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Apresentação 7

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MACROECONOMIA
Sistema Monetário (cap. 29)
MANKIW, N. G. Introdução à Economia. 5ª edição.
Conceito de moeda
Moeda é tudo aquilo que é aceito para liquidar transações, isto é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações. Ela é uma espécie de haver ou direito que o seu detentor tem perante a sociedade.
Ao longo da história, tivemos inúmeros tipos de moeda:
moeda-mercadoria (sal, metais);
moeda-papel (certificado que atestavam que você tinha determinada quantidade de metais depositada em uma casa de custódia);
papel-moeda ou moeda fiduciária (apenas um pedaço de papel, sem lastro, que todos acreditam ter valor, daí o termo “fiduciária”, que deriva de “fé”).
Funções básicas atribuídas à moeda:
Meio de troca: ser intermediária das trocas. Decorrente da aceitação geral da sociedade, que realiza as transações econômicas utilizando este ativo como meio de troca.
Unidade de conta: a moeda fornece o referencial para que os valores das demais mercadorias sejam cotados. Os valores dos bens e serviços transacionados são expressos em quantidade de moeda.
Reserva de valor: esta função é decorrente de sua primeira função – meio de troca. Só há sentido em utilizar a moeda como meio de troca se, entre uma transação e outra transação, em momento posterior, ela mantiver durante certo intervalo de tempo o seu valor ou seu poder de compra. 
Além de desempenhar estas funções, também é aceito que a moeda deve possuir os seguintes atributos ou características: 
Aceitação geral (todos tenham fé que o ativo vale alguma coisa),
Divisibilidade,
Durabilidade, 
Baixo custo de carregamento... 
Nota: não confunda atributos (divisibilidade, durabilidade, etc) com funções da moeda (reserva de valor, unidade de conta e meio de troca).
Demanda de moeda
Motivo transação:
A moeda “em si” não vale nada, o que vale é o que ela nos permite comprar.
- As pessoas demandam moeda para realizar transações, para poder adquirir bens e serviços. Essa é a chamada demanda de moeda pelo motivo transacional e ela é dependente da renda das pessoas.
Demanda de moeda
Motivo precaução:
Os indivíduos, contudo, não recebem renda diariamente na economia (pelo menos a maioria deles!). Por exemplo, o salário é pago de mês em mês. Por outro lado, os agentes realizam gastos diariamente (alimentação, transporte, etc). Assim, os indivíduos devem fazer frente a essas defasagens entre recebimentos e pagamentos guardando moeda para poderem fazer frente às transações necessárias. 
O ato de guardar moeda visando usá-la em momentos futuros é a demanda de moeda por motivo precaucional. Os indivíduos têm incerteza em relação ao futuro e guardam moeda para se precaver de infortúnios.
Demanda de moeda
Motivo transação (portifólio):
Os indivíduos, a priori, podem escolher manter sua riqueza na forma do ativo moeda (que possui liquidez absoluta) ou em títulos diversos que, apesar de possuírem menor liquidez que a moeda, geram rendimentos ao seu portador. Quando as pessoas demandam títulos, isso significa que elas estão abrindo mão de demandar moeda, e vice-versa.
Quando a taxa de juros é alta, as pessoas tendem a demandar títulos em vez de moeda, pois o custo de oportunidade de reter moeda é alto. Assim, percebemos que a demanda de moda por motivo especulação é inversamente proporcional à taxa de juros
Oferta de moeda
As transações realizadas pelos agentes econômicos podem ser realizadas na forma de papel-moeda (dinheiro em espécie ou, no linguajar popular, dinheiro “vivo”) ou mediante moeda bancária (cheques, transferências bancárias, e/ou cartões de débito).
A moeda bancária é aquela moeda que os agentes (o público) mantêm depositada nos bancos comerciais (é o nosso saldo em Conta Corrente quando tiramos o extrato bancário). Esse tipo de moeda também é chamada de moeda escritural.
Se somarmos o dinheiro que está com o público na forma de papel-moeda (dinheiro “vivo”) e o dinheiro que as pessoas têm para disponibilidade imediata em suas contas bancárias (moeda escritural), teremos os meios de pagamento da economia (M1), que é o principal agregado do sistema monetário.
Os meios de pagamento ou meio circulante (M1):
Correspondem aos ativos com liquidez absoluta.
Não rendem juros.
Sofrem todo o impacto da inflação.
Quando a inflação se acelera, observa-se forte redução de M1 em comparação com outros agregados, o que é chamado de desmonetização da economia. Os agentes tentam não reter moeda (M1), devido à perda resultante do processo inflacionário.
Assim:
(M1) = PMPP + Depósitos à vista (DV)
Oferta de moeda
Os bancos e a oferta de moeda
Suponha: um mundo sem bancos, a moeda corrente é a única forma de moeda.
Se a quantidade total de moeda corrente = 100
Então a oferta de moeda = 100
Suponha: que alguém abra um banco, Primeiro Banco Nacional, que aceite depósitos, mas não conceda empréstimos. 
O objetivo é proporcionar um lugar seguro para guardar o dinheiro.
Esses depósitos recebidos e não emprestados = RESERVAS.
Sistema de 100% de reserva bancária.
Sistema de 100% de reserva bancária
Ativos = Passivos
Se os bancos mantêm todos os depósitos como reserva, não influenciam a oferta de moeda.
Criação de Moeda por meio do Sistema de Reservas Bancárias Fracionárias
SRF: Um sistema bancário no qual os bancos mantêm apenas uma parte de seus depósitos como reserva. 
Suponha: que o banco decida manter apenas uma fração desses depósitos na forma de reserva, ao perceber que as famílias não fazem grandes retiradas e por existir um público potencial para a concessão de empréstimos, o banco adota o sistema de reservas fracionárias.
Passivo do Banco = $100
Ativo do Banco:
	- $10 (reserva)
	- $90 (empréstimos) Para as famílias que tomam 					empréstimos representa um 					passivo.
Ativos do bco. = Passivo do bco.
No entanto, há criação de moeda, a Oferta de Moeda aumenta em $90 
Of. Moeda = $190
O multiplicador da moeda
A criação de moeda não para no Primeiro Banco Nacional.
Suponha: que o tomador de empréstimo do Primeiro Banco Nacional use os $90 para comprar algo de alguém, que deposita a moeda corrente no Segundo Banco Nacional.
Se o Segundo Banco Nacional também tiver uma razão de reserva de 10%, manterá $9 como reserva e emprestará $81. Dessa forma, criará $81 em moeda adicional.
Se esses $81 forem eventualmente depositados no Terceiro Banco Nacional, que também tem uma razão de reserva de 10%, esse banco manterá $8,10 de reserva e emprestará $72,90.
O processo avança. A cada vez que a moeda é depositada e um empréstimo é concedido, mais moeda é criada.
O multiplicador da moeda
Quanta moeda é criada nessa economia? 
Embora esse processo de criação de moeda possa continuar indefinidamente, ele não cria uma quantidade infinita de moeda. Ao somar a sequência observa-se que os $100 de reserva geram $1000 de moeda.
A quantidade de moeda que o sistema bancário gera com cada dólar de reserva é chamado de Multiplicador da moeda, que nesse caso é = 10
O multiplicador da moeda
Os instrumentos de controle monetário do Bacen
O Bacen é responsável por controlar a oferta de moeda no país.
OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO (compra e venda de títulos do governo pelo BC)
RESERVAS EXIGIDAS (montante mínimo de reservas que os bancos devem manter sobre os seus produtos)
TAXA DE REDESCONTO (taxa de juros sobre os empréstimos que o BC concede aos bancos)
BANCO CENTRAL - BACEN
FUNÇÕES:
- BANCO DOS BANCOS: empresta para IF com sérios problemas de liquidez;
 BANCO DO GOVERNO: depositário das reservas oficiais de ouro/moeda estrang. 
 ÚNICO BANCO EMISSOR DE MOEDA: não deixar que a economia opere em excesso ou falta de moeda. Por meio de:
	- Emissão de papel-moeda e moeda metálica
	- Execução dos serviços de meio circulante
	- Recebimento dos recolhimentos compulsórios e depósitos voluntários
	- Compra/venda de títulos públicos federais
 REGULADOR DO SFN: compete ao BC cumprir as disposições atribuídas pelo CMN
SUPERVISIONA IF (existe uma série de funções que o BC exerce junto as IF)

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