Buscar

AULA 5 Direito Societário

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIREITO DE 
EMPRESA 
Teoria Geral Do Direito Societário 
1 
 Regime Jurídico 
 
 Pessoas Jurídicas podem ser: 
Direito Público Interno 
Estados estrangeiros, ONU, OEA, dentre outros. 
 
Direito Público Externo 
União, Estados, Distrito Federal, Municípios, autarquias e 
entidades de caráter público criadas pela Lei. (Ex: 
Fundações Públicas) art.40/42 CC 
 
Direito Privado (Art. 44 CC) 
Associações, Sociedades, 
Fundações (universitas rerum) Reunião de bens p/ fins 
religiosos, morais, culturais e de assistência. 
Organizações Religiosas 
Partidos Políticos 
EIRELI 
 
 Regime Jurídico 
 
 Associações e Sociedades 
Compostas pela União de Pessoas (universitas personarum) 
 Associações 
Visam a finalidades Culturais, Educacionais, Científicas, 
Desportivas 
Principal Característica: AUSÊNCIA DE FIM ECONÔMICO 
 Sociedades (VISAM O FIM ECONÔMICO) 
EMPRESÁRIAS (Objeto Social a atividade empresarial)Antes 
S. Comerciais 
Organização profissional: capital, insumos, e tecnologia 
Registro na JUNTA COMERCIAL 
SIMPLES (Atividade Civil) Antes Soc. Civis 
Sem organização profissional: Artística, científica ou 
intelectual 
Registro no Ofício do Registro Civil de Pessoa Jurídica 
Diferenças Básica: Modo de exploração de seu objeto social 
 
 
 Pessoas jurídicas que organizem uma 
atividade de produção/circulação de 
bens/serviços = sociedades empresárias. 
 
 Sociedades podem ser empresárias ou 
não-empresárias. 
 
 Não-empresárias são conhecidas como 
Simples. (Art. 982 e 983) 
4 
QUAIS SÃO OS TIPOS SOCIETÁRIOS 
EXISTENTES NO SISTEMA JURÍDICO 
BRASILEIRO? 
SOCIEDADES 
CIVIS 
SOCIEDADES 
COMERCIAIS 
 PRODUÇÃO/ 
 PRESTAÇÃO 
 DE SERVIÇOS 
INTERMEDIAÇÃO 
(VAREJISTA) 
SOCIEDADES ANTES DO CÓDIGO 
CIVIL/2002 
(SEM REGISTRO) (COM REGISTRO) 
 
SOCIEDADES 
EMPRESÁRIAS 
SOCIEDADES NÃO 
PERSONIFICADAS 
 
SOCIEDADE EM 
COMUM 
SOCIEDADE EM 
CONTA DE 
PARTICIPAÇÃO 
 
SOCIEDADES 
 SIMPLES 
SOCIEDADES 
PERSONIFICADAS 
SOCIEDADES APÓS DO CÓDIGO 
CIVIL/2002 
 Sociedade Simples é um tipo societário criado como 
regra geral para sociedades não empresariais, previstos 
entre os artigos 997 a 1038 do CC. 
 Portanto poderá ser uma sociedade com atividade 
econômica e fins lucrativos, tal como a empresaria, 
contudo, não organizada para funcionar 
empresarialmente. 
 
 Sociedade Empresaria é a união de esforços de diversos 
agentes, interessados nos lucros de uma atividade 
econômica complexa, de grande porte, que exige 
investimentos e diferentes capacitações, desenvolvendo 
atividade econômica de produção ou circulação de bens 
e serviços. 
 8 
DIREITO SOCIETÁRIO 
 Da Sociedade ou Tipos societários art. 981, 
sgts: 
 Sociedade simples; 
 Sociedade em comum; 
 Sociedade em conta de participação; 
 Sociedade em nome coletivo; 
 Sociedade em comandita simples; 
 Sociedade em comandita por ações; 
 Sociedade limitada; 
 Sociedade cooperativa; 
9 
REGISTRO 
PÚBLICO 
EMPRESAS 
MERCANTIS 
REGISTRO 
CIVIL DE 
PESSOAS 
JURÍDICAS 
OBJETO 
SOCIEDADES PERSONIFICADAS 
EM NOME COLETIVO 
COMANDITA SIMPLES 
SOC. LIMITADA 
SOCIEDADE ANÔNIMA 
COMANDITA POR AÇÕES 
TIPOS 
SEMPRE 
EMPRESÁRIA 
SOC. COOPERATIVA SEMPRE 
SIMPLES 
SIMPLES/ 
EMPRESÁRIA 
SOC. SIMPLES PURA 
SOCIEDADES PERSONIFICADAS 
EMPRESÁRIAS/SIMPLES 
 
12 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
Arts. 1142 ao 1149 
14 
ARTIGO 1.142 CÓDIGO CIVIL 
 Considera-se estabelecimento todo 
complexo de bens organizado, para 
exercício da empresa, por empresário, 
ou por sociedade empresária. 
 Também conhecido como Fundo de comércio ou 
Azienda, é todo complexo de bens organizados, p/ o 
exercício da empresa, por empresário, ou por 
sociedade empresária 
 
 O estabelecimento não se confunde com a empresa, 
que é a atividade empresarial desenvolvida seja no 
estabelecimento, seja fora dele. 
 O estabelecimento é a “base física da empresa”. 
 
 Compõe-se o estabelecimento de bens corpóreos 
(materiais) e incorpóreos (imateriais), cada um c/ sua 
função e finalidade, ou seja, organizados. 
 
15 
BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS 
UTENSÍLIOS 
MAQUINÁRIO 
MERCADORIA 
FROTA 
NOME 
EMPRESARIAL 
L.8934/94 
TÍTULO DO 
ESTABELECIMENTO 
L.9279/96 
MARCA 
L.9279/96 
PONTO 
L.8245/91 
O empresário, ao organizar o estabelecimento empresarial, agrega um 
sobrevalor aos bens reunidos, ou seja, enquanto esses bens permanecerem 
articulados em função da empresa, o conjunto alcançará, no mercado, um 
valor superior à simples soma de cada um deles em separado (Fábio Ulhôa 
Coelho). 
Bens corpóreos: 
Móveis; 
Utensílios; 
Maquinários; 
Mercadorias; 
Imóveis; 
Etc. 
Bens incorpóreos: 
Ponto comercial; 
Nome empresarial; 
Marca; 
Patente; 
Sinais de propaganda; 
Segredo de fábrica; 
Contratos; 
Clientela; 
Etc. 
O art. 1143 CC, diz que o 
estabelecimento pode ser objeto 
unitário de direitos e de negócios 
jurídicos, translativos (Ex.: compra e 
venda do estabelecimento) ou 
constitutivos (possibilidade de se 
instituir um penhor sobre o 
estabelecimento)... 
18 
 PONTO EMPRESARIAL 
 É o local onde se encontra o estabelecimento 
empresarial e para onde se dirige sua clientela. 
É o local de exposição da mercadoria, de modo 
a facilitar o contato do empresário com sua 
clientela. 
 Assim, se o empresário está estabelecido em 
imóvel de sua propriedade, a proteção jurídica 
do ponto empresarial se dará pelas normas do 
direito civil que tutelam a propriedade. Por outro 
lado, se o empresário se encontra estabelecido 
em imóvel locado, a sua proteção se dará pelas 
regras da locação não-residencial. 
19 
 OBS: a locação não-residencial confere ao 
empresário-locatário a prerrogativa de pleitear a 
renovação compulsória do contrato de aluguel, 
uma vez atendidos os requisitos legais 
estabelecidos na lei. 
 
 Entretanto, a própria Lei de Locação apresenta 
algumas hipóteses em que o direito à 
renovação compulsória do aluguel será 
inoperante, em razão do direito de propriedade 
assegurado ao locador. 
20 
 COMPRA E VENDA DO ESTABELECIMENTO 
 Trespasse: é a alienação de estabelecimento de um 
empresário individual ou de uma sociedade empresaria a 
outro, ou seja, é o contrato de compra e venda do 
estabelecimento. 
 O trespasse provoca a transferência da titularidade do 
estabelecimento comercial. É diferente da cessão de 
quotas (quando terceiro adquire as quotas), nesta não 
ocorre a transferência da titularidade do estabelecimento, 
mas tão somente a modificação do quadro social. 
 Ex.: empresa Alfa pertence a João e Pedro. Ana e Maria 
adquirem as quotas, mas a empresa continua chamando 
Alfa, modificando-se apenas o quadro social. 
 
 No trespasse ocorre a venda total do estabelecimento. 
21 
ANUÊNCIA DOS 
CREDORES 
RESPONSABILIDADE 
SOBRE O PASSIVO 
EXERCÍCIO NA 
MESMA 
ATIVIDADE 
PELO 
ALIENANTE 
TRESPASSE DO ESTABELECIMENTO 
EMPRERARIAL 
 Responsabilidades do adquirente e do alienante: 
 O trespasse só produzirá efeitos se for averbado na Junta Comercial 
e publicado na imprensa local (Art. 1144 CC). 
 O adquirente: 
 Responderá pelas dívidas anteriores da empresa, desde que 
estejam regularmente contabilizadas. Portanto, o adquirente 
do estabelecimento poderá responder apenas pelas dívidas 
conhecidas e
devidamente registradas, caso contrário, seria 
inviabilizada a aquisição, se ele tivesse de responder por 
toda e qualquer dívida que surgisse. 
 Terá direito de regresso contra o alienante por dívidas por ele 
pagas e não incluídas no contrato de trespasse; 
 Haverá sucessão nos débitos de ordem trabalhista e 
tributária; 
 
 OBS: Se, de boa-fé, o devedor pagou ao cedente (alienante) 
e não ao cessionário (adquirente), ficará exonerado do 
débito. (Art. 1149 CC). 
23 
 Responsabilidades do adquirente e do alienante: 
 
 O alienante: 
 Responderá de forma solidária pelas dívidas da empresa, pelo 
prazo de um ano, a contar da publicação da transferência do 
estabelecimento, quanto aos créditos vencidos, e da data de 
seu vencimento, quanto aos vincendos (Art. 1146 CC). 
 Não havendo autorização expressa no contrato, o alienante do 
estabelecimento NÃO poderá fazer concorrência ao adquirente 
pelo prazo de 5 anos (Art. 1147 CC). 
 OBS: É uma cláusula implícita, em qualquer contrato de trespasse, 
conhecida como cláusula de não restabelecimento, pois, ainda que 
não conste expressamente no instrumento do contrato, é imposta por 
lei. 
 Por quê? Porque o alienante do estabelecimento já domina a técnica 
do negócio e detém toda a clientela da região. Seria extremamente 
injusto se ele pudesse de novo restabelecer-se, p. ex., na mesma 
área, desenvolvendo a mesma atividade. 
24 
 ATRIBUTOS DO ESTABELECIMENTO: 
 AVIAMENTO: 
 É o potencial de lucratividade do estabelecimento 
comercial. É a capacidade de o estabelecimento gerar 
lucros p/ seu empresário. A articulação dos bens que 
compõem o estabelecimento na exploração de uma 
atividade econômica. 
 CLIENTELA: 
 É o conjunto de pessoas que, de fato, mantém com o 
estabelecimento, relações continuadas de procura de 
bens e de serviços. 
 OBS: A legislação nacional estabelece proteção indireta à 
clientela, uma vez que a concorrência é uma atividade 
lícita. Dessa forma, o legislador coíbe a concorrência 
desleal. Os crimes de concorrência desleal estão previstos 
no art. 195 da Lei n° 9.279/96. 
25 
26 
ARTIGO 1.144 CÓDIGO CIVIL 
 Contrato que tenha por objeto a 
alienação, o usufruto ou arrendamente 
 Capital Social 
 
 O capital social é o patrimônio inicial da 
sociedade. É o dinheiro ou bens 
suscetíveis de avaliação necessário para 
se começar as atividades empresariais. 
 
 Durante a vigência da sociedade, 
representa a quantia mínima de bens que 
a sociedade necessita para o 
desempenho da atividade empresarial, 
podendo ser aumentado (art. 1081) ou 
reduzido (art. 1082). 
27 
 O ato de passar o dinheiro do sócio para 
a sociedade se denomina integralização. 
Esta, por sua vez, pode ser realizada em 
dinheiro ou em bens. 
 
 Na sociedade de pessoas, são divididos 
em quotas, representativas de uma 
porcentagem de cada sócio. Art. 1055 
 
 Nas sociedades de capital, são divididos 
em ações. 
28 
 Art. 1.052. Na sociedade limitada, a 
responsabilidade de cada sócio é restrita 
ao valor de suas quotas, mas todos 
respondem solidariamente pela 
integralização do capital social.. 
 
 
 OBS: Soc Ltda – característica é a limitação da 
responsabilidade dos sócios, perante a sociedade, cada 
sócio se torna responsável apenas pela integração do 
valor ‘as suas quotas e, em relação a terceiros. 
29 
 Quotas 
 
 As quotas são a divisão do capital social e 
representam a porcentagem que cada sócio possui 
na constituição do capital social. 
 
 “É o quinhão em dinheiro ou bens com que cada 
sócio contribui para a constituição do capital 
social”. (FAZZIO JUNIOR, Waldo. Ob. Cit. p. 200) 
 
 Essas quotas podem ser integralizadas de plano, 
ou podem ser integralizadas futuramente, podendo 
ainda ser integralizadas em espécie ou em bens. 
 
30 
AGENTES ATUANTES NO 
MUNDO SOCIETÁRIO 
ADMINISTRADORES 
SÓCIOS – art. 1001 e 
sgts 
SÓCIOS: CONCEITO. 
CARACTERÍSTICAS. 
DIREITOS 
E 
DEVERES 
TITULAR DE 
QUOTAS/AÇÕES 
PESSOA 
NATURAL/JURÍDICA 
 SOCIEDADE 
 
“PAPELARIA 
GUARANI LTDA” 
SÓCIOS: DIREITOS 
 
 
 
DIREITOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATRIMONIAIS 
 
PESSOAIS 
 
PARTICIPAÇÃO 
NOS 
DIVIDENDOS 
ACERVO 
PATRIMONIAL 
FISCALIZAR, 
SÓCIO PREFERÊNCIA, 
DIR.RETIRADA... 
SÓCIOS: DEVERES 
DEVERES 
INTEGRALIZAÇÃO 
DAS 
QUOTAS/AÇÕES 
SÓCIO 
Art. 1.004 CC. “Os sócios são obrigados, 
na forma e prazo previstos, às 
contribuições estabelecidas no contrato 
social, (...)”. 
E SE 
O SÓCIO NÃO INTEGRALIZAR A 
SUA PARCELA DO CAPITAL 
SOCIAL? 
SERÁ UM SÓCIO REMISSO... 
Art. 1.004 CC. “(...) e aquele que deixar de fazê-lo, nos 
trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, 
responderá perante esta pelo dano emergente da 
mora.” 
Art. 1004 CC (...) 
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos 
demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do 
sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já 
realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto 
no § 1o do art. 1.031. 
SOCIEDADES NÃO 
PERSONIFICADAS 
38 
RESPONSABILIDADE 
SOLIDÁRIA E ILIMITADA 
DOS SÓCIOS 
SÓCIO 
SÓCIO 
SOCIEDADE SEM 
 REGISTRO 
CREDOR 
“X” 
Art. 986 CC “Enquanto 
não inscritos os atos 
constitutivos, reger-se-
á a sociedade, exceto 
por ações em 
organização, pelo 
disposto neste 
Capítulo, observadas, 
subsidiariamente e no 
que com ele forem 
compatíveis, as 
normas da sociedade 
simples.” 
SOCIEDADES EM COMUM 
 SOCIEDADES Em Comum ( irregular ou de Fato) – art. 986 ao 990 
 
 “A sociedade em comum é um fantasma jurídico cuja existência é 
presumida para o fim de que seus membros respondam pelos atos 
praticados como se ela existisse.” Waldo Fazzio Júnior 
 
 Sócios são titulares dos bens e dívidas sociais em conjunto, 
chamada de patrimônio especial (art. 988) 
 Responsabilidade ILIMITADA pela obrigações contraídas em 
nome da sociedade. 
 Atinge os bens particulares dos Sócios, depois que 
esgotados os bens do patrimônio especial. Respeito ao Bem 
de Família 
 Responsabilidade SOLIDÁRIA dos Sócios (art. 990) 
 Não há benefício de Ordem (art. 1.024) 
 Não poderá requerer a Recuperação Judicial ( lei 11.101/05) 
 Não contratar com órgão público 
 Não pode participar de Licitação Pública 
Não há CNPJ – não emite Nota Fiscal 
 
 SÓCIO 
PARTICIPANTE 
RESPONSABILIDADE 
ILIMITADA 
SÓCIO 
OSTENSIVO 
EMPRESÁRIO/ 
SOCIEDADE 
SOC. 
EM CONTA 
DE 
PARTICIPAÇÃO 
SEM 
RESPONSABILIDADE 
SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO 
 SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – art 991 
Natureza SECRETA – não são ilícitas, nem irregulares 
 
Não são registradas no órgão competente. 
 
Desprovidas de Personalidade Jurídica 
Tipos de Sócios: 
Sócio Ostensivo 
Exerce Unicamente a Atividade do Objeto Social 
Em seu Nome Individual 
Sob a sua Responsabilidade própria e exclusiva 
(art. 991) 
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
Somente ele aparece nos negócios jurídicos 
Sócio Participativo (Oculto) 
Não aparece para 3os, responde perante ostentivo 
 
 Portanto: 
 Sócio ostensivo: é aquele que aparece perante 
terceiros e responde ilimitadamente. 
 Ex.: Uma cantina de escola. Ela é quem aparece 
perante os terceiros, comprometendo-se c/ o exercício 
comercial correto. 
 
 Sócio participante: é aquele que não aparece perante 
terceiros e não responde perante eles de forma 
nenhuma.
 Ex.: A empresa que fornece salgado p/ a cantina. 
 
43 
 SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – art 991 
 
Por não ser registrada na JC, é despersonalizada e 
não tem nome empresarial; 
 
O contrato de uso interno pode ser registrado no 
Cartório de Registro de Títulos e Documentos 
Tem responsabilidade – art. 991; 
 
A liquidação da sociedade é regida pelas regras da 
prestação de contas - art, 996; 
 
No caso de falência do sócio ostensivo, o participante 
será tratado como credor quirografário 
E se ocorrer a falência do sócio participante, a relação 
dele com o sócio ostensivo será tratada como um 
contrato bilateral – art. 994, CC 
 ESTUDO DIRIGIDO 
45 
 Com relação à Sociedade não personificada, nos 
termos do Código Civil, afirma-se: 
 
I- Enquanto não inscritos os atos constitutivos, 
reger-se-á a sociedade, exceto por ações em 
organização, pelo disposto neste Capítulo, 
observadas, subsidiariamente e no que com ele 
forem compatíveis, as normas da sociedade 
simples. 
 
II- Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, 
podem provar a existência da sociedade, por 
documento escrito ou acordo tácito, mas os terceiros 
podem prová-la de qualquer modo. 
 
 
46 
 Com relação à Sociedade não personificada, nos termos 
do Código Civil, afirma-se: 
 
III- Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio 
especial, do qual os sócios são titulares em comum. 
 
IV- Os bens sociais respondem pelos atos de gestão 
praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto 
expresso limitativo de poderes, que somente terá 
eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva 
conhecer. 
 
V- Todos os sócios respondem subsidiária, solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações sociais, admitido o 
benefício de ordem, previsto 
47 
 Jorge, José e Pedro constituem, com pacto 
expresso limitativo de poderes, pequena 
empresa para prestação de serviços de 
marcenaria, sem levar seus atos constitutivos ao 
competente registro. Pedro, em nome da 
sociedade, celebra contrato com Maria para 
fornecimento e montagem de uma cozinha 
planejada, recebendo adiantado os valores 
correspondentes aos serviços e produtos 
contratados. Maria desconhece a existência de 
tal pacto limitativo. Inadimplido o contrato, Maria 
poderá ter seu crédito satisfeito com a excussão 
dos bens 
48 
 sociais, considerando a existência de pacto limitativo de 
poderes, sem possibilidade de invasão dos bens 
particulares dos sócios. 
 
 particulares de Pedro, por desconhecer a existência de 
pacto limitativo de poderes e considerando ter ele 
celebrado o contrato em nome da sociedade em comum, 
sem possibilidade de excussão dos bens sociais ou dos 
demais sócios. 
 
 sociais e particulares dos sócios, devendo exaurir os 
bens sociais para invasão do patrimônio dos sócios, 
exceto para Pedro, cujos bens particulares poderão 
ser executados concomitantemente com os bens 
sociais. 
49 
SOCIEDADES CONTRATUAIS 
50 
 SOCIEDADES EM NOME COLETIVO (arts. 
1039 a 1044, CC) 
 
 Os sócios só podem ser pessoas físicas e sua 
responsabilidade é ilimitada e solidária pelas 
dividas da sociedade. 
 Constituem-se por um contrato social que 
deverá dispor acerca desse caráter pessoal da 
sociedade, vetando a entrada de terceiros 
estranhos ao quadro social, ainda que decorra 
de sucessão por morte de um dos sócios. 
 O capital social é dividido em quotas. 
51 
 SOCIEDADES EM NOME COLETIVO ( 
 A administração desse tipo societário compete 
exclusivamente aos sócios. 
 No que tange ao nome empresarial, deverá 
adotar, obrigatoriamente, a firma social (ou 
razão social), composta exclusivamente pelo 
nome civil de um ou mais sócios da sociedade 
(completo ou abreviado), acrescido da 
expressão “e companhia” ou “e Cia”. 
 Ex.: J. Silva & Cia, ou 
 J. Silva & Cia Comércio de alimentos, ou 
 J. Silva e A. Gomes, ou 
 J. Silva e A. Gomes Comércio de alimentos. 
52 
 SOCIEDADES EM NOME COLETIVO 
 
 Essa sociedade é a primeira modalidade de 
sociedade conhecida e, costuma ser chamada 
também de sociedade geral, sociedade 
solidária ilimitada ou sociedade de 
responsabilidade ilimitada. 
 
 Apareceu na Idade Média e compunha-se a 
princípio dos membros de uma mesma família, 
que sentava à mesma mesa e comiam do 
próprio pão. 
53 
Da Sociedade em Nome Coletivo 
 Responsabilidade ilimitada; (art. 1039) 
 Sócios apenas pessoas físicas; 
 Nome empresarial: firma (somente o 
nome dos sócios). Ex.: Carlos, Cunha e 
Santos S/C. 
 Somente os sócios podem ser 
administradores (gerentes). 
54 
 SOCIEDADES EM COMANDITA SIMPLES 
(arts. 1045 a 1051, CC) 
 
 Trata-se de sociedade de pessoas, sobre a qual 
recaem todas as regras disso decorrentes, 
como veto ao ingresso de terceiros estranhos 
ao quadro social e disciplina específica em 
contrato quanto à sucessão no caso de morte 
de um dos sócios 
55 
 Pode ser do tipo sociedade simples (aquelas c/ finalidade 
não-comercial) ou sociedade empresária (c/ finalidades 
comerciais). 
 
 Nestas sociedades existem dois tipos de sócios: 
 
 Sócio comanditado: Tem que ser pessoa física que, além 
de entrar c/ capital e trabalho, assume a direção da 
empresa, respondendo de modo ilimitado perante 
terceiros. Melhor seria se chamados de “comandantes”. 
 
 Sócio comanditário: Pode ser pessoa física ou jurídica. 
Respondem limitadamente apenas pela integralização das 
cotas subscritas, prestam somente capital e não trabalho, 
não tendo qualquer ingerência na administração. 
56 
 O contrato social da sociedade em comandita simples 
deverá discriminar quem são os comanditados e quem são 
os comanditários (art. 1045, parágrafo único, CC). 
 
 Morrendo sócio comanditário, a sociedade continuará c/ os 
seus sucessores, que designarão quem os representará, 
salvo disposição em contrário no contrato social (art. 1050, 
CC). 
 
 Se quem morrer for sócio comanditado, haverá dissolução 
parcial da sociedade, a não ser que o contrato social 
disponha de forma diversa, autorizando o ingresso de 
sucessores. 
57 
 A firma social (razão social) só poderá ser composta c/ os 
nomes dos sócios solidários (comanditados). 
 
 Se, por distração, o nome de um sócio comanditário figurar 
na razão social, este se tornará, p/ todos os efeitos, um 
sócio comanditado. 
 
 OBS: Algumas pessoas como os incapazes e os 
servidores públicos, só podem ser sócios comanditários. O 
primeiro devido à proteção ao patrimônio e, o segundo 
devido ao fato de não poder administrar. 
58 
 The End 
 
 
 COELHO. F. U. Manual de Direito Comercial. São 
Paulo: Saraiva. 2009. 
 FAZZIO JR., W. Manual do Direito Comercial. São 
Paulo: Atlas, 10ª Edição. 2009. 
 MARTINS, F. Curso de Direito Comercial. Rio de 
Janeiro: Forense, 32ª edição. 2009. 
 
 59

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando