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Apostila Segurança em Transportes

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PÓS-GRADUAÇÃO - 2011
CURSO
ENGENHARIA DE 
SEGURANÇA DO
TRABALHO
DISCIPLINA
SEGURANÇA EM TRANSPORTE
Profº Msdº Hermom Leal 
Julho - 2011
1. Veículos Industriais
1.1	Veículos Utilizados em obras de Construção Civil.
Os porteiros ou vigias devem controlar a entrada e saída de qualquer veículo, a fim de evitar impactos nos portões e seus suportes, danos nos tapumes ou em barracões existentes nas proximidades.
Quando for necessário manobrar ou operar veículos em via pública, devem ser colocados cavaletes para sinalização de advertência e mantido, permanentemente, um trabalhador orientando o trânsito de pedestre.
Os motorista não só da empresa como também de terceiros, devem receber orientação sobre procedimentos seguros no trânsito, dentro e nas proximidades do canteiro de obras. 
Motorista e ajudante devem receber equipamentos de proteção individual que forem necessários, ao passarem pelo portão de acesso ao canteiro de obras, devendo ser impedida a entrada dos que se negarem a utilizá-los.
Somente veículos autorizados devem entrar e trafegar no canteiro de obras. 
Os caminhões basculantes não devem transitar com a sua caçamba levantada (figura 3.1).
Para executar serviços entre o chassi e a caçamba esta deve ser calçada na posição levantada. Pode ocorrer vazamento no circuito hidráulico de levantamento (figura 3.2).
 
As manobras em marcha a ré devem ser orientadas por manobreiros, não devendo ser permitido, na área de manobra a presença de nenhuma pessoa estranha ao serviço.
As vias de acesso a veículos, no canteiro de obras devem ser sinalizadas e iluminadas, isolando-se, sempre que possível (corda ou cerca), as áreas de circulação obrigatória de pessoas. A sinalização e o isolamento devem ser retirados sempre que cessarem as razões de suas existências.
Sempre que houver risco de choque de veículo contra estruturas, andaimes, postes e etc.;
devem ser colocadas balizas ou barreiras para protegê-los (figura 3.3).
Figura 1.3 – Baliza de proteção contra veículos.
Em pista de terra, para reduzir a poeira em suspensão, é recomendável molhar o piso, periodicamente.
Sempre que as dimensões do canteiro de obras permitirem, as vias de acesso devem ter tráfego em uma só mão de direção.
 As caixas ou aberturas, nas vias de acesso, sem tampas ou cujas tampas tenham resistência insuficiente, devem ser isoladas (cerca) e sinalizadas para alertar os motoristas.
Ao estacionar em rampas, os caminhões, além de terem seu freio acionado e a marcha engatada, devem ter as rodas bloqueadas por calços (madeira, pedras etc.). 
A velocidade máxima permitida deve ser estabelecida por placas, não devendo ultrapassar a 20km/h (vinte quilômetros por hora).
Os materiais de comprimento maior do que a carroceria devem ter sinalização adequada na traseira, conforme as leis de trânsito (bandeirola vermelha). 
Cuidados especiais devem ser tomados com o tráfego de veículos próximo a barrancos, especialmente em terrenos de consistência não conhecida, a fim de evitar-se desmoronamento.
Não é permitido o transporte de pessoas em veículos específicos parra carga.
Deve ser impedido o trânsito no canteiro de obras, de veículos em más condições de uso.
A saída do cano de descarga na traseira do veículo e o silencioso devem ser mantidos em bom estado. Não se deve fazer funcionar o motor em ambiente fechado (figura 1.4).
 
Figura 1.4 – Funcionamento em ambiente fechado.
O setor de segurança deve fiscalizar as fichas de manutenção preventiva dos veículos da sua empresa e de terceiros a serviços da empresa:
Trator transportador , tipo “DUMPER” ou “BOB-CART”, é um veículo que permite o transporte de materiais (concreto, areia, brita, cimento, produtos a granel, tijolos etc.) em qualquer terreno (figura 1.5).
Os cuidados a serem tomados com o trator transportador são os mesmos exigidos para os veículos comuns. 
Os operadores do trator transportador devem ser selecionados com o assessoramento do setor de segurança do trabalho, sendo desejável que tenham conhecimento da condução de veículo automotor, de preferência, com carteira nacional de habilitação. 
A Administração da Obra deve estabelecer normas específicas para o uso deste equipamento, mantendo apenas um operador por trator, a fim de definir a responsabilidade pela indispensável manutenção preventiva.
 O basculamento da caçamba do trator devem ser feito com o mesmo parado e freado.
Nas descargas de material em valas, deve-se colocar calços resistentes e com altura suficiente para evitar o tombamento do trator, em caso de aproximação excessiva da borda do barranco (figura 3.6).
Figura 1.5 – Trator transportador. Figura 1.6 – Tombamento do trator.
Quando o trator estiver operando nas proximidades de outros trabalhadores, o motorista deve seguir as instruções do manobreiro.
Cuidados especiais devem ser tomados com os ângulos mortos do terreno (má, visibilidade) (figura 1.7).
Devem ser tomadas medidas especiais para impedir o uso do trator por pessoa não autorizada, na ausência do seu operador.
 	Outros veículos, que executam trabalhos similares ao trator transportador e que possuam características semelhantes, tais como: pá carregadeira, escavadeira etc., exigem os mesmos cuidados estabelecidos para o trator transportador.
Apresentamos a seguir, uma sugestão de Programa de Manutenção Preventiva a ser feita, no canteiro de obras pelo operador do trator (figura1 3.8).
		
Figura 1.7 – Ângulos mortos.
	OPERAÇÃO
	Diariamente
	Semanalmente
	Quinzenalmente
	Mensalmente
	1 – Verificar o nível e o estado do óleo do cárter, completar se necessário......................................... 
	●
	
	
	
	2 – Verificar o nível de combustível do reservatório............................................................
	●
	
	
	
	3 – Verificar a pressão dos pneus..........................
	●
	
	
	
	4 – Inspecionar a grade de entrada de ar da refrigeração............................................................
	●
	
	
	
	5 – Lavar o veículo e verificar se há vazamento de óleo...................................................................
	
	●
	
	
	6 – Verificar o funcionamento das lâmpadas piloto do painel......................................................
	●
	
	
	
	7 – Verificar a buzina e os faróis...........................
	●
	
	
	
	8 – Colocar o motor em funcionamento e durante o seu aquecimento, verificar se existem ruídos anormais................................................................
	●
	
	
	
	9 – Medir a densidade da solução da bateria, adicionar água destilada se necessário, desobstruir os orifícios das tampas, limpar e untar os bornes.......................................................
	
	●
	
	
	10 – Limpar o filtro de ar do motor, e trocar o óleo (se o local de trabalho for sujeito à poeira intensa, trocar o óleo diariamente..........................
	
	●
	
	
	11 – Verificar o nível do óleo e desobstruir o orifício de ventilação do bujão principal do freio.
	
	●
	
	
	12 – Verificar o curso morto do pedal da embreagem, regular se necessário........................
	
	●
	
	
	13 – Examinar todos os tubos e conexões do freio, quanto a vazamentos e danificações. Verificar o funcionamento e ação dos freios de serviço e estacionamento....................... ...............
	
	●
	
	
	14 – Verificar o nível e o estado do óleo do diferencial. Completar se necessário
	
	
	●
	
	15 – Inspecionar e reapertar as conexões das tubulações de combustível.....................................
	
	
	●
	
	16 – Verificar o estado do Sistema Elétrico. Reparar se necessário..............
	
	
	
	●
	17 – Verificaraperto dos parafusos de fixação dos sistemas de direção e o estado de seus componentes..........................................................
	
	
	
	●
	18 – Verificar aperto dos parafusos do diferencial, do suporte do motor, de partida e do dínamo...................................................................
	
	
	
	●
	19 - Verificar aperto dos cubos das rodas. Lubrificar se necessário.........................................
	
	
	
	●
	20 – Verificar aperto das porcas de fixação da caçamba.................................................................
	
	
	
	●
Figura 1.8 – Programa de manutenção preventiva
2. Equipamentos de Guindar e Transportar
2.1 	Introdução
	Na indústria moderna, o uso de equipamentos para Erguer, Baixar e Transportar pesadas cargas em distâncias limitadas vem sendo cada vez mais difundido.
	Embora esses equipamentos estejam se sofisticando dia a dia a sua operação está baseada nos princípios clássicos da Física, de onde se tira toda uma aplicação prática para atender às necessidades do transporte industrial de nossos dias.
		A sofisticação técnica traz novos riscos, que precisam ser bem conhecidos, no intuito de se prevenirem possíveis acidentes. 
Outro aspecto muito importante é o exame periódico dos componentes dos equipamentos de guindar e transportar, que na maioria dos casos é que provocam os acidentes.
	Dentro do conceito de segurança industrial deve-se ter em mente que transportar não é meramente levar algo de um lugar para outro, mas sim fazê-lo de maneira segura.
Classificação
– Equipamentos de Guindar
Os equipamentos de guindar podem ser classificados em dois grandes grupos que são: talhas e guindastes.
As talhas podem ser:
	- manuais;
	- elétricas;
	- a ar comprimido.
Os guindastes podem ser:
	- suspensos (pontes rolantes);
	- de cavalete (gantry crane);
	- de torre ( tower crane);
	- de cabeça de martelo ( hammerhead);
	- de lança horizontal ( jib crane);
	- sobre esteiras, pneus ou vagões.
– Transportadores Industriais
Os transportadores industriais apresentam grande variedade de tipos. Podem ser equipamentos horizontais, inclinados ou verticais para mover ou transportar materiais pesados, pacotes, objetos ou passageiros numa distância pré-determinada e possuindo locais de carga e descarga fixos ou seletivos.
Os mais comuns são:
	- de correia;
	- de ripas;
	- de roletes;
	- por gravidade;
	- de rosca sem fim;
	- portáteis.
– Fatores Gerais de Segurança
– Equipamentos de Guindar
Tanto para as talhas como para os guindastes os fatores gerais de segurança são os mesmos e se baseiam principalmente na capacidade de carga e na resistência e estado de seus componentes tais como: cabos, cordas, roldana, ganchos, etc.
Como medida de segurança todos os equipamentos de guindar devem ter escrito numa placa bem visível a sua capacidade de carga.
Quando os guindastes são montados sobre esteiras, rodas ou vagões há necessidade de colocação de dispositivos que limitem a velocidade assim como freios dimensionados de acordo com as forças desenvolvidas na operação de frenagem.
Embora os fabricantes já forneçam os fatores de obsolescência dos componentes há necessidade de um programa de inspeções detalhadas a fim de prevenir acidentes.
 Outros aspectos de segurança estão ligados diretamente à operação, conforme a seguir:
os equipamentos de guindar só devem ser operados por pessoas qualificadas;
as cargas não devem ser transportadas a mais de 30 cm do solo;
devem ser destacados ajudantes para engatar a carga, funcionar com sinaleiros e, quando necessário, impedir, por meio de uma corda, que a carga oscile em demasia;
quando o guindaste se movimenta sem carga o gancho deve ser preso à estrutura a fim de não oscilar;
para equipamentos colocados sobre esteiras e pneus há necessidade de uma boa fixação no solo no intuito de evitar deslizamento e conseqüentes quedas;
quando a lança de um guindaste pode entrar em contato com cabos de alta tensão, nas proximidades das áreas de trabalho, devem ser tomadas diversas medidas entre as quais a limitação do ângulo da lança e a ligação de fio terra;
durante a operação ninguém deverá permanecer sob as cargas que poderão se soltar vindo a causar acidentes, geralmente fatais.
– Transportadores Industriais
Os transportadores industriais, como por exemplo, os de correia, por trabalharem em fluxo contínuo, muitas vezes se apresentam inofensivos comparados com outros meios de transporte industrial, isto porque normalmente são comandados à distância e por energia elétrica. Esta aparente ausência de perigo é uma das principais causas de acidentes que se repetem provocando, com freqüência, horríveis mutilações e inclusive a morte dos acidentados.
	Em instalações de grande porte pelo fato de os trabalhadores (vigias, reparadores) se encontrarem sozinhos e longe de recursos de urgência, os problemas aumentam. Como exemplo citamos correias transportadoras usadas em minas de extração de carvão ou de minério de ferro nas quais têm–se, às vezes, quilômetros de extensão. Nestes casos, além da proteção das partes móveis, são recomendadas passarelas ao lado das correias transportadoras, parapeitos e iluminação adequada em todo o trajeto.
	Todos os transportadores industriais devem ser periodicamente inspecionados e as peças que apresentarem deficiências imediatamente trocadas.
	Atenção particular deve ser dada aos dispositivos de parada, redutores de velocidade, e pontos de carga e descarga para a lubrificação se possível, devem ser colocados tubos que impeçam a aproximação de operário, no ato de lubrificar os pontos perigosos. Nesses casos não haveria necessidade de parar a fim de lubrificá-lo.
		Quando os transportadores correm a uma altura que bloqueie uma passagem que pode ser usada em caso de sinistro, devem ser previstos em algum ponto, recursos para transpô-los.
	Outro aspecto importante é o da previsão de bloqueios especiais, que impeçam a passagem de chamas e gases super aquecidos em aberturas feitas em edifícios para a passagem de transportadores em geral.
	Todas as passagens sob ou sobre os transportadores devem ser bem protegidas a fim de evitar possíveis acidentes.
	No tocante à operação, alguns aspectos de segurança podem ser citados:
O botão de partida do transportador deve estar colocado num lugar onde o operador possa visualizar o máximo possível de sua área de ação;
Se o transportador atravessa duas áreas distintas através de uma parede ou do piso em cada uma delas deverá haver um painel de controle com dispositivos de partida e parada;
Esses dispositivos devem estar colocados em locais livres de obstrução e onde possam ser facilmente vistos e operados;
Todo o pessoal que trabalha na área do transportador deverá ser instruído na sua operação;
Quando dois ou mais transportadores operam em série, os controles deverão ser projetados no caso da interrupção de um deles, para interromper todos os que alimentam aquele que parou;
Quando um transportador pára, devido à sobrecarga, todos os dispositivos de partida deverão se desligar automaticamente e a causa da sobrecarga removida;
Antes do reinício do movimento, todo o transportador deverá ser inspecionado;
Nos pontos de carga e descarga de transportadores que carregam material gerador de poeira devem ser colocados sistemas de ventilação a fim de impedir a formação de nuvens de pó;
Os operários que trabalham nas proximidades de transportadores não devem usar roupas largas e conforme o caso tornam-se recomendáveis calçados de segurança, óculos e máscaras de filtro mecânico.
– Talhas
– Talha manual ou de Corrente
	A talha manual pode ser usada com grande eficiência e, embora portátil deve ser deixada permanentemente enganchada em um suporte do tipo “monorail”.
	A maioria dos acidentes que ocorrem quando a mesma está em usoé devido a excesso de cargas. Por este motivo os operadores devem conhecer os limites seguros de carga e saber operá-la com segurança.
	As partes sujeitas às maiores tensões durante a operação de guindar devem ser feitas de aço e as correntes, de aço maleável, com um fator de segurança de carga da ordem de 5.
	Os ganchos devem ser forjados e o de suporte da talha ter capacidade igual ou superior ao ligado diretamente à carga.
– Roldanas
As roldanas são feitas geralmente de madeira com partes mecânicas de metal sendo usadas principalmente como equipamento temporário.
Podem ser guardadas, transportadas e montadas com facilidade recomendando-se uma inspeção antes de cada uso.
O estado da roldana depende principalmente dos cuidados que se tomam, conforme a seguir:
- Todo material da roldana deve ser guardado ao abrigo dos raios diretos do sol, em lugar limpo, frio e seco.
- As roldanas devem ser inspecionadas antes de cada uso e periodicamente quando em uso constante.
– Talhas Elétricas
A talha elétrica permite ao operador uma maior atenção à manipulação da carga, pois requer menor esforço em sua movimentação.
Todos os cabos de controle devem ser feitos de material não condutor mesmo que a talha esteja aterrada.
Os controles devem ser projetados de forma a não ocasionarem confusão durante a operação, a alavanca de movimento “para cima” pode ser de cor diferente da de movimento “para baixo”.
A talha elétrica deve ser dotada de “limites de parada” em todo o levantamento vertical a fim de impedir a ruptura ou esforço indevido do cabo.
O cabo deve ter pelo menos duas voltas enroladas no tambor quando estiver totalmente esticado.
Para o arrastamento de cargas, caso a talha não disponha de cabo de deslocamento horizontal, pode-se usar uma corda.
Nunca os cabos de controle vertical devem ser usados para deslocamento horizontal.
– Talha a ar comprimido
Para esse tipo de talha deve ser previsto na linha de alimentação de ar comprimido um regulador que controle a entrada do ar a fim de prevenir movimentos bruscos tanto na descida como na subida.
	Quando de seu mecanismo constar um sistema de pistão deve-se examinar a contraporca que segura o pistão em sua biela, pois depois de muito tempo de uso ela torna-se frouxa, podendo provocar uma separação que ocasionaria a queda da carga.
Guindaste
– Suspensos ou Pontes Rolantes
Os guindastes suspensos podem ser operados de uma cabine suspensa no próprio ou do chão. No segundo caso é muito importante que os dispositivos de comando sejam projetados para não gerarem confusão no operador durante a movimentação. 
Nos limites do percurso da ponte devem ser instalados pára-choques a fim de se evitarem batidas bruscas.
Para as pontes providas de cabines suspensas, devem ser dadas condições de escape rápido aos operadores, em caso de incêndio.
Na cabine devem ser instalados um extintor portátil de CO2 ou pó químico e uma escada de corda.
Em todo o percurso deve haver uma passarela provida de parapeito que permita fácil movimentação de pessoas e acesso seguro para a cabine.
A cabine deve ser localizada de modo a não dificultar a visibilidade dos sinais emitidos pelo ajudante de operador.
Entre a ponte e o forro deve ser deixado espaço suficiente a fim de não ocasionar esmagamento de pessoas que por ventura se encontrem nesse local durante a passagem da ponte.
Um alarma automático deve ser acoplado ao botão de partida da ponte assinalando a sua passagem.
A participação do engenheiro de segurança no projeto e construção das pontes rolantes é de grande importância para a prevenção dos riscos inerentes à sua operação.
2.6	 – De Cavalete ou Gantry Crane 
	O guindaste de cavalete foi criado para desempenhar as funções das pontes rolantes em serviços ao ar livre onde não seria possível ou antieconômico construir uma estrutura de sustentação.
	Correndo sobre trilhos o guindaste de cavalete acompanha o desenvolvimento dos trabalhos realizados em sua área de ação em estaleiros, pátios de estradas de ferro, cais, etc.
		Normalmente o acesso à cabine é feito por uma escada colocada em uma das pernas do guindaste. 
	Os guindastes usados nestas condições devem estar providos de:
Uma base assentada em terreno bem drenado.
Uma cabine construída com material resistente ao fogo e às intempéries e provida de espaço suficiente para os equipamentos de controle e o operador, e situada em local que facilite a visualização dos sinais.
Uma escada de corda ou outro meio de fuga da cabine.
Dispositivos que impeçam o guindaste de se mover em condições imprevistas.
Contraventamentos que impeçam distorções excessivas.
Anteparos que previnam o contato acidental do condutor com partes salientes ou perigosas.
De Torre ou Tower Crane
Muito utilizado nos portos o guindaste de torre é montado sobre uma estrutura metálica e possui um raio de giro de até 360°. 
	Pode ser acionado por eletricidade ou força hidráulica e seu raio de ação é, em parte limitado pelos trilhos em que sua estrutura corre.
De Cabeça de Martelo ou Hammerhead Crane
Também montado sobre uma estrutura metálica, atinge a grandes alturas podendo ter uma capacidade de elevação efetiva de 60 m.
É de máxima utilidade em serviços de cargas e movimentação pesada e seu braço horizontal tem capacidade de giro de até 360° sendo muito usado em estaleiros e na construção civil.
De Lança Horizontal ou Jib Crane
Esse tipo de guindaste é suportado normalmente num pilar, ou coluna ou parede de onde seu braço rotativo ou “jib” pode girar.
Suportado pelo braço corre um pequeno “troley” onde está pendurado o gancho.
Antes de se instalar o equipamento em um prédio é necessária uma vistoria na estrutura a fim de verificar uma resistência à sobrecarga do guindaste.
Entre a estrutura vertical do guindaste e a estrutura do edifício onde ele foi instalado deve ser colocado um pára-choque que evite a queda do “troley”.
Sobre esteiras, pneus ou vagões.
Os guindastes móveis possuem lanças com capacidade variável e podem ser movidos a vapor, gasolina, diesel ou motor elétrico.
Quando movidos a vapor devem ser cercados de todos os cuidados devidos a esses equipamentos.
Quando elétricos devem ser convenientemente aterrados.
Todos os cuidados precisam ser tomados contra riscos de incêndio e explosão nos guindastes montados em veículos movidos à gasolina.
Alguns aspectos de segurança vêm sendo adotados, atualmente, por vários fabricantes dos mais modernos tipos de guindastes, tais como:
A cabine de comando gira junto com a lança permitindo ao operador permanente visão da carga.
A cabine fica situada ao lado e não abaixo da lança.
Na plataforma todo o material de superfície é antiderrapante.
O freio de comando de giro está situado na cabine.
Válvulas de segurança são colocadas nos pontos de funcionamento dos ganchos e dos dispositivos telescópicos, quando for o caso.
O freio de parada de veículo é parte integrante do sistema de transmissão, funcionando automaticamente quando o mesmo está desligado.
Nos guindastes sobre lagartas há um aspecto muito importante a ser lembrado no intuito de se evitarem acidentes o desgaste provocado pela vibração nos cabos de sustentação.
As condições de operação desses equipamentos variam tanto que se torna difícil determinar o tempo de vida útil dos cabos.
As condições ambientais e atmosféricas influem bastante nos equipamentos podendo aumentar ou diminuir também a vida útil dos cabos.
Dessa forma as inspeções de segurança devem ser feitas periodicamente, mantendo-se um registro das irregularidades encontradas.
Transportadores Industriais
Os principais tipos de transportadores usados para o transporte de material são:
- de roletes;
- por gravidade;
- de correia;
- portáteis.
2.7.1	 – De roletes
	Constam de uma série de roletes os quais se movem e os objetos nelescolocados mediante a aplicação de força motriz em um deles.
	Nas secções de transferência existe o perigo de pinçamento que pode ser eliminado pelo uso de calços instalados nos espaços entre os roletes.
		O calço deve ser projetado de forma a não interferir no andamento normal dos rolos.
2.7.2	 - Por Gravidade
	Esse tipo de transportador depende exclusivamente das forças gravitacionais e o risco de acidente está caracterizado na prensagem do operário pela carga em movimento.
	
	Medidas que devem ser previstas a fim de evitar os possíveis acidentes:
O transportador deve estar equipado com um dispositivo mecânico ou elétrico que impeça a colocação das mãos nas áreas de perigo.
Na parte superior do transportador devem ser colocados balaústres de proteção.
Quando ocorrer bloqueio no transportador o operador deve desfazê-lo mediante lanças especiais e nunca usar as próprias mãos.
2.7.3	 - De Correia
	Muito usados no transporte de caixas, sacos e material solto os transportadores de correia apresentam uma série de riscos que podem ser controlados mediante medidas preventivas, tais como:
As polias, nas extremidades da correia, devem ser protegidas para impedir esmagamento dos dedos.
Nos transportadores colocados ao nível do solo devem ser previstas proteções que impeçam o contato dos trabalhadores com a correia em movimento.
A manutenção deve ser feita sempre com motor desligado.
2.7.4	 – De Rosca Sem Fim
	Os transportadores de rosca sem fim são usados para comprimentos limitados e constituídos de espirais ou pratos retorcidos operando numa calha semicircular provida de cobertura plana.
	Como a fricção nesse tipo de transportador é superior a outros tipos se faz necessária uma força de transmissão maior.
	Quando é usado para transportar pó de cimento, tintas, por exemplo, “rosca sem fim” funciona como misturador durante o transporte.
	O grande risco de acidentes é caracterizado pelo fato de os trabalhadores terem suas mãos ou pés apanhados pelas engrenagens ao tentarem deslocar o material transportado.
	Por esse motivo recomenda-se manter o transportador sempre coberto e se possível ligado a um dispositivo que interrompa o movimento caso seja aberta uma tampa de vistoria.
	Os transportadores que levam pós capazes de gerar explosão devem ser providos de abafadores que interrompam a propagação de uma explosão de uma área para outra.
2.7.5	 – Portáteis
	Os transportadores portáteis podem ser constituídos de correia, roletes, etc. Colocados em suportes de rodas que em plano inclinado permitem maior facilidade na carga e descarga de caminhões, vagões, etc.
	Os vários tipos de transportadores portáteis podem estar providos de dispositivos de proteção e acoplados a motores elétricos protegidos para trabalhos ao ar livre.
	Devem ser bem projetados a fim de manterem sempre boa estabilidade.
	Quando possuidores de sistemas telescópicos devem passar por inspeções periódicas, pois os referido sistemas constituem uma fonte importante de riscos no uso desses transportadores.
	Quando usados junto a vagões de estrada de ferro, devem possuir dispositivos que impeçam a movimentação dos vagões durante a operação.
	Quando usados na construção civil ao seu lado devem ser previstas escadas que sirvam para os operários e uma ordem de proibição do uso do transportador como tal, deve ser emitida e cumprida.
Componentes
2.8.1	 – Cabos
	Os cabos de aço são constituídos de um certo número de cordões dispostos ao redor de um núcleo (alma) que tanto pode ser de fibra como de aço.
	Cada cordão ou cordoalha é constituído de um certo número de fios (3, 7, 19, 37) que entram na especificação dos cabos. 
	Ex: Um cabo 6x19 tem 6 cordões de 19 fios.
	Quando aumenta o numero de fios por cordão aumenta a flexibilidade, mas diminui a capacidade de resistência à abrasão.
	Dessa forma vemos a importância de escolher os cabos que convêm a cada tipo de trabalho. Assim para uso:
	- Estático é necessário que o cabo seja capaz de suportar uma carga igual a três vezes aquela a que vai ser submetido.
	
	-Rotativo a carga de ruptura deve ser igual a cinco vezes a carga máxima prevista na utilização.
	Os fatores de segurança de um cabo devem ser de tal ordem que ele possa trabalhar com folga em relação à sua capacidade de resistência máxima.
	Tal tipo de segurança varia em valor de acordo com o tipo de utilização.
	
	APLICAÇÃO
	FATORES DE SEGURANÇA
	Cabos e cordoalhas estáticas
Cabo p/ tração no sentido horizontal
Guinchos
Pás, guindastes, escavadeiras.
Pontes Rolantes
Talhas elétricas e outras
Derricks
Laços (slings)
	3 a 4
4 a 5
5
5
6 a 8
7
6 a 8
5 a 6
 
	No mercado os cabos podem ser fornecidos tanto pré-formados como não pré-formados. A diferença entre ambos no processo de fabricação coloca no primeiro todos os arames na forma helicoidal o que diminui as tensões internas.
2.8.2	 – Cordas
	Todas as cordas de fibra podem se classificar em dois grandes grupos:
	- Naturais.
	- Sintéticas
	As cordas de fibra natural de Manilha e Sisal são as mais usadas e apesar de sua força de tensão, resistência à água e ao desgaste, duração e aspereza requerem uma série de cuidados:
Não devem ser arrastadas pelo chão ou raspadas em superfícies ou objetos ásperos e afiados.
 
Não devem ser usadas molhadas ou reforçadas com tiras metálicas junto a cabos de alta tensão.
Devem ser armazenadas longe de gases venenosos, de fonte de calor, dos agentes químicos, da umidade, da luz solar, de roedores e outros agentes biológicos.
As cordas de fibra sintética de nylon, poliéster, polietileno entre outras substituem com vantagens as de manilha. Embora seu custo inicial seja mais elevado elas têm maior durabilidade e apresentam maior segurança. Dentre as vantagens, citamos:
Peso cerca de 33% inferior para a mesma bitola de cabo.
Resistência à tração 4 vezes superior.
Invulnerabilidade à água, graxas, óleos, ácidos e álcalis.
Maior elasticidade.
Resistência ao choque 4 vezes superior quando seca e 5 vezes quando molhada.
– Ganchos
O gancho deve ser a parte mais fraca de um equipamento de guindar, incluindo cabo, correntes, elos, etc.
Deve ser sempre usado com um fator de segurança de 4 a 5 e constituído de tal maneira que, quando muito sobrecarregado se abra lentamente em lugar de quebrar. Caso ocorra tal fato, o gancho não deve ser endireitado e posto novamente em uso.
Gancho de segurança – A característica de segurança é dada por um dispositivo de mola que permita a entrada da alça de carga e se feche imediatamente impedindo o escape.
Grampo Chato - É usado para erguer chapas de aço e normalmente se usam dois, presos nas extremidades de uma alça de aço ou corrente.
Grampo de Garra – Com a mesma finalidade do anterior dispõe de uma garra de segurança que impede a chapa de escorregar e cair.
– Diversos
Para a montagem de laços (slings) especiais, em qualquer tipo de cargas, usam-se além dos cabos umas séries de acessórios, todos forjados, tais como:
- Anéis para manilhas e ilhós;
- Grampos;
- Argolas;
- Soquetes;
- Esticadores
que precisam ser inspecionados a fim de não causarem acidentes.
	Para os transportadores industriais há também necessidade de uma seleção e escolha adequada dos componentes.
	As correias transportadoras, por exemplo, precisam ser selecionadas de acordo com os seguintes itens:
Área da instalação onde se pretende instalá-las.
Características do material a ser transportado, conforme a seguir:
material seco, frio ou quente;
material abrasivo;
material pastoso;
material em pó ou em bloco;
material quimicamente ativo, etc.
Vazão estimulada ( tonelada/hora).
Distância a ser vencida no transporte.
Posição do Plano de Transporte.
Tipo de motor acionadoe processo de transmissão (engrenagens, correia, corrente, etc.).
Características dos roletes de apoio.
2.9	Responsabilidade dos Operadores de Equipamentos de Guindar em Geral.
2.9.1	 – Generalidades
	A manipulação de um equipamento de guindar requer além dos conhecimentos da operação e força motriz da máquina a operar um elevado grau de habilidade e reflexo.
	O operador é o elo entre a força da máquina e as cargas manejadas e se ele falha, é bem provável que ocorram os acidentes.
	Por isso torna-se tremendamente importante a seleção e treinamento dos operadores dos equipamentos de guindar.
	A primeira preocupação do operador deve ser a confiança em si mesmo e naqueles que o auxiliam, confiança essa que vem do conhecimento profundo da máquina e de um treinamento eficaz.
	 Além do aspecto humano de um acidente, o operador deve sempre ter em mente que o guindaste ou um equipamento de guindar é altamente caro e que qualquer interrupção em seu trabalho, por danos materiais, traz além da perda de tempo, queda na produção e conseqüente aumento do custo do produto.
	Por isso o operador desses equipamentos deve ser remunerado de acordo com as responsabilidades que tem.
	Um fator importante no aumento de acidentes é se dar a qualquer funcionário, a possibilidade de operar equipamentos de guindar e transportar.
2.9.2	 – Fatores Gerais de Segurança
O operador antes de ligar a máquina deve se inteirar da capacidade da mesma.
Toda e qualquer manutenção deve ser feita com a máquina desligada.
Todos os controles devem ser testados antes de se iniciarem os trabalhos a fim de evitar falhas durante as operações.
O operador deve verificar se a máquina está convenientemente lubrificada e se os freios e dispositivos da frenagem estão em bom estado.
O extremo da corda ou cabo deve estar preso com segurança ao tambor e convenientemente enrolado.
Nos equipamentos acionados por motores de combustão interna, o operador deve verificar, antes do início das operações o seguinte:
1. o nível do óleo no cárter;
2. o nível d’água no radiador (caso exista);
3. o nível de gasolina no tanque;
4. o nível d’água na bateria, etc.
Quando a máquina trabalha em locais restritos o operador deve tomar cuidados para que os gases de escape sejam dirigidos para o exterior.
Quando nas máquinas se usarem dispositivos alongadores o operador deve verificar se estão bem firmes antes de iniciar os trabalhos;
Nas máquinas sobre rodas deve haver meios seguros de fixação a fim de evitar deslizamentos;
Durante a manipulação os operadores devem se certificar de que não haja ninguém sob ou sobre as cargas.
Ao terminar os trabalhos o operador deve antes de abandonar a máquina agir conforme a seguir:
Soltar o gancho de qualquer carga.
Colocar a máquina em local onde não obstrua a passagem de outras máquinas ou pedestres.
Se for movida a vapor assegurar-se de que está em perfeitas condições de segurança.
Informar ao pessoal de manutenção de qualquer defeito ou comportamento anormal.
Fechar as portas da cabine de comando.
Mediante freios ou outros recursos da máquina, mantê-la imóvel.
2.10		Transporte Vertical de Materiais 
a)	Por Grua ou Guindaste
O operador de grua ou guindaste deve ser orientado para evitar:
Choques de lança, caçamba ou carga suspensa, contra estruturas, formas, torres, plataformas de proteção etc.
Aproximação do cabo, caçamba ou carga, a menos de 1,00m (um metro) de redes de alta tensão, devido ao risco de descarga elétrica por indução.
Deve ser escalado um sinaleiro, sempre que houver obstáculos que dificultem a visibilidade do operador, tais como:
Edificação de grande altura.
Operador em posição afastada da fachada.
Plataformas de proteção obstruindo sua visão.
Pouca iluminação no percurso da carga (transportes noturnos).
Rede de alta tensão próxima ao local de carregamento ou
descarga.
Sinaleiro deve ser dotado de bons reflexos e boa coordenação muscular e ser submetido a exames periódicos: oftalmológicos, auditivo, cardiológico e diagnóstico de epilepsia.
O código de sinais recomendados para comandar transporte por guindaste ou equipamento similar é o seguinte:
Elevar carga: antebraço na posição vertical, dedo indicador apontado para cima, mover a mão em pequenos círculos horizontais (Figura 2.10.1).
Abaixar carga: braço estendido para baixo, dedo indicador apontando para baixo, mover a mão em pequenos círculos horizontais (Figura 2.10.2).
Parar: braço estendido na horizontal, palma da mão para baixo, manter braço e mão rígidos na posição (Figura 2.10.3).
Parada de emergência: mesmo que em “3”, porém mover a mão para a direita e a esquerda, rapidamente (Figura 2.10.4).
Figura 2.10.1 – Elevar carga. Figura 2.10.2 – Abaixar carga. 
Figura 2.10.3 – Parar. Figura 2.10.4 – Parada de emergência.
Suspender a lança: braço estendido, mão fechada, polegar apontado para cima, mover a mão para cima e para baixo (Figura 2.10.5)
Abaixar a lança: mesmo que em “5”, porém com o polegar apontando para baixo (Figura 2.10.6 ).
Girar a lança: braço estendido, mão fechada, porém, com o indicador estendido, apontando na direção do movimento (Figura 2.10.7)
Mover devagar: mesmo que em 1) e 2), com a outra mão colocada acima ou abaixo da mão de sinal (Figura 2.10.8 e 2.10.9).
Suspender a lança e abaixar a carga: usar “2” e “5” simultaneamente, um com cada mão.
abaixar a lança e elevar a carga: usar “1” e “6” simultaneamente, um com cada mão.
Os ganchos de equipamento de guindar devem ser providos de fechos de segurança para evitar que a carga ou estropo se solte durante o transporte (Figura 3.22). 
Quando a abrasão, oxidação ou qualquer outra causa houver reduzido a seção transversal de um gancho, de maneira a comprometer sua segurança, deve-se retirá-lo de uso e cortá-lo para impedir seu reaproveitamento.
Figura 2.10.5 – Suspender a lança. Figura 2.10.6 – Abaixar a lança.
Figura 2.10.7– Girar a lança. Figura 2.10.8 – Elevar devagar. 
Figura 2.10.9 – Abaixar devagar. Figura 2.10.10 - Gancho com fecho de segurança.
Estropo, laço ou linga é o nome dado a um pedaço de cabo de aço em cujas extremidades se colocam olhais com a finalidade de facilitar a amarração da carga (Figura 2.10.11).
Ao içar um material, o estropo pode formar 1 (uma) ou 2 (duas) pernas, caso esteja esticado ou dobrado ao meio. Deve-se procurar reduzir o ângulo “a” formado pelas “duas” pernas para diminuir a tensão ou o esforço em cada perna (Figura 2.10.12).
 
Figura 2.10.11 – Estropo ou linga e olhal.
A curva (forquilha) do gancho não deve ser colocada sobre o lado de tração direta do cabo (Figura 2.10.13).
Figura 2.10.13 – Colocação da curva (forquilha).
As operações de amarrar e desamarrar cargas utilizando estropo devem ser feitas por pessoas experientes, devidamente orientadas e com uso de manilhas nas extremidades do cabo, de maneira a permitir um aperto natural na amarração (Figura 2.10.14).
Figura 2.10.14 – Manilhas.
Para a descarga de tijolos paletizados sobre plataformas em balanço, deve-se tomar as seguintes providências:
Usar 2 (duas) escoras por viga em balanço.
Funcionar com guarda-corpo nas laterais e na parte posterior.
Usar corda pendente do garfo, de maneira a facilitar o comando manual da carga na chegada à plataforma.
Não é permitido encher a caçamba com material seco (entulho) além de sua borda; no caso de concreto, massa etc., seu nível deve ficar abaixoda borda para evitar despejo no transporte. 
Não se deve transportar pedaços de ferro, madeira etc., atravessado sobre caçamba suspensa por equipamento de guindar.
Os materiais a serem retirados dos pavimentos da construção, por meio de equipamento de guindar, devem ser depositados sobre andaimes em balanço, resistentes, não sendo permitida a utilização de plataformas de proteção para esta operação.
Deve ser evitada a travessia ou permanência de pessoas sob cargas suspensas por equipamentos de guindar.
É proibido o transporte de pessoas suspensas em cabos de equipamentos de guindar
As operações de içamento por cabos de aço devem ser feitas atendendo-se os seguintes aspectos:
Conhecer o peso do material a ser içado.
Escolher um cabo de resistência suficiente, empregando tabela adequada. O fator de segurança 5:1 (cinco por um) é o recomendado.
Verificar o estado de nós e emendas.
Calcular o esforço sobre cada perna, de acordo com o tipo de estropo. Evitar ângulo de estropo maior do que 45º (quarenta e cinco graus) e não permitir a colocação do cabo sobre arestas vivas de carga.
Para o manuseio de cabos de aço é necessário o uso de luvas de raspa de couro, de preferência reforçadas na palma e no polegar.
b) Por Guincho de Coluna
O operador de guincho de coluna deve atender às seguintes instruções:
Usar cinto de segurança, tipo pára-quedista, ligado a um cabo amarrado à local resistente (gancho chumbado na laje, pilar etc.)
Comandar a alavanca com as mãos e não com os pés.
Não descer a carga em queda livre, pois, ao frear, o cabo de aço ou o guincho podem se partir e ele ser atingido pelos fragmentos projetados.
Na extremidade do cabo, recomenda-se a instalação de um destorcedor (tornel) que reduz, consideravelmente, o desenrolamento das pernas do cabo, o qual causa seu enfraquecimento (Figura 2.10.15).
Figura 2.10.15 – Tornel ou destorcedor.
Quando houver afastamento suficiente da fachada onde se realiza o trabalho, a caçamba do guincho de coluna pode ser guiada através de uma corda comprida, para evitar impactos no percurso. Neste caso, é dispensável o uso de destorcedor.
Quando não for usada a corda guia, recomenda-se amarrar, na caçamba, a extremidade de uma corda de maneira a facilitar a pegada de quem efetua sua descarga (giro de caçamba).
c)	Por Torre de Elevador
É aconselhável reforçar o assoalho do elevador de transporte de materiais (prancha de carga) para melhor resistir ao desgaste provocado, principalmente, por peças pesadas e pela umidade. Isso pode ser feito com o acréscimo de uma chapa de compensado sobre o estrado normal.
As pranchas devem ser providas de painéis laterais fixos e painéis frontais de encaixe, para conter os materiais nelas transportados. Os fixos devem ser chanfrados nas arestas superiores, a fim de amenizar possíveis choques com a torre, em casos de escape das guias; os de encaixe devem ser recolocados após as operações de carga e descarga (Figura 2.10.16).
Toda prancha de carga deve ser provida de uma corda ou corrente, amarrada, de preferência nas “mãos francesas” de sua estrutura, de maneira a permitir a amarração de peças compridas, na vertical. 
Sob o estado da prancha de carga, recomenda-se a colocação de uma rabiola para alertar os trabalhadores quando da sua descida. A rabiola deve ser fixada de maneira não rígida, para permitir que se desprenda no caso da extremidade inferior se prender acidentalmente. Para se obter maior visibilidade, convém fixar nela duas buchas, de preferência, na cor amarela (Figura 2.10.17).
A prancha de caga somente pode ser usada para transportar materiais ou equipamentos, não sendo permitido o seu uso para o transporte de pessoas. 
No limite de carga das pranchas acionadas por guincho, cuja capacidade seja de 1.000 kg (um mil quilogramas), as seguintes quantidades, para alguns materiais, podem ser adotadas:
Tijolos de cerâmica: 4 (quatro) fiadas em pé.
Blocos de concreto para alvenaria: 2 (duas) fiadas em pé. 
Azulejos ou cerâmica em caixas: 2 (duas) camadas deitadas. 
Areia ou saibro: 0,30m (trinta centímetro) de altura.
Longarinas para formas: 40 pç (quarenta peças) de 3,00m (três metros), quando forem de 8kg/m (oito quilogramas por metro):
40 pç x 3,00 m x 8 kg/m = 960 kg menor do 1.000 kg.
figura 2.10.16 – Complementos das pranchas de carga
Peças compridas, como Longarinas, tubos, caibros, formas etc., devem ser colocadas na vertical, apoiadas na viga da prancha de carga, amarradas por uma corda ou corrente e distribuídas no estrado para não forçarem o escape da prancha de suas guias e não entrarem em contato com cabo de tração.
As gericas devem ser amarradas com uma corda ou corrente, provida de gancho, na estrutura da prancha de carga, para não tombarem ou se deslocarem durante o percurso.
Não é permitido encher a prancha de carga além da altura de seus painéis de encaixe.
Caso haja necessidade de retirar um elemento de contraventamento (encaixe) da torre, para facilitar a entrada ou a saída de peças compridas, deve-se recolocá-lo antes de reiniciar o movimento da prancha, para não provocar o enfraquecimento da torre. 
As pranchas devem ser dotadas de botão para acionar lâmpada ou campainha, instalada junto ao guincheiro, de forma a garantir comunicação única com ele, em caso de sua liberação.
Recomenda-se que ao cabo usado para comando (sinal) da prancha de carga seja de aço de 1/8” (um oitavo de polegada), instalado externamente à torre, passando por um limitador, do mesmo lado da prumada de água e do lado oposto da gambiarra de iluminação da torre. 
Os sinais normalmente convencionados para comando da prancha de carga são:
2 (dois) toques: subir.
1 (um) toque: parar.
3 (três): toques: descer.
4 (quatro): toques: descer devagar.
Figura 2.10.17 – Rabiola
Os sinais normalmente convencionados para corrigir ou acertar a parada da prancha são:
Subir: 2 (dois) toques / cabo suspenso / 1 (um) toque para parar.
Descer: 3 (três) toques / cabo suspenso / 1 (um) toque para parar.
O cabo deve ser amarrado logo que a prancha de carga parar no pavimento, antes de ser descarregada, para impedir sinais de outros pavimentos. 
 
Caso a prancha de carga pare fora do nível do pavimento, não se deve entrar nela antes de sua correção; o guincheiro costuma ter marcas de paradas em pavimentos e o acerto poderá ser feito de imediato, surpreendendo o trabalhador pelo deslocamento da prancha.
Não se deve dar sinal de partida antes de sair da prancha de carga. É necessário verificar também, se o companheiro já saiu e se, por acaso, um de seus pés ainda se encontra na prancha.
Apresentamos na Figura 4.9.18, uma sugestão de dispositivo de chamada de uma prancha de carga, o qual proporciona muito maior segurança do que o comumente usado:
Na cabina do operador do guincho (guincheiro), instala-se um painel, com um botão de campainha e uma lâmpada comum para cada pavimento da obra, detalhe “1” (um).
Em cada pavimento instala-se uma caixa, de 0,20 x 0,20m (vinte centímetros por vinte centímetros), com um botão de campainha e uma lâmpada, detalhe “2” (dois). A caixas devem ser fechadas com cadeado.
Do quadro da cabina do guincheiro deve sair 1 (um) fio “fase”, até o último pavimento da obra e 1 (um) fio “fase”, para cada uma das caixas dos pavimentos.. Cada uma dessas caixas devem receber 1 (um) neutro e 1 (um) fase “2” (dois).
Para melhor funcionar o sistema, deve-se organizar uma equipe devidamente treinada, para efetuar as operações de carga e descarga da prancha. Somente esta equipe deve ficar de posse dos cadeados que abrem as caixas do diversos pavimentos.
Figura 2.10.18– Dispositivo de chamada de uma prancha de carga
Todo guincheiro deve serorientado no sentido de:
Não amarrar (uso de elástico) a trava do guincho de embreagem.
Marcar no cabo, de maneira visível, o ponto correspondente á última parada e ficar atento para a prancha não bater no limite superior da torre.
 
Não descer a prancha em queda livre (banguela).
Somente se afastar do guincho quando a prancha estiver na base da torre.
Dado um sinal de partida, iniciar o movimento lentamente, freando 2 (duas) ou 3 (três) vezes, a fim de alertar em caso de alguém ter dado sinal errado ou fora de hora.
Verificar se o cabo se enrola continuamente no tambor, sem intervalos ou ressaltos.
Verificar se o cabo, no trecho vertical, externamente à torre, não entra em atrito constante com estaiamentos, plataformas de proteção, furos mal localizados em lajes etc.
Verificar, periodicamente, o desgaste das bronzinas, que provoca folgas excessivas junto às guias. 
Deve-se instalar iluminação nos pavimentos, a fim de permitir maior segurança no trabalho após o anoitecer.
Não é permitido executar serviços de carregamento ou descarga de materiais de pranchas de carga com seu estrado solto ou mal fixado e em pavimentos sem plataforma de acesso.
Todo cuidado deve ser tomado para evitar quedas de materiais entre o estrado da prancha de carga e a rampa ou plataforma de acesso, especialmente no caso de placas ou chapas de compensados, gesso, mármore, granito etc.; para evitar este risco, recomenda-se entrar ou sair com a peça sempre perpendicularmente à abertura, como também arrumá-la no interior da prancha, encostadas nos painéis laterais. O maior risco ocorre com as chapas de compensado que, devido as suas dimensões, devem ficar encostadas na viga da prancha, paralelamente à abertura, devendo por isso, serem amarradas.
Quando as rampas ou plataformas de acesso às torres forem retiradas para a colocação dos gradis de varanda, devem ser posteriormente reconstruídas, sobre os mesmos.
Não é permitido transitar com gericas sobre rampa alta (sobre gradil), devido à pequena distância entre a gerica e a viga superior da varanda. Neste caso, a gerica não deve sair da prancha. 
Não é permitido designar guincheiro para operar mais de um guincho, alternadamente.
Não é permitido conversar com o guincheiro durante o trabalho. Deve-se falar com ele apenas o necessário, sem entrar no seu posto de trabalho, que deve ser isolado. 
Quando a prancha de carga parar acima da base da torre, para qualquer serviço de manutenção, além de se amarrar o cabo de sinal, é necessário calçá-la com consoeiras ou pranchões apoiados nos elementos da torre.
Não é permitido usar a torre como escada, mesmo que o desnível seja de apenas um pavimento, exceto pela equipe de montagem e manutenção, quando necessário.
Não é permitido passar pelo vão da torre; para evitar isso, é necessário manter desimpedidas as passagens em suas laterais.
2. 10.11	 TRANSPORTE VERTICAL DE PESSOAS
A cabina do elevador de passageiros deve ser provida de cobertura resistente e proteções laterais, do piso ao teto e portas frontais, pantográficas ou de correr. Devido ao seu aspecto, a cabina é comumente chamada de “gaiola”.
A plataforma de embarque e desembarque deve ser construída acima da base da torre, para que a cabina não seja constantemente freada na descida, pelo contato do cabo limitador de curso (inferior), em vez de ser usado o botão de parada.
O ascensorista (gaioleiro) deve estar habilitado para a função e ter pleno conhecimento do equipamento e seu funcionamento.
O ascensorista deve ser instruído no sentido de:
( Não permitir o transporte de pessoas sem calçado fechado e capacete.
Não permitir o transporte de pessoas além da capacidade especificada pelo fabricante.
Não permitir o transporte simultâneo de pessoas e cargas.
Não permitir o transporte de líquidos tóxicos ou corrosivos em recipientes sem tampa (baldes).
Permanecer com uma das mãos no freio manual, durante as viagens.
3 – Transporte, manuseio e armazenamento de materiais.
3.1 – Problemas da Movimentação de Materiais.
	A movimentação de materiais é responsável por aproximadamente 22% das lesões ocorridas na indústria. Esses prejuízos estão em toda parte de uma operação, não precisamente no almoxarifado ou no depósito. Para termos uma idéia de grandeza do volume de materiais que são movimentados dentro de uma indústria, basta citar que na maioria delas aproximadamente 50 toneladas de materiais são movimentadas para cada tonelada de produto acabado. Indústrias de maior porte movem 180 toneladas para cada tonelada de produto.
	
	Prensagem, entorse, fraturas e contusões são os danos costumeiros. São causados primariamente por práticas inseguras de trabalho como: elevação inadequada, transporte de cargas além do limite permissível, falta de uso de equipamentos adequados.
	Para adquirir um melhor conhecimento acerca dos problemas advindos da movimentação de materiais, o engenheiro de segurança deve fazer, a si próprio, algumas perguntas sobre as práticas seguras que atualmente estão sendo desenvolvidas na movimentação de materiais.
	- Pode o serviço ser executado de modo a ser eliminada a movimentação manual? 
	- Quais e quantos são os acidentes-tipo?
	- Existe um equipamento que tornaria os seus serviços mais seguros?
	- Roupas adequadas e outros equipamentos de proteção individual ajudariam a prevenir acidentes?
	De um modo geral o engenheiro de segurança deve pesquisar os seguintes itens:
O que vai ser movimentado?
Este é o mais importante dos fatores. É imperativo que se conheça o tipo de carga a ser movimentado. Sem este conhecimento, será impossível determinar o método e o tipo de equipamento a ser utilizado.
Em que direção deve a carga ser movimentada?
Conhecida a natureza da carga é mister que se saiba em que direção ela vai ser movimentada, de modo a se determinar a largura de corredores, desobstrução de passagens, desimpedimento de áreas. Se a carga tiver que fluir em única direção será possível estabelecer-se o tráfego de mão única; se nos dois sentidos, devem-se providenciar passagens de largura adequada, de modo a permitir o estabelecimento de mão dupla, permitindo escoamento rápido e seguro.
Freqüência com que a carga será movimentada.
Programas especiais devem ser adotados nos casos de movimentação contínua de cargas. Nesses casos, estudar-se-á o sistema mecânico mais apropriado. Nas movimentações isoladas, ou a intervalos periódicos, o programa deverá ser estabelecido antes do início da operação.
Volume da carga a ser movimentada.
Este importante item determinará a adoção do sistema mais adequado de movimentação da carga. Se o volume e o peso forem grandes, deve-se instalar sistema mecânico, ao passo que, se o material for leve e de pequeno volume, talvez fosse melhor um sistema de transportadores de correias.
Distância a percorrer.
Este fator, juntamente com o volume, é muito importante para a determinação de sistema de movimentação a empregar, Se a distância for grande, poderá ser melhor um sistema mecânico, ao passo que para curtas distâncias, o emprego de equipamentos manuais poderá ser mais indicado.
Conhecidos os itens acima, será possível determinar qual a maneira de se transportar a carga: carros motorizados, transportadores, carros manuais, ou mesmo manejo.
3.2 – Manuseio.
	O manuseio exige, mais do qualquer outro método, uma atenção permanente.
	Os operários, de um modo geral, necessitam de instruções referentes aos princípios básicos do levantamento manual. O supervisor está em melhor posição para lhes dar estes ensinamentos:
	- Examinar cuidadosamente o objeto a movimentar para constatar a presença de pregos, bordas agudas, arames, pontas de cintas de aço, lascas que se projetam para fora e corrigir, tanto quanto possível, as condições inseguras.
	- Verificar sempre o peso de qualquer objetoa movimentar e, se for o caso, providenciar a ajuda necessária para erguê-lo e transportá-lo com segurança.
	- Segurar firmemente o objeto. Levantar unicamente dentro da própria capacidade física, solicitando ajuda sempre que necessário. Antes de iniciar, conhecer a maneira pela qual o objeto vai ser erguido e o lugar onde será colocado.
	- O método de carregar depende da forma, peso e volume do objeto. Quando duas ou mais pessoas erguem, carregam ou depositam um mesmo objeto, uma delas deve dar ordens e todos devem agir coordenadamente.
	- Limpar objetos gordurosos, molhados, escorregadios ou sujos antes de manuseá-los. Deixar as mãos livres de óleo e graxa.
	Em muitos casos, luvas apropriadas devem ser usadas para prevenir acidentes nas mãos. Seu uso deve ser controlado se forem utilizadas em torno de máquinas em movimento.
	Em outros casos, para erguer ou carregar certos objetos são necessárias ferramentas manuais apropriadas, tais como: tenazes (para gelo ou materiais quentes); ganchos (para fardos); pegas (para postes); conchas ou cadinhos (para metais em fusão) ou cestos de vime para carregar amostras de controle em laboratórios.
	Pés e pernas sustêm uma parte de acidentes na área de movimentação de materiais, sendo a maior incidência nos dedos. Uma maneira de evitar lesões no pé é o uso de sapatos de segurança com biqueira de aço. Outras partes do corpo suscetíveis de sofrer lesão são os olhos, cabeça e tronco.
	Na abertura ou fechamento de embalagens de madeira, de fibra e de papelão onde se utilizam pregos, grampos, lâminas carregadas, cantoneiras com seta, fitas e aros de aço, o operário deve usar óculos de segurança e luvas de raspa.
 
	Se o material é poeirento ou tóxico, o operário deve usar máscaras dotadas de filtros adequados.
3.3 – Levantamento Manual.
	A habilidade de levantamento de uma pessoa não é necessariamente função de sua altura ou peso. Em alguns casos, um homem pequeno pode erguer objetos pesados com segurança enquanto que outro, alto e robusto, pode não ser capaz de fazê-o sem machucar-se.
	Como é impossível estabelecer limites definidos quanto ao peso máximo ou ideal da carga que porventura possa ser movimentada por homens ou mulheres, algumas regras devem ser lembradas:
	- No levantamento manual não podemos esquecer certos aspectos tais como: tamanho, forma, freqüência e distância.
	- Se uma carga é superior ao que um operário pode remover devemos designar mais de um empregado para a operação ou devemos utilizar o equipamento mecânico.
	É essencial analisar as operações de levantamento e estabelecer o método seguro, treinando, a seguir, os trabalhadores. Um homem, quando não estiver devidamente treinado, poderá sofrer uma lesão mesmo quando levantar uma carga considerada leve.
	- Levantar e baixar são o primeiro e o último movimento durante o manuseio de materiais No levantamento manual é durante esses dois estágios que muitos acidentes ocorrem. É importante ensinar o emprego de técnicas adequadas de levantamento se quisermos reduzir a incidência das lesões decorrentes dessa atitude.
	- Considerar o tamanho, peso e forma do objeto a ser carregado. Não levantar mais do que está dentro da sua capacidade para poder erguer o objeto segura e confortavelmente. Se necessário, pedir ajuda.
	- Obter condições seguras do solo. Examinar o piso ao redor e a rota de transporte proposta, removendo quaisquer obstáculos.
	- Pés juntos ao objeto. Os pés devem ser plantados solidamente e tão perto do objeto quanto possível. Um pé deve ficar ligeiramente adiante do outro para aumentar a eficiência e estabilidade.
	- Dobre as pernas aproximadamente 90° no joelho. Abaixe-se, mas não fique de cócoras; faz-se o dobro do esforço para se levantar quando de cócoras.
	- Deixe as costas o mais reto possível. As costas não devem ficar nunca arqueadas mas o mais próximo da vertical. Dobre os quadris, não o meio das costas.
	- Agarre o objeto firmemente. Mantenha este estado durante o levantamento no chão novamente.
	- Endireite as pernas para levantar o objeto, e ao mesmo tempo coloque as costas na posição vertical. 
	- Nunca carregue uma carga que você não possa ver totalmente o que está a sua frente.
	- Baixar um objeto requer o procedimento inverso.
3.3 – LEVANTAMENTO E TRANSPORTE MANUAL DE PESOS
	São freqüentes os serviços que exigem dos trabalhadores o levantamento e transporte manual de pesos.
	Pode ocorrer, no entanto, que em conseqüência de desconhecimento ou negligência dos procedimentos corretos a serem adotados, os trabalhadores sejam surpreendidos por dores lombares, entorses, deslocamentos de disco e hérnias.
	
Na engenharia civil, especificamente, os trabalhadores convivem com o levantamento e transporte de sacos de areia, cilindros, tambores, placas de madeira, tábuas, caibros, blocos e tijolos, cujos procedimentos corretos estão descritos a seguir.
	3.3.1 – Considerações Preliminares
	As recomendações a seguir se aplicam aos operários que necessitam levantar e transportar manualmente um peso. Para tanto, antes de qualquer ação, devem verificar:
	- o tamanho, a forma e o volume da carga, para estudar a maneira mais segura de levantá-la;
	
	- o peso da carga, para verificar se não ultrapassa sua capacidade individual de levantamento de peso;
	- a existência de pontas ou rebarbas, para não se acidentar;
	- a necessidade de utilizar equipamento de proteção individual, como luvas, máscaras, aventais, sapatos de segurança com biqueiras de aço;
	- o caminho a ser percorrido, observando se o mesmo está desimpedido, limpo, não escorregadio, e a distância a ser transposta. 
3.3.2 – Capacidade Individual
	Para um operário brasileiro, os limites de pesos que podem ser levantados sem causar problemas à sua a saúde são apresentados na Tabela 1.
		Tabela 1
	Pessoas x Limitações
	Homens
	Mulheres
	Adultos (18 a 35 anos)
	40 Kg
	20 Kg
	De 16 a 18 anos
	16 Kg
	8 Kg
	Menos de 16 anos
	Proibido
	Proibido
 
	Recomenda-se para as mulheres 50% dos valores máximos de levantamento de peso indicados para os homens, porque geralmente elas têm:
	- menor tolerância ao trabalho físico pesado;
 	- musculatura mais fraca;
	
	- menor peso, o que faz com que o peso do corpo sobre o centro de gravidade seja menor.
	Com a finalidade de não prejudicar o desenvolvimento do esqueleto, recomenda-se que os jovens, de 16 a 18 anos, executem, ocasionalmente, o levantamento de no máximo 40% do peso destinado aos adultos. O levantamento de peso para as pessoas idosas deve ser evitado, pois seus ossos são frágeis, e sua força muscular é pequena.
3.3.3 – Procedimentos Corretos
	Ainda que não adote os procedimentos corretos para levantar e/ou transportar um peso, um operário pode conseguir o mesmo limite de carga que um outro atinge agindo corretamente.
	
	Porém o levantamento e o transporte corretos não trazem problemas ao trabalhador, enquanto os procedimentos errados podem acarretar danos à saúde.
	Após tomar as precauções indicadas no item 1, o trabalhador deve: 
	- posicionar-se junto á carga, mantendo os pés afastados, com um mais à frente que o outro, para aumentar sua base de sustentação:
 
	- abaixar-se dobrando os joelhos e mantendo a cabeça e as costas em linha reta;
 
	- segurar firmemente a carga, usando a palma das mãos e todos os dedos;
 
	- levantar-se usando somente o esforço das pernas, e mantendo os braços estendidos;
 
	- aproximar bem a carga do corpo;
 
- manter a carga centralizada em relação às pernas durante o percurso;
 
Seguindo essas recomendações. Ocorrerá uma pressão uniformeno disco intervertebral do trabalhador, não causando problemas á sua coluna.
Do contrário o trabalhador pode adquirir uma hérnia de disco, doença conhecida popularmente como bico de papagaio.
 
Conhecendo melhor como se comporta a estrutura óssea da coluna vertebral, pode-se avaliar e evitar os graves danos desencadeados por um levantamento de peso mal executado. Por isso, é preciso:
- não dobrar as costas;
- não ficar muito longe da carga;
- não torcer o corpo para pegar a carga;
- não manter as pernas fixas no chão e virar o corpo com a carga;
- não escorar a carga na perna ou no joelho.
 
3.3.4 – Recomendações Gerais
	Recomenda-se evitar o levantamento ou transporte de peso quando a diferença de altura dos operários provocar desnível da carga.
 
	No caso de o volume da carga ser excessivo, sempre é aconselhável o emprego de pelo menos dois trabalhadores.
 
	Deve-se evitar o transporte de cargas com apenas uma das mãos, procurando-se distribuir o peso nas duas mãos.
 
	No transporte de cargas, deve-se sempre manter a cabeça e as costas em linha reta.
 
	Evita-se um esforço excessivo dos músculos do antebraço, utilizando-se um sistema de puxador que permita boa firmeza dos cinco dedos e da palma da mão.
 
3.3.5 – Aplicações
	Visando dar maiores subsídios ao trabalhador que necessita levantar manualmente um peso, apresentamos a seguir alguns exemplos práticos.
3.3.5.1 – Levantamento e transporte de sacos de areia.
	Manter a cabeça e as costas em linha reta e segurar firmemente a carga, usando a palma das mãos.
 
Levantar-se usando somente o esforço das pernas e mantendo os braços esticados ao sustentar o peso.
 
Colocar o saco de areia nos ombros.
 
	Segurar com firmeza o saco de areia e iniciar o transporte mantendo as costas retas.
 
3.3.5.2 – Levantamento e transporte de cilindros
Ficar agachado próximo ao cilindro, com uma das pernas um passo à frente do corpo.
	Segurar o cilindro pelo dado da válvula.
Levantar o cilindro, mantendo as costas retas.
Ao transportar, rodar o cilindro até o lugar designado, mantendo sempre as costas retas. Para grandes distâncias é aconselhável o uso de carrinhos de mão.
 
3.3.5.3 – Levantamento e transporte de tambores
	Ficar agachado próximo ao tambor, com uma das pernas um passo à frente do corpo.
	Com as mãos entre as pernas e as costas retas, levantar lentamente o tambor.
	Para o deslocamento, rolar o tambor, mantendo sempre as costas retas.
 
3.3.5.4 – Levantamento e transporte de placas de madeira
	Abaixar-se e segurar a placa com uma das mãos, no sentido do comprimento.
	Levantar a placa, aproximando-a do corpo com o auxílio das mãos.
	Para o transporte, manter a cabeça e as costas em linha reta, e a placa junto ao corpo.
 
	Se as placas devem ser transportadas a longas distâncias, utilizar uma alça de carga.
 
 
3.3.5.5 – Levantamento e transporte de tábuas e caibros
	Apoiar uma das mãos no joelho, mantendo as costas e a cabeça em linha reta, e segurar as tábuas.
	Reagir ao peso das tábuas, dobrando os joelhos.
	Equilibrar as tábuas deslocando a mão para frente, tanto quanto possível, e iniciar o transporte.
 
3.3.5.6 – Deslocamento de blocos e tijolos
	Não dobrar as costas.
	Transferir o peso do corpo à perna mais próxima do bloco a ser levantado.
	Erguer o bloco à menor distância possível.
	
	Deslocar a carga na posição correta.
 
 
3.3.5.7 – Utilização da pá
	Os serviços que exigem a utilização da pá são freqüentes na engenharia civil e levam o trabalhador a realizar movimentos que forçam a coluna vertebral, de forma semelhante ao que ocorre durante o levantamento e transporte manual de pesos.
 
	A seqüência recomendável para o uso correto da pá é a seguinte:
	- ficar em pé de maneira firme;
- colocar o pé tão próximo da pá quanto possível, e deslocar o peso do corpo para o pé que estiver mais perto dela;
- levantar-se, transferindo o peso do corpo para o outro pé;
- aproximar a pá do corpo;
- deslocar a perna na direção do arremesso;
- não dobrar e girar o corpo simultaneamente.
Para materiais mais pesados, como cascalho e pedra, a pá deve ser introduzida com o auxílio da perna.
 
3.4 ARMAZENAMENTO
	Inúmeros são também os acidentes ocorridos por armazenamento inadequado e inseguro, sem contar as perdas materiais.
	Vejamos, pois, quais as regras que devem ser obedecidas para um armazenamento seguro:
	- o peso do material a ser depositado não deve ser superior à resistência do piso;
	- as pilhas devem ficar afastadas pelo menos 50 cm das paredes, a fim de não forçar a estrutura do edifício, possibilitar melhor ventilação e facilitar o combate ao fogo em caso de incêndio;
	- o armazenamento dos materiais não deve prejudicar a ventilação, a iluminação e o trânsito;
	- a disposição dos volumes não deve dificultar o acesso dos materiais de combate ao fogo e às portas para saída de emergência;
	- devem ser removidos pregos, arames, pedaços de aços de barris, cintas quebradas que se projetam para fora oferecendo perigo;
	- ao depositar materiais não deixar pontas fora do alinhamento;
	- quando o armazenamento for manual, empilhar apenas até 2 metros de altura. Sendo mecânico, não armazenar a uma altura que possa causar a instabilidade das pilhas;
	- nenhum material deve ser colocado diretamente sobre o solo ou laje, devido à possibilidade de umidade e infiltrações eventuais, sendo aconselhável colocar-se um estrado, calços de madeira, camada de tijolos furados etc., perfeitamente nivelados, sob o material;
	- os materiais não devem ser colocados ou empilhados junto à beiradas de laje (fachada, empena ou abertura no piso), sendo recomendável manter-se um afastamento mínimo, igual a altura da pilha;
	- os tubos deixados provisoriamente próximos à beirada de laje, devem estar dispostos perpendicularmente à ela, de maneira a evitar que rolem no sentido da beirada.
 
	Quanto ao tipo de material a ser armazenado, devem-se observar as seguintes regras de segurança:
	Sacos e Fardos
	As camadas da pilha devem ser desencontradas. À altura de 1,20 m devem ir sendo “recuadas” de 2,5 cm para cada 30 cm de altura adicional de pilha.
 
 
O empilhamento errado de sacos provoca risco de desabamento, devido à compactação do conteúdo ou deslizamento das camadas. As camadas sucessivas devem ser cruzadas cuidadosamente. Sacos abertos ou furados não devem ser empilhados, pois, seu esvaziamento comprometerá o equilíbrio da pilha.
	
Postes, Canos, Cilindros, Barras Redondas
	Usar prateleiras ou cavaletes de metal ou madeira, ou então encurvar barras chatas para formar um berço que impeça o movimento do material.
 
Vergalhões, perfis, tubos, etc., devem ser separados de acordo com suas bitolas. Os vergalhões fixados verticalmente para conter uma pilha devem ser evitados ou ter suas extremidades protegidas, de maneira a evitar ferimentos nos trabalhadores.Madeiras
	Nos empilhamentos deve haver madeiras cruzadas, formando drenagem. Quando o topo do empilhamento tiver que ser movimentado com freqüência, podem ser feitos degraus na pilha.
 
	Com exceção da quantidade necessária para uso imediato, as madeiras devem ser estocadas em depósito próprio ou ao ar livre e sempre afastadas de inflamáveis e fontes de ignição.
	O empilhamento de madeiras para uso não imediato deve ser feito sobre base sólida. Os caibros devem ser estocados com espaçadores transversais entre cada camada, da mesma forma que os perfis metálicos.
	As madeiras já usadas, só devem ser empilhadas depois de rebatidos ou retirados seus pregos salientes.
	Somente devem ser empilhados juntos, tábuas e caibros de comprimentos aproximados.
Barris, Tambores, Rolos 
	Devem ser guardados deitados e presos de preferência com calços de madeira na camada de baixo. A pilha deve ter forma de pirâmide. Os barris e tambores também podem ser empilhados de pé, em camadas desencontradas, com tábuas ou estrados entre uma camada e outra.
 
 
Caixotes e Caixas de Papelão
	Todas devem ter tamanho uniforme, em qualquer empilhamento. As caixas de papelão não devem ser depositadas em local úmido, pois sofrem deformação prejudicando o empilhamento. Folhas de papel grosso constituem almofadas adequadas para caixa de papelão.
	As alturas máximas aconselháveis para empilhamento de materiais são:
Sacos de cimento: 10 unidades;
Madeiras em geral: 1,5 m;
Perfis metálicos: 1,5 m;
Tubos: 1,8 m;
Tijolos e blocos de concreto: 2,0 m;
Caixas de madeira ou papelão: 1,8 m.
Cilindros de Gás
	Sérios acidentes podem resultar do transporte indevido dos cilindros. Os trabalhadores designados para o transporte e utilização de cilindros deverão conhecer as seguintes regras de segurança:
	- os cilindros devem ser transportados em carretas ou outro meio mecânico. Nunca deverão ser arrastados.
	- quando houver necessidade de içamento de cilindros um dispositivo tipo gaiola deverá ser utilizado.
	- os cilindros vazios devem ser demarcados e as suas válvulas fechadas; finalmente, deve-se colocar o capuz protetor.
	- os cilindros deverão ser utilizados em pé.
	- quando fora de uso deverão estar com o capuz porque a válvula é um ponto vulnerável em caso de queda.
	- Os cilindros não poderão ser utilizados sem as válvulas redutoras de pressão, exceto se estiverem ligados a um sistema de distribuição.
	- os cilindros com vazamento deverão ser tirados de uso e tomadas as seguintes providências: fechar a válvula e afastá-lo de qualquer fonte de ignição; sinalizar o local e chamar o fornecedor; caso o escape seja através da válvula pode-se usar temporariamente o redutor de pressão para estancamento. 
	Os cilindros devem ser estocados em local preparado e reservado para essa finalidade os quais devem ser seco e ventilado. Não poderão ser guardados próximos a elevadores, passagens ou escadas.
	Os cilindros de oxigênio e acetileno devem ser armazenados em recintos diferentes, isolados com paredes de material não combustível.
O armazém deverá ter a instalação elétrica feita com conduites e as lâmpadas elétricas devem ter luminárias do tipo blindado e com guarda para evitar sua quebra.
Os locais de armazenamento de cilindros de gás devem:
	- Ter ventilação abundante, devido a possíveis vazamentos;
	- Ser cobertos e mantidos em perfeitas condições de limpeza;
	- Ser mantidos à distância segura de qualquer fonte de calor e de materiais de fácil combustão (óleo, querosene etc.).
	- Estar afastados de lugares onde os cilindros possam ser tombados ou atingidos por objeto em queda.
 	- Estar, de preferência, fora da estrutura da construção.
	Quando os cilindros de gás forem armazenados ao ar livre, devem ser protegidos contra radiações solares diretas.
	Os materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosivos devem ser armazenados em local isolado, específico, sinalizado e de acesso restrito a pessoas devidamente autorizadas. O depósito desses materiais deve ter paredes e cobertura incombustíveis.
	Essas substâncias devem ser armazenadas separadamente, numa área bem iluminada, de modo que não se cometa erros ao retirá-las, apanhando–se produtos trocados.
	Agentes altamente oxidantes, como o ácido nítrico ou peróxido de hidrogênio, ambos concentrados, não devem ser empilhados em mais de duas camadas, nem em prateleiras.
	Produtos químicos perigosos não devem ser armazenados em locais expostos diretamente à luz solar, pois, o conteúdo pode se expandir e provocar incêndio ou explosão.
	Os recipientes de líquidos que desprendem gases ou vapores perigosos e nocivos devem ser mantidos fechados.
	É proibido armazenar explosivos no canteiro de obras. A empreiteira responsável por sua utilização deve atender às seguintes orientações:
Enviar, diariamente, somente a quantidade necessária para o consumo do dia.
Retirar da obra, no fim do dia, o explosivo não utilizado.
3.2.	Equipamentos de Transporte para Indústrias em Geral
Existem muitos tipos de carros de mão em uso na indústria, entre os quais são mais comuns os seguintes:
Carrinho de uma roda (carriola); de vários tipos, para transportar areia tijolos, terra, cascalho, reboco, etc.
Carretas de mão de duas rodas: geralmente são usadas para erguer e transportar objetos volumosos ou pesados, através de distâncias curtas e são empregadas para caixas, bagagens, sacos, etc. também existem tipos especiais para determinados fins, como para movimentar tambores de óleo, garrafões de ácidos, cilindros de gases, etc.
Figura 3.10 Carretas para transporte de tambor de óleo.
Carretas de quatro rodas: são usadas, geralmente, para transporte de volumes de peso médio e construídas de modo a eliminar o excessivo erguimento e manejo.
Práticas Seguras
Tanto os carrinhos de uma roda como as carretas de duas rodas devem ser equipadas com protetores das mãos, para evitar o contato com montantes de portas, colunas, vigas, cantos de paredes ou outros obstáculos.
Deixe o centro de gravidade da carga o mais baixo possível. Coloque os objetos pesados na parte mais baixa.
Se o carro for de uma roda coloque a carga bem à frente, assim o peso será distribuído no eixo, não nas mãos.
Figura 3.11 – Carretas quatro rodas.
Figura 3.12 – Podemos notar a existência do dispositivo onde deveria ser colocado o protetor lateral que evita queda do material que está sendo transportado.
Coloque a carga de maneira que não venha a escorregar, deslocar ou cair. Carregue apenas até a uma altura que não obstrua a visão.
Deixe o carrinho transportar a carga. O operador deve apenas equilibrar e empurrar.
Nunca ande para trás com um carro de mão.
Figura 3.13 – Notar o protetor lateral.
Quando descer uma rampa, coloque o carrinho à frente. Quando subir, coloque atrás.
Mova o carro numa velocidade segura. Não corra. Tenha o carro sempre sob controle.
Um carro projetado para um propósito específico deve ser usado apenas para esse propósito – um carro com base curva deve ser usado apenas para transportar tambores ou outros perfis circulares de acetileno ou gás comprimido.
Freios de pé podem ser instalados em carros de mão, assim o operador não precisará colocar seu pé na roda ou no eixo para freiar o carro.
Carros de quatro rodas devem ser uniformemente carregados para evitar o seu tombamento. Devem ser empurrados, em vez de puxados, exceto aqueles que têm uma quinta roda e um cabo para puxar.
		Figura 3.14 – Eleva tambor basculante.

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