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S3H01I03:_':: SOHI3H1VV\I-:_--= fr9 lYtJV~tU)JtJ.7~ CJ lr Jti~ dY;1;Ul(b Jf ~ -""~'~.1I.J:- ...,;~~..,,-" - vJ§1d~ I ~ ~ (;j o {$I o {ij;:l ~ ~ ~ ~ ~ ~ Q.= ~ ~ ~""" ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ --"" I PubJit-ada sob os iluspídos do IDEPE - lns(Ícuto Intcl"Uudonal de Djrdto PÚblko {' Empresarial e do lBET - Inslilulo Brasileiro de Estudos Tributlírios ISSN 0102-7956 Diretores; Geraldo A,aliba. Cleber Gíardino (+l, Paulo de Barros Carvalho e Aires Fernandino Rarrero Diretores EXecutivoS: Pedro Luciano Marrey Júnior, Fernando Albino de Oliveira e J. Arthur Lima Gonçalves ConsellJO Editorial; Alfredo Augusto Becker, Aliomar Raleeiro (t), Antonio Ro- beno Sampaio Dória (t), Carlos Mário Velloso, Celso Antônio Bandeira de Mello, Cleber Giardino (+), Eduardo Seabra Fagundes, Estevão Horvatil, Flávio Bauer Novelli, Gilberto de V/hoa Canto. José Souto Maior Borges, Osiris de Alevedo l.opes Filho, Luciano da Sílva Amaro REVISTA DE D/REl70 TRIBUr4R/O publicação trimestral de MALHEIROS EDITORHS LTDA. Rua Paes de Araújo, 29, 17~ andar con). 171 - CEP 04531-940 São Paulo, SP - Brasif- Tels. 822-9205 • 820-9718 - 820-5549 . Fax. 829·2495 A,5,~jnaturas e comercialização: CATAVENTO DISTRIBUlDORA DE LIVROS S.A. Rua Conselheiro Ramalho, 928 - CEP 01326 São Pauo, SP - Brasil - Te!. 289-0811 - Fax. 251 -3756 Diretor Responsável: Álvaro Malheiros Diretora; Suzana Fleury Malheíros )upervisão Gráfica: Vânia Lúcia Amato Composição: HELVÉTlCA LTDA. Impres;ão: Gráfica e Editora FCA (Fundação de Ciências Aplicadas) SVMÁIUO VIII CONGRESSO IlRASILEIRO Df,' D/NlilTO l'RIBUT ÁRIO SFSSÃO SOLENE DE ABERTURA CONFERENCIA MAGNA A ISONOMIA TRIBUTÁIU:\.l'iA ÇO!:iS1JTlJ1ÇAQ f FIl r'll,,". L DE 1988 = José S-outo !\lalOf BorgC':, .... :::: .. :-: .... ,- ~.- , ... -:~ .. '~.-.=.~ MESA DE DERA l'ES DIREITO PENAL TRIBUTÁRIO, .................. . CONFERÊNCIA MAGNA A PROCJJ(I;;SSlYJDADE NA OR.DE~LTRLUu:rÁ.R~ - Roque Antonio c.'a.rrauJ. ...... " .......•. _ .......................... . MESA DE DERA Tt'!:,· 20 43 TRIBUTOS FEOERAIS ..................... ......... ............... ..................... 56 MESA DE DEB,HES TRIBUTOS ESTADUAIS ................................................................ 77 CONFERlNG'IA MAGN.4 VEDAÇAo AO EFEITO DE COl\ófISCO - Aires Barreto ...................................................... .. ...... 96 ME'SA DE DEBATES TRIBUTOS MüNICIP-AJS ............................................................... 107 ME'SA DE LJEBA Tf.S INOVAÇÕES NO SISTEMA TRIBUTÁRIO ....................................... 129 SESSÃO SOLENE DI; ENCERRAMENTO ........................................... 152 IX CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO TRlBUrARIO QUESTÕES tJ (ll ~ (lJ ~ (l €! (I G G G Iii 4 ~ - Geraldo Ataliba ................................................ , ....................... . 159 ~ 't:1') ~ ~ t() I() 11;:') ICI 'O ~ ~ ~ tO ~ ~ r:Jj ~ o ~ ~ ~ ~ () D ~ D ti RF"lSl ,\ Dl: DIQrrTO TRl~l'rA"l()64 TAXA fl[ POLICIA _ DE~(,ARACTl'R1ZA<:."O rOR VIOl AÇf\O ])0 PRI?-iCIPIO DA 1 n;ALID"'DE I: Pl:LA l"'Al1E()UAÇAo DE SUA li:\- SE 1,1PO~1\'H: tf~! CASO CONCRETO .- Fdud.rd .. , Btlll.1110 ................................ " ........... " ................... . K\lS - NA n 'RF LA Jl 'RiDICA nos CONVfN10S DE ESTADOS- ;-'fD1BKll~ - I NCONSTI1 ucrONAunADE CONTINUADA 173 - S"~h,, Call11on .. ,, ... ,, .. ,, ...... ,,,,,,,,,,,,,,,, .. ,, ........ ,, .. · ...... · ...... ··· .. ·. 178 hlJ;RCOSUL E TRIBUTO,SESTADU.A/S, .Ml'NIClPI\IS.B DlSTRJIr"!:~ - Roque .~\nt(lnjo C'arral7a ................. " ......... " ................... , ..... l82 U\HTAÇe./ES TE:-'lPORMS DA MEDinA PROVISÓRIA: A ANTERJORI- .- ·D,.,-DETR\El.UfARIA_ - . - •. '- - José ~Ol;to MaIOr Bor3es. . ................. , ......... " ... , .......... " .. 192 MODF\.OS JURíDlCOS DA TRlflUTAÇiiO LlRASlIXIRA - Wagner Bale". .. ......................................... ,," .. 201 ISS - N . .\.O INCID/2NCIA SOIlRI: FRANQUIA - Aire:' f, Barreto ............................................................. 216 IPI- !\IPOSSIHlLlDl\l)E JURÍDICA Df- SE UTILIZAR ('I J~IPOSTO SO- ORE PRODUlOS INDUSTRIAUZADOS E\1 1 Rfl3GTAÇÃO DlFE- RI'NCIADA DO AÇtíCAR PARA PRODUTORES DO SUL E DO NOR- DESTe - Mis~brl de Ahrcu Machado Derzi ......... ISS E AS ATIVIDADF.S...DE:.'.fRAtiÇl·l1SrNG" - - .\,18r\'81 Justen FiIlH) ....... . , ...... ~.-.:".-,,~:.-...... , CREDITOS DE ICMS r. IPI -- Heron Arzua . ..................... 225 .................... 242 .............................. 255 TRATADO INTFR:-.fACIONAL, EM MATÉRIA TRlEIUT ÁRII\, rODE I'XO, )\.'ERAR f1\mUTOS ESTADUAIS - E~tevào HQrvatn. f? Nc!o;on F{'l T~·ifll. de Carv;11ho. .. ........... 262 QUESTÕES - .l0''; Eduardo S0are, de Mello. .. ....... " ....... " ........................... 269 '~2Ji!M~ VIII CONGRESSO llRASIU::IRO DE DIREITO TRIBUTÁRIO REAUZADO EM 14 DE SETEMBRO DE 1994 TEMÁRiO PERIODICIDADE DO IMPOSTO DE RENDA COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS INOVAÇÕES NO SISTEMA TRUlUTÁRIO (Notas t:tquigráfícas das Conferencias, Mesas de Debate, Sc.',sôes de Abertura e Encerramento) ~ t: CONFER/C,NCIA fl,f..1GNA ~ ~ ~ ~ ~ A ISONO!\HA TIUHUTÁRIA NA CONSTITUIÇÀO FEDERAL DE 1988 JOSÉ SOUTO MAIOR BORGES Isonomia na Consclruiçiio PROE JOSE SOUTO MAIOR BORGES - Excekntí5~il1la Sra. Prof~ Mis~lbel Derzi, DO" Pre,ideme d"ste VIlI Con- gfes~o Nacional de Direito Tributário' Exmc. Sr. ProL Humberto Medrano: que tanto no~ hunra com a sua presen- ça; Exmo, Se. PLOf. Geraldo Ataliba, DO. Presidente do IDEPE, órgilo pro- motor deste evento, conJuntamento com ° EX!11o. Sr. Prof. Paulo de Barros Caro valho, DO. Diretor do IBET e demais pessoas nominaJmente mencionada::; pe- la Prof~ J\.Jísabd Derzi, e por isso mes- mo seria ocioso discriminá-Ias. O tema da minha exposição é; "A isononúa tributária na Constituição Fe- deral de 1988". Algo insólito, estranho e surpreendenre parecerá a um Congres- so que tem como uma das suas J!.fJ~1.!~: cas centrais a anáIi~e d~J.~m-ª~!!-,-uc~/S d~ Diréitó Trl!wlÚ.Í.o, se venha a abordar ~m' ãssunto como este, objeto da presen· te exposição e que parece tão desgasta- do pelo uso superficial e até pelo mau uso. Enlretamo,_oada JJ!"i~'!!.c:~erno dQ_ .ill'..e_º--allt.i&QJtlegada..>:u1WLªl dO.lli!i- sado, naqui!ü_SlIl_'lJJe-<:lC.çQIl>1kiumUQ: da a nossa exjs[ê~çja.. con~t:I11pgE~~.~~· No úitãlltO,seco'm-piqrl~~~4~ ~L~U1áHsLÇQ!!'!'_ uma vocaçãõ~'e profundidad!,c ".la !SY5:- lará umiriClueáÜ.l9p!'2!?ªa. E, se nao qüisermos viver apenas no Im peno d~ meramenle retórico, relembraremos aqUI a consigna do Hino Nacional, que aca- bamos de cantar - lodos nós - e0n.' voz emocionada: "pjlz.n.2,~l~I_()..e.glS'él.~"_n() Pi!iS1!.@'" A referência ~el~ Prol Mrsa- bel Dazi às liguras vcneravels de Rubens Gomes de Souza, de Aliomar Daleciro, de ('!I:;bcr Giardino e de Antônio Rober- to Sampaío Dória me (ranquUiza quan- to à minha tomada de pc,ição p"ssvaL .!i~~lW);s~\:el renovação algl!Qlu I.!95_e§: cudos de Direito TributáriQ s~nu~st.~ dI&. ~ontinuo e rellovado de "reverênda ao ra~sadõ e aõSeu-legãdõ-~~~ii'~;;qllílo qiic elelllãis ãutênticam~n!c! re})resenta: um tesouro io!!stímável para todos nós. Constituição de 1988 Com esta introdução tranquilizado- ra é que eu ouso me aventurar por este tormentosíssimo tema, Se abordddo em profundidade, ele próprio mostrará que, no seu seio, habitam as questões não ape- nas dignas d~ serem questionadas, mas no contexto geral da Constitldção de 1988, os problemas mais dignos de ques- tionamento. Veremos como essa proble- mática sedesdobra ao longo da nossa ex- po,ição. Para atingirmos a meta proposta, escolht:mos um caminho. Que caminho será este l a percorremos todos nós) num esforço profundo de meditação? Anali- sar algumas teses centrais em torno des- te questionamento e condicionantes de uma colocação, cOm dignidade teórica expositiva, do problema da isonomia con,ticucionaI. Proporemos então a nos- sa meditação o desdobramento de algu- mas teses fundamentais. A primeira tese: 1993 novidade, \9: da construção teórica inovadora tende, ê(jiilI~i!9:ffu=-WDMJLá~~~ínir UI!! cà- fáiér cº~_~yad'2!:.. Urna doütrinaque, \\ A I)ONUt\!IA TRlljlJT.4.RIA NA L(JN~lIftAÇAO HDER<-\.\ DI' 19RR \. ~_w_· nas sua:, oJigen", era tralldim..l preçl!:i<.l- mente porque rompta .... 001 \,.1 pa ... .,aJo, porque ~Jglllfl\.:dva U}~ld r~pt\lr~ q)I!LQ pré-estabC'kddn, é dc,>\..'olltl1llih..l}151e pa- r"à 70m el,!-,t p~5,>,i(.lü, fila,> *) me"T)10.tt:lrL~ pü- sTgnifíca urna continuidaJ~, [lf]~íJ~l:!_ e 11m e~{OJçQ i,lç r~Ql'l!5apl~Jl~1J ,!-taqullo quc-antc~ _de-..!.1Q:U9..tr~{~~'I,:J~~, Tudo lc::fJ- -de -a-a~~uíu-ir, ,"um a a.,ão do tt"mpo, dl Int!osão COnservadora, não porque nóS sejamos I t,;spun~;ivei,> I'Dl UHI ato de II}- fIJdidadl! lmdl:!!-:tllal, IllJ.S ~\!ilpk~llItn te pOlqut! biologlCameIllc o comporta- mento.) médio hUrllclnO não pode manifcsrar-\c de oUlIa l11J.neirà. Somos condidonados a a~t.llllllr uma pO~lção con~ervaJo(J. a partir úaqut'lJ.s pO~lÇÓi!~ inovadoras que originall(~mt':{it~ a::..:.un:\Í~ mos, Nada a ~:;,tranhaJ, cntrd.\r\tO: .la di· Zla lltrádIto, o pemddor Illdlinal: li ho- mem dt:vc deféH(kr àS ~ua~ kb com as muralhas LIa sua cidade. Eu própl io pre- tendi algurc~ caractt!riLar e::,lc f...:nórnellu corn um dizer moderno, rc:ft'1 mdo-me ao "enca-'ltelamento doutrinário em torno dos e~[Udo<; jurídico::. lelatlvos ao Direi- tO Tnbutário". . Prudência i"-'~~Er~~l!(j\la J A ~egunda lese: é UI11",\ contíngêru:ia çJQ,.ǺDhecil11t:l1tO)lJl!..\E~nQ 9 s.rr..n~ ríaf!}~n!~_ ÍI1\pçX!~il.o.; tem\~~j_}lu~ .31..r!SIt der, consçC}t!emement~_, a cs.mvi)'eCÇ9!11 O erfo~ Ê[-rú-~ nào"sã()~D;ê~díYl; CrlOS ~ão a oci~iào de ~kspertar a curil..)~idJd~ pa- fica t::\{dni t<Jtalmente certa e nenJ)nmd~ tútalmt'nte erraJa; há ul~la ... pr~JL>n~;!\-án CId., nas 1I\~'lhort;') \ç{!IIª~ dt!~l~~Lt~à?.1..-dq conte,úçlo Y.c vt!)'(,b\tc::, InJ.':i ~çmpre in")\I1l1:lHd~)-~~il;':;"'lenternenle o erro co- mo hó~pt'Je lnd~::,cJa\'d Ma') nó-; telHos que aprendel a çonVJvcr «()!TI o C'I ro, J.b3.ndonar d. nossa própua. ,,~id.'~~,~~ S\ dt;!lxar qw .. ' <1<" t1ü .. ~a~_leOna':! pep:\i:\n~d~· r~. _'.1~.1~ f!.9S ·P0~~~}.119~ L~.?[lt~nl~aL_\~i~.Q~1 bU$~:~-t de mdhor..::~ t~~)1 ~a~ e 9t;. ~l!~.8.....al~ffi.: xnnaçàü m)l~ dH dd J.í.LY~1 q:l\.lt!.. Como não h:i absolutamentt: (ouhc- cirnelltü humano alt!ll\pol ai e mc)raLial. p\II.10010':-. a~)l\~mr, a le,rcdra ~:~e, .. um CflLHl":ldJO. válido H1clu~l' ... e lia ClcnCld Jo Direito Tllhutário: em cit)nC(~15(J () l!!!l.::. visório é defif/itivo~ p'ar(:~t:- Ut-l~pã~ado '(0, rnd.",) lIa ",clJade não e, p~,rqu~ 0 ~er ptO\-I<iÓriO da invt!~tlgaçàú I.:l~n.li(ka no campo do DireIto Tnbut~u lU ~ uma ca- raç!l.:ri .... tka da qUd,\ de não I)ode ~e apar- t..1L ConsêqúcIlll..'tnl'tHo,! de tt:U1 qUt: uti- lizar esta drcunblânClJ Hga(h\ ao conhe- cimento humano para dela lÍrar provei- to ~ pos'iibililar o progre::.so dos t:..,tudos jUlkheu::, em torno do tflbUlO. Como que a ajuda do eblavoràvd ,Guittem)" Distinções ra formas d~ inve:::.tigação científica cna- tivamt:nle nova'i. l~ aua'rés do ~lro nós podemos assumir uma posição compro- metida com o avanç:o cl~ntífico, 11.1 me- dida eln que o préJpno erro ,inalíza fiara A quarta l.,e afirma que a distill.· ção ~ntre princípIO e nOJrna _(:p1 ~ e5pilll-" de hoie ª urna [)osiçáO Ç9D;&f.YJJAQÚ\, ob· jetivurntnte cOl1servndora. A doutrina, ln::tdve:nida, re<;i~t~ contudo a reconh\!'- cel a .n(:~es..,iJ~iJc tt~j~lP58Ç~ dessa dis- llnção. CUlno e que se dar~a esta supt:- 1 açao? Jy ~ieyn d~'1ta "d\~linilil..~5!'JJl.~.ªL( dela; é e~-;ldm~I1t;a í~~J);ô.Sa.cúIl':>igna.di: Ca7Io~C';;'.,;Õ~ H~ p~~coruU\a. para 0' ;;tüJo~ da ci~ncid jurídica COBltILIporâ- ne3., e~ta regra metodoh)gi..:a, a regra de ouro; "ir al~m de 1\.e15<:n ,em \:lIf de hcJ.- 1>eI}"; u!n~ato d~ i'~dç\hl~lje;-~~\9 ·p.lli57uill:n:. lO alheio e ao !lié,;:"o tDnpo deJmu.\:J.Qr; dinaçao. ue inú)nf .. )! 11}~~O~SlliU...A.jUJ- i.iu_tél1.\ãé)"llõ }lZiti';iIlQ \:1t:nnlkQ, sure- a círcunstància dê qU!!\ se ebtá erraJa a hipótese, a lu pó tese oposta será, prova- ,cimente, verdadelfa. A"im sendo. e sem maiof<':>s problemas de consciênCIa, poderemos abandonar as Ilos,as convic- ções, se e,elllualmcnte revestidas de "[- ro, porque nenhuma constJJjçJ..o_.clS!\lí, I 10 REVT'TA DF. D1PEllO TRIllUTÁRl0 64 ração naquilo que o p(>n~0dor, o Cicnt15~ la .recebeu ,orno legado cultural, a ser au- mmlstrado pelo seu 'empa. Não vou - para um audl1ório com as quahf,caçôes tntclcctuais de"tc - in- >1St\[ na distinção entre principio e nor· ma. Pek., c{"nt,rário , da aquí não '5('r:\ p\Jc:,ta~ ~a\ ser ~lmp1c'imentc prc')supol)ta. A partir d~la I n6~ tentaremos aV;H1\:ar num progres<;o c~eüvo no campo d0'j CS~ tudos sobre os principias con<titutionai, com particular refcrrnda ao pdnciri() 1?e: ral da isonnmia na>; suas implJca,ões com a l'ionornía tributária proprirtmenl(, dila. ContudO, O caminho - uma via nada mais do que uma via para ($ no"<:;~ p('nssmcnto, rntre Clutro<; que rodetiaTTl ser adotaJos, outras ficrrcctivas de co;:tu- dos consignada<; pelo, estudio.so~ - vai 5oC'f ~ para loer::tr-<;e o p~"so à frente ~ aí sim algo paradoxalmenfe - tentarmos dar um pa,,~O atrás. Retomar produçã() científica algo e"qu(,~?lda nO tempo. QutnW te<O' ),oje em dia n6,s terno., ao manipular a .. 01t('gonao; tetSrkas, () vc- ~n de identificar o ar("na~ J!!p_dcrqp - que as veleS se I~\~çSfe de çaríiçter~rlc_~_'i na \erdaJe inojlrljlO~a)' - ÇQlTI_uma ea'- ra~IJa- áb;(;l~J-ta de sllpretnacia~te0Jj1.:a, dr e'.celênda c!~?ntífica no COnfr(Hltu (:001 a prOdUçd t ) científica (lU ard,~tlça '1U( ... nos antecedeu 1 odavía.1U1Q...h:\ .gar::tnlia ~I· guma _ ís.~('t nãt? passa de um mero pIe: con~.('íiõ--=~ de que o mOdCL110~,5.UP_O!t~, sempre-com vantagem. cOIlfronto com 0-. passadQ. A doutrina ProL CcI<o Antônio, eu tenhu sinceros rCCCl(1S ,Ie que nada que foi rrodulido e pensado (ou sequer pemado, melhor di· t(): escrito) ~()bre a isonomia, moderna· mente, n\,istiri~ a um teste de confron- taçào (om dolltrina jurídica antec("Jente. Vo<:ê'i já .'\c deram ao trabalho (maIs que trabJlho. 80 dc.;peniídt) de Ct,f(lf\'O intelectuaI m~1 dired(lnado) de ler cert(lS hvro~ mod('~no'tLljvros que sairan~ Jogo após" \ igêncio.da {,'onsdruiç-io fcctfUlj- J~&.) 28~, rr(ltkamcnre (,'OtnO se dirja ~ com a 1!~cnç3 da metáfora - na prjmcí~ rã fOrnHd<1: Lh:~s s~ caractcrínlTI p()r UI'!la c_o~gçnit3 SUrerflcia1idad~ expo'ilti\f~; jll('ra: rcpctlp".j{~ do pré-cstabdeCldo;-glo: :13 inh'rcrl.lar de textos con'itltucionais. st"m a menor prt"octlpação de dignidade expositiva. É claro que há ex\.':cçõcs, há o trahoIlw do ProL Sacha Calmon; há o trabalho do ProL Roque Carral.z~, eu nfio VOll fa7cr injúria. a rl).)cs cstudio\os; ma<i.á H'gra e c<;t.?l, e e~<;es trabalhos ex~ cepcl0nili.;; con<.,tilucm 3quilo __ Qyç Carne: rlltti Jj/i~i numa bc1i~<;lina metáfora: li-in ~mil.ãgrc; e () n11i;:Jgrt.'" eXi\lc.Tlào PãI:ª-nJ;~ gar - " ainda de CarncluttLa LC5sal'3 __ a [('tua, nlflt, para confirmar a nccc& sidade <,Ja CXCC!;~10. VOU expor aquí um ponto de vista rcfcrenlí.:' à doutdna antiga. Muiro bem, o qlle I: que nós pode· 1110< falCf dJ<lntc"dJ' tfxt(k.dO .,Illli'..J,I11) pe~r;~qor altl.êntico pensQu} É 2~~~l!I.(!r cx~rajr dcJe todas[\'j ~Has \~trtlJaHdaçIç§_ç_ fa/cr e;qltainen!t~_ aquilo_qut;_QJs.?io pre- conizava, com rclaçilo a Kc1scn, ü: . .a1tm dcJc .'em sair _dele. Sem nenJllJm intuitO encorniásfÍl'o eu diria que o tÍtllLO avan~'v efetivo ntl~ estudo< sobre (1l'rín~lp!O constl(uc'Íon;<! da ison()mltJ modcrnaIncnte felí dadL) P('- lo ProL Celso Antúruo Bandeira de :-1cl .. 10 na sua J1'I0I10r-Talla 50bre "() conteú- do jurídico do ]111ncipio da igualdade". Mas <c descon;lderarfl1os, ",na tins me- ramente metodológico'), o trab(']lho Jo Acalo na minha vida de estudioso me deparei com o trabalho de franc:j).çQ_ Carnpo~ soore a i.~on()mia cõns-ÜtucioJ]~: Francisco Campo< é uma figura muito co~trovert,Ja (foi mínimo da justiça 10_ Governo Var?a~). mas (1 t',~~a controvér- SIa efll úlrno das cin:un.,télncia5 pes·-:oais da .lua existência corresponde_ uma una· nimidade no rçconhecímenlo de quéeTe foi eJ~tJ.:(lmcn_t~.~l~lJ§r(lndc Jt}rJ'úa~~;~ A ISONOMIA TRrRliTÁRIA NA CONSlIrClç,\O FEDLRcI.,.l DE 1988 11 tÍ ti ("j grand~ Ç91l'H~(ucionaüsta_- e está aqui o Pro{ AlalIba para reforçar (l nosso en- [usiasmo~ o derperlar para o tema Muir.o bem, qual f9i o texto de frandsco Campos.- é~cfTto' ainda- son-ã vigência da- Constituição de 1946, que instigou at; minhas reflext)c:-;? O seguin- te: ~Ui0t10mJa.ç9[ll)l li llcionaJ n~o _~l]t lJQ1~ pri[lcír~º_ con,tjêC!O~1a,l qu;.i.lqucr, POlé,~_ O~_ill~l~nçntc ~h)s princípios cílllStjlll-_ donais. Por ma15 eminentes que sejdnl õ7iâ6eas corpus e o mandado de segu- rança, por exemplo~ que CMavam con- templados na Comtilui,'ão de 1946, sem isonomja dc~ não teriam efetividade. A partir daí verifiquei que e.te era um texto fundamental, cta o princípl0~ d05~princípios, o mais originário de to- dos, não na ordem cronfllógica, mas na ordem valorativa e epistemológica, a condicionar os nossos estudos e a apli~ I cação CODRt iWéÍonaJ. ~.J!:&.!)Q..Q1j~~_ ~-:: \ Co~lStituiçã()_ fede,J'"1._.9._l2rQt9J)rincip-."Q - o InaÍs originário na ordem do conhe-dmenlo. O outro t1Qtlle dA.b0riçq. Uma Justiça imanente - não transcendente portanto -- ao ordenamento constituclO- nal positivo. Direito Constitucional e Justiça Con<titucional, o mesmo. Por- tanto, esta reverência ao passado é um ato - se nós queremos ser autcntkatnen~ te modernos - de fidelidade intelectual ao que nào devemos absnlutamente des· prezar. Impõe-se repen<ar o que pensou Frandsco Campos e até o que pensaram antes dele. Voltar ao pensador, ao que ele peno sou, uma regra que diria epistemológica - com essa licença do pensar moderno - é sempre um pensamento fiel, um ato de fidelidade. Por isso é que já se disse admiravelmente: pensar nadª.maiàJ_QQ que recordar, e glais atnda,l PS]lSar é co- me'710ra(o_que f-ºLdit.Q, . .Yl.:~j&t.l;-~-á'n"t-;:~ .p~ns<ld.Q;.!QdQ __ a!Q __ de __ r,-~~ª~n.!5Ln.@ pa<isa de uma comt'!norgção Il.p!Sanlf? a] Sem (. re<onhccimento desse Icgadó'cu!. " tural do pa~sado, nós regredir íamos à \.J barbárie e à idade da pedra lascada; se. (] quer seria pO'i.:,ívcl a contmuidade da dência, a conlinuiJude do mundo dacul~ fj (ura. E mai!-J,-se .~~9~ p.:cnsarrnoss_om ~c ríedade () que fOl antes de nó? peJlsad.()~ o...:orrcrá, que> num ato d.e S.9Qltíç~o in- tr:lectual, tert'mo~ de reconhe~cr quere- cchcrnos e~'1e prt~do~() legadu -çlifiufãT sem merito nenhum nos~~.; no~ o rece- bemos graciosam~nte. ele está à nossa dhpo,ljjção, pelo simp\\!s fato de que constill1l um legado comuIll à humam- dade, um bem ~omum da humanidade; algo que não e.stá alojado na vaidade subjctivist~\ e d~plorávd de pensadores supcrficiab. Hierarquias de princ.ípios Pensar, ponamo, ét ao fundo. agra- (Jec:er por aquilo que nÓs recebcmo5 dos 1\0\505 antecessore~. A partir dai, da afirmação de que todos são princípios contitucionai~ con- t1apo~tos às meras norma~ constitucio- nais, e a partir do que ensinou Francís~ co Campos, I:. possivcl avançarmos, ir além do pensador, sem trair o seu pen- samento, É possível pensarmos a sexta tese: l)i.,ulR3_bierarquí:LaçàCLn<w,,<!iii.o n.9r_fl13ji."!l--,-__ c.em'" .-4LLeJlQ.Jll1mJlLJiQ5. pr6r_~L~s~LL~i9~1l~~ Será que esta i: uma construção ce· rebrina, partida da incontinência verbal do ProL Souto Borges, ou ela, como qualquer opinião doutrinária, sequer po- de constituír uma base de a\alia,ão, uma base de experimentação daquilo que as nossa pobres teorias, como redes, lançam sobre a realidade, sem saber a priorí o resultado Que dela vamos obler, se uma boa pescaria ou uma fru5traçlo do pró- prio pensamento. A Constituição Federal consagra claramente urna hierarquia: essa hkrar· R:E\ i$T~ DF DiREI ft) TRlEl'TARlü,t4 q\.HJ. nJt.,."\ e a,ren.'ls ~~mánti~a, ,-'lu s'''J<.\. do,) seu $t~mfi.:.lJ\ .. '1 lh,'1rmiHl\.'-', JJ ~UJ. ~i)n~ s:5iênt.:l.1 de .,ign.f(,~d~.li,.). da sua i!'\pan- ~àl..) de l))tZnl!f,~dJ" em ~0r11'-' ",10 [('\tO ('\.\ns.titu,:'I:"lnaL mas e tiimbçom um" hll!- rar-.{UlJ. sim~W":3. _H3_r!j!\L~pil~~ na C~~n~ ümi".-Jü Fej('rll \tVt.. f't!b. ~4:l_~\.rfl:~f!},,,! t'oünênda. nl,) pú":Cln .ser .t4H'Ig(,jO~ ?e- quer pvr um..i refv.f.ffi.1 ,,:-vns.tiw~ionáI n~l(\ poJendo sequér ser objeto de deU- berJ..;ão. mço,:hJas l.")Cndc'n[t;!s a abolir eS- se:!) prmópio::. runJam~m.us, tal como rrt's.~re .. eO§.r:t. 69_, § .t~ da Constituição Fc..J<ral Ó< 19S5. Principj()s A CQnstÍtuiçiio rem princípios fun- daml'ntais e normas, mas rem meros principies. por exemplo os princípios ge- rais ligados à ordem econômica (art. 170 do texto con, .. aitucional). Porém, numa Constituição revestida do grau de porme- nowação da Consrituição Federal em ví~ gúr. r@.Q..i...à-toa.ql~cla."enunci.a. c~ prínEIR'.9LLogQ_~afiç"'-=tU1ll.'primfl. @J..Hg~rJ]Q..l~\Lt~~~9; &ão os princípios çta .Eç_d.erac.ãoLcLaJ~WJÍllJj.Q._que e~t~ .Q.QY,!:L.J.'?-, é o prindpio da !IiPartiçj,Q., > ª".llilsl.tG_Ç{.u~_çJi.[á..ruuu:LP; é o princí-: pio da Q~mocr~cía. ~ê está ~o ~!~_4~i , e são os -d~iierto~ e farantJã;.Jundameil~ \ tais _,tu.. :Uc_Z-do t~tO-'é;;-;'stil1:,c-iôiia.C Enquanto, com relação aos princí- pios ligados à ordem econômica, a Cons- rituição Federal faz referência apena, a que eles são princíp'()S gerais. Com rcla- ção a esses princípIOS, que agora acabo de enunciar, a Consrituição Federal os nomeia como sendo/undamemais. O Tí- tulo f da Constítl!ição trata precisamen- te do, Prlncipios Fundamentais -- que, enquanto tais, não são meros principios. Os direitos e gararmas individuais são efenvameote direitos e garantias, mas co- mo elas se projetam pelo texlO constitu- cional todo, na aplicação constitucional, que condicionam no seu todo, esses dl- reitus e garantias a~dbam por se corpo~ rifio.:_ar também ('umo principa.is. Setima tese: a oJ,.l,$.adia teorica, se re'lpofl'5J:"eL é uma -\ lnude n;-l!loJU\ÓgJ..- ca, naJa t~m a \er com \aidad~ de çsqJ· dioso; nada tem a ver com incomin~n da verbal; faha de contenção em t"~tri tos termos de prodw;ão científica, Cie.n- tifk'ameote, nós só podemo~ a-\rançar se ti\'ermos a coragem JI;! ousar. E eu vou ousar conjecturar que, mesmo esta djs~ tiru;ão entre prindpio~ constitucionais fundamentais e meros princípios acaba por convocar o nosso pensar para um avanço ainda maior ~tI1 termos doutriná~ rios e para uma concepção ainda mais originaria, no sentido de que é RO&sível es[abelecer no texto conslitudõnal urna .j,ieraE9ul~ã~-~e,it~pfóprí(» prin~i~ k.Qostitucíonai.s. E aí nós atingImos o nú- cleo, o cerue, o pomo central da nos~a exposição. Superioridade do princípio Afirma Francisco Campos: a isoliQ.- .!!lEi )lão é .ll."! pr~nçiRÍQ Çpmm.lldonal CQ.: Il]Q.O~t~~º-q~gl1qYSI~ª-fQWjiciúI.~-ª-.tll:. dcla à apli.<:~ção ct~~~ii9:§§ prjn~L9.E __ ~2!2~ti'-.Qçiº..r.E!~ E afirmo eu: a isonomia não está restrita apenas ao enunciado do art. 5?capur e item I da Constituição. Se não manipularmos ir- responsavelmente as palavras, vcremOS que nào é por acaso que a Con,títuiçào Federal, dos 77 item em que se desdo- bram os direitos e garantias fundamen- tais do art. 5?, faz menção à isonomia no ca12!I(~dõ -dispositivo: 10405 J<l-ºjg\lals perante a lei; ou como ,liriaKeJsen~iso, nomíajqf.m2Lé ali garantida. Mas ela institui logo em seguida, Jl(LQ[jm<;ÍI:.~ itefllJ a isoPi!.'!lia n,o$ntíç!\.l_-w.Q,'M:zdaL a isonomia male/:ia/:_homens e mulh'1;ü são Lguais..J~!Jl.direi.t_o-" obrigações, nos termos desta Conscituiçãõ.7i: 19uãldade é ai a matéria da Constituição. A ISO:-':O).f!., TRmCTARI" "A CO. . . . , "iSTill..!l<;AO I'FDFiL\l Dl t9illS In~i.,tQ; pensar ê semprf! um esfor- ';0 de ret~r~ar ao pa'i'i!ado, O pcn'\aJor manHal d!Zlii lambem: tudo rende á uni- dade, ~ vanedade h::nde <;empre a unida- de, a .dwenidade, à '!.impliclljade da uni- fOlnllla\';lo: tudo é um (Heráclito). Oítava te<;e: a Con5tiJlÜ<;ão grayita. toda ela, el'l torno de um núdeo . .cOilltL_ t~!~1~_~~a~1~~m~lt~ .pd9~ }~euin~5~~ prm- C1Ph)~_Ç9!l)tJtuclQlmis; a l,;on9mia-Üut, _~'?~EPttf_~_ir:~:l I); a l~g~I_19_~i~~J~L.~(), lt~'!l.! t)); a ,lJn!~_~[,--alj\!.Ld" gJl Í\iris.dJ,ih, _ (arl. 5°, item '\~XV: I. A lei não exdui- rá da apreciação do Podt:r Judiciário le~ são ou ameaça a Direno" - é o que diL O texto); O QE~!lCi1ܺ"-º<l. COJltgdiLÓlÍQ.. art....~~jt.e.m li: HAos htigantes, em processo judlclal ou adrniI1l\aaHvo, e aos acusados em geral são a5>eguradm o contraditório e ampla Jefe'\u, ~Om O~ meios e n:cursO~ a ela ineremes". Ne!":'se núcleo princípal, num míni- mo formal de saturai),:ão .- que e o In3- ximo de saturaçàn <:,ubtt(dnctal do~ prin- cipios - nós cht"gamo ... ao (:ern~ dos di~ Jei{o.~ e.gaqn~iª,-;; üúlZti)l1erltaís (i~e ~s~ tào nu texto da Constituição F~deral de 1988. M3:LfI(\O n",ll:mai= aiuda; tu· do nào é um I tudo não se reôuz.i unida- de? T do'). os dir~ito5 e garanuas indivI- ~ tOd0~ I)'; )llnl.-ll1lü:-,- ()li0- l~~la-~- 10 I 'e\l~) \:í..Hl')tHU..::io!l~tl. a unh'er~ali(,Ll.dl.' (~-, ! junsdiçao, a lega\idade, <..) contraditório, .; são servientes. e~tãt) a serviço da bon~)J \ Jll.ia.. e Sem eles~gurarn~nte não st: t:!x~ \ ' plícam com a nece.,~ána den~idade de ex- posição te6rica . .tlào .j\p_Q~Si y,;;Lahs.lIalr. a bop_Q.ntl?_.I1ª-"a[l<:~U5..~ .. d_e _Ql1al9uer_ P.ÚIJ: ~~2....fQ!lslIt~IjOlta.~ -" _.- Não diz a Constitui,ão Federal que nós somos iguais perante regulamentos, portanas, ordens de ~erVlçl.,}s) instruções, resoluções do llanco Cemral, pareceres- normativos. A ConstituiÇão Federal diz: Todos 550 iguais perante a)çi" .l\ lev,,-~a morJ!!l".. <la W1!1QJ[jMj' ~ línguagéiiHk'-{)bjctõ;à lcgalitla"e e a JSO- nomia estão enunciadas em dois lOcisos lJ Abrangência E a l' (l)ver;atídade da jll[i;.dição.? Sem isúnom\a el~ :)trn.a ~~"H.l..punçWIQnm~ uma enunciação balota, umflalU.s \JOCIS. E º----:O}tlr_~.l;1I\óriú? _çOmº--ª,\~çg~Lmr---ª- P9-: )~n_I1S~1 'LqJSS~1IS~O? ArJwiQJjf:iLtio m.n: trs!JiJlJJ/JQJlQ PljJçessnjwlu:wp O entre- choque da~ opiniões, sob impt:rio de re- gr3S proce'isua:rs noneadas, todas das di- recionadas, para um 11m que o proc/;!;:,so atInge. induslvé o processo tributário. que M~rá fis~:~li.z.a~o todo S!.!~mlN"~ D.9.---tQ.- .. cante à Ilt!rtlné!/~~ia d~ dl~CU~~2.pe~<lQª[ t~impªfci~1 qUç ~.!;til,!i;~. _Ç~HI:lO i~;,0 se- na ro~sivd $t'I11 bonomía? E;lõ'u~iaiãn do da· Co'mtituiç5:o del988 ... A~a está tqmbém no preâm- ~ da Comtitui.,ão FederaL Antes-de qualquer oulra COIsa, antes de come,ar a dl>dplinar qualquer marcna, íill.<;.>;I.a; Ia. o h:lo!Í)lador comtJtmnle oI) nrdml1u- lO, ú flIn ddS nOIl11;.tS qUI: mstltui: prc- ~elYar a iglkdlbJc .. A l"wl'fõjlTIffita aln~ da 110 ~l..!.!~.it~m y, nas rela\~Ôç'i_ ínle- restaduab D:lS reLlç~)ç., (!U~ tI nr~Ftl m".intem (om 05 l~.,t~j j!)\3ili~iiii:;S" Regem-sI.!. toda~ da~, pdo pnlll2JpiO da igualdade. Ponanto, antes de qualquer disciplinnç'ào ou côtruturdç:ão imerna do ()rdenamento juridk,) ';J)nslitu.;iúnaJ bra- sileiro, e::,lit a Ü,OnOlnla, rXfsistt!nte, a go· vernar t0das as rdações íuridicas de Of- dem Internacional que" Brasil entretem. I' RH1STA DE lllRFITQTRIBI,'T \l'.",",,4 AtionuH fktkcrn.1 j.i dir1a, e vamo, res:rcuar l..) pen-.amcnto .Jdc, n:\'cr','nt.:ian- do aqm\o qu~ de" Jls>;e; l:S prinôp~o" tm.- fJh~th.'IS no tt.~"tú c\'n:-:;ll\u..:h'l1al têm a rnt·~mí""'nia 'p,--hldvid,de e ~\cntua!ml~n. tr.!'_J. me"l'n.\ rfl(í\.:la dos. principiOs 'coos.: t1.\.\h::i ... 'nu\' .. e\pre:,s(,'§_' Porté\nto, eu po<;j- $1,) e\trair na metalinguaj!cnt dOUlrlllthia a regra de que em \'crdad~ exi'\!e t3.mh~m uma i'ld1ll.'IlDla no re!lçiQPême..!.'~\.Q_ cnl-t~ ;;\=> pl."~t''il~n'jt'tuÇjQn'!J5 Untflo. E",ta- dos :\kInb:0s e ~lunklplOS. Não signifíc-a, essa it;onomia da;; pc,>soas constltu~ionals. tenham ela" ao;; mesmas atribuições kgl~latívas e admi- nistrativas. Signifi.(;a~ ISto sim, que .~la<.; recebem a~ sua,; c()mpctêrcia~ ctírt:L-tInen te do texto constit.udqnal, 'Scm intenne-- diação de c"'pcdc alguma.- E o Mlln!ci- pio - essa diversidade na unidade que possibilita e viabíhz.a a unidade n<1c1on;:tl num pais de dlmen~õe~ ('ontin<'"lltiUí co- mo O Bral)l1? O ;\1unicípin é lima criatu- ra da Constituição; o art. 1 ~ ao estrutu- rar a federação brasHcira, refere-se ao ~1unicipio; (1 art. ] 8 diz que o .Munic!- pio c autônomo. O !\1unicípio portanto nâo recebe a sua competência 1egic;laüva e administrativa ~enâo dI) próprio texto constitucional. Equiv0C::tdo seria <;UpOl fora po~síveJ colocar C~5e prohiema a uí- vel infraconslitudonal. Perfcirams::nte ca- ractelllada rortanto ti. isonomia da':> pcs- soa0; cono;;tHU(10naIS. J",nomía e legalidade E finalmcnte fi isonomia do "rr. 5°, enundada na hngua,gem constitucional como um principIo distinto da legalida- de. ~!a" na metalillf,uagem doutrinána, nãO é preci'>f\ u~ar ;1 nle:mHl. tcrminoJ(1~ g13 da lingtlagem do objeto, e eu pn':,<;0 muito mais adt'quadamcnte dizer: lega- lidade isônoma, um só príndpio. E seja-me permitida, em dfOCO!Trn- da dc<;",as (lJvagaçõcs, .1u:rw, olltraJs"ç __ 2_ {11)113 ~_ ~ rnais impottant.c, talvez (ou mnito m~h) um devnn('\() da imaginação gener!ISO, rrn turno dü ((''{to constitudo- naL .E qlJ~ a isonomia mio está no texto' c,-!nstUticwnal arcn<lS; a i"OTH1mia", em' {,;erto I;e-mjdo 1 e (l CMmi~ed(-;r"a{ rjf 1988, Tildo é UnI,' i,O(,h)",l~S ri t.tt,I. l PiUS r e no! ma" se recúndu/em <'\0 principio mah origmurjo~ ú que e~tá nQ fundQ_lh.>s fundam~nt0'i da CQl\<;lltuiçàQ... P quondn se trata da isonomia em matéria tributária (art. 150, item II), nu- ma Constituição pormenorizada como a bra8il ... ~im, a tendênda da analítica super- ficial ê afirmar logo: e<;<sa ~e}teração da isonomia, no ~etor trjbtltário~'~-uma-re:- dundJllria, mna suilerfhi(d~idç, uma crU-' pllca';,ltl ~núttl do tt"\to constitucional que <Jante.:; enuncia, em caráter gen~rico, a legaJiJaclc geral (art. 5':, ('apuI e item I). f_-Ic~.te e_~l ~1i1oJ'e!}s9_~~"im; con~lde rando a importância que o problema tri- butário tcm pqra o Eqado Brasileiro, o dramático dcs~fío para a arquitetõnica conslil m~ionaI, de di<:t ribuir poder de tri- butar entre {rto, rsferali au1ônoma~ de go- verno -- Unii1o, E~!ildos e Municípios --', prOV (1COll a necessidade de que hOll- ves<;c llma dit.clplína autônoma quer da legalidade tnbutária, quer da isonomia rributanu. Veda, o art. 150, di<;crirnína- çõe.;; entre' cOlllrjb\linte~, Esta reiteração se dá sob llma rcr~pcciiva completamen- te diótinta ua legalidade e isonomia ge- rais no texto constitucionaL QII~l é e>;~a perspediva? Já ai, a le- galidade e isonomia sào encaradas, por assim din'r , nn texto constitucional, ço- mo limilações conslilllcFonoís do poder de Iri'mlllr. f" 'upremalímitaç.<lo do Ilo- er de tl'íhut:1l' c a)~I)nnJ '- Portanto, ncn 1Ulna lei tnbutána marcrial sem i~o r0mia, nunhul11 tributo sem legalidade. Nó, vollamos às vetustas origcrL5..do. J)i, rcite) fributário: nu/lum.tribulum .. sine-/e..., sr. No funoo, tudo monocordkamcnte reitera o dl7cr do pas\ado, É uma earactc(ísti.c.agQ IllJ~ito mo: deme, a innação Í,g.i?JaÜva,_'HuliO:::nei- oi A ISONO\llA TRIBUTÁRIA N,\ ('ONSTITl'JÇÃO FEDLRAL DE '"8! ~ 15 se sentido dcscomedido e dest('~pe~ado __ nãv dd lei em si, mas da produÇ~OJCgIS= lativa incontida. A lei se permite tudo, contanto ql1C nâ prática da mIo regTlle nada: normas \lesprovíóªtil«-,(etmda:: g~,'.. A lei, por conter normas Jc caráter geral. é privileginda nas preocupaçõcs com os cstudo~, inclusive de Díreito Tri- butário. e aS-;lm deve ~cr, mas..lli'lo, §~ peI- deudo a vi.ão da floresta pela con~erJ) plação da árvore. Na legalidade não es- tá-o Direito-i'odo; a legalidade tem que ser con'í-orciada. para a sua eficácia com o ato adminÍstrativo c judicial; QU .,eja. as sentenças administrativas, os acórdãos administrativos e os atos judiciais (cole~ giais ou singulares). Muito bem: que acuso de ser des- temperado? Rogo ninguém atribua à mi- nha exposição o sentido de que estOu pre- conizando o desrespeito à lei. De maneira nenhuma. O que eu quero dizer é o se- guinte: em ciência do Direito, e portan- to em ciência do Direito tributário, a magna indagação que retoma o remro todo nas nossas meditações é o respeito dos lím ites do nosso pensar, em respeito aos limites do nosso objeto. ~ei Jamais foi feita para regular todos os rleiYhüjIT~-exceluado - que COUI..'Tctamen- te ocorrem na convivência social. Pelo contrário. as lei\) são feita§. para aguilo .,qt!C nQ~,m.illmemç aC\,"lnlfce .. E uma velha par(!rnia, só na aparêncIa, pareccnuo ser firmada pela consideraçào de que, ao la- do das normas tributádas de caráter gc· rall exi~tcm as normas tributárias de ca- ráter excepcional. Alcance do principio Todavia, o conceito de geral e o de excepcional nas suas imerrelações são, um como outro, conceitos relativos. A ~<?rm~ __ €!x.s.~'p,ÇJ9!laJ é, também ela, uma norma de caráter geral, ;6 que ª_.~_otmª geral c2'&epci()!LaU:;ç3ssim. me POS$,<i:~~ pressart s,,_ dirige, a \lma gen_eIi'\ida!;t~ "I mui, r~"lri~~ d,e pe'w?~o;;~J~QI.J~o~emplQ" ~ unla n~)rma de l~ellÇão> ~ã.o..P2~os~~.:.. <1!"1 tah;Je\;~r enllc.:<to de let.umai~çn!;à(um 'fj sar~_t~I Jn(tlvIO_~, p~)r.que iSSQ sena aten~ t{j tatoflo a daIS pnnclplos conMitudonaís que venho pr~con17..ando COmo supremos no texto: !~r.~êLa.tent.a.tóriQ~já911Q!!lia ~ ~ .. cQnlt,e.u~l]çla _consl1luçl.Qnaldo--I:.Qder E~Ç.~l~YQ_. O_C'QU'1rC"iSO não pode voW 11m3 Jcl de ca)1!~n.d.i:...i.~. isso nào é novidade, mas é por isso que eu retorno 5emrr~ ao ~~nsamemo amigo. Fer.ra@, em 19 .. l, diZia na ltáI1?: JIJna../ci .d~_Cíl:: ráte'( individual nada ma].;;_ ~!$.~i[ic§._EO que uD1: ato administrativQ r~ve.5lldo dã -r-Qupag~m à~('nas fQrmal-d~üe;.-é-m-atõ inc.onstlt11cion-ãl pôr- in.ya~Q_de_&'mp.s:: tênCla, diz-~e hoje. Entào a generalidade da lei deflul, não como dado a priori do conhedmen- to humano, rna~ ?~.~i~~unstâncif!.~c,q~_e temos, no tc", to constitucional, o priuçi: piO da tri.p"ni,-ã~ de p-o_dg. Consequên- cia deste: O Poder Legl,\latjYºJlâº-!llld~ invadir a esfera do Pode(,E~eç,~tlY.Q e a do Poder Judiciário. l\le; terLqu-,,2.~ sC~Q!e;.g~I.aJ.! E &~!-ª--a_1N~l.Di1gi!L~<1 sua grandeza, porque ela não pode c.go- lãr -a 'reguiãção da vida social toda. E aí se coloca o problema, não das antino- mias entre lei e ,entença - como se a lei dissesse: é proibIda tal conduta, e uma sentença de aplicação dela dissesse: é au- toriz.ada tal conduta. ~ão é isso que se questiona. O problema é bem diverso: como a lei ~ão.podc - não -cabe no rol da::. coisa$ humans-, da imaginação cria- dora e da inteligência do homem ~ Jll~ vcr tudo aquilo que vai acontet~n na vi- ~fl30-nçLcta:la V1d-álrnUItomats-'ncado que a no~sa pobre capacidade de imagi nação), há ,emr,,, calQs_(,ue e"al'am à normativa da regra gc,al.e géijQl1L.P.el<l ap\icaçU'o de-regr~ dí\t:r~a daquda diS- ciplina adotada eventualmente en\ seu texto. /\. gt!nt'!'dlid3d~ da~ ei ~ )(~"'I_hr~ c\'cn· tualml;'me a ~UJ m\.,~na. Ali.. 00 e 1011, uma g~o~rdhJ~lJe de expansão da ld _________________________ ""'._',~M_~' ..... _~' _______ _ 16 RFvrSTA DE DIREITO TRIBUTARIOM uma generaHd:lde ínex...:ctuada. i.é, sem exú!'ç.âo no te .. (\) legal, há 5~l11pre um sa- criú~;o da J USH\a, Di'lendo es~a$ (:oísas assím e mUlto abstraramente formulado, o enunciado não perde a sua valid.!de. mas perd,;- ,um pou~o da ~omrH:~nsão e da [f,,~I~~U~\lca çãü. Mas. se eu disser que U ml$t:n~a_~.Q. Imposto Provisório sobre moviment3- çôe-; Finan~eiras - rp~fF.~_p[~ç~s_f!mSPte ~ a sua Qt.'oera1id<lde~ porque! ~m.de(.'or!ê.~ da dt'13 1 é incompativel e~se in1llOM.p_ Ç9ffi. a capnddade ~0nJr}J~~Jh;L a çqmp~ee_z:t: são tka enormement~ [acJlitaga. É a fOI-o ça_ ~!~u.mi.T!ad9I<!.-º9 _ t;.'<.~mºlº. Consliwiçiio e lei Omra suposição minha, infelizmen- te desconsiderada: não 'Je deve CpnfllQ- àlr. uma lei inconsu[Ucjonul c.ú[[La aolh. carão in(·üp.<lrituClOn'i! essa ~Hn de um~ norma 1nfraconstl1 IH'JOoOI rgm9~{l$ J~' são l<eitas para qquJIQ que normq/meqre qqtnlece num CíUº cODcrt:to 5~~CCpClO ll.ill (o que se não càl1funde com a "xcep- ciollalidadc das normas legais) l2ilik owrre" q}t(' ª aplicacãQ da norma tr~ ~id venha a redu.ndar numa tlªOTSmr.e injus!jça, ou que, álO negar-se a aplIca- ,a,) Jc lima nOrma tributária geral ou de urna norma tributária qualquer instituí- da em lei, injustiça também venha a "do- dir na vida social'.!?!!l'()l1j1its_~.l2Qr. ex,,'D: pl0, que, numa _dcterrnÜ]a~iª..l.egi~º---çiQ. 'pais~ haja uma circ.un;lância Jll.ttuita. uma calamidade pública num determina- do Municípío;-por' ex·e-inplo, como ocor- reu na minha terra há muitos anos: um bairro pode estar afetado por um incên- dio ou por uma enchente e esse in0.r:~~: nio afeta a capacigad_c_J:Olurib.uUy.aJ.ll: dividu".! por um períOdo limitado de tem- po, mas seguramente afeta. O que ocor- re então? O legislador concede_y!l]a.i~ ção restríta"ãõSliã5Tiiúúes dó bai,uQJA), Meses '(jepQi~ osorr~ que, por um inf9I.- t~~E_IE_al<!.L~j_~~~.!.~s~e }nfOl~(únio se e~- (.:!nue e recai sobre outro.ba]rroJB). Ma: n,\o hál.i prevendo !~l sifU~Ç~Q. A lei 50 foi feita para resolver a sltuaçao do bair- rO (A), mas tudo indica que se os habI- tantes do bairro (Bl, dantes não afeta- dos, vierem a st!r atíngídos por esse in- fortúnio, o legi,,\ador daria exata':lente a mt!~ma solução. É eMO (\Pls.Q.delnte'f: .pretação eXI~,!,~í~a. E se o kgí.sl:do~ ~ão previu a hipótcJe} como as lei sao teitas para o que normalmente acontece~ ª ~ sa situação a~?ºhjl<.}_m~n~~ e~ç~PSJ9J~.a1 <) próprio ';rdel'.amef\1QiyríglÇo dá Q.Il!: médio~-Ú.ill !J.Q". iI)SJrUillçuto.s..P~. í~eirª~~o_ ~,~ª-.~QllQ~~Ii(1~ Não está dito na COIlSrttuição [~º-"= ral de'1988 que oi direitos e gar:mdaHlw.:. e!a.estabele<;eJ . .D.o.art, S~, independem..d~ regula(l1entação'i Por que então,JU.U;:.e.>::_ pecit" de pudor ~Y_ª,_9 jI}~l2.!:5~ - o que é m.uilo m'ais acomoda.;Ml..M:t:'ol...il-<\l1!i: cã;;ãO 0!'ps!_ü9~~-ã dts.aplicar.o te"-to consiiiueion~l tl1l!ªis hipóXes~? Não é preciso decretar a inconstitucionalidade de lei "omissiva" . Agora, se se aplica a uma situação norma que foi feita para regular casos ge· raís, realmente a aplicação ai é a aplica- ção inconstitucional de norma constitu- cionaL Eu também continuo não falando novidade, estou '?pe~as' te-,j,ii!1_g9aT!~ coj~a.'LyeLQas 50h_neJ..spectjvas-r:l0~, ou, êómo diria o Ministro Baleelro.transpor.- tanto vinho velho em pipa ·J10Y? Rubens, Gomes de Sousa disse issocom toda da· reza nos seus pareceres luminosos. Um exemplo: o lmpo,to Predial e Territorial Urbano. A Constituição federal o tem- po todo, quando fala da propriedade, O faz em reiteração que nos chama a aten- ção, atrela o seu exercícIO à sua função social. E diz claramente, ao atribuir a competência ao Munioipio, que o impos- to Predial e Teritorial Urbano poderá ser progressivo, de modo a assegurar a fun- ção social da proprbJade (art, 156, § 1 ~), Institui-se o Imposto Predial e Territo- nal Urbano, por hipótese, progressivo no A ISONOMlA TRlBUTA1UA NA CONscrITUIÇA.o FEDfRAL Dl 19B8 temP9· em função do valor .... enal do imó· tar a incomtHU(;ionaEdade de leí em cir- veL E claro que qUc;lTI ó\:[em grandes ç!,1t1~tâncias como c:-.~a_ Ndda mais imóveis, imóveis supervalOI izados. imó- de$arr~z\Jado. yeis que constamem~nte pft!"${um reve- Concluo e~ta exposição, à mingua rência - como um bezerro de ouro - d(; tem pu, que mUllO já me foi corlcedi~ à especulação imObiliária; imó\lels que do pela generosidade da att.;n.;;ào. não estâo exerçendQ a sua função sodal; lmóveís que) simpksmcnlt: oc\o':!os, for- mando e~toques para a cumulação di.:' ri- quezas) é claru que eles própriLlS sempre çorrespondern a uma manltestação os- tensiva de .;apaddade .;onrributiva indi- vidual. E a lei foi feita para alc<\nçâ-los e não a t.1utros; a lei foi f~ita. repito) pa- ra aquilo que normalmente acontece (quud plerumque fi/). Mas, argumenta- se ad terrorem, contra a con!-'titudúnali- dade dessa implt'lição. com a circunstân- cia que l;h~ga a ser ridícula: a alegação de que eventl1almente o impotlto pode cair sobre uma viuvinha desamparada, pensionista da Previdên.cia Soclal que herdou imóvel superlativamente valorl- lado na Av. Paulista, U1US não tem co- mo pagar o tributo, ou que o II'TU pro- gressivo no ternpú pode até recair sobre um desempregado que tem um grande patrhuônio mas e!)\á sem trabalhar e nào tem como realizar dinh~iro ... Isso seria incompatível com a capacidade contribu- tiva individual. São, todos es>es, casos- hmit~s, a rnaís ex\.:epçjonal das ~XCt'p<:lO nulidades. E por isso imprevistos no Pla\ no legaL E o legi"lador fu obra huma· na e, pois, IIccessariameIlló imperfeita, f:_ste çQJ1gresso foi fdto"exatZ!lllfJ~ para qncbrar t..;bu-:" e prt:c-,9I).g.'l,.tQ2... Não é à 10a que dt! s~ afi"rma corno Q.~a.;,iã_o renoyada '"'Jara .o_rcQt;}jsª,1 çi_c._varLQ~_...te= In!"') (,;on~l)~llÇlQfl~.i~.\., E !:ie nós queremos ~er fi~-js ã e!l~e t.it::f.ojJt!rato, teremos que con~tantçmentt! r_t:l0J!l~~_q-ºjlrul-ej~~fu.L:: ço ~Q peIJ't(!f. S~!l.\_ n quaLnf\o __ el\i':i.kll-<!:: n\~~flt J.urista, nenhum esp~eclali?l~LçUl_ 121DÚt,,-InOlllário ol;-Oulr.:> lan'lo.-t]tJal- quc;.r de ~onhtdll1ento juríq1CO dig139-,1~~ .l!' .. rlQIll<;. Muitú ObrigJdo. (Palmas). PROF' M1SADEL DFRZI- Tivemos a honra de ouvir palavras maravilho~as, ctb~ur~o belí\simo do Prof. SOUtO Maior Borges. Eu acredito que os nossos juris- t~" homenageados Rubens Gomes de Soula, Aliomar Baleeiro, Klebcr Giardi- no e Sampaio Dólia üveram, nas pala~ vras de Souto, a homenagem jusla que se lhes podelÍ3 plcHar. Ora, exigir o imposto em hiPótc3Se~\ que tais, é evidentemente reC<l.ir lIO que eu critiquei, uma a~licação inconstitucio- nal de norma constrtucklIlal. Agora, uma solução evidentemente desdstrada seria coru.iderar-se a lei inconstitUCIonal como um todo, em nome de 11ma incidência ex- cepcional. É só uma questão ,I< se inO- vaI aquela lógica do razoável a .9,U!; 'i.Ul:: portava o Prol. Recas.;n, ·Si~:1o;.s. Mas o dízei-fiéffi hunlOractõ dii-quej","n, S'<:lI~ . ~ a coisa mais bem repartiua. qg.m\lj).>Jn..~ (?ürqü'e todonllrndo adJ;\.JlIALQ.;,e;l.hl!: ' i fiCle-nte-ü,isos). Pretende-se então decre- : Profeslor Medrano, esses jUrIstas a que nos referimos aqui I jurbtas brast\ei- ros qUt! abriram os caminhos do DUêito Tributário, foram homenageados pelo ProL Souto de uma forma ímpar, por~ que nos lembrou que eSludar OU r.estu- dar o pensamento lributário é cornt:mo· rar. Comemorar é ~xatamen{t: O que nós e,tamOs fazendo hoje, .. <estudando o an- tigo, retomando aquilo 'lu,:: de pre:doso temos nc~se antigo, aquilo que o pensa~ dor como um Allomar Baleeiro, um Sampaio Dória, um Cieber G\ardino e lun Rubens GOlnes de SOUL<\, aq\lilo que esse pém,aJor pensou e nos podemos apenas pretel1(,:kr, no máxuTlo - eu am- ua não const:gui, mas \:OIllU O~ Senhores vêem Q ProL SoutO consegue e $empre conseguI.:'. e por isso que e-k ~ fdiz, já I!S- creveu uma obra chamada "Ci~nda te- liz" - ele l'onse-gue sempre coloL'ar uma 18 RF\'I'\TA DE D1RFnO n~mUT,\RJ(),M pedra a m::ti\, um ti,lolo a nH! is 110 edi fí~ CIO da ci~n('ia jurídi('a. AI~.llns tentam, como cu, ardunmentc, emhora niio con- ~igam()s colo,:ar eS~d pedra. Nó'i e',;;titna· mOI, c<limlilamo" c aplalidimos ~eil1pre que alguém O falo El'oluçõo da c;,Jncia Então. rcc'nUd2n(ln ('l tlnflgo e rcto- mand\.1 as bçnc~ dos grande,; mC'i{rl..'~ e sUbmt~Temk) todas eS5RS licóes ao rc'\te ri· gOfOSO da ('Ieul ifidd;:lCle, te..,te ríg("ro~o que m('~mo qmmdo in firma teorí:1'; cirn- tífit:as !l?O Ilefta tJ valor de<;.;;as afinllfl.- çô~"'s, mC':;fl1o qunndo elas t('ndo pre<;ta- do um elev?ldi~,ill1o (' l.Hn rek"'antísi.:.irno serviço à cíênd<l do Dirt.:ito Tributário, mcmh) qu~~ndíl c<:.ta'\ afinnaçÕe., ('!cntÍ~ flo..:a) num certo mOTl1entü deixam de "cr suficlcntCO:; para <l.h;ucar OH para explicnf a LOlahda<ie (tos fen(lm(:l1oc:; da Tcalidf:l- de. rusim como no ca.mpo das ciênoHs c"al<iS (! um KC'ph::r slJf:cdclI um Ncwtf'In, a um N~wton sucedeu 11m Eimtcín, t(lIIl~ bém no Direito. A obra da ciêf.lclll. é 11ma obra t;Orl- tfnua e ti e ... ta VI.ljão h.eH~~ínla o rroL Sou- to, () di ... (ur~o do Prof. Souto, é a con- flfmaçà() ~ernpn." correta. sempre exata dI!" que ele I: UlTl do'} rnai(\rC-~ jUrIsta.;; bra- sileiros de todos (i't r('rnro~. [ ,"uhmçtJ- do a um novo tC-I...tc de vcrincl'ibJlidadr (''i- ta comr:uaçãú .;emI"'re ,e conrl.nna O Prof. SOuto nOr;;: trouxe aqui, exalam>."'n- te. a prün;lzia rio prjndpio di! 19utlldn- de, J pre'aiéncíd d" prinf'Íplo dq iglJal dade, al~;m de retornar o pensamento, mesmo porque pt.?D\ado por C'iS(\'í gran- des fX'nsadore, da I Lt.,Iória do Direito, ele lembrnu a lm:rarq1Jia ('ntn" cs~es l'tin~ cíplOiJ cnn'itituclorJaLs, todo') ('Ie~, para ~a<..ar, ii pa'l'iando por rodos ('Ij:,eç pnn- CJpios a pre\alêncJa ç,iJente do prind- pro da íguald.de. redfralismo o fcderalhmo não se compreende c,em a isonomía c fi. igualuade entfe OI;; en .. tes P()!fl icos fl'derado~; a legalidade não se ';l1mnrccnde ~e não sOllberm0s que n<l.0 fa/~ lei, nà0 se assenta para codeH- berilr c cod~~ciJjr a n.lo ,~er aqueles que c;~ .sitllem C(H'T1'.) igmHs - fundamet11al- mt"ntc como ignais, pvrque O senhor nào di"õcutc COm o I~"í ... tavo. ele ordena. Fntão, fundamentalmente atrás da República - l~$O sempre nos ensinou Gcrald(~ AtaHIJ:'l - eSIà o prindpío da igualdade: República, legalidade, fede- rat;ào, o devido pro<..'c<;sCI legal. por t{J- d(l5 ec::"c<" prin<'ÍJ'j{)<; cfirís"limos da Cuns- tirulçj() pcrpill,a sempre a igualdade. A igualdadr, como diz o noSSO me'itre Sou- to, não est~ na C'ot).)tituição, é a Consti- tuição de 1988. E ao dl7cr jf;"O fez (llgu~ ma coisa maí" dlfh:il de ~e fa7cr ainda: d~mnnqr(H que entre O"i princípio) fun- damcntaí< da Ct1mtltui\'ào, aqueles mais rlJlldaJ1l('ntai,~ ._- e esse o pen'iamento av~nçado, pelo menos como cU o vejo nc~te monl".'ntn. de SOllt,O Maior BC)rg('~ -- drl Con.;;tituíl.;Jo, alguns deles pode ser que "cjam m8is fundãmcntais ~inda do que outr('!~, F<;')c é I) no~so desafio, por- que () ft;'MpO todo mUIt.')'; vezes nâo se trara d~ e'larele\'cr propriamente uma hicl <u qui;!. cr\! rc o", príncípios. mas de pe- sar ou de sopr;;arum frente a01;; outros, onde eltalllos falando de principios fun- uamentaÍ'i. Vej~m os lenhores que Quando en- tre nÓ's foi dl:dar<ida a aholição da cscra- vafllrZl toJos nó .. ,;aht"m()~ que alguns se- nhores e prnpricráric'i levantar;tllJ a ques- tão do diq,jt(l adqnhido e do dIreito de pmpried"de. ~em dúvida alguma teria havido ali, do ponto de vj<;ta dessc$ pro- pnctario" 11m cC1nfi'l(o, porque seja co- mo for e-s"c<; ~cre, humanos escravos ti- nha,rn um "·alor p<ltrirnonial e o seu pa- frÍmônio tinha sítio "ub~lancialmente re· dULiJo. rnt~o. ao lado do não-confisco, do direito de J1Topried<lde e de outros prin- cipio<, 'c8undo n C"n,'iIuição todos eles fundamcn(aí~, \1l11a outra indagação multo importante ~lIrge entre o s(lpesa- menu' c a rcl3ç:'o entre """5 grallde~ "' .. , .,::; A ISONOMIA TRIBIJTÁRIA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 19 li e ij ij c li prinCipias. De plano o Prof. Souto." in- dinou, ao longo do seu discurso, para um peso maior, um assento major na igualdade ou na isonomia dentro do Di- reito, mas avançou tambem algumas so- luç0~s em caso de connito, e que ao lon- go dos anos nos vão ser lembrados, que é a rcfação entre nonnfts excepcional c norma geral e a lógica do ra7oável. Quero portanto sauóar o Pro f. Sou- to Maior Borges, agradecer a ele essas palavras tão marcantes, tão decisivas na abertura deste VlIl Congresso Brasilei- ro de DireítO Tributário, torcendo para que no enfrcntamcnto das que<;tõe-s, nQ dja-a~dia do Díreito TrIbutário, po,sa a doutrina brasileira, possa a jumprudên_ da brasileira coloçada frente a essCIl C('lU~ Oitos, entre grandes prinCipias constitu_ cionais, entre princípios fundamentais adotar as palavras do ProL Souto e <qUi: librar esse) principios cornos pesos dde~ quados, como aqui foram colocados, Portanto, mais uma vez mUlto Qbri~ gada, Professor, ao seu belíssimo discur- so, como já era de se esperar. T('rcmos um breve intervalo. Mui~ to obrigada. (Palmas)
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