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CASO CONCRETO SEMANA 2 - DIREITO PENAL IV - RESPONDIDO

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DIREITO PENAL IV – SEMANA 2
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas: 
 Joana, Delegada de Polícia, negou-se a registrar ocorrência de estupro de vulnerável contra o filho de sua empregada doméstica, Marilza, sob o argumento de que conhecia o jovem e que a suposta vítima, de 13 anos, à época dos fatos, era, como afirmado pela mãe do suposto autor dos fatos, namorada deste. Independentemente do dissídio jurisprudencial acerca da configuração do delito de estupro de vulnerável, quando a menor já possui experiência sexual e consente com a relação sexual, analise sob o aspecto jurídico penal a conduta de Joana. Responda, de forma objetiva e fundamentada, consoante os estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública. 
 Ainda, caso a Delegada de Polícia deixasse de registrar ocorrência de estupro de vulnerável a pedido de Marilza, a resposta permaneceria a mesma? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
 RESPOSTA: Face ao caso concreto, e salientado o afastamento do entendimento jurisprudencial acerca da configuração de tal infração penal, a Delegada de Polícia Joana cometeu o delito de prevaricação. Este, tipificado no art. 319 do CP, visto que a agente deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer interesse pessoal.
Caso a delegada de polícia deixasse de registrar a ocorrência do delito de estupro de vulnerável a pedido de Marilza, Joana, estaria incorrendo no delito de corrupção passiva privilegiada, que encontra sua tipificação no art. 317, §2° do CP, notando-se que ela deixa de praticar ato de ofício cedendo a pedido de outrem, sem vantagem indevida.
 
 QUESTÃO OBJETIVA:
Sobre os crimes praticados por funcionário público contra a Administração Pública assinale a opção INCORRETA: 
Médico de hospital credenciado pelo SUS que presta atendimento a segurado, por ser considerado funcionário público para efeitos penais, pode ser sujeito ativo do delito de concussão. 
O funcionário que deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, por indulgência, comete crime de Condescendência criminosa. (Correto)
Segundo o Código Penal, aquele que patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário público, pratica o crime de advocacia administrativa. (Correto)
No crime de peculato culposo, a reparação do dano anterior à sentença irrecorrível é causa de redução de pena. (errado – nesse caso extinguiria a punibilidade e não seria causa de redução de pena, conforme §3° do art. 312 do CP)
Comete excesso de exação funcionário que exige tributo ou contribuição social indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatória ou gravosa, que a lei não autoriza. (correto).
RESPOSTA: A ALTERNATIVA 4 É INCORRETA.

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