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Caso Concreto 1 Direito Civil

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Dos fatos 
Caso concreto 01
Dos fatos
Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do instrumento contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo monte, que era a grande atração do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a legislação local não permitia edificações nos terrenos a frente do seu. Após alguns meses da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no plano de urbanização da cidade, que passou a permitir a edificação nos lotes em frente ao terreno de Rebeca, fazendo com que ela perdesse a visão para o monte. Inconformada, Amaranta moveu uma ação contra Rebeca, tendo obtido êxito porque o órgão jurisdicional entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar atitudes que possam frustrar o objetivo perseguido pela autora, ou que possam implicar, mediante o aproveitamento da antiga previsão contratual, a diminuição das vantagens ou até infligir danos ao contratante.
Doutrina
Segundo Flavio Tartuce livro Direito Civil parte geral pag. 74 a 75, o princípio da Eticidade pode ser percebido pela leitura de vários dispositivos da atual codificação privada. Inicialmente, nota-se a valorização de condutas éticas, de boa-fé objetiva – aquela relacionada com a conduta de lealdade das partes negociais –, pelo conteúdo da norma do art. 113, segundo o qual “os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”. Esse dispositivo repercute profundamente nos contratos, mantendo relação direta com o princípio da função social dos contratos e reconhecendo a função interpretativa da boa-fé objetiva. O Enunciado n. 363 do CJF/STJ, aprovado na IV Jornada de Direito Civil, reconhece, expressamente, que os princípios da probidade e da confiança, anexos à boa-fé objetiva, são preceitos de ordem pública. Na verdade, como se verá nesta obra, não é somente o ato simulado que deve se curvar à boa-fé, mas também outros negócios jurídicos considerados nulos. 
O art. 187 do CC/2002 disciplina qual a sanção para a pessoa que contraria a boa-fé, o fim social ou econômico de um instituto ou os bons costumes: cometerá abuso de direito, assemelhado a ilícito. 
Conclusão
 Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, responda:
a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria pertence a boa-fé objetiva.
Sim A boa fé objetiva é uma cláusula geral. Cláusulas Gerais valem-se de uma 
linguagem aberta, fluida, vaga. Se a norma deixa em aberto a descrição da conduta 
devida, ela é uma clausula geral. Como definir Boa Fé objetiva? É uma regra ética, 
um dever de não fraudar ou abusar da confiança alheia, mas esses deveres não 
podem ser rigidamente fixados, pois dependem sempre das circunstâncias de 
determinado caso.
b) Qual(is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi(ram) levado(s) em consideração para que o magistrado interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique.
ETICIDADE. O princípio da Eticidade se manifesta na proibição do abuso do direito,
do locupletamento ilícito e positiva o Princípio da Boa Fé. Segundo este princípio, o 
homem deve ser reto, honesto, leal e ter integridade.
Alternativa C.
Alternativa C.
Referência
Flavio Tartuce livro Direito Civil parte geral pag. 74 a 75

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