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Imuno pediátrica

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IMUNIDADE FETAL, DO RN E DA CRIANÇA 
 
 Conceito de Imunidade: mecanismos usados pelo corpo como 
proteção contra agentes ambientais estranhos 
(microrganismos, produtos de microrganismos, alimentos, 
substâncias químicas, fármacos, pólen, pelo de animais) 
 
 Sistema imunológico natural: 
 Não específica ao antígeno 
 Resposta rápida, em minutos ou horas 
 Sem memória imunológica 
 Barreiras naturais: pele, mucosa 
 Fagócitos 
 Células NK 
 Mediadores do complemento 
 Moléculas de reconhecimento de padrões 
 
 Sistema imunológico adaptativo: 
 Antígeno-específico 
 Resposta lenta, em dias 
 Tem memória 
 Por meio de linfócitos 
 Moléculas de reconhecimento de antígenos = 
receptores de células B e T 
 Moléculas são secretadas = anticorpos 
 
 Imunidade fetal: 
 LA = proteção fetal contra infecções 
 Fatores de defesa = betalisina, peroxidase, transferrina, 
imunoglobulinas, lisozima 
 Avanço da idade gestacional = aumento da 
concentração dos fatores de proteção 
 Inibição de crescimento bacteriano: Staphylococcus 
aureus, Escherichia coli, Proteus, Klesbiella, 
Enterobacter, Candida albicans 
 
 Imunidade do RN: 
 RN prematuros = < 28 semanas => 5 – 10X mais 
infecções que os RNs à termo 
 Depende da transferência materna passiva de 
anticorpos na vida fetal e no início da vida neonatal 
 Desenvolvimento imunológico completo só no final da 
1ª infância 
 Leite materno: transferência de imunidade passiva no 
pós-natal 
 
 Leite materno: 
 Antimicrobiano + anti-inflamatório + imunorregulador 
 IgA secretora = TGI e trato respiratório 
 Fagócitos 
 Células NK 
 Linfocinas 
 IL-4, IL-6, IL8, IL-10 
 Lisozima 
 Lactoferrina 
 Peroxidase 
 
 Imunidade natural/inespecífica: 
 Barreiras físicas e químicas 
 Enzimas digestivas 
 Ácidos graxos bacteriostáticos da pele 
 RN pré-termo: maior permeabilidade da pele e menor 
acidez no suor e secreções sebáceas do que a de um 
RN à termo 
 Pele e mucosas: invasão por cateter, tubo OT, sonda 
vesical de demora 
 Células no sistema imunológico natural = fagocitose 
 Leucócitos polimorfonucleares = granulócitos = 
basófilos + mastócitos + eosinófilos + neutrófilos = 
fagocitários de vida curta 
 Monócitos => macrófagos = sistema reticuloendotelial 
 Macrófagos de tecidos específicos: 
 Fígado: células de Kupffer 
 Pulmão: macrófagos alveolares 
 SNC: células da micróglia 
 Células dendríticas: longa duração, precursoras de 
monócitos 
 Pele: células de Langerhans 
 Células NK: linfócitos granulares grandes, sem 
receptores de antígenos específicos => produção de 
interferon gama 
 Pequena reserva medular de leucócitos 
polimorfonucleares tanto em RN à termo quanto em 
prematuros 
 RN formam pequenas reservas medulares = colônias de 
granulócitos e macrófagos 
 Em prematuros, a medula não responde a infecções 
 Quimiotaxia: migração das células até o local da 
invasão bacteriana = 1ª etapa da resposta inflamatória 
 Deficiências funcionais de neutrófilos dos RNs: 
 Ligação inadequada aos fatores quimiotáticos 
 Dificuldade de regulação de glicoproteínas de 
superfície para aderência 
 Diminuição da capacidade de alterar sua forma 
 Dificuldade de migração até o estímulo 
quimiotático 
 Deficiência de monócitos até os 6 anos 
 Opsoninas: permite o contato dos microrganismos e os 
fagócitos => estímulo para o fagócito captar a bactéria 
 No RN a diminuição de opsoninas circulantes diminui a 
fagocitose de bactérias pelos neutrófilos 
 Monócitos do RN: capacidade de fagocitose normal ou 
diminuída 
 
 Complemento: substância termolábil que complementa 
ação do anticorpo sobre a bactéria 
 Síntese por macrófagos + epitélio intestinal + 
baço + fígado => a partir da 6 – 14 sem de 
gestação 
 Menor no RN: à termo = 60 – 90%; RNPT = 47 – 
70% 
 Ativação: reação antígeno-anticorpo pelas duas 
vias principais 
 
 Funções do complemento: mediação da 
resposta inflamatória = fatores quimiotáticos + 
solubilização e cleareance de complexos imunes 
e lise de bactérias, especialmente G- + 
imunorregulação 
 
 RN: se não há presença de anticorpo especifico 
e se via alternativa está deficiente = opsonização 
deficiente 
 SGB + E. coli = má opsonização por redução da 
concentração de componentes da via alternativa 
+ composição da cápsula dos microrganismos = 
ácido siálico= inativação de C3b 
 Interferons: citocinas produzidas por leucócitos e 
fibroblastos 
o RN + estímulo viral = leucócitos com produção 
normal de IFN gama 
o Má função por causa de macrófagos 
funcionalmente imaturos => IFN dependem de 
macrófagos e linfócitos T para atuarem 
 
 Imunidade celular/inespecífica: 
 Células linfáticas < diferenciação no timo = linfócitos T 
+ diferenciação na medula óssea = células B 
 > 4 sem gestação => células progenitoras linfoides e 
mieloides migram do saco vitelínico para o fígado 
 Vida fetal: diferenciação feita no fígado (17 sem) 
 Linfócitos T: defesa contra vírus + enterobactérias + 
fungos => saem do timo => órgãos linfáticos periféricos 
=> sangue periféricos da 20ª sem 
 
 
 
 Imunidade Humoral: 
☼ Linfócitos B: em contato com o agente tóxico, se 
diferenciam em plasmócitos = síntese e excreção de 
imunoglobulinas circulantes => capacidade de reação 
com agentes específicos => opsonização + 
neutralização + fixação do complementos + formação 
de complexos imunes 
☼ Número de células B normal no RN 
☼ Feto não produz anticorpos, plasmócitos são raros 
☼ Centro germinativo = baço 
☼ Linfonodos + plasmócitos = após a 8ª sem pós-natal 
☼ Infecção intraútero => ocorre desenvolvimento de 
centros germinativos => diferenciação de linfócitos + 
plasmócitos => produção e excreção de anticorpos 
 Imunoglobulina G: 
 Predominam em todas idades => adultos = 75 – 80% 
 Passagem transplacentária da mãe para o feto: - 8 
sem de gestação = < 100mg/dl; 17 – 20ª sem de 
gestação = aumenta progressivamente 
 Pico de transferência placentária: a partir da 32ª sem 
 Nascimento: IgG no RN =/> que os da mãe => 100mg/dl 
 Imunoglobulina M: 
 10% das Igs do adulto 
 Anticorpos de microrganismos entéricos G- 
 Anticorpos de grupos sanguíneos 
 Alguns agentes virais 
 Sem passagem transplacentária 
 Não protege de bactérias G- => Salmonella + Shigella + 
E. coli 
 Início de produção no RN: 10 – 15 sem de gestação 
 > 20mg/dl ao nascer no cordão = infecção intrauterina 
 Imunoglobulina A: 
 10 – 15% das Igs do adulto 
 IgA primária => secreções do TGI e trato respiratório 
 Maioria tem produção local = secretora 
 10% tem origem circulatória 
 Sangue do cordão = 0,1 – 5 mg/dl 
 Aumentados em infecções congênitas 
 Imunoglobulina E: 
 Não atravessa a placenta 
 Síntese fetal: a partir da 11 sem IG 
 Níveis no cordão são indetectáveis 
 No pós-natal, é maior em RN com predisposição a 
doença alérgica e com grande exposição a alergenos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMUNODEFICIÊNCIAS CONGÊNITAS E ADQUIRIDAS NA 
INFÂNCIA 
 
Imunodeficiências congênitas/primárias: 
 50% das crianças com infecções recorrentes não tem causa 
específica predisponente 
 
 Doenças raras: 1:10.000 nascidos vivos 
* deficiência de IgA: 1:500 
 Sinais de alerta para IDP: 
a. 2 ou > pneumonias no último ano 
b. 4 ou > otites no último ano 
c. Estomatite de repetição 
d. Candida > de 2 meses 
e. Abscesso de repetição/ectima 
f. 1 infecção sistêmica grave:meningite, osteoartrite, 
septicemia 
g. Infecção intestinal de repetição 
h. Diarreia crônica 
i. Asma grave 
j. Doença do colágeno 
k. Doença autoimune 
l. Efeito adverso a BCG 
m. Infecção por micobactéria 
n. Fenótipo sugestivo de síndrome associada e 
imunodeficiência 
o. História familiar de imunodeficiência 
p. Atraso na queda do coto umbilical > 30d 
 Diagnóstico diferencial: 
 Infecções de repetição em lactentes: 50% são normais, 
30% tem doenças alérgicas, 10% tem doença crônica e 
10% tem IDP 
 Crianças podem apresentar de 4-8 infecções 
respiratórias virais em um ano -> duram até 8 dias 
 Crianças com irmão/vão à escola podem ter até 10-12 
infecções respiratórias por ano, durado até 15 dias 
 Crianças podem ficar assintomáticas por até metade 
dos dias do ano 
 Não tem > 1 pneumonia e > 2 OMAs nos 3 primeiros 
anos de vida + ganho ponderal e de estatura normais + 
exame físico normal + exames laboratoriais normais 
 Infecções que se repetem somente em um local = 
alteração anatômica, e não IDP 
 Infecções de repetição por doenças alérgicas: rinite 
persistente X infecções respiratórias 
recorrentes/crônicas, hiper-reatividade brônquica/asma 
X pneumonia 
 Doenças crônicas: infecções de repetição + doença de 
base não alérgica + baixo ganho pondero-estatural => 
fibrose cística + DRGE + cardiopatia congênita + 
alterações anatômicas congênitas 
 IMUNODEFICIÊNCIAS SECUNDÁRIAS / 
ADQUIRIDAS: mais comuns, manifestações tardias => 
HIV + DM + malignidade + drogas imunossupressoras + 
desnutrição 
 
♫ Deficiência linfócito B => deficiência na imunidade 
mediada por anticorpo => infecções bacterianas recorrentes 
= OMA, penumonia 
♫ Deficiência linfócito T => deficiência na imunidade 
mediada por células => maior chance de infecção viral, 
fungos, protozoários 
♫ Deficiência dos linfócitos T e B => deficiência combinada 
de imunidade mediada por células e anticorpos => 
infecções agudas e crônicas de vírus, bactérias, fungos, 
protozoários 
♫ Deficiência de célula fagocítica => infecções sistêmicas de 
bactérias com virulência baixa, infecções de bactérias 
piogênicas, pus, cicatrização prejudicada 
♫ Deficiência de célula NK => infecções virais + distúrbios de 
células T + síndromes linfoproliferativas ligadas ao X 
♫ Deficiência de componentes do complemento => infecções 
bacterianas, autoimunidade 
 
 Deficiência predominantemente de anticorpos 
 Após os 6 meses => não estão mais presentes os 
anticorpos maternos 
 Infecções sinupulmonares de repetição => 
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus 
influenzae tipo b, Moraxella catarrhalis, 
Staphylococcus aureus 
 Sem déficit pondero-estatural 
 Agamaglubulinemia + deficiência IgA 
 IgA = 15 – 20% das Igs => IgA 1 (90%) e IgA 2 (10%) 
 Em secreções seromucosas => saliva + colostro + 
lágrima + leite + líquor + secreções traqueobrônquicas 
+ secreções TGI + secreções TGU 
 Colostro => IgAS = 20 – 40 mg/dl => cai nos primeiros 
5 dias de vida 
 IDP mais comum no ocidente 
 Mais frequente em caucasianos 
 
 
 Causa desconhecida 
 Redução da liberação de IgA por linfócitos B 
 Pode ser transitória e assintomática 
 Total: > 4ª com IgA < 7mg/dl, mas IgG e IgM normai, após 
exclusão de hipogamaglobulinemia 
 Parcial: 2 DO abaixo da média para a idade + outras Igs 
normais 
 Infecções sinopulmonares virais/bacterianas recorrentes 
 DPOC grave + bronquiectasia 
 Giardíase de difícil tratamento 
 Atopia: rinite, asma 
 Associação com doenças autoimunes: lúpus, cirrose biliar 
primária, sarcoidose, vitiligo, neoplasias 
 Tratamento: sintomático => TAB amplo espectro + profilaxia 
S/N 
 Bom prognóstico 
 Transfusões sanguíneas: chance de reação por produção de 
anticorpos anti-IgA 
 
 Complemento: 
 Complementa a ação dos anticorpos sobre as bactérias 
 Ação frente a sinal específico = reação antígeno-anticorpo => 
ativação do complemento por 2 vias principais 
 Funções: 
 Mediação da resposta inflamatória => fatores 
quimiotáticos para os fagócitos 
 Solubilização e cleareance de complexos imunes + lise 
de bactérias G- 
 Imunorregulação 
 Vias e propriedades dos fragmentos controlados pela presença 
de inibidores proteicos específicos no soro 
 C1 é controlada por inibidor de C1 esterase 
 C3b por ser inativado por fator 1, que usa como cofator 
o fator H 
 C3/C5 pode ser inativado por fator H 
 Deficiências do Complemento: 
 Deficiência de componentes iniciais = C1q, C1r, C1s, C4, C2, 
C3 => manifestações autoimunes semelhantes a LES 
 Deficiência de C2 e C3 => aumento de infecções por bactérias 
encapsuladas 
 Deficiência de componentes tardios = C5 – C9 => infecções 
graves e recorrentes de Neisseria 
 Deficiência de fatores H e I = glomerulonefrite 
membranoproliferativa, síndrome hemolítica urêmica 
recorrente 
 Deficiência de inibidor de C1 esterase => ANGIOEDEMA 
HEREDITÁRIO 
 Angioedema hereditário: 
☼ Falta inibidor funcional de C1 esterase 
☼ Ação de C1 em C3 e C4 é descontrolada = muito 
peptídeo vasoativo = aumento da permeabilidade dos 
vasos sanguíneos 
☼ Edema localizado => fatal se em laringe e obstrução de 
VAS 
☼ Tratamento: infusão de inibidor de C1 esterase + evitar 
fatores desencadeantes => trauma 
 
 
 
 Infecção de VAS => IDP anticorpo ou complemento 
 Infecção de VAI => IDP anticorpo ou complemento, IDP 
celular, fagócitos 
 Infecção pele, órgãos internos => IDP fagócitos 
 Infecção SNS (meningite), sepse => IDP anticorpo ou 
complemento 
INFECÇÕES CONGÊNITAS – ASPECTOS IMUNOLÓGICOS 
 
CITOMEGALOVÍRUS 
 HHv – 5: herpes vírus humano 5 
 Vírus de DNA 
 Infecção primária é assintomática 
 Sua reativação ocorre por gestação, uso de 
imunossupressores, AIDS, fator que altera o sistema 
imunológico 
 Multiplicação intracelular 
 Homem é reservatório do CMV 
 Contaminação: contato íntimo com sêmen, secreções 
vaginais, saliva, urina 
 Contaminação horizontal: transfusão de sangue e transplante 
de órgãos 
 Transmissão vertical na gestação: transplacentária, no parto, 
período pós-natal pelo leite materno 
 
 Resposta imune: 
 Reservatório do CMV em várias células: leucócitos, 
células precursoras mieloides, células endoteliais, 
células epiteliais, células neuronais, fibroblastos, 
hepatócitos 
 Resposta imune centralizada: T CD8 + T CD4 + NK + 
anticorpos 
 Replicação viral: 12- 24 h após a infecção primária => 
dura 24 horas => produção de proteínas reguladoras, 
DNA polimerase viral e proteínas estruturas, montagem 
de novos virions 
 PI: 4 – 12 semanas 
 Resposta imune inicia pela resposta inata => células T 
citotóxicas =>produção de anticorpos: IgM anti-CMV + 
IgG anti-CMV 
 Estratégia para limitar a resposta imunológica: 
☼ Latência da infecção = redução da exposição ao 
sistema imune 
☼ Restrição de número de genes expressos = 
redução da exposição ao sistema imune 
☼ Replicação em tecidos específicos, com 
vigilância imunológica menos intensa => 
glândulas salivares = expressão insuficiente de 
MHCI para mediar a eliminação do vírus pelas T 
CD8+ 
☼ Comprometimentos dos mecanismos de defesa 
do hospedeiro => expressão de fatores que 
silenciam receptores FC de imunoglobulinas => 
aumenta período disponível para a replicação 
viral 
☼ Codificação de produtos gênicos que interagem 
nas vias de processamento de antígenos => 
restrição da apresentação viral 
 
 30 – 90% dos adultos imunocompetentes tem IgG CMV 
reagente 
 Manifestação mais comum: rinite Doenças GI são a segunda manifestação mais comum: 
esofagite, colite, gastrite, hepatite 
 < 1% dos casos tem acometimento de SNC 
 Infecção congênita: 
 0,2 – 2,6% dos nascidos vivos 
 Infecção fetal: na infecção primária materna ou na 
reativação de infecção materna prévia 
 1%: reativação do CMV materno ou reinfecção com 
cepa diferente 
 Presença de anticorpos materno no feto não dá 
proteção contra infecção congênita 
 Infecção no primeiro tri: risco de consequência clínica 
de 35 – 35% 
 Infecção dos 2 últimos meses: 0 -25% de risco de 
consequências para o feto 
 10% das crianças infectadas soa sintomáticas no 
nascimento 
 Doenças congênitas por CMV: CIUR, TPPT, icterícia 
colestática, hepatoesplenomegalia, púrpura, 
plaquetopenia, pneumonite intersticial 
 Manifestações neurológicas: microcefalia, 
calcificações intracranianas, crises convulsivas, 
coriorretinite, deficiência de acuidade visual e 
auditiva 
 90% assintomáticos => 10-15% desenvolverão 
sintomas em alguns meses/anos 
 Infecção perinatal: 
 Adquiridas no peri-parto – 3 semanas pós-natal 
 Transmissão: 26 – 57% ocorre no trabalho de parto, 
transfusão materno-fetal, ascensão de microrganismos 
na cavidade amniótica, contato de pele e mucosas 
gástricas e ocular do RN com sangue e secreções 
genitais/fezes maternas 
 Restrições de aleitamento materno: não ocorre => 
benefícios do leite materno > risco de adquirir CMV da 
mãe 
 
RUBÉOLA CONGÊNITA: 
 Doença exantemática aguda 
 Alta contagiosidade 
 Ocorre principalmente na infância e adolescência 
 Rubivírus, família Togavírus 
Epidemiologia: 
 Redução de 95% dos casos de rubéola entre 1997 – 2002 
 Taxa de incidência em mulheres em idade fértil: 1:100.000 
casos 
 Aumento dos casos entre adultos jovens entre 2003 – 2007 => 
vacinação de bloqueio para mulheres em idade fértil iniciada 
em 2001 
Transmissão: 
 Rubéola pós-natal: contato direto com indivíduo infectado, 
por gotículas de secreções nasofaríngeas 
 Rubéola congênita: transplacentária, da mãe para o feto 
 Crianças com rubéola congênita eliminam o vírus pela urina, 
sangue, fezes e secreções nasofaríngeas por > de 1 ano => 
até os 3 meses todas são consideradas contagiantes 
 Infectados transmitem a doença de 5 dias antes até 5 – 7 dias 
após o aparecimento do exantema 
Suscetibilidade: 
 Imunidade passiva por anticorpos maternos 
 Imunidade ativa: infecção natural ou vacinação 
 Filhos de mães imunes ficam protegidos pelos anticorpos 
maternos dos 6 – 9 meses de vida 
 Imunidade ativa é duradoura 
 Vírus invade o epitélio respiratório e se dissemina por viremia 
primária => replicação no sistema reticuloendotelial => viremia 
secundária => vírus pode ser isolado por monócitos do sangue 
periférico 
 
Resposta imune: 
 Fase inicial das infecções virais: IFN alfa + IFN beta + 
macrófagos + NK 
 IFN alfa + IFN beta: produção por células infectadas por vírus 
=> proteção contra infecção 
 IFN gama: atuação por ativação dos macrófagos com 
destruição dos vírus e das células NK 
 
 Ativação de linfócitos T CD8+: citotoxicidade = 
reconhecimentos de agentes virais por MHCI nas células alvos 
=> lise de células virais e células infectadas 
 Ativação de linfócitos T CD4+: auxiliam os linfócitos B na 
produção de anticorpos 
 Fase extracelular: anticorpos podem se ligar aos vírus => 
mecanismo de neutralização => impedem penetração em 
célula não infectada 
 Anticorpos: ligação a células infectadas => ação de NKs 
 
Patogenia: 
 Transmissão materno-fetal: 90% das 12 primeiras sem 
gestação, com vasculite generalizada, tendo queda entre a 12 
– 28 sem de gestação e aumento no final do terceiro tri, 
podendo atingir até 100% dos fetos 
 Reinfecção materna: 1 – 3% => replicação do vírus na faringe 
persiste por período curto e sem viremia demonstrável => 
baixo risco para o feto 
Sinais e sintomas: 
 Febre 
 Exantema maculopapular => primeiro na face, na face, couro 
cabeludo e pescoço, se espalhando por trono e membros 
 Linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical 
 Poliartralgia 
 Poliartrite 
 Conjuntivite 
 Coriza 
 Tosse 
Síndrome da Rubéola Congênita: 
 Menos da metade é detectada ao nascer 
 Cardiopatias: sinais surgem em 7 dias 
 Ducto arterioso permeável 
 Lesões em artérias pulmonares 
 Doença valvar 
 Miocardite 
 Defeito ventrículo septal 
 Surdez neural: mais comum em lactentes 
 Retinopatia do tipo sal em pimenta 
 Catarata: uni ou bilateral menos comum e mais grave 
 Meningocefalia: persistente por até 12 meses 
 Manifestações purpúricas: nas primeiras 24 horas após o 
nascimento 
 Manifestações de início tardio: panencefalite progressiva, 
DM, tireoidopatias, glaucomas, anormalidades visuais junto 
com a retinopatia 
 Meningite crônica, necrose parenquimatosa do SNC, vasculite 
com calcificação 
 Microftalmia, iridociclite, necrose de corpo ciliar 
 Hemorragia coclear, necrose endotelial do ouvido 
 Pneumonite intersticial 
 Transformação da célula gigante hepática 
 Fibrose hepática 
 Estase biliar 
 Nefrite intersticial 
 Citomegalia cortical na adrenal 
 Osteoide malformado 
 Mineralização precária de Osteoide 
 Adelgaçamento de cartilagem 
 Hematopoese extramedular 
 Hematopoese extramedular de balo e linfonodos 
 Reação histiocítica do timo 
 Ausência de centros germinativos no timo 
Diagnóstico: 
 Infecção fetal: RNA-PCR no vilo corial, LA e sangue fetal 
 Infecção congênita: IgM no sangue do RN 
 100% das crianças com síndrome da rubéola congêntoa tem 
anticorpos IgM até o 5º mês => 60% tem até 6 – 12 meses =: 
raros após os 18 meses 
 
Vacinação: 
 Tríplice/tetra viral: vírus vivo atenuado 
 1ª dose da tríplice viral aos 12 meses, com sarampo, caxumba 
e rubéola 
 2ª dose: 15 meses 
 Indicada para adultos a partir de 20 anos com administração 
de dose única 
 Administrada em mulheres de 12- 49 anos sem comprovação 
de vacinação anterior 
 Administrada em homens de 39 anos 
 
 
 
 
 
 
SÍFILIS CONGÊNITA: 
 Lues, cancro duro 
 Treponema pallidum, da família espiroqueta (com Borrelia e 
leptospira) 
 Causa a sífilis congênita/bejel 
 Exclusivo do ser humano 
 Destruído pelo calor e falta de umidade, não durando fora de 
seu ambiente por mais de 26h 
 Penetração ocorre por abrasões decorrentes da relação sexual 
 Atinge o sistema linfático regional => disseminação 
hematogênica => chega a outras partes do corpo => produção 
de complexos imunes circulantes que podem se depositar em 
qualquer órgão 
 Imunidade humoral não tem capacidade de proteção 
 Imunidade celular: tardia, permitindo ao treponema sobreviver 
e se multiplicar por longo período 
 Período de incubação: proporcional ao tamanho do inóculo => 
aproximadamente 21 d 
Transmissão: 
 Transmissão sexual: beijo, toque em pessoa com lesões ativas 
nos lábios, cavidade oral, genitália, seio 
 Sífilis congênita: intraútero = microcirculação placentária; canal 
de parto 
 Não há transmissão por leite materno 
 Transfusão: rara, pelo sangue ou seus hemoderivados, pela 
testagem sorológica realizada pelos bancos de sangue, 
Treponema não sobrevive por mais de 24 – 48h nas condições 
de armazenamento dos bancos de sangue 
 Acidental: inoculação direta por picada de agulha, manuseio 
de material infectado 
Fisiologia e virulência: 
 Sensibilidade ao calor e oxigênio 
 Não tem LPS, que é a endotoxina de membrana externa de G- 
=> causaria febre e inflamação Atividade invasiva: motilidade em saca-rolhas => 
endoflagelo/flagelo periplasmático entre membrana 
citoplasmática e membrana externa 
 Proteínas de membrana externa funcionam como porinas e 
adesinas 
Resposta Imune: 
 Nas infecções agudas, primeiras células a atuarem são os 
polimorfonucleares => lipopeptídeos do treponema são 
reconhecidos pelas células dendríticas nos locais da infecção 
 Lesões primárias e secundárias: produção de IFN gama = 
ativação de macrófagos + IL-2 =proliferação de T CD4+ e T 
CD8 + 
 Células dendríticas maduras + macrófagos => produção de 
citocinas inflamatórias => TNF alfa + IL-1 + IL-6 + IL-8 + IL-12 
Sífilis primária: 
 Cancro duro não se desenvolve em todos os casos, ou é 
discreto e não percebido 
 Podem ocorrer lesões múltiplas especialmente em portadores 
de HIV 
 Espiroquetas pode ser demonstradas nessas lesões 
 Desaparecem espontaneamente entre 2 – 8 sem, mas podem 
persistir por mais tempo em imunossuprimidos 
Sífilis secundária: 
 Número máximo de treponemas está presente no corpo, 
especialmente na corrente sanguínea 
 Treponemas podem ser demonstrados em outros tecidos, pele 
e linfonodos 
 Anormalidades laboratoriais, presença de treponemas po ser 
detectados em SNC, humor aquoso ocular 
 Resposta imunológica intensa 
 Erupções não pruriginosas, maculopapular, em tronco, palpa e 
planta 
 Linfoadenopatia generalizada e indolor 
 Lesões de mucosa em placas 
 Febre 
 Adinamia 
 Astenia 
Sífilis latente: 
 Diagnóstico por teste de sorologia 
 Recidivas de quadro secundário em até 4 anos após o contato 
 Precoce/recente: recidivas possíveis 
 Latente tardia: recidivas improváveis 
 Sem sinal externo de infecção 
 30% dos casos tem cura espontânea 
 40% dos casos evoluem para terci[aria 
Evasão da reposta imune: 
 Treponema não te superfície antigênicas = pouca estimulação 
do sistema imune 
 Ao sair da circulação, reduz seu metabolismo e mantem níveis 
basais de replicação = estágio de latência =: impede 
reconhecimento pelo sistema imunológico 
Sífilis terciaria: 
 Se desenvolve em até 1/3 dos pacientes não tratados 
 Lesões de aorta e artérias do SNC = tabes dorsalis 
 Goma: lesões granulomatosas com centro coagulado e 
endarterite de pequenos vasos 
 Pele, fígado, ossos, balo => principais locais de 
desenvolvimento de gomas sifilíticas 
Sífilis congênita: 
 Transmissão vertical => microcirculação placentária => em 70 
– 100% dos casos de mulheres não tratadas em sífilis primária 
ou secundária e em 30% das sífilis terciárias e latente 
 Transmissão por contato de lesões no canal de parto e lesões 
mamárias 
 Aborto espontâneo, natimorto, morte perinatal = 40% das 
crianças infectadas 
 > 50% dos infectados são assintomáticos no nascimento 
 Sífilis congênita recente: sinais e sintomas surgem nos 2 
primeiros anos de vida 
 Baixo peso 
 Rinite com coriza serosanguinolenta 
 Obstrução nasal 
 Prematuridade 
 Osteocondrite 
 Periostite 
 Osteíte 
 Choro ao manuseio 
 Sífilis tardia: sinais e sintomas após 2 anos de vida 
 Tíbia em lâmina de sabre 
 Fronte olímpica 
 Nariz em sela 
 Dentes deformados => Hutchinson 
 Mandíbula curta 
 Arco palatino elevado 
 Ceratite intersticial com cegueira 
 Surdez neurológica 
 Dificuldade de aprendizado 
 Hidrocefalia 
 Retardo mental 
Resposta imune: 
 Placenta: citocinas + fatores de crescimento => diferenciação 
celular e tissular, morte celular programada, metabolismo, 
nutrição, angiogênese 
 IL-4, IL-4, fatores de crescimento: proteção do feto = inibem a 
resposta fetal celular citotóxica 
 Tolerância imunológica materno ao fato = proteção de 
expulsão + resposta humoral contra treponema não é eficiente 
para eliminá-lo 
 Passagem transplacentária de IgG materna contra o 
treponema durante toda a gestação => desaparece no 6 – 8º 
mês de vida => dificuldade de soro diagnóstico 
 IgM materna só atravessa a placenta se houver lesão de 
placenta 
 Feto é capaz de produzir IgG e IgM a partir da 10 – 20ª sem de 
gestação 
 RN já nasce em sífilis secundária => mãe passa treponema 
pela microcirculação placentária 
 > 50% das crianças infectadas não tem sinais clínicos ao 
nascer => dificuldade de diagnóstico 
 
 
 
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA 
 
 Zoonose de distribuição universal 
 Protozoário: Toxoplasmose gondii 
 Intracelular obrigatória 
 Soropositividade em adultos: 40 – 80% 
 Prevalência no Brasil: 50 – 80% => RS: 74,5% 
 BR: mulheres em idade fértil com IgG + = 60 – 75% 
 Soroconversão durante a gravidez: 6,4:1.000 gestantes 
 40% das infecções primárias na gravidez causam infecção 
fetal 
 Incidência de toxoplasmose congênita: 1 – 7 casos / 1.000 
nascidos vivos 
Ciclo evolutivo: 
 3 formas: 
 Taquizoíto: infecção aguda, forma livre 
 Cistos: bradzoítos, replicação lenta, infecção crônica em 
tecidos 
 Oocistos: espeorozoíto, em solo e fezes de gatos 
Resposta Imune: 
 Liberação de citocinas inflamatórias => IL-12 pelas células 
dendríticas e macrófagos 
 Apresentação de antígenos por macrófagos e células 
dendríticas para as células T=> MHCII 
 Macrófagos e células dendríticas: expressão de MHCI => 
ativação de T CD8 + 
 
 
Mecanismos de sobrevivência do parasita: 
 Bloqueio de apoptose => inativação de caspases = proteases 
 Indução de migração celular => na infecção aguda, taquizoítos 
viajam através do hospedeiro e atravessam a barreira biológica 
dos leucócitos infectados 
 Em células do SNC, olhos, músculos => produção de NO por 
macrófagos ativados por T CD4+ e T CD8+ 
 
Patogênese: transmissão vertical: 
 Somente na toxoplasmose primária 
 Não há transmissão em gestações sucessivas 
 1º tri: 30%, mas formas mais graves => 22 – 2 % na forma 
subclínica, 77% com clínica aparente + 5% de morte perinatal 
 2º tri: 30 – 70% => 74% é subclínico + 15% com clínica 
aparente + 2% de morte perinatal 
 3º tri: 100%, mas formas menos graves => 90% subclínico + 
10% com clínica aparente + 0% morte perinatal 
Sinais e sintomas: 
 90% são assintomáticos => 33% tem 1 ou > sinais da 
doença 
 Alteração de LCR 
 RNPT 
 SNC: hidrocefalia + convulsão + microcefalia + 
incoordenação da deglutição + surdez + miocardite + 
esplenomegalia + hepatomegalia + icterícia + púrpura + 
catarata 
 Coriorretinite: 80% é bilateral, 30 – 50% é subclínico => 70 – 
94% formas são assintomáticas 
 Atrofia de N. óptico: baixa acuidade visual, estrabismo, 
Microftalmia 
 Calcificação intracraniana: únicas ou múltiplas, podem 
desaparecer com o tratamento, sem apresentações 
características, especialmente na região occipo-parietal e 
temporal => vasculite < necrose < infiltração celular < 
calcificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AIDS NA PEDIATRIA 
 
☼ 1º caso de IADS: 1981, nos EUA => homossexuais masculinos 
☼ Pneumocystis jiroveci pneumonia (PJP) 
☼ Sarcoma de Kaposi 
☼ HIV – 1: 1983 => 1º caso no BR + 1º criança (1985) 
☼ HIV – 2: 1986, na África Ocidental 
☼ 1986: AZT 
☼ 1996: Haart 
☼ Meta para o tratamento da OMS até 2020: 90% dos 
diagnosticados + 90 % dos em tratamento + 90% dos em 
tratamento com supressão vira + superação do preconceito 
☼ O tratamento do HIV pode normalizar a sobrevida: 
 
☼ Indidência: RS tem taxa maior que a nacional (94%), mas em 
2014 ela reduziu (38,3 casos para cada 100.000 habitante; no 
BR a taxa é de 19,7 casos para cada 100.000 habitantes).Em 
2014 no RS houveram 13 casos de AIDS em homens para 
cada 10 em mulheres 
 
☼ AIDS em < 5a: indicador de transmissão vertical de HIV => no 
RS há queda significativa 
 
 
☼ No BR, apenas 45% dos casos são cobertos pela TARV. Na 
américa latina esse número cai para 41%. Na África 
subsaariana, o total de cobertura da TARV é de 37%, na Ásia 
e Pacífico, é de 33%, no Lesta europeu e Ásia central é de 21% 
e no Oriente Médio e África setentrional é de 11% 
Estrutura do HIV: 
 Esférico 
 100 – 200 nm de diâmetro 
 Gênero Lentivirinae, da família Retroviridae 
 RNA de cadeia simples, encapsulado por uma camada 
proteica, com capsídeo, envelope externo de bicamada 
fosfolipídica 
 Genoma: 3 genes que codificam as proteínas estruturais e as 
enzimas virais integrasse, protease e transcriptase reversa 
 
 
 
 
Tropismo viral: 
 HIV tem tropismo por macrófago: usa o receptor de 
quimiocina CCR5, precisando apenas de nível baixo de CD4 
na célula hospedeira 
 CCR5: expresso por macrófagos e células dendríticas => 
baixo CD4 de superfície 
 HIV linfotrópico: usa o receptor de quimiocina CXCR4 
expresso em células T => precisa de alta densidade de T CD4 
na superfície celular 
História natural: 
 Infecção aguda por HIV1: síndrome mononucleose like 
 Antes da Soroconversão: vírus pode ser detectado em LCR, 
plasma e células mononucleares do sangue periférico 
 Na fase de soroconversão: rápido declínio da quantidade de 
vírus livres e intracelulares => resposta imune limitando a 
replicação viral 
 Período assintomático: pode durar vários anos, com baixa 
replicação viral e declínio continuo e gradual de T CD4 
 Crianças infectadas intraútero ou perinatal: latência curta antes 
da fase sintomática => viremia plasmática > do que as 
infectadas com > 3 meses de idade 
 Progressão da doença: redução rápida de T CD4 + aumento 
da viremia plasmática e celular + surgimento de síndromes 
clínicas associadas a imunodeficiência 
 
Resposta Imune: 
 Infecção: mucosa do trato genital ou retal = relação sexual 
 Atravessa a barreira mucosa => se estabelece no local de 
entrada => infecta linfócitos T CD4, macrófagos e células 
dendríticas 
 Replicação viral começa com ajuda pela resposta imunológica 
inata => aumento de células T suscetíveis a infecção 
 Disseminação para linfonodos locais => disseminação 
sistêmica => em número suficiente para estabelecer e manter 
a produção viral nos tecidos linfoides = reservatório viral 
latente, especialmente de T CD4+ de memória 
 Replicação viral ativa e circulação do vírus na corrente 
sanguínea => pico de viremia entre 21 – 28 dias após 
exposição ao HIV + declínio acentuado de T CD4+ 
 Fase de expansão e disseminação sistêmica = indução da 
resposta imunológica tardia e insuficiente para erradicar a 
infecção 
 Ativação imune = aumento de T CD4+ ativados = alvo para 
novas infecções => infecções e vacinas interferem na carga 
viral 
 T CD8+ => controle parcial da infecção, mas insuficiente para 
impedir a depleção de T CD4 e a progressão da AIDS 
 Resposta imune celular HIV específica e síntese de anticorpos 
anti-HIV => queda da viremia + queda da cronicidade da 
infecção pelo HIV 
 Liberação do vírus das células T CD4 = lise da célula 
 Macrófagos e células dendríticas não são destruídos pelo HIV, 
mas podem ser reservatórios = transporte de vírus para outras 
partes do corpo => tecido linfoide e SNC => produção de 
pequeno número de partículas, sem consequências citopáticas 
 Disfunções de polimorfonucleares em pacientes com AIDS soa 
agravados por uso de medicamentos neutropênicos, com AZT, 
ou pela coinfecção com outros patógenos causadores de 
neutropenia, como CMV 
 
Na criança: 
 Deficiência humoral é mais importante na criança que no 
adulto => ausência de resposta secundária a agentes comuns, 
como bactérias 
 Crianças com HIV 1 tem apenas resposta primária de IgM 
 Mudança de IgM para IgG, responsável pela resposta 
especifica duradoura, é deficitária 
 Imunodeficiência materna pode interferir na maturação normal 
de linfócitos B neonatais 
 Curva de mortalidade é bimodal: 80% inicia manifestações 
clínicas nos 3 primeiros anos de vida, evoluindo até 8 – 10ª; 
20% morre nos 2 primeiros anos de vida por imunodeficiência 
grave + encefalopatia + lesão do sistema imune fetal durante 
a gestação 
 Dependência de IL-2sobre as células NK no neonato infectado 
por HIV1: vírus bloqueia a regulação positiva de receptores IL-
2 e interfere na sua sinalização => prejuízo de funcionamento 
das células NK neonatais = aumento da suscetibilidade a 
infecções intracelulares e desenvolvimento de neoplasias

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