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CASO 02

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ALESSANDRA DE MORAES RIBEIRO - 201509175237
DIREITO CONSTITUCIONAL I – CCJ0019
SEMANA 02
Caso Concreto 2
Numa audiência no Juizado Especial Cível, em cujo processo o autor pleiteava uma indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), o advogado da empresa demandada, com amparo no art. 133 da Constituição da República, pleiteou a extinção do processo sem apreciação de mérito (CPC, art. 267, IV), sob o fundamento de que o advogado é essencial à administração da justiça. O autor, mesmo não tendo formação jurídica, ofereceu defesa alegando que a Lei n.º 9.099/95 lhe garantia a possibilidade de postular em juízo sem assistência de defensor técnico. Diante de tal hipótese, considerando a aplicabilidade do art. 133, CRFB, seria correto afirmar que a Lei n.º 9.099/95 padece de vício de inconstitucionalidade?
R: A lei 9099/95 não contraria a Constituição Federal considerando que o artigo 133, configura norma constitucional de aplicabilidade de eficácia contida (que nada mais é que o legislador constituinte também regulamentou de forma suficiente a sua imediata aplicabilidade, no entanto, admite que a lei posterior venha conter/limitar a sua abrangência), sendo permitida pela própria Constituição. Logo não há vício na Lei nº 9.099/95 porque esta já foi considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal. O artigo 133 da Constituição Federal pode ser considerado como um exemplo de Norma de Eficácia Contida, uma vez que produz os seus efeitos, porém admite ser restringida ou contida em seus efeitos por legislação infraconstitucional. Portanto, podemos dizer que o artigo 133, CF tem aplicabilidade imediata e direta, mas não integral. . 
Caso 2 – Tema: Recepção
A Emenda Constitucional nº 1/69 permitia a criação, em sede de Lei infraconstitucional, de monopólios estatais. Com o advento da Constituição da República de 1988, a possibilidade de criação de monopólios por lei não foi mais contemplada. À luz da teoria da recepção, é possível sustentar a manutenção de monopólios estatais criados em sede infraconstitucional pelo ordenamento pretérito e não reproduzidos pela Constituição de 1988?
 R: Segundo Nivaldo Oliveira da Silva em sua obra “Teoria da Recepção”, a recepção é o instituto pelo qual a nova constituição, independente de qualquer previsão expressa recebe norma infraconstitucional pertencente ao ordenamento anterior, com ela compatível, dando-lhe, a partir daquele instante, nova eficácia. Ou seja, a luz da teoria da Recepção, A nova constituição recepciona todas as leis infraconstitucionais da legislação anterior, objetivando dessa forma a segurança jurídica no Estado. Caso a Lei de Monopólios estatais seja declarada inconstitucional, ela deverá ser retirada posteriormente através de uma nova lei, revogação ou arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF).
Uma lei criada em sede infraconstitucional contrária a constituição de 1988 não poderiam ser excepcionadas. A teoria da recepção determina que somente as leis que estão de acordo com as normas da nova constituição podem continuar em vigência.

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