integrar a presente relação processual.
Vislumbra-se, desta feita, que a ré “BRIGHT” é parte ilegítima no feito, não podendo figurar no polo passivo da demanda, haja vista não ser aquela em face de quem se pretende determinar a consequência jurídica. Nesse sentido convém salientar o ensinamento do IlustreLuiz Machado Guimarães, veja-se:
 A legitimatio ad causam é uma preliminar de mérito. Assim, se uma das partes, autora ou réu, não está legitimado para a causa, a sentença julga a autora da ação, num sentido material, no sentido de que não é o senhor do direito que ajuizou (legitimação ativa) ou no sentido de que o seu preterido direito não pode ser declarado em face do réu ou contra este.(In Estudos de Direito Processual Civil, pág. 9)
Nesse particular, leciona o nosso consagrado J.J. CALMON DE PASSOS:
Deve ser sujeito da relação processual, para ser parte legítima, quem é sujeito da pretensão ou sujeito da prestação. Em outras palavras, deve ser sujeito da relação processual quem é sujeito da lide.
 
E conclui:
 
Assim, se quem está em juízo não é titular da pretensão, ou do interesse cuja tutela se reclama, ou não é titular da pretensão reclamada ou não é aquele em face de quem se pretende determinada consequência jurídica, não é parte legítima.(Apud Comentários ao Código de Processo Civil, vol. III, pág. 252).
Desse modo, nos termos do artigo 485 do Código de Processo Civil, a ré Bright requer, desde já, a extinção do feito sem julgamento do mérito, tendo em vista a ilegitimidade passiva ad causam.
OS FATOS ALEGADOS PELA AUTORA
	
	A autora alega que adquiriu o produto “CELULAR – CEL BRIGHT DESB 0405 ONE 2CH R, na Loja da Ré “CASA & VIDEO” em 04/04/2016, no valor de R$ 107,33 (cento e sete reais e trinta e três centavos).
Cabe elucidar que a Ré “BRIGHT” confia plenamente no que será demonstrado e provado a diante, e passa a se manifestar sobre o mérito da ação, já que todas as alegações da AUTORA arguidas na inicial não procedem. 
A Autora informa que o produto apresentou dfeito em 03 meses de uso, e que acionou as Rés “CASA & VIDEO” e “BRIGHT” e que esta conforme orientação, enviou o celular para assistência da Ré “BRIGHT” e que até a presente data, o celular não havia sido devolvido pela Ré “BRIGHT”.
No entanto, Nobre Julgador, o erro não cabe a ré “BRIGHT” que entregou aos Correios, que este coletou a mercadoria, mas enviou a outra pessoa. Os Correios foram irresponsáveis com esta atitude e a Empresa imaginando que a Autora tivesse recebido o produto consertado, conforme documento anexo. 
 Em outras palavras, a autora adquiriu um produto da marca Bright, mas com o defeito, e a Ré “BRIGHT” enviou a sua assistência técnica e solicitou a coleta do produto , que por culpa exclusiva dos Correios, este enviou o produto para outra pessoa, que não era a Autora desta ação. substituiu o produto viciado, por outro, de marca diferente o da Ré “Bright”
A autora procurou a assistência técnica e foi atendida com prontidão. 
De fato, a Empresa Requerida recebeu O PRODUTO SENDO DEVOLVIDO PARA A AUTORA, mas por culpa exclusiva dos correios, o produto não chegou nas mãos da autora.
No presente caso, cumpre informar que a Ré BRIGHT prestou o devido atendimento a AUTORA. 
Enfim, a Ré BRIGHT informa que prestou todos os esclarecimentos a Autora, e enviou e-mail, com todas as informações e código de postagem para assistência técnica. 
Desta forma, não procede as suas alegações de que foi "enganado" pela Ré BRIGHT, ou induzida a erro, pois de fato a Ré BRIGHT enviou o produto reparado, todavia, este não chegou para a autora. 
 Por conta disso, a autora propôs ação pleiteando: i) a restituição do valor pago; ii) a condenação das rés a indenização por danos morais a ser arbitrada por Vossa Excelência; iii) inversão do ônus da prova, iv) condenação em sucumbência; .
NO MÉRITO - EXTINÇÃO DO FEITO
A empresa Ré recebeu o produto, tendo feito uma constatação técnica, e devolveu o produto sanado e reparado a autora. 
Para demonstrar a fidelidade mercantil, quer a Ré informar que enviou a autora idêntico produto, pleiteando ao douto Magistrado, por especial mercê, digne-se acolher o pedido de extinção do feito. 
Constatada a veracidade do alegado, espera seja apresente ação encerrada, arquivando-se os autos.
 FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Dispõe o artigo 3º do Código de Processo Civil que “para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade “ 
O interesse da autora, “in casu“, é manifestamente infundado, pois o mesmo, provavelmente, pela sua avançada idade, não atuou com a simplicidade que o produto exige.
A autora, com a atuação de terceiro, ambos de má fé, pleiteia o recebimento de DANOS MORAIS no montante de R$ 6.000,00 (seis mil reais ), com juros e correção monetária.
Restou demonstrado que a Ré agiu de forma legítima, prestando total serviço, inexistindo qualquer ilícito legal ou moral por parte da demandada.
Na verdade a empresa demandada atou, como sempre atua, dentro dos princípios da lisura e da boa fé em todas as operações empresariais.
A indenização por danos morais deve se suportar em atos causadores de graves prejuízos materiais e morais, o que não ocorreu no caso presente.
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e demais tribunais tem reconhecido a existência de danos morais quando a vitima for atingida: Dor, sofrimento, angústia; 
 Violação aos direitos personalíssimos como da honra, imagem, privacidade própria e das comunicações.
As hipóteses apontadas não se evidenciam no caso dos autos.
É o que se verifica das decisões transcritas a seguir:
BEM MÓVEL. MICROCOMPUTADOR. FORNECEDORA DO PRODUTO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA COM A FABRICANTE. ART. 18 DO CDC. DANOS MORAIS INOCORRÊNCIA.
 O fornecedor de produto defeituoso responde solidariamente com o fabricante pelos vícios de qualidade que o torne impróprio para seu uso. Não solucionado o defeito no prazo de 30 dias, tem o cliente o direito de exigir a troca do aparelho ou, alternativamente, a devolução da quantia paga atualizada monetariamente.
O mero dissabor experimentado pela aquisição de computador que apresenta defeito ainda no prazo de garantia e a recusa na solução do problema não atinge a dignidade ou imagem da pessoa a ensejar a condenação por danos morais, configurando mero dissabor e transtorno do cotidiano. Recurso da ré parcialmente provido.
 (TJ-SP - APL: 00039654520138260223 SP 0003965-45.2013.8.26.0223, Relator: Gilberto Leme Data de Julgamento: 01/06/2015, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 08/06/2015). (grifamos).
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS - VÍCIO DO PRODUTO - INTELIGÊNCIA DO ART. 18 DO CDC - DANOS MORAIS - NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO PELA AUTORAAA - PEDIDO IMPROCEDENTE. - Verificado que nenhum acidente de consumo foi noticiado, insurgindo-se a autora da ação contra o defeito no produto, tem-se que incidentes as regras atinentes ao vício de adequação do produto, prevista no art. 18 do Código de Defesa do Consumidor. - A ocorrência de tal de defeito não enseja a presunção de que houve dano moral. (TJ-MG - AC: 10105120120826002 MG, Relator: Batista de Abreu, Data de Julgamento: 07/08/2013, Câmaras Cíveis / 16ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 19/08/2013). (grifamos).
DA REALIDADE DOS FATOS.
De início, necessário desfazer algumas inverdades relacionadas aos fatos narrados pela autora.
Primeiramente, é importante esclarecer que a ré “BRIGHT” não se nega e em momento algum se negou a atender seus clientes com presteza e rapidez para resolver eventuais vícios de fabricação em seus produtos. Não existe nenhum histórico e contato com a ré “BRIGHT”.
	A empresa “BRIGHT” é importadora e distribuidora de acessórios com vinte anos no mercado e em pleno crescimento. No caso em tela, a ré BRIGHT sequer teve a oportunidade de atender ao quanto solicitado pela autora.
A “BRIGHT” tem como procedimento padrão analisar eventuais vícios nos produtos por esta comercializada e, quando constatada a impossibilidade de reparo, procede à troca imediata do produto, de mesma categoria ou superior, ou procede à restituição do valor pago pelo produto, em plena observância à legislação protetora do consumidor.
	Fato é que a empresa efetuou o REPARO do produto e enviou, via correios, para autora.O produto foi reparado e enviado, sem nenhuma mácula ou defeito. No entanto, a autora alega que não recebeu o produto sanado, 
	Em que pese a verdade dos fatos, a autora alega, em má-fé, que “CELULAR AINDA NÃO FOI DEVOLVIDO”. 
 Tal afirmação é FALSA. POIS POSTAMOS O PRODUTO NO ENDEREÇO DA AUTORA.
	A autora foi prontamente atendida e recebeu todas as informações da assistência técnica desta empresa, que reparou o produto, em plena observância à legislação protetora do consumidor.
A autora provoca o Poder judiciário com único e exclusivo intuito de enriquecer-se ilicitamente. 
		Restou demonstrado que a ré agiu de forma legítima, prestando total serviço, inexistindo qualquer ilícito por parte desta. Na ausência do ato ilícito, afasta-se por completo o dever de indenizar.
	Diante do exposto, a improcedência da ação é de rigor.
INEXISTÊNCIA DOS DANOS MORAIS
	Em referência aos eventos narrados, a autora pretende receber indenização descabida e ilegal por dano moral. 
Ademais, cabe ressaltar que não houve por parte do Requerido omissão, negligencia, ou imperícia.
Ainda, para pleitear uma indenização por perdas e danos, ou ainda o que se deixou de lucrar, tem-se que comprovar. Para tal indenização, não basta alegar que sofreu prejuízos, eis que o dano material deve ser comprovado documentalmente.
Um produto é considerado defeituoso quando colocado no mercado e apresente risco potencial ou real à segurança do consumidor. Esse defeito sendo perigoso ou nocivo,  além  do  esperado  e que seja a causa do dano (art. 12, § 1º, do CDC), ocorre que no caso em tela o dano ocasionado não apresentou risco à Autora, somente um mero dissabor estético, pois o que parece é que a Autora não gostou de sua escolha, porem não quer arcar com os prejuízos recolocação de piso que lhe agrade esteticamente.
Ora, Excelência, não existiu dano moral.
	Não existiu ofensa ao princípio da boa-fé.
	A ré não teve oportunidade de sanar o vicio alegado.
	Veja Excelência, não houve descaso por parte da ré com o consumidor na resolução de seus problemas com o produto.
	A ré NÃO VIOLOU EM NENHUM MOMENTO a personalidade da autora, muito menos agiu com “falta de cuidado com o consumidor.” 
 Para o cabimento da indenização por dano moral, seriam necessárias evidências de que a conduta da ré trouxe, efetivamente, prejuízos GRAVES ou que tivesse causado constrangimentos a autora, o que inexiste no caso em questão. 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e dos demais tribunais do País tem reconhecido a existência de dano moral nas situações em que o ato ilícito do agente que causa à vítima: (a) dor, sofrimento, angústia; ou, (b) violação aos direitos personalíssimos como o da honra, imagem, privacidade própria e das comunicações. Essas hipóteses NÃO são verificadas no caso em tela.
É o que se verifica das decisões transcritas a seguir:
BEM MÓVEL. MICROCOMPUTADOR. FORNECEDORA DO PRODUTO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA COM A FABRICANTE. ART. 18 DO CDC. DANOS MORAIS INOCORRÊNCIA. O fornecedor de produto defeituoso responde solidariamente com o fabricante pelos vícios de qualidade que o torne impróprio para seu uso. Não solucionado o defeito no prazo de 30 dias, tem o cliente o direito de exigir a troca do aparelho ou, alternativamente, a devolução da quantia paga atualizada monetariamente. O mero dissabor experimentado pela aquisição de computador que apresenta defeito ainda no prazo de garantia e a recusa na solução do problema não atinge a dignidade ou imagem da pessoa a ensejar a condenação por danos morais, configurando mero dissabor e transtorno do cotidiano. Recurso da ré parcialmente provido. (TJ-SP - APL: 00039654520138260223 SP 0003965-45.2013.8.26.0223, Relator: Gilberto Leme, Data de Julgamento: 01/06/2015, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 08/06/2015). (grifamos).
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS - VÍCIO DO PRODUTO - INTELIGÊNCIA DO ART. 18 DO CDC - DANOS MORAIS - NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO PELA AUTORAAA - PEDIDO IMPROCEDENTE. - Verificado que nenhum acidente de consumo foi noticiado, insurgindo-se a autoraaa da ação contra o defeito no produto, tem-se que incidentes as regras atinentes ao vício de adequação do produto, prevista no art. 18 do Código de Defesa do Consumidor. - A ocorrência de tal de defeito não enseja a presunção de que houve dano moral. (TJ-MG - AC: 10105120120826002 MG, Relator: Batista de Abreu, Data de Julgamento: 07/08/2013, Câmaras Cíveis / 16ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 19/08/2013). (grifamos).
	 Não existiu dano moral.
	A ré BRIGHT reparou o produto com defeito!		O pretenso dano moral postulado pela autora em face desta ré demonstra o desvirtuamento do instituto, no qual o judiciário é utilizado como forma de enriquecimento ilícito.
	Portanto, Excelência, resta claro que não há qualquer previsibilidade legal ou jurisprudencial que embase o pleito da autora. Como acertadamente em lei, nos Tribunais e nos doutrinadores.
Assim, a Ré BRIGHT não pode ser responsabilizada por qualquer suposto dano moral causado a Autora, pois não praticou qualquer conduta causadora do dano.
Registra-se que a Ré BRIGHT sempre atuou de forma transparente, integra e de boa-fé; não causou qualquer dano a Autora e em nenhum momento recebeu qualquer quantia da mesma.
Desta forma, no que se refere ao pedido de indenização por Dano Moral, a Ré BRIGHT não pode ser responsabilizada.
A Ré BRIGHT não praticou qualquer conduta dolosa ou culposa causadora de dano a Autora, a indenização por danos morais não se presta ao ressarcimento de qualquer abalo ou descontentamento que os cidadãos comuns possam sofrer no dia-a-dia, como no presente caso, mas somente nas hipóteses em que fique comprovado um profundo transtorno que afete os direitos da personalidade.
Portanto, somente pode ser reputado como dano moral a dor, o vexame, a humilhação ou o sofrimento que, fugindo dos padrões da normalidade, interfira de tal forma no comportamento psicológico do individuo, causando-lhe aflições, angústias e total desequilíbrio de seu bem estar.
Sobre o tema, o egrégio Tribunal de Justiça de Santa Catarina tem decidido reiteradamente:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. COMPRA DE COMPUTADOR QUE, POSTERIORMENTE, APRESENTA DEFEITO. PROCEDÊNCIA PARCIAL NA ORIGEM. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO VENDEDOR. PESSOA QUE FAZ PARTE DA CADEIA DE FORNECEDORES DO PRODUTO. PREFACIAL AFASTADA. MÉRITO. APELANTE QUE ALMEJA A RESPONSABILIZAÇÃO DA EMPRESA QUE PRESTOU ASSISTÊNCIA TÉCNICA NO APARELHO. IMPOSSIBILIDADE. DEVER DE RESPONDER PELOS VÍCIOS DE FABRICAÇÃO QUE CABE APENAS AO FABRICANTE E AO VENDEDOR (ART. 18 DO CDC). DANOS MORAIS. ABALO ANÍMICO NÃO VERIFICADO. SITUAÇÃO RETRATADA QUE CONSTITUI APENAS MEROS ABORRECIMENTOS COTIDIANOS, IMPASSÍVEIS DE INDENIZAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 2012.014164-0, de São José, rel. Des. Odson Cardoso Filho, j. 04-10-2012).
É importante ressaltar que a Autora não menciona em qualquer passagem de sua petição a existência de qualquer situação vexatória ou de exposição ao ridículo. Revelando, assim, tão somente a ocorrência de descontentamento ou insatisfação com a situação o que por si só não enseja indenização por danos morais.
DA IMPOSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Sabe-se perfeitamente que o ônus da prova é invertido no processo civil a favor do consumidor quando verossímil for sua alegação ou quando hipossuficiente for o mesmo. Entretanto, essa inversão não o isenta de provar, nos casos em que pleiteia reparação de danos, sejam esses morais ou patrimoniais, os fatos constitutivos de seu direito, ou seja, deve provar que o dano realmente existiu e que há nexo de causalidade entre a atividade da prestadora de serviços e o dano.
DA SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO
	
	A ré “Bright” informa que enviou um produto novo autora, da mesma espécie, em perfeitas condições de uso em conformidade com o art. 18, parágrafo 1º, inciso I doCódigo de Defesa do Consumidor.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer seja declarada a improcedência completa da ação; e no mais:
Acolher as preliminares arguidas, para julgar extinto o processo em relação a Ré: I -  Para declarar a ilegitimidade passiva do Requerido; II - Para declarar a decadência do direito do Autora; Por fim, é de se requerer que todas as publicações e intimações sejam realizadas em nome do Advogado Dr. BENSION COSLOVSKY, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de São Paulo, sob o n° 14.965, o qual tem endereço profissional na Avenida Nove de Julho, 4458, São Paulo - SP, sendo a presente medida necessária sob pena de nulidade, devendo ser seu nome anotado na contracapa dos autos e/ou inserido no sistema digital deste D. Juízo.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
São Paulo, 09 de setembro de 2016. 
Dr. BENSION COSLOVSKY
 OAB SP 14.965
Av. Nove de Julho, 4458, 01406-100, Jardim Paulista, São Paulo/ SP. Fone (11) 3140-2300

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