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STATUS LIBERTATIS - 2

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STATUS LIBERTATIS
HOMEM – PERSONA/SUJEITO DE DIREITO
- HOMEM/PESSOA
- PERSONA > SUJEITO DE DIREITOS = QUEM PODE ATUAR, DESEMPENHAR UM PAPEL NO CENÁRIO JURÍDICO.
- PESSOA FÍSICA/PESSOA JURÍDICA 
- PERSONALIDADE : INICIO E FIM
Requisitos naturais: nascer com vida; ter forma humana
Requisitos civis:
a) status libertatis (livre-escravo; liberto-ingenuo)
b) status civitatis (cidadão romano - latino - peregrino)
c) status familiae (sui iuris – alieni iuris)
- CAPACIDADE DE DIREITO/CAPACIDADE DE FATO
STATUS LIBERTATIS – Estado de liberdade
Livre/escravo (mancipia – servo)/liberto/ingênuo.
“Liberdade é a faculdade que cada qual tem de fazer o que lhe quer a menos que a força da lei o impeça” (Florentino D. 1.5.4. pr.)
“ A escravidão é uma instituição do direito das gentes que, contra o que a natureza dita, coloca um homem sob o domínio de outro” (I.1.3.2).
I. Modos de cair em escravidão: ius gentium - ius civile
Ius gentium (direito das gentes)
1. Por nascimento
Princípio geral do direito romano: 
Filho de matrimonio legítimo segue a condição jurídica do pai.
Não havendo justas núpcias segue a condição jurídica da mãe.
Caso um dos pais ou ambos sejam escravos não há justas núpcias nem capacidade das partes.
Regras: 
1. Havendo justas núpcias (pais livres) os filhos nascem livres.
2. Sem justas núpcias, mas com pais livres: os filhos nascem livres (ilegítimos, vulgo concepto)
3. União de escravo com mulher livre: o filho nasce livre.
4. União de uma escrava com homem livre: o filho nasce escravo.
5. Se a mãe em algum momento da gestação foi livre e no momento do nascimento é escrava: o filho nasce livre.
* Com base n princípio de que o nasciturus se tem por nascido quando se trata de seu interesse.
6. Se a mãe concebe livre e ao dar a luz é escrava: o filho nasce livre.
2. Cidadão romano cativo de guerra
Ius postliminio.
Lex Cornelia (Lucio Cornelio Sila).
Ius civile (direito civil)
Regras:
1. Homem livre maior de 20 anos que se deixava vender como se fosse escravo para compartilhar com o vendedor o preço cobrado. 
2. Mulher livre que mantinha relação com escravo alheio apesar de ser advertida 3 vezes pelo dono do escravo.
3. Condenados a penas infamantes: pena de morte; trabalho nas minas; entregue as feras.
4. Deserção do exercito.
5. Escravidão por dívidas.
6. Incensus
7. Os que fossem entregues por ofensas cometidas contra o inimigo ou nação estrangeira.
8. O ladrão preso em flagrante.
II. Condição jurídica do escravo: res (objeto de direitos)
1. Não podia ser titular de direitos.
2. Não podia ser paterfamilias
3. Não podia testar.
4. Não podia ser parte em uma ação
5. Não podia contrair justas núpcias – somente contubérnio (não produzia efeitos jurídicos).
Tipos de escravos:
1. Públicus.
2. Nullius.
3. Particulares
Regime dos bens adquiridos por escravos:
Tudo que o escravo adquire faz parte do patrimônio do dono.
Pecúlio e administração.
Actiones adiectitiae qualitatis
Abandono noxal.
Atenuantes:
Lex Petronia: Augusto proíbe, veda a possibilidade de entregar escravo a feras.
Antonino Pio: trata como homicidas os assassinos de escravos.
Cristianismo.
III. Manumissio: dação de liberdade, alforria.
1. Tipos de manumissão: ius civile – ius praetorium
Ius civil:
a) Império da lei (Senatosconsulto Silanianum), escravo enfermo abandonado pelo dono etc. 
b) Vindicta: dominus, escravo e adsertor libertatis comparecem frente ao magistrado e cinco testemunhas, simulando-se um processo de reividicação de propriedade.
c) Censu: o escravo, autorizado por seu dono inscreve-se no censo.
d) Testamento (liberdade direta – condicional)
Ius praetorium:
a) Epistolam: declaração de liberdade feita pelo dono por carta assinada por cinco testemunhas.
b) Per mensam: admissão do escravo a mesa do dono.
c) Inter amicos: declaração oral de liberdade na presença de cinco amigos.
d) manumissão eclesiástica (Constantino).
e) Escravo abandonado pelo dono (Justiniano).
2. Limites ao direito de manumitir:
a) Lex Fufia Caninia (limita a manumissão testamentária: 2 escravos: libertava ambos; de 2 a 10: libertava 5; de 10 a 30: 1/3; de 30 a 100: ¼; de 100 a 500: 1/5; nunca se manumitia por testamento mais de 100 escravos).
b) Lex Junia Norbana (os manumitidos pelas formas pretorianas tinham a condição de Latinos Junianos).
c) Lex Aelia Sentia (limitou a idade mínima do manumitente: 20 anos; e do manumitido: 30 anos); escravos de má conduta no cativeiro são considerados dedicticios.
3. Condição jurídica do manumitido: libertus
* Cidadãos (não podiam desempenhar cargos eletivos em Roma exceto com restitutio natalium – ius aureorum annulorum, que restituíam a condição de ingênuos).
* Latinos junianos (manumitidos pelas formas pretorianas privados de direitos políticos, gozavam do ius commercium, do ius testamenti factio e do ius connubium)
* Dedicticios (carecem de direitos públicos e privados e são proibidos de morar a menos de uma milha de Roma).
Obrigações do Patronato (vitalícias não transmitidas aos filhos)
1. Obrigações alimentares recíprocas)
2. Prestação de serviços (operae)
3. Gratidão (obsequium)
4. Herança
5. Curadoria
EXERCÍCIO:
1. Ticio, jovem de dezenove anos, que possui 80 escravos deseja manumitir a todos. De acordo com as leis Fufia Caninia e Aelia Senctia poderá manumiti-los?
2. Dionisio é um escravo grego a quem o seu dono permitiu sentar-se a mesa. Quais as consequências e qual sua situação jurídica posterior?
3. Aixa, jovem germana foi escravizada no terceiro mês de gravidez, permanecendo escrava até o momento do nascimento. Qual a condição jurídica do seu filho?
4. Cláudio, cidadão romano, feito prisioneiro foi vendido como escravo, mas conseguiu escapar e voltar a Roma. Seu irmão Mário morreu no cativeiro. Qual a condição jurídica de ambos e quais as consequências decorrentes?

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