Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
DIREITO DE EMPRESA Teoria Geral Do Direito Societário 1 Regime Jurídico Pessoas Jurídicas podem ser: Direito Público Interno Estados estrangeiros, ONU, OEA, dentre outros. Direito Público Externo União, Estados, Distrito Federal, Municípios, autarquias e entidades de caráter público criadas pela Lei. (Ex: Fundações Públicas) art.40/42 CC Direito Privado (Art. 44 CC) Associações, Sociedades, Fundações (universitas rerum) Reunião de bens p/ fins religiosos, morais, culturais e de assistência. Organizações Religiosas Partidos Políticos EIRELI Regime Jurídico Associações e Sociedades Compostas pela União de Pessoas (universitas personarum) Associações Visam a finalidades Culturais, Educacionais, Científicas, Desportivas Principal Característica: AUSÊNCIA DE FIM ECONÔMICO Sociedades (VISAM O FIM ECONÔMICO) EMPRESÁRIAS (Objeto Social a atividade empresarial)Antes S. Comerciais Organização profissional: capital, insumos, e tecnologia Registro na JUNTA COMERCIAL SIMPLES (Atividade Civil) Antes Soc. Civis Sem organização profissional: Artística, científica ou intelectual Registro no Ofício do Registro Civil de Pessoa Jurídica Diferenças Básica: Modo de exploração de seu objeto social Pessoas jurídicas que organizem uma atividade de produção/circulação de bens/serviços = sociedades empresárias. Sociedades podem ser empresárias ou não-empresárias. Não-empresárias são conhecidas como Simples. (Art. 982 e 983) 4 QUAIS SÃO OS TIPOS SOCIETÁRIOS EXISTENTES NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO? SOCIEDADES CIVIS SOCIEDADES COMERCIAIS PRODUÇÃO/ PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS INTERMEDIAÇÃO (VAREJISTA) SOCIEDADES ANTES DO CÓDIGO CIVIL/2002 (SEM REGISTRO) (COM REGISTRO) SOCIEDADES EMPRESÁRIAS SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS SOCIEDADE EM COMUM SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO SOCIEDADES SIMPLES SOCIEDADES PERSONIFICADAS SOCIEDADES APÓS DO CÓDIGO CIVIL/2002 Sociedade Simples é um tipo societário criado como regra geral para sociedades não empresariais, previstos entre os artigos 997 a 1038 do CC. Portanto poderá ser uma sociedade com atividade econômica e fins lucrativos, tal como a empresaria, contudo, não organizada para funcionar empresarialmente. Sociedade Empresaria é a união de esforços de diversos agentes, interessados nos lucros de uma atividade econômica complexa, de grande porte, que exige investimentos e diferentes capacitações, desenvolvendo atividade econômica de produção ou circulação de bens e serviços. 8 DIREITO SOCIETÁRIO Da Sociedade ou Tipos societários art. 981, sgts: Sociedade simples; Sociedade em comum; Sociedade em conta de participação; Sociedade em nome coletivo; Sociedade em comandita simples; Sociedade em comandita por ações; Sociedade limitada; Sociedade cooperativa; 9 REGISTRO PÚBLICO EMPRESAS MERCANTIS REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS OBJETO SOCIEDADES PERSONIFICADAS EM NOME COLETIVO COMANDITA SIMPLES SOC. LIMITADA SOCIEDADE ANÔNIMA COMANDITA POR AÇÕES TIPOS SEMPRE EMPRESÁRIA SOC. COOPERATIVA SEMPRE SIMPLES SIMPLES/ EMPRESÁRIA SOC. SIMPLES PURA SOCIEDADES PERSONIFICADAS EMPRESÁRIAS/SIMPLES 12 ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL Arts. 1142 ao 1149 14 ARTIGO 1.142 CÓDIGO CIVIL Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. Também conhecido como Fundo de comércio ou Azienda, é todo complexo de bens organizados, p/ o exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária O estabelecimento não se confunde com a empresa, que é a atividade empresarial desenvolvida seja no estabelecimento, seja fora dele. O estabelecimento é a “base física da empresa”. Compõe-se o estabelecimento de bens corpóreos (materiais) e incorpóreos (imateriais), cada um c/ sua função e finalidade, ou seja, organizados. 15 BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS UTENSÍLIOS MAQUINÁRIO MERCADORIA FROTA NOME EMPRESARIAL L.8934/94 TÍTULO DO ESTABELECIMENTO L.9279/96 MARCA L.9279/96 PONTO L.8245/91 O empresário, ao organizar o estabelecimento empresarial, agrega um sobrevalor aos bens reunidos, ou seja, enquanto esses bens permanecerem articulados em função da empresa, o conjunto alcançará, no mercado, um valor superior à simples soma de cada um deles em separado (Fábio Ulhôa Coelho). Bens corpóreos: Móveis; Utensílios; Maquinários; Mercadorias; Imóveis; Etc. Bens incorpóreos: Ponto comercial; Nome empresarial; Marca; Patente; Sinais de propaganda; Segredo de fábrica; Contratos; Clientela; Etc. O art. 1143 CC, diz que o estabelecimento pode ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos (Ex.: compra e venda do estabelecimento) ou constitutivos (possibilidade de se instituir um penhor sobre o estabelecimento)... 18 PONTO EMPRESARIAL É o local onde se encontra o estabelecimento empresarial e para onde se dirige sua clientela. É o local de exposição da mercadoria, de modo a facilitar o contato do empresário com sua clientela. Assim, se o empresário está estabelecido em imóvel de sua propriedade, a proteção jurídica do ponto empresarial se dará pelas normas do direito civil que tutelam a propriedade. Por outro lado, se o empresário se encontra estabelecido em imóvel locado, a sua proteção se dará pelas regras da locação não-residencial. 19 OBS: a locação não-residencial confere ao empresário-locatário a prerrogativa de pleitear a renovação compulsória do contrato de aluguel, uma vez atendidos os requisitos legais estabelecidos na lei. Entretanto, a própria Lei de Locação apresenta algumas hipóteses em que o direito à renovação compulsória do aluguel será inoperante, em razão do direito de propriedade assegurado ao locador. 20 COMPRA E VENDA DO ESTABELECIMENTO Trespasse: é a alienação de estabelecimento de um empresário individual ou de uma sociedade empresaria a outro, ou seja, é o contrato de compra e venda do estabelecimento. O trespasse provoca a transferência da titularidade do estabelecimento comercial. É diferente da cessão de quotas (quando terceiro adquire as quotas), nesta não ocorre a transferência da titularidade do estabelecimento, mas tão somente a modificação do quadro social. Ex.: empresa Alfa pertence a João e Pedro. Ana e Maria adquirem as quotas, mas a empresa continua chamando Alfa, modificando-se apenas o quadro social. No trespasse ocorre a venda total do estabelecimento. 21 ANUÊNCIA DOS CREDORES RESPONSABILIDADE SOBRE O PASSIVO EXERCÍCIO NA MESMA ATIVIDADE PELO ALIENANTE TRESPASSE DO ESTABELECIMENTO EMPRERARIAL Responsabilidades do adquirente e do alienante: O trespasse só produzirá efeitos se for averbado na Junta Comercial e publicado na imprensa local (Art. 1144 CC). O adquirente: Responderá pelas dívidas anteriores da empresa, desde que estejam regularmente contabilizadas. Portanto, o adquirente do estabelecimento poderá responder apenas pelas dívidas conhecidas e devidamente registradas, caso contrário, seria inviabilizada a aquisição, se ele tivesse de responder por toda e qualquer dívida que surgisse. Terá direito de regresso contra o alienante por dívidas por ele pagas e não incluídas no contrato de trespasse; Haverá sucessão nos débitos de ordem trabalhista e tributária; OBS: Se, de boa-fé, o devedor pagou ao cedente (alienante) e não ao cessionário (adquirente), ficará exonerado do débito. (Art. 1149 CC). 23 Responsabilidades do adquirente e do alienante: O alienante: Responderá de forma solidária pelas dívidas da empresa, pelo prazo de um ano, a contar da publicação da transferência do estabelecimento, quanto aos créditos vencidos, e da data de seu vencimento, quanto aos vincendos (Art. 1146 CC). Não havendo autorização expressa no contrato, o alienante do estabelecimento NÃO poderá fazer concorrência ao adquirente pelo prazo de 5 anos (Art. 1147 CC). OBS: É uma cláusula implícita, em qualquer contrato de trespasse, conhecida como cláusula de não restabelecimento, pois, ainda que não conste expressamente no instrumento do contrato, é imposta por lei. Por quê? Porque o alienante do estabelecimento já domina a técnica do negócio e detém toda a clientela da região. Seria extremamente injusto se ele pudesse de novo restabelecer-se, p. ex., na mesma área, desenvolvendo a mesma atividade. 24 ATRIBUTOS DO ESTABELECIMENTO: AVIAMENTO: É o potencial de lucratividade do estabelecimento comercial. É a capacidade de o estabelecimento gerar lucros p/ seu empresário. A articulação dos bens que compõem o estabelecimento na exploração de uma atividade econômica. CLIENTELA: É o conjunto de pessoas que, de fato, mantém com o estabelecimento, relações continuadas de procura de bens e de serviços. OBS: A legislação nacional estabelece proteção indireta à clientela, uma vez que a concorrência é uma atividade lícita. Dessa forma, o legislador coíbe a concorrência desleal. Os crimes de concorrência desleal estão previstos no art. 195 da Lei n° 9.279/96. 25 26 ARTIGO 1.144 CÓDIGO CIVIL Contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamente Capital Social O capital social é o patrimônio inicial da sociedade. É o dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação necessário para se começar as atividades empresariais. Durante a vigência da sociedade, representa a quantia mínima de bens que a sociedade necessita para o desempenho da atividade empresarial, podendo ser aumentado (art. 1081) ou reduzido (art. 1082). 27 O ato de passar o dinheiro do sócio para a sociedade se denomina integralização. Esta, por sua vez, pode ser realizada em dinheiro ou em bens. Na sociedade de pessoas, são divididos em quotas, representativas de uma porcentagem de cada sócio. Art. 1055 Nas sociedades de capital, são divididos em ações. 28 Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.. OBS: Soc Ltda – característica é a limitação da responsabilidade dos sócios, perante a sociedade, cada sócio se torna responsável apenas pela integração do valor ‘as suas quotas e, em relação a terceiros. 29 Quotas As quotas são a divisão do capital social e representam a porcentagem que cada sócio possui na constituição do capital social. “É o quinhão em dinheiro ou bens com que cada sócio contribui para a constituição do capital social”. (FAZZIO JUNIOR, Waldo. Ob. Cit. p. 200) Essas quotas podem ser integralizadas de plano, ou podem ser integralizadas futuramente, podendo ainda ser integralizadas em espécie ou em bens. 30 AGENTES ATUANTES NO MUNDO SOCIETÁRIO ADMINISTRADORES SÓCIOS – art. 1001 e sgts SÓCIOS: CONCEITO. CARACTERÍSTICAS. DIREITOS E DEVERES TITULAR DE QUOTAS/AÇÕES PESSOA NATURAL/JURÍDICA SOCIEDADE “PAPELARIA GUARANI LTDA” SÓCIOS: DIREITOS DIREITOS PATRIMONIAIS PESSOAIS PARTICIPAÇÃO NOS DIVIDENDOS ACERVO PATRIMONIAL FISCALIZAR, SÓCIO PREFERÊNCIA, DIR.RETIRADA... SÓCIOS: DEVERES DEVERES INTEGRALIZAÇÃO DAS QUOTAS/AÇÕES SÓCIO Art. 1.004 CC. “Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato social, (...)”. E SE O SÓCIO NÃO INTEGRALIZAR A SUA PARCELA DO CAPITAL SOCIAL? SERÁ UM SÓCIO REMISSO... Art. 1.004 CC. “(...) e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.” Art. 1004 CC (...) Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031. SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS 38 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E ILIMITADA DOS SÓCIOS SÓCIO SÓCIO SOCIEDADE SEM REGISTRO CREDOR “X” Art. 986 CC “Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se- á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.” SOCIEDADES EM COMUM SOCIEDADES Em Comum ( irregular ou de Fato) – art. 986 ao 990 “A sociedade em comum é um fantasma jurídico cuja existência é presumida para o fim de que seus membros respondam pelos atos praticados como se ela existisse.” Waldo Fazzio Júnior Sócios são titulares dos bens e dívidas sociais em conjunto, chamada de patrimônio especial (art. 988) Responsabilidade ILIMITADA pela obrigações contraídas em nome da sociedade. Atinge os bens particulares dos Sócios, depois que esgotados os bens do patrimônio especial. Respeito ao Bem de Família Responsabilidade SOLIDÁRIA dos Sócios (art. 990) Não há benefício de Ordem (art. 1.024) Não poderá requerer a Recuperação Judicial ( lei 11.101/05) Não contratar com órgão público Não pode participar de Licitação Pública Não há CNPJ – não emite Nota Fiscal SÓCIO PARTICIPANTE RESPONSABILIDADE ILIMITADA SÓCIO OSTENSIVO EMPRESÁRIO/ SOCIEDADE SOC. EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO SEM RESPONSABILIDADE SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – art 991 Natureza SECRETA – não são ilícitas, nem irregulares Não são registradas no órgão competente. Desprovidas de Personalidade Jurídica Tipos de Sócios: Sócio Ostensivo Exerce Unicamente a Atividade do Objeto Social Em seu Nome Individual Sob a sua Responsabilidade própria e exclusiva (art. 991) EMPRESÁRIO INDIVIDUAL Somente ele aparece nos negócios jurídicos Sócio Participativo (Oculto) Não aparece para 3os, responde perante ostentivo Portanto: Sócio ostensivo: é aquele que aparece perante terceiros e responde ilimitadamente. Ex.: Uma cantina de escola. Ela é quem aparece perante os terceiros, comprometendo-se c/ o exercício comercial correto. Sócio participante: é aquele que não aparece perante terceiros e não responde perante eles de forma nenhuma. Ex.: A empresa que fornece salgado p/ a cantina. 43 SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – art 991 Por não ser registrada na JC, é despersonalizada e não tem nome empresarial; O contrato de uso interno pode ser registrado no Cartório de Registro de Títulos e Documentos Tem responsabilidade – art. 991; A liquidação da sociedade é regida pelas regras da prestação de contas - art, 996; No caso de falência do sócio ostensivo, o participante será tratado como credor quirografário E se ocorrer a falência do sócio participante, a relação dele com o sócio ostensivo será tratada como um contrato bilateral – art. 994, CC ESTUDO DIRIGIDO 45 Com relação à Sociedade não personificada, nos termos do Código Civil, afirma-se: I- Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. II- Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, podem provar a existência da sociedade, por documento escrito ou acordo tácito, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo. 46 Com relação à Sociedade não personificada, nos termos do Código Civil, afirma-se: III- Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum. IV- Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer. V- Todos os sócios respondem subsidiária, solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, admitido o benefício de ordem, previsto 47 Jorge, José e Pedro constituem, com pacto expresso limitativo de poderes, pequena empresa para prestação de serviços de marcenaria, sem levar seus atos constitutivos ao competente registro. Pedro, em nome da sociedade, celebra contrato com Maria para fornecimento e montagem de uma cozinha planejada, recebendo adiantado os valores correspondentes aos serviços e produtos contratados. Maria desconhece a existência de tal pacto limitativo. Inadimplido o contrato, Maria poderá ter seu crédito satisfeito com a excussão dos bens 48 sociais, considerando a existência de pacto limitativo de poderes, sem possibilidade de invasão dos bens particulares dos sócios. particulares de Pedro, por desconhecer a existência de pacto limitativo de poderes e considerando ter ele celebrado o contrato em nome da sociedade em comum, sem possibilidade de excussão dos bens sociais ou dos demais sócios. sociais e particulares dos sócios, devendo exaurir os bens sociais para invasão do patrimônio dos sócios, exceto para Pedro, cujos bens particulares poderão ser executados concomitantemente com os bens sociais. 49 SOCIEDADES CONTRATUAIS 50 SOCIEDADES EM NOME COLETIVO (arts. 1039 a 1044, CC) Os sócios só podem ser pessoas físicas e sua responsabilidade é ilimitada e solidária pelas dividas da sociedade. Constituem-se por um contrato social que deverá dispor acerca desse caráter pessoal da sociedade, vetando a entrada de terceiros estranhos ao quadro social, ainda que decorra de sucessão por morte de um dos sócios. O capital social é dividido em quotas. 51 SOCIEDADES EM NOME COLETIVO ( A administração desse tipo societário compete exclusivamente aos sócios. No que tange ao nome empresarial, deverá adotar, obrigatoriamente, a firma social (ou razão social), composta exclusivamente pelo nome civil de um ou mais sócios da sociedade (completo ou abreviado), acrescido da expressão “e companhia” ou “e Cia”. Ex.: J. Silva & Cia, ou J. Silva & Cia Comércio de alimentos, ou J. Silva e A. Gomes, ou J. Silva e A. Gomes Comércio de alimentos. 52 SOCIEDADES EM NOME COLETIVO Essa sociedade é a primeira modalidade de sociedade conhecida e, costuma ser chamada também de sociedade geral, sociedade solidária ilimitada ou sociedade de responsabilidade ilimitada. Apareceu na Idade Média e compunha-se a princípio dos membros de uma mesma família, que sentava à mesma mesa e comiam do próprio pão. 53 Da Sociedade em Nome Coletivo Responsabilidade ilimitada; (art. 1039) Sócios apenas pessoas físicas; Nome empresarial: firma (somente o nome dos sócios). Ex.: Carlos, Cunha e Santos S/C. Somente os sócios podem ser administradores (gerentes). 54 SOCIEDADES EM COMANDITA SIMPLES (arts. 1045 a 1051, CC) Trata-se de sociedade de pessoas, sobre a qual recaem todas as regras disso decorrentes, como veto ao ingresso de terceiros estranhos ao quadro social e disciplina específica em contrato quanto à sucessão no caso de morte de um dos sócios 55 Pode ser do tipo sociedade simples (aquelas c/ finalidade não-comercial) ou sociedade empresária (c/ finalidades comerciais). Nestas sociedades existem dois tipos de sócios: Sócio comanditado: Tem que ser pessoa física que, além de entrar c/ capital e trabalho, assume a direção da empresa, respondendo de modo ilimitado perante terceiros. Melhor seria se chamados de “comandantes”. Sócio comanditário: Pode ser pessoa física ou jurídica. Respondem limitadamente apenas pela integralização das cotas subscritas, prestam somente capital e não trabalho, não tendo qualquer ingerência na administração. 56 O contrato social da sociedade em comandita simples deverá discriminar quem são os comanditados e quem são os comanditários (art. 1045, parágrafo único, CC). Morrendo sócio comanditário, a sociedade continuará c/ os seus sucessores, que designarão quem os representará, salvo disposição em contrário no contrato social (art. 1050, CC). Se quem morrer for sócio comanditado, haverá dissolução parcial da sociedade, a não ser que o contrato social disponha de forma diversa, autorizando o ingresso de sucessores. 57 A firma social (razão social) só poderá ser composta c/ os nomes dos sócios solidários (comanditados). Se, por distração, o nome de um sócio comanditário figurar na razão social, este se tornará, p/ todos os efeitos, um sócio comanditado. OBS: Algumas pessoas como os incapazes e os servidores públicos, só podem ser sócios comanditários. O primeiro devido à proteção ao patrimônio e, o segundo devido ao fato de não poder administrar. 58 The End COELHO. F. U. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. 2009. FAZZIO JR., W. Manual do Direito Comercial. São Paulo: Atlas, 10ª Edição. 2009. MARTINS, F. Curso de Direito Comercial. Rio de Janeiro: Forense, 32ª edição. 2009. 59
Compartilhar