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CONTRATOS E RESPONSABILIDADE CONTRATUAL

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17/08/21
Princípios contratuais
O interesse público se sobrepõe ao interesse privado.
Negócio jurídico pode acontecer de maneira verbal, um áudio pode ser um “contrato”.
 
O princípio da autonomia privada, o princípio da força vinculante e o princípio da boa fé são os três princípios basilares dos contratos.
Autonomia privada: o que as partes decidirem em um contrato elas tem autonomia de decisão, de vontade.
Força vinculante ou princípio da obrigatoriedade da convenção: a partir do momento que as partes exerceram a vontade de contratar, decidiram qual é o acordo de vontades (pois geralmente as vontades são contrapostas e acordar à vontade é fazer com que a vontade de A esteja de acordo com a vontade de B). a partir do momento em que há esse acordo de vontades, essas vontades expressas de maneiras livres se tornam obrigatórias para as partes. 
Pacta sunt servanda: o contrato se torna lei entre as partes, os contratantes são servos do contrato. Mas não é soberano
Se negar a cumprir o contrato: descumprimento do contrato e há responsabilidade civil. 
Art. 104 CC A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Forma prescrita ou não defesa em lei = o contrato deve seguir a forma descrita em lei se este for o caso.
Deriva da força vinculante, vincula as partes em determinado tempo dos negócios jurídicos.
Rebus sic standibus: readequação do valor do contrato
O contrato só possui efeitos entre as partes contratantes, mas existem exceções.
Um seguro de vida que eu faço para alguém, nem preciso comunicar a pessoa, mas se eu fizer o seguro e morrer ela será beneficiada, ela será atingida pelo contrato.
Art. 1.792. CC O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.
Art. 436. CC O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
Art. 438. CC O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.
24/08/21 
Relações privadas
Boa fé objetiva: contrato
Boa fé subjetiva: psicológica, tem conhecimento do fato.
Negócios jurídicos são pautados na boa fé objetiva.
Não avisar algo que causa danos é má fé. Omissão é má fé.
Antes do dolo existe a má fé, conhecimento sobre o negócio jurídico que fere a confiança entre as partes.
O que rege a relação negocial é a boa fé.
Boa fé é o princípio que rege os contratos.
Art. 421 que tinha como objetivo diminuir a intervenção estatal vem sendo cada vez mais utilizado para o contrário.
Pelo princípio da boa-fé as partes devem agir com lealdade, honestidade, transparência e confiança recíproca.
Sempre nas relações contratuais. 
A quebra do princípio da boa-fé não acarreta nulidade e sim os contratos serão anulados.
Nulo: seus efeitos retroagem
Anulado: tem efeitos dali para frente
A boa fé é presumida em um negócio jurídico.
A boa fé é um princípio ético.
A má fé precisa ser realizada de forma diversa da boa-fé, é a intenção de causar prejuízo.
Funções da boa-fé
- Função interpretativa: Os contratos devem ser interpretados de acordo com a boa fé. Quando houver uma cláusula ambígua em um contrato essa cláusula deve ser interpretada de acordo com a boa fé.
Ex: uso de legislação que não vale mais no contrato, mesmo assim se interpreta o desejo do contratante. Exemplo da pessoa que queria lealdade e sigilo, mas usou legislação revogada, mesmo assim considera-se a legislação, a outra parte confiou, precisa haver boa fé. Art. 423 CC, fala do contrato de adesão, mas se aplica a todos os demais, cláusula ambígua, cláusula contraditória, em todos esses casos deve se observar a interpretação mais favorável ao aderente. 
Algo implícito no contrato, age-se de acordo com a boa fé. Ex: O zelo com um imóvel alugado, não é descrito no contrato, mas a boa-fé presume isso.
- Função supletiva: Art. 113 parágrafo 2º.
Negociação que se aplica aos contratos: Art. 113 parágrafo 1º inciso 5.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
III - corresponder à boa-fé; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
V - corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida, inferida das demais disposições do negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as informações disponíveis no momento de sua celebração. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios jurídicos diversas daquelas previstas em lei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
- Função corretiva: corrige cláusulas abusivas, mantém o equilíbrio contratual, Art. 421 CC
Venire contra factum propium (comportar-se contra seus próprios fatos, trazer surpresa a outra parte) é parte integrante da boa-fé, as partes ao realizar um negócio jurídicos devem ter coerência nas atitudes, não devem praticar atos contraditórios, ter conduta diferente da acordada e que o bom senso determina. Ex: parar o carro em via expressa e causar acidente, culpa de quem parou Venire contra factum propium, o motorista de trás confiava que o da frente continuasse seu trajeto como determina a lei de trânsito, faltou boa-fé do motorista da frente. Esse princípio é muito utilizado no direito.
Artigos do Código Civil
Contratos civis e contratos empresariais são considerados contratos simétricos, onde as partes estão no mesmo patamar negocial.
Art. 421 inciso 1º fala sobre o princípio do equilíbrio econômico.
Contratos são negócios jurídicos bilaterais.
31/08/21
Classificação dos Contratos
Agora olhamos o contrato em si, fora da perspectiva das partes...
Os contratos são negócios jurídicos bilaterais, mas quando olhamos as obrigações que estão dentro dos contratos elas podem ser unilaterais, pois em muitas vezes os contratos vão criar obrigações para apenas um dos contratantes.
Ex:
Doação: negócio jurídico bilateral. Mas em relação a obrigação dos contratos a doação é negócio jurídico unilateral, só quem doa tem relação obrigacional.
Plurilateral: multiplicidade de polos/pessoas.
A maioria das doutrinas considera apenas contratos unilaterais e bilaterais.
Vantagem patrimonial
Ex:
- Compra e venda: contrato oneroso
Entrega o BEM e o outro recebe mediante PAGAMENTO.
- Doação: contrato gratuito
Há obrigação para apenas uma das partes, apenas uma das partes tem decréscimo/prejuízo patrimonial.
- Troca ou permuta: contrato oneroso.
- O empréstimo é contrato bilateral que pode ser oneroso ou gratuito.
Contrato comutativo: compra e venda. As partes já conhecem o negócio jurídico antes de realizar o contrato.
Contrato aleatório: contrato de seguro. Não tem determinação de objeto, tem risco.
Artigos do Código Civil Sobre Contrato Aleatório
Contratos Paritários: partes estão em paridade/simétricas/igualdade e negociam as cláusulas do contrato.
Contratos de Adesão: Contrato assimétrico, não há negociação, uma parte propõe e a outra aceita. Este tipo de contrato precisa ter previsãoexpressa no código para poder existir. Art. 423 e 424 do CC.
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Quando há cláusula ambígua a interpretação deve ser vantajosa ao aderente.
- Contrato Solene: compra e venda de imóvel.
- Contrato Não Solene: compra e venda de objetos por particulares, locação.
- Contratos Reais (também são não solenes): compra e venda de consumo, o mercado é um exemplo disso, são imediatos, com a ação de entrega da coisa e aceite da outra parte. Pode ser oneroso ou gratuito.
- Contrato Personalíssimo: só determinada pessoa pode realizar o ato. Ex: pintor famoso fazer um quadro.
- Contratos Impessoais: as partes podem ser substituídas em relação a obrigação contratual. Ex: construir uma parede. Pode haver substituição da parte sem prejuízo ao cumprimento do contrato.
Contratos Instantâneos: realizados em um só momento, mediante a prestação única.
Contratos Diferidos: imóvel na planta. Contrato hoje mais recebo no futuro.
Contratos Sucessivos: aluguel. Prolonga-se no tempo.
14/09/21
Formação dos contratos
A fase de negociação é o período preliminar de um contrato, antecede um contrato.
Responsabilidade civil pré-contratual só ocorre quando há dolo ou culpa por parte de um dos contratantes. Conduta intencional que causa danos.
Art. 462. CC O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
Proponente: faz a proposta.
Oblato: analisa a proposta, por isso ainda não é chamado contratante.
Proposta de contrato obriga o proponente. Como o banco que oferece no aplicativo empréstimo consignado a 0,5% ao mês e o cliente aceita o banco se obriga a fornecer esse empréstimo com esses jurus, não pode alterar.
Proposta é diferente do contrato preliminar, proposta é como vai ocorrer o negócio jurídico, contrato preliminar é um contrato.
Contrato preliminar tem o conteúdo do contrato principal, tem força vinculante.
Proposta: fase inicial do contrato pós negociação.
Quando se aceita uma proposta ela vira um contrato.
Preço no supermercado é proposta.
Art. 427 a 435 do CC
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
com ênfase no art. 428 inciso 4º.
Se você enviar uma proposta para alguém e antes dela responder você enviar uma retratação aquela proposta deixa de ser vinculante, perde a validade.
22/09/21
Proposta deixa de ser vinculante se ela não for aceita imediatamente pela pessoa presente e ela não houver prazo determinado.
Quando a proposta é feita sem prazo para pessoa ausente e já deu tempo de o oblato receber a resposta e ele não respondeu ela deixa de ser vinculante e desobriga o proponente. Ex: proposta feita por e-mail.
Quando a proposta é feita com prazo a pessoa ausente, a resposta deve ser dada dentro do prazo determinado. Caso não responda no prazo o proponente não está mais vinculado/obrigado.
Alteração de prazo depende do proponente.
Pessoa ausente precisa de aceitação expressa.
Aceitação tácita: atos que reflete aceitação, como realizar pagamento.
Se o proponente se arrepender ele só fica desobrigado, deixa de ser vinculante se ele se arrepende e manda a retratação da proposta em tempo antes, simultâneo ou muito próximo.
Aceitação expressa: consentimento de forma inequívoca, falada ou escrita.
Aceitação Tácita: pratica ato de anuência, faz algo que faz perceber que ele aceitou, provém de atos.
O lugar da formação do contrato é o lugar da proposta, onde ele foi proposto.
28/09/2021 Prova
05/10/2021
Art. 436 do CC em diante
Contratos que atingem terceiros
Estipulação em favor de terceiro: benefício em proveito de terceiro que não participa do contrato, esse benefício sempre será gratuito ao terceiro.
Afeta o patrimônio do terceiro de maneira positiva, o terceiro é alheio ao contrato.
“Exemplo de estipulação em favor de terceiro: 
- seguro de vida: 
Estipulante: eu que quero contratar o seguro de vida.
Promitente: seguradora (promete o benefício caso ocorra o sinistro).
Beneficiário: terceiro.”
Ex: seguro de carro que cobre dano a terceiro.
A estipulação em favor de terceiro pode ocorrer e qualquer contrato.
Ex: usufruto de imóvel.
Apesar do terceiro ser pessoa estranha ao contrato o beneficiário/terceiro deve aceitar.
O beneficiário pode ser alterado pelo estipulante, até em disposição de última vontade (leito de morte). Art. 438 CC.
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.
A promessa de fato de terceiro ocorre quando um dos contratantes promete que um terceiro irá cumprir ou executar a obrigação contratada. E se o terceiro não cumprir o que o contratante prometeu, o contratante responde por perdas e danos ao primeiro contratante.
O terceiro não tem nenhuma participação no contrato, ou seja, não está obrigado a cumprir nada.
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.A partir do momento em que o terceiro concorda ele passa a ser parte do contrato, ele vira garantidor, e quem antes havia prometido que o terceiro iria cumprir a obrigação deixa de ser garantidor.
Electio amici: se reserva o direito de indicar pessoa para substituí-lo na obrigação.
Ex: substabelecimento de advogado/serviços advocatícios
- advogado pode substituir ele por outro advogado no caso.
Ex: venda de carro em concessionária.
No contrato de agência, o prejuízo, na falta de comprador, é da fábrica, enquanto no contrato de distribuição, o prejuízo é da concessionária.
Art. 467 a 471 do CC
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
Vícios redibitórios
Os vícios redibitórios não falam a respeito do contrato em si, mas em relação ao objeto do contrato.
Os vícios redibitórios são os vícios ocultos no objeto do contrato.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.
19/10/2021 Apresentações
26/10/2021
Evicção
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
Evicção 
Alienante deve restituir o evicto, inclusive se o evicto tiver frutos.
Na doação não onerosa não existe evicção, mas na doação onerosa sim.
09/11/2021
Troca ou permuta
Troca, permuta e escambo
- Troca: para bem móveis.
- Permuta: para bem imóveis.
Rem pro Re “coisa por coisa” é troca ou permuta, mas não é barganha, pois existe apenas a troca e não a troca com valor a mais (dinheiro).
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral.
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito.
Troca é consensual, bilateral e comutativa.
Troca com troco é uma permuta com compra e venda embutida. Ex: trocar um carro mais velho por um mais novo, dá o carro antigo mais 10 mil para pegar o carro novo.
Também pode haver troca com doação. Ex trocar carro novo por carro mais velho, faz um abatimento para o colega, doação.
Compra e venda
Art. 481 a 532
Transferência da propriedade de determinada coisa perante a transferência de valor em dinheiro.
Res = coisa
A coisa deve ser alienável
Capacidade: a pessoa pode realizar o negócio jurídico sozinha ou precisa de representação.
Legitimidade: fala de titularidade, a pessoa pode vender, pode receber herança, menor de idade é legítimo para ter o bem, mas não é capaz de comprar ou vender pois não tem capacidade civil plena, então precisa de representante legal.
- Venda de bens em condomínio = multipropriedade
- Venda Ad corpus = o imóvel, terra produtiva, não o metro quadrado. A coisa. Não pode reclamar o metro quadrado.
-Venda Ad mensuram = a medida exata em metros quadrados. A metragem da coisa. Pode reclamar o metro quadrado.
16/11/2021
Cláusulas especiais da compra e venda
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
- Retrovenda: recomprar o bem vendido em até três anos.
Cuidado, pois, a retrovenda pode ser desvirtuada e ser uma simulação.
Venda a contento ou sujeito a prova: quando se faz a prova daquilo que se quer comprar, daquele objeto, teste drive não é venda a contento.
- Preempção ou Preferência:
É PREEMPÇÃO!
Na compra e venda
Bem imóvel a preferência é de dois anos e a venda deve ser feita no mesmo valor em que ela foi comprada.
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, defazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
X - (VETADO).
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
o direito a preferência pode ser rejeitado. O antigo dono do imóvel tem 60 dias para responder se aceita ou rejeita a preferência.
BEM IMÓVEL
BEM MÓVEL
Bem móvel prazo de 180 dias de preferência.
3 dias para responder se aceita ou rejeita a preferência ou o prazo determinado por quem está vendendo.
- Prelação legal: preferência determinada pela lei. Ex vender imóvel para quem aluga ele.
- Venda com reserva de domínio:
A Venda com reserva de domínio, art. 521, parece com alienação fiduciária, mas não é. Pois a reserva de domínio é entre particulares, e é ela que gera a alienação fiduciária. 
Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que:
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - o credor demonstrar situação de necessidade;
III – pender o agravo do art. 1.042; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
Doação
- Doação pura e simples:
Enriquecimento para quem recebe, empobrecimento para quem doa.
Testamento não é doação, é negócio jurídico unilateral, já a doação é negócio jurídico bilateral e entre vivos.
Doação é unilateral apenas quanto a obrigação.
Doação é ato solene, Art. 541, só pode ser verbal se for de bem móvel de pequeno valor
Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular.
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.
Requisitos da doação:
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.
Doação continuada ou Subvenção periódica
Doação Propter nuptias, em razão de casamento e não se pode deixar de cumprir a obrigação de doação.
Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar.
23/11/2021
Tipos de doação
- Doação modal ou com encargo: tem algum tipo de retribuição, cumprimento de um dever jurídico (não pode ser dinheiro), que se descumprido acarreta a revogação da doação. Art. 555
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.
- Doação pura e simples: sem nada em troca.
- Doação condicional: tem uma condição para se realizar, um evento futuro incerto.
- Doação remuneratória: gratificação fora do valor pago pelos serviços prestados.
Invalidade da doação
Invalidade da doação = doação inválida
Doação anulável.
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.
Embora 50% do patrimônio esteja disponível, isso não se aplica quanto a doação de ascendente a descendente, pois configura adiantamento de herança.
Para a doação ocorrer para um filho é preciso a anuência dos demais filhos.
E este filho que recebeu a doação não fará parte da distribuição de herança.
Se essa doação ocorrer pode ser revogada e os bens redistribuídos caso a antecipação de herança seja maior do que a parte que cabe ao filho.
Nulidade da doação
Reversão por premoriência
Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.
Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro.
Art. 548 e 549 doações inoficiosas = ilegais
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador.
Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
- A Doação não pode ocorrer entre cônjuge e amante (valores relevantes, maiores que mil reais)
Art. 550 e 1545: herdam de forma obrigatória e apenas eles podem pedir anulação de doação do cônjuge adultero ao seu cumplice.
Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal.
Art. 1.545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado.
- Herdeiros necessários:
Descendentes
Ascendentes
Cônjuges 
- Herdeiros legítimos (vocação hereditária): 
Descendentes
Ascendentes
Cônjuge 
Colaterais
Vício de consentimento: doação anulável
Revogação da doação: apenas em caso de cláusula de premoriência ou ingratidão.
Revogação de doação
Art. 555 e 557: Ingratidão
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele;
II - se cometeu contra ele ofensa física;
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
Parece com a indignidade, mas na doação NÃO é indignidade, é ingratidão.
O que configura ingratidão:
- Injúria grave: ofensa/xingamentos e descriminação
- Calúnia: imputação indevida de um crime a uma pessoa.
Art. 558. Pode ocorrer também a revogação quando o ofendido, nos casos do artigo anterior, for o cônjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmão do doador.
Se o doador perdoar o donatário por escrito, por registro ou com testemunhas a ação penal ocorre (pois o donatário cometeu homicídio) mas a revogação da doação não.
Doação não revogadas por ingratidão:
-Doações remuneratórias (feita por gratidão)
-Modal, quando o encargo já foi concluído
-Obrigação natural: alimentos, partilha de bens, propter nuptias.

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