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-ARRENDAR (TO LEASE): obter de alguém a cessão transitória de uso ou conceder a alguém a cessão transitória de uso. - No âmbito empresarial: ARRENDAR, significa obter de alguém ou conceder a alguém a cessão transitória do uso de um ATIVO IMOBILIZADO � Bem necessário à manutenção das atividades de uma empresa (máquinas, equipamentos, edifícios, veículos, etc) - O Leasing é baseado na concepção econômica de que as receitas das empresas são obtidas por meio da UTILIZAÇÃO dos ativos e não da sua PROPRIEDADE. - O Leasing é regulamentado por lei: - Leis 6.099 de 12/09/74 e 7.132 de 26/10/83 - Resoluções: 2.309/96 e 2.465/98 - Uma pessoa física ou empresa possui 4 opções, quando deseja utilizar um ativo: 1 – Comprar o ativo com recursos próprios; 2 – Comprar o ativo por meio de financiamento; 3 – Alugar o ativo; 4 – Efetuar um contrato de Leasing. - As opções acima, caracterizadas como investimentos, devem ser comparadas por meio dos métodos usuais de análise (VPL, TIR, etc) - Apenas instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central podem atuar nessa área. - A Associação Brasileira de Empresas de Leasing (ABEL) coordena e fiscaliza essa área. - ARRENDADORA - Empresa que possui o ativo, mas não o utiliza e espera recuperar o dinheiro gasto na aquisição do bem, ao final do contrato. - ARRENDATÁRIO - Pessoa física ou empresa que pretende utilizar o ativo e que tem, ao final do contrato, as seguintes opções: 1) devolver o ativo; 2) renovar o contrato de leasing; 3) comprar o ativo pelo valor residual definido em contrato. Thiago Bravo Leasing é um contrato pelo qual uma das partes, uma instituição financeira (arrendadora), a pedido de um terceiro (arrendatário) que poderá ser pessoa física ou jurídica, adquire um bem de uma determinada pessoa jurídica, para que posteriormente o alugue ao arrendatário por período certo e determinado, cobrando o aluguel pelo seu uso. Fábio Ulhôa Coelho O Arrendamento Mercantil é a locação caracterizada pela faculdade conferida ao locatário (arrendatário) de, ao término do prazo locatício, optar pela compra do bem locado. - Apesar dos poucos registros, sabe-se que o Leasing já era praticado antes de Cristo; - Em Atenas e em outras cidades gregas, as minas de propriedade do Estado eram arrendadas, mediante pagamento anual estabelecido como percentagem dos lucros; - Foi introduzido nos EUA, pelos colonizadores ingleses, por volta de 1.700; - Sua real expansão nesse país ocorreu em 3 de março de 1941, com a promulgação da Lend and Lease Act, pelo presidente Roosevelt, com o governo americano efetuando empréstimos de material bélico aos países aliados, durante a 2ª guerra; - Na Europa, o 1º país a praticar o Leasing foi a Inglaterra em 1960, seguida da França, Alemanha, Bélgica e Itram realizados também na década de 60.ália, nessa mesma década; - No Brasil, os primeiros contratos de Leasing foram realizados nessa mesma década. 1) SALE AND LEASE BACK Uma empresa vende um ativo a uma outra empresa (banco comercial, empresa de Leasing ou pessoa física) e arrenda esse ativo, para continuar utilizando-o por um período de tempo definido em contrato. A empresa que vende o ativo (arrendatária) recebe imediatamente o valor de venda do mesmo. A empresa que compra o ativo (arrendadora) espera receber uma série de pagamentos para recuperar o valor pago pelo mesmo e ao mesmo tempo ter algum retorno (juros). Ou seja, para a arrendadora trata-se de um investimento. Para a arrendatária essa forma de Leasing é uma alternativa ao empréstimo hipotecário (solicitação de um empréstimo dando um imóvel como garantia), sendo interessante quando a mesma necessita saldar uma dívida ou de capital de giro. 2) LEASING OPERACIONAL Neste tipo de Leasing, a arrendatária não tem, em princípio, a intenção de adquirir o ativo, mas poderá optar pela aquisição ao final do contrato. A empresa arrendadora opera (presta o serviço) e efetua a manutenção do ativo, sendo os custos de manutenção incluídos no pagamento do Leasing. Os pagamentos estabelecidos em contrato não são suficientes para que a arrendadora recupere o valor de compra do ativo. Entretanto o tempo de duração desse contrato é bem menor que o tempo de vida útil do ativo (contratos de curto e médio prazo) e dessa forma a arrendadora pode recuperar o valor pago na compra, por meio de sucessivas renovações de contrato ou estabelecendo novos contratos com outros arrendatários. O contrato pode ser cancelado pela arrendatária, devido a obsolescência do ativo ou quando o mesmo se torna desnecessário. 3) LEASING FINANCEIRO A arrendatária manifesta, de início, a intenção de ficar com o ativo ao final do contrato (uma cláusula oficializa tal intenção) e assume a responsabilidade pela manutenção do mesmo. Os contratos são de longo prazo (vida útil do ativo) e os pagamentos são mais elevados visando recuperar o investimento feito pela arrendadora. No entanto, ao final do contrato o preço de aquisição do ativo é irrisório, se comparado com o valor de mercado. A arrendatária seleciona o ativo e negocia o preço e o prazo de entrega com o fornecedor. Em seguida, negocia o Leasing com a arrendadora, que é responsável pela aquisição do bem. É o tipo de Leasing que mais se aproxima de um financiamento e é diferente do Sale and Lease Back, já que no Financeiro, o ativo é novo. O contrato não pode ser cancelado pela arrendatária. Apenas o Leasing Financeiro e o Operacional são reconhecidos por lei, no Brasil. - Na locação, salvo acordo ou leis especiais, o locatário deverá devolver o ativo ao proprietário. No Leasing, existe a opção de aquisição do mesmo. - Na locação, as parcelas pagas referem-se apenas à utilização do ativo. No Leasing as parcelas são maiores, visando a recuperação do investimento realizado pela arrendadora. - Na locação, o locador já era proprietário do ativo. No Leasing, a arrendadora adquire o ativo especialmente para uso da arrendatária. - Na locação, o locatário pode retomar o ativo, ao final do contrato, sem a apresentação de justificativa (denúncia vazia, no caso da locação de imóveis). No Leasing, isso não é permitido. - Evita a compra de ativos que, diante de uma evolução tecnológica acelerada, possam se tornar obsoletos rapidamente, como por exemplo, equipamentos de informática. - Solução alternativa para as empresas ou pessoas físicas que não possuam recursos para uma renovação constante de seus ativos. - Não existe desembolso imediato de uma quantidade elevada de recursos e a aquisição do ativo, que poderá ser decidida ao final do contrato, se dará pelo valor residual do mesmo. - No campo tributário verifica-se a não aplicação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). - Não são necessárias tantas precauções e/ou garantias, como no caso dos financiamentos, o que agiliza a contratação. - Por não caracterizar um empréstimo, a ficha do arrendatário permanece limpa.
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