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Modelo keynesiano básico = teoria de determinação do equilíbrio da renda nacional Neste modelo há duas divisões básicas: o real (mercado de bens e serviços e trabalho) e monetário (monetário e títulos) Economia com desemprego de recursos: neste modelo básico keynesiano supõe-se a existência de desemprego, ou seja, a economia está em equilíbrio abaixo do pleno emprego e produzindo abaixo do potencial. Empresas com capacidade ociosa e parcela da força de trabalho desempregada. 1) Nível geral de preços constante estando em desemprego, não há razões para elevar os preços. Supõe-se então que aumentarão a produção e não os preços, por estarem ociosas. Desta forma, todas as variáveis monetárias são reais, não havendo nominais, uma vez que os preços estão fixos. 2) Curto prazo analisa a determinação de renda a partir do papel das políticas macroeconômicas na estabilização do nível de atividade e emprego e preços. Como a curto prazo pelo menos um fator permanece fixo, supõe-se que o estoque de fatores de produção não se altera no curto prazo: o que se altera é o grau de utilização desse estoque. Por exemplo, existem 40 milhões de trabalhadores disponíveis, mas 10% não estão empregados. O objetivo fundamental da política econômica é a criação de empregos para estes 10%. 3) Oferta agregada potencial fixada a curto prazo por supor curto prazo, a teoria keynesiana a oferta agregada potencial permanece constante. Ela só se altera quando houver alterações na qtde física de fatores de produção ou nível de tecnologia. Contudo, a produção efetiva (oferta agregada efetiva) pode estar abaixo do pleno emprego, e pode ser alterada em função de mudanças na demanda do mercado. 4) Princípio da demanda efetiva Demanda efetiva é parte da demanda agregada que verdadeiramente se realiza. uma vez que a oferta agregada potencial não se altera no curto prazo, as alterações no equilíbrio da renda e do produto nacional devem-se exclusivamente às variações da demanda agregada de bens e serviços. Simplificando, a demanda agregada é a responsável pela variação do produto e da renda nacional a curto prazo. Este é o princípio da demanda efetiva. Isto significa dizer que numa situação de desemprego, a política econômica deve procurar elevar a demanda agregada, o que forçaria maior produção. O governo teria um papel grande em aumentar estas despesas. Isto entra em contradição com o que Say dizia. Mas na época de Say não se especulava tanto com a moeda... 5) Hipóteses do modelo básico Diferença entre contabilidade social e macroeconomia: C.Social trabalha com valores ex post (após ocorrerem), e macroeconomia lida com os valores ex ante (antes de ocorrerem). Desemprego: Estrutural ou tecnológico: desenvolvimento tecnológico do capitalismo leva ao desemprego de trabalhadores. Também chamado de desemprego marxista. • Friccional: ocorre devido à mobilidade transitória da mão de obra. Trabalhador que vem do interior para a capital. Também chamado de taxa natural de desemprego. • Disfarçado: quando a produtividade marginal da mão de obra é zero. Numa agricultura de subsistência, a transf. De trabalhadores do campo para as cidades praticamente não diminui a produção agrícola. • Em economia há várias definições e tipos de desemprego. Aqui se utiliza o conceito keynesiano que se refere à insuficiência de demanda agregada em relação à produção e oferta de pleno emprego. Outros tipos: Oferta agregada: Potencial: capacidade máxima de produção a oferecer com plena utilização dos F.Prod.• Efetiva: produção que efetivamente é colocada no mercado • Valor total da produção colocada a disposição da coletividade. Varia em função da disponibilidade de fatores de produção O modelo keynesiano no fundo é um modelo que enfatiza fundamentalmente o papel da demanda agregada. Demanda Efetiva: http://pt.wikipedia.org/wiki/Demanda_efetiva Agricultura de subsistência Comportamento dos consumo agregados: Renda nacionala. Estoque da riqueza ou patrimôniob. Taxa de juros de mercadoc. Disponibilidade de créditod. Expectativas sobre renda futurae. Rentabilidade as aplicações financeiras estudo recentes afirmam que o Consumo está em uma relação diretamente f. Consumo agregado: influenciado por: 1) proporcional entre renda nacional disponível e consumo da coletividade. C=f(RND) Propensão marginal a consumir, é uma teoria elaborada por Keynes que mede a variação esperada no consumo decorrente de uma variação na renda disponível. PMC=∆ consumo agregado/∆ renda nacional disponível = C/RND Por exemplo, uma PMC a consumir igual a 0,8 indica que, dado um aumento na renda nacional de $ 100 milhões, o consumo aumentará em 0,8 de 100 milhões, isto é 80 milhões. Poupança agregada poupança é a parte da renda nacional disponível não gasta em bens de consumo. S=f(RND) define-se também a propensão marginal a poupar, que é a relação entre ∆ da poupança e ∆ da renda disponível. No exemplo anterior, a PMP seria 0,2, significando que cada acréscimo de renda, 20% é destinada a poupança, e 80% ao consumo. 2) Investimento agregado investimento é o acréscimo de estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva. Há duas óticas de interpretação: a curto e a longo prazo. No CP, os inv. São vistos como necessários para ampliação da capacidade produtiva. A produção (oferta) agregada só será afetada no longo prazo, pois há um tempo de maturação do investimento (ampliação da capacidade produtiva e aumento efetivo da oferta). No CP, o investimento afeta apenas a Demanda agregada. Eficiência Marginal do Capital ou Taxa de rentabilidade esperada ou taxa de retorno é calculada a partir do valor presente dos retornos futuros. O investimento tem uma relação inversamente proporcional com as taxas de juros de mercado. 3) Renda Nacional Disponível é a renda nacional deduzidos os impostos. É a parcela de renda que os consumidores podem gastar ou poupar livremente. O Investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda nacional de um país. Se a empresa tiver recursos próprios para financiar-se, os juros representarão quanto ela ganharia se ao invés de aumentar suas instalações, aplicasse o dinheiro no mercado financeiro. Se ela precisa tomar emprestado, seria para ela um custo do empréstimo. Multiplicador Keynesiano de gastos Estando uma economia em subemprego, o aumento da demanda agregada provocará um aumento da Renda nacional mais que proporcional ao aumento da demanda. Isso acontece porque no subemprego se uma economia recebe a injeção de gastos (sejam eles quaisquer, C, S, I, ou X) haverá um efeito multiplicador: suponhamos que o governo decida gastar 100 milhões em construção civil (escolas, estradas...). Isto aumentaria a produção deste setor em 100 milhões, e isso se transformaria em renda aos trabalhos e capitalistas do setor, que por sua vez, gastarão com alimentos e vestuários. Com a propensão a consumir em ,8 e poupar a 0,2, estes trabalhadores consumirão 80 milhões, e a produção de alimentos se elevará em 80 milhões, que irão aos trabalhadores e investidores desta área, que gastarão 64 milhões (80% de 80) em lazer, por exemplo, que receberá agora um acréscimo de 64 milhões e o processo continuará, até o limitador estabelecido pela propensão a poupar. no final do processo, o produto nacional terá sido muito superior a 100 milhões. Multiplicador keynesiano (k) = ∆Renda Nacional/∆Demanda Agregada Ainda tem o Ki= ∆RN/∆Investimentos e Kg= ∆RN/∆Gas tos do governo se no exemplo anterior o multiplicador fosse 5, o aumentos dos gastos do governo de 100 milhões aumentariam 500 milhões no PN. CONTUDO: a) o multiplicador tem efeito perverso: gastos caindo em $ 100, a renda cairá num múltiplo de 100. os multiplicadores de tributos e importações são negativospor representarem vazamentos do lfuxo econômico. b) supõe-se economia em subemprego. Pois, se estivesse a plena capacidade, uma injeção nos gastos só aumentaria os preços, explodindo uma bomba inflacionária. Política fiscal Pura Política fiscal pura é a aplicação de políticas tributárias ou de gastos públicos independente de políticas monetárias. Economia com desemprego Aumento dos gastos públicos• Diminuição da carga tributária, estimulando despesas de consumo e investimento• Subsídios e estímulos às exportações, que elevam a demanda do setor externo pela produção interna. • Tarifas e barreiras ás importações, que protegem a produção nacional da concorrência externa • Uma vez que a curto prazo a produção agregada potencial, ou de pleno emprego, não se altera, as políticas fiscais adotadas para a diminuição do desemprego devem recair sobre os elementos da demanda agregada. Por exemplo: Economia com inflação Diminuição dos gastos públicos• Elevação da carga tributária sobre bens de consumo, desestimulando-o• Elevação das importações, pela redução das tarifas e barreiras, o que aumentaria o grau de abertura para produtos estrangeiros, acirrando competitividade, inibindo elevações de preços internos. • Embora o modelo teórico de keynes se baseie em uma situação de desemprego, ele pode ser aplicado, mutatis mutandi, para uma conjuntura inflacionária. Podem-se aplicar algumas destas políticas neste cenário inflacionário: Atenção para o fato de que estas medidas antiinflacionárias estão sob a ótica de um Em uma economia de desemprego se aplica as teorias do... Hiato deflacionário: insuficiência da demanda agregada em relação à produção de pleno emprego. Revela qual deve ser o aumento da demanda agregada para que a economia atinja o equilíbrio de pleno emprego. Graficamente: Teorema do Orçamento Equilibrado: numa situação de desemprego, se os gasto públicos forem elevados no mesmo montante da arrecadação fiscal, a RN aumentará nesse mesmo montante. "Se o governo efetuar gastos no mesmo montante dos tributos recolhidos (isto é, se o orçamento estiver equilibrado), a renda aumentará em um montante igual ao aumento de G e T”. Haavelmo aumentos dos gastos públicos = aumento da tributação = aumento da renda nacional http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=263356 Demanda agregada: http://www.youtube.com/watch?v=oLhohwfwf_U Modelo keynesiano explicado: http://www.youtube.com/watch?v=g_ 647R_vUVc&list=WL95EDC7F5FC5819D8 Mutatis mutandi = é uma expressão latina que significa mudando o que tem de ser mudado De <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mutatis_mutandis> Modelo Keynesiano Básico segunda-feira, 25 de novembro de 2013 14:56 Página 1 de Economia Diminuição dos gastos públicos• Elevação da carga tributária sobre bens de consumo, desestimulando-o• Elevação das importações, pela redução das tarifas e barreiras, o que aumentaria o grau de abertura para produtos estrangeiros, acirrando competitividade, inibindo elevações de preços internos. • Atenção para o fato de que estas medidas antiinflacionárias estão sob a ótica de um diagnóstico de inflação de demanda. Havendo inflação de custos, isto significa que a produção está abaixo do pleno emprego. aumentará nesse mesmo montante. "Se o governo efetuar gastos no mesmo montante dos tributos recolhidos (isto é, se o orçamento estiver equilibrado), a renda aumentará em um montante igual ao aumento de G e T”. Haavelmo aumentos dos gastos públicos = aumento da tributação = aumento da renda nacional http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=263356 Em uma economia com inflação (pleno emprego)... Hiato Inflacionário: demanda agregada de bens e serviços supera a capacidade produtiva da economia. A oferta não tem condições de acompanhar a demanda, eleva-se então os preços. A partir da determinação da renda nacionla, pelo modelo macroeconômico básico de Keynes, em uma economia de inflação (pleno emprego), VASCONCELLOS cita 3 medidas fiscais puras para serem aplicadas para equilíbrio da economia: incentivo às importações, aumento dos tributos para inibir consumo e diminuição dos gastos do governo. ao contrário, numa economia em desemprego, ele recomendou aumentar os gastos, exportações, e diminuir importações e tributos. por que numa economia em inflação não seria recomendável também diminuir as exportações? O grande choque do pensamento keynesiano é que a economia pode estar em equilíbrio mesmo no desemprego Página 2 de Economia
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