Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO DAS COISAS – DIREITOS REAIS (RES) INSTITUTAS DO IMPERADOR JUSTINIANO: LIVRO II; TÍTULO I: Da divisão das coisas e da qualidade delas. CÓDIGO CIVIL: PARTE GERAL: LIVRO II – DOS BENS; TITULO ÚNICO: DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS. CÓDIGO CIVIL: PARTE ESPECIAL: LIVRO III: DO DIREITO DAS COISAS DIREITO OBJETIVO: NORMA JURÍDICA. DIREITO SUBJETIVO: FACULDADES JURÍDICAS (direitos) conferidas pela norma jurídica às pessoas sobre coisas (DIREITOS REAIS) ou pessoas (DIREITOS OBRIGACIONAIS) PESSOAS: pessoas físicas ou naturais (sujeitos de direitos) COISAS: são objetos dos direitos das pessoas: tudo que tem utilidade para o homem, tem valor econômico e sobre a qual se assenta o direito subjetivo das pessoas, outorgados pela norma de direito objetivo. RELAÇÃO JURÍDICA supõe: sujeitos (pessoas) coisas (bens) uma obrigação DIREITO DAS COISAS (ou REAIS) CONCEITOS MODERNOS É a parte do Direito “que regula o poder dos homens sobre os bens e os modos de sua utilização econômica” (Orlando Gomes); “É o conjunto das normas que regulam as relações jurídicas entre os homens, em face das coisas corpóreas, capazes de satisfazer às suas necessidades e suscetíveis de apropriação” (Sílvio Rodrigues); “É o conjunto de normas que regulam as relações jurídicas concernentes aos bens materiais ou imateriais suscetíveis de apropriação pelo homem” (Maria Helena Diniz). CONCEITO ROMANO - Actio in rem: ação através da qual o titular do direito sobre a coisa, busca reavê-la. -Actio in personam: ação através da qual o credor de uma obrigação exige do devedor um dar, fazer ou não fazer. 1. O objeto do Direito pode recair sobre coisas corpóreas (imóvel) ou incorpóreas (produtos do intelecto): actio in rem 2. O objeto do Direito pode ser uma atividade da pessoa; uma prestação; um fazer ou se abster de fazer algo. As ações humanas, como objeto do direito, traduzem-se nos direitos obrigacionais, os quais ligam uma pessoa à outra através de um vínculo jurídico. São direitos subjetivos pessoais (actio in personam) DIREITO ROMANO - DA DIVISÃO DAS COISAS E DA QUALIDADE DELAS. I. DAS COISAS CONSIDERADAS EM RELAÇÃO A SI MESMAS: 1. CORPÓREAS: aquelas que podem ser percebidas por nossos sentidos (um automóvel, um animal, um livro. Um celular). O direito de propriedade é adquirido mediante mancipatio. 2. INCORPÓREAS: não tem existência tangível, mas tem existência jurídica; se apreendem por meio da inteligência (direito hereditário, usufruto. A aquisição da propriedade é feita mediante in iure cessio. 3. IMOVÉIS: não podem ser transportadas de um lugar para outro. São adquiridos por meio de atos jurídicos solenes como a mancipatio (modernamente, mediante transcrição do título no registro de imóveis). Sabe-se que os romanos distinguiam esta classe de coisas pelos prazos para a usucapião e pelo tipo de interdito pretoriano concedido. 4. MOVÉIS: podem ser transportadas de um lugar para outro. São adquiridos por tradição, ocupação, caça, pesca. 5. Semoventes: se deslocam por si mesmas (animal, escravo). 6. FUNGÍVEIS: as coisas que podem ser substituídas por outras do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Empréstimo: MUTUO tem como objeto coisas fungíveis. São consideradas pelo gênero (cereal, peças de máquinas, gado). 7. INFUNGÍVEIS: as que não admitem substituição por outros do mesmo gênero, qualidade e quantidade, são consideradas na sua individualidade. Empréstimo COMODATO tem como objeto coisas infungíveis (quadro do Portinari, escultura de Michelangelo). 8. CONSUMÍVEIS: coisas que se consomem com o primeiro uso. O uso importa destruição imediata (alimentos). 9. INCONSUMÍVEIS: podem ser usados reiteradamente, sem destruição na sua substância. 10. DIVISÍVEIS: os que podem ser divididos em várias partes reais e distintas, sem alteração de sua substância ou destinação econômica (terreno, bloco de mármore). 11. INDIVISÍVEIS: os que não se podem se partir sem alteração na sua substância (escravo). 12. SINGULARES/SIMPLES: formam um todo orgânico independente (um animal, escravo) 13. COISA COMPOSTA: resulta da união mecânica de coisas simples que passam a formar um todo unitário (um navio, um carro). 14. COLETIVAS: coisas simples reunidas em um todo ideal (ovelha – que consideradas agregadas idealmente formam um todo - um rebanho). II. DOS BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO A OUTRAS COISAS 1. PRINCIPAL: o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente, que tem existência própria, independentemente de outras. 2. ACESSÓRIO: está subordinada ao principal; é parte deste (destacável ou não); a coisa que está unida a outra em uma relação de dependência. A dependência pode ter origem em fatos naturais (as terras de aluvião, os frutos das árvores) ou por ato humano (semente/plantação, tijolo/edificação) - O ACESSÓRIO SEGUE O PRINCIPAL III. DOS BENS CONSIDERADOS QUANTO À SUA COMERCIALIDADE 1. Res in patrimonio (bens que estão no comércio; coisas suscetíveis de serem apropriadas e alienadas). 2. Res extra patrimonio: não suscetíveis de apropriação. 2.1. Res divini iuris: a) Res sacrae: coisas consagradas aos deuses superiores (templos, objetos de culto); pertencem aos deuses. Cerimônia de consagração (consegratio) e profanação (profanatio) (presença do pontífice, magistrado que executa uma decisão do povo através de uma lei, plebiscito b) Res religiosae: túmulos e tudo o mais dedicado aos mortos c) Res sanctae: embora não consagradas aos deuses, pela importância, estavam sob sua proteção (portas e muros da cidade). A violação acarreta uma sanctio: pena de morte. 2.2. Res humani iuris: a) Res communes omnium: coisas comuns a todos; que a natureza põe à disposição de todos (ar, mar, estrelas). b) Res publicae: coisas públicas que pertencem ao populus, ao conjunto dos cives que formam a comunidade politicamente organizada, que as coloca a disposição de todos (ruas, praças, bibliotecas) c) Res universitatis: coisas que pertencem às cidades, aos municípios (teatros, banhos públicos). Código Civil: Arts. 65 e 66 Bens públicos: bens do domínio da União, dos Estados e dos Municípios. I. De uso comum do povo (rios, estradas, ruas, praças) II. De uso especial (edifícios, terrenos destinados a serviço ou a administração federal, estadual, municipal, autarquias) III. Dominicais (constituem o patrimônio do poder público; patrimônio das pessoas jurídicas de direito público de cada entidade). IV. DOS BENS CONSIDERADOS QUANTO À ORDEM ECONÔMICO-SOCIAL ROMANA 1. Res mancipi: bens de interesse social (coisas relevantes, valiosas). São adquiridas por atos jurídicos solenes do ius civile: mancipatio ou in iure cessio (escravo, casa, terreno) 2. Res nec mancipi: coisas de interesse individual. São adquiridas pela traditio, entrega (mesa, cadeira).
Compartilhar