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Guia de elaboração de Projeto de Pesquisa e Monografia da …

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GUIA PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO DE 
PESQUISA CIENTÍFICA E MONOGRAFIA: 
Orientações Técnicas e Metodológicas 
 
 
 
 
 
 
Prof. Junior Argôlo (org.) 
 
E-mail: junior-argolo-adv@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2011 
ESTRUTURA DO PROJETO1 DE PESQUISA CIENTÍFICA 
SEGUINDO A NBR 15287:2011 
Os cursos de graduação e pós-graduação, latu-senso e stricto senso, tem exigido que 
seus alunos envolvam-se com a pesquisa científica de forma cada vez mais direta. Esse 
envolvimento não requer apenas a prática da pesquisa, mas exige um refletir antecipado: um 
planejamento. 
Sabemos que a monografia é precedida do Projeto de Pesquisa Científica, pois este 
orienta o seu desenvolvimento. Logo, o Projeto de Pesquisa Científica é um planejamento 
detalhado que se pretende realizar para a construção da monografia. Nesse sentido, planejar 
nada mais é que decidir antecipadamente o que deve ser feito para a construção do trabalho 
científico. 
Por sua vez, a pesquisa científica prevê, no mínimo, duas grandes etapas: 
 a primeira etapa, que antecede a sua execução, é o momento – necessário – de 
refletir sobre o que se quer conhecer mais, que dúvidas se quer resolver, qual a abrangência 
daquilo que se vai estudar. Esse é o momento do projeto de pesquisa; 
 a segunda etapa, refere-se à execução da pesquisa em si, com base em tudo aquilo 
que se planejou. Esse é o momento de construir a obra, ou seja, o desenvolvimento da 
pesquisa que você se propôs através do projeto. 
Em análise, segundo as palavras de Santos (2008, p. 22), o projeto de pesquisa 
científica “[...] traça o caminho intelectual inicial de todo o processo posterior”. Nesse 
sentido, a elaboração de um projeto de pesquisa facilita o trabalho do próprio executor dessa 
(o pesquisador), além de permitir que outras pessoas possam entender com clareza aquilo que 
se pretende estudar em sua obra. 
Por tais razões, o projeto permite o desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões 
científicos, de forma racional, lógica, criteriosa, com métodos e procedimentos adequados, os 
quais estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Assim, esse 
planejamento ajuda a garantir que os resultados sejam mais confiáveis, fruto de um 
pensamento analítico, crítico e questionador. 
 
1 A Monografia é precedida do Projeto de Pesquisa Científica, pois este orienta o seu desenvolvimento. Quando 
o Projeto se encontra embasado em referências (teóricas e/ou práticas) consistentes, a sua operacionalização e 
elaboração do Trabalho Final de Conclusão do Curso (TCC) tornam-se muito mais tranqüilas. 
Necessário se faz ventilar que muitos pesquisadores iniciantes ao se depararem com a 
necessidade de elaborar um projeto de pesquisa, sentem-se bastante ansiosos e até mesmo 
indecisos. Enfim, sendo acometido de uma certa insegurança. Isso pode acontecer não por que 
o new pesquisador não saiba fazê-lo, mas por que não tem noção clara de como fazê-lo e, às 
vezes, por não estar familiarizado com a pesquisa e por não ter descoberto nela uma grande 
aliada. Uma vez conhecendo como fazer um projeto e tendo consciência do quanto ele pode 
simplificar a trajetória da pesquisa, auxiliando na vida profissional, tudo fica mais fácil. 
O projeto de pesquisa científica está alicerçado sob as normas técnicas de informação 
e apresentação, tombado pelo NBR 15287, da ABNT, com última atualização em 30 de 
dezembro de 2005. Assim, diz a redação da norma em epígrafe que a estrutura de um projeto 
de pesquisa científica compreende três disposições essenciais e obrigatórias: 
1 pré-textuais; 
2 textuais; e, 
3 pós-textuais. 
Em razão disso a estrutura pré-textual é composta dos seguintes elementos: capa, folha 
de rosto (NBR 14724) e sumário (NBR 6027); já na estrutura textual, segundo a ABNT, 
Os elementos textuais devem ser constituídos de uma parte introdutória, na qual 
devem ser expostos o tema do projeto, o problema a ser abordado e a(s) hipótese(s), 
quando couber(em), [...] o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s) e a(s) justificativa(s) 
[ficarão em páginas separadas]. É necessário que sejam indicados o referencial 
teórico que o embasa, a metodologia a ser utilizada, assim como os recursos e o 
cronograma necessários à sua consecução. (ABNT, NBR 15287, 2005, p. 2, grifo 
nosso). 
Em remate, no tocante a estrutura pós-textual, essa será composta dos elementos: 
Referências (NBR 6023), Anexo(s) e/ou Apêndice(s) (se houver(em)), além da contra-capa 
(folha em branco). 
1 Elementos pré-textuais 
Os elementos pré-textuais são todos os itens (ou elementos) que antecedem o texto, ou 
seja, segundo a ABNT, “[...] são elementos que completam o trabalho” (NBR 15287, 2011, 
p. 1). 
 
a) Capa e Folha de rosto 
A capa e a folha de rosto do Projeto de Pesquisa Científica devem conter todos os 
elementos elencados na NBR 15287:2011, muito embora a norma em comento disponha a 
Capa como um elemento opcional, esta Instituição classifica o elemento como obrigatório em 
sua apresentação. Devendo a Capa conter as seguintes informações transcritas na mesma 
ordem: 
a) nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando solicitado; 
b) nome(s) do(s) autor(es); 
c) título; 
d) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, precedido 
de dois-pontos (:), ou distinguido tipograficamente); 
e) local (cidade) da entidade, onde deve ser apresentado; 
f) ano de depósito (entrega). 
Já a Folha de Rosto,2 elemento obrigatório, apresenta as informações transcritas na 
seguinte ordem: 
a) nome(s) do(s) autor(es); 
b) título; 
c) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, precedido 
de dois-pontos (:), ou distinguido tipograficamente); 
d) tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que deve ser submetido; 
e) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado; 
f) ano de depósito (entrega). 
b) Sumário 
O Sumário deve ser elaborado de acordo a NBR 6027 e deve, ainda, conter a indicação 
das páginas das diferentes partes do trabalho. Há de salientar que os elementos do pré-texto 
 
2 Se exigido pela entidade, deve ser apresentados dados curriculares do(s) autor(es) em folha(s) distinta(s) após 
a folha de rosto. 
não constam no sumário, ou seja, no sumário só serão apresentados os elementos textuais 
(Introdução, Objetivos, Justificativa, Referencial Teórico, Metodologia, Recursos, 
Cronograma). Além dos elementos pós-textuais (Referências, Anexos (se houver)). 
Assim, o Sumário é elemento obrigatório que enumera as principais divisões, seções e 
outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS DE ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS NO PROJETO DE PESQUISA: 
CAPA, FOLHA DE ROSTO E SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 
Curso de Direito 
 
 
Nome do aluno completo, sem abreviatura 
(se for mais de um deverá vir em ordem alfabética) 
TÍTULO DA OBRA EM CAIXA ALTA E EM NEGRITO: 
Subtítulo (se houver, sem negrito) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2011
 
 
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 
Curso de Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome do aluno, sem abreviaturasTÍTULO DA OBRA: 
Subtítulo (se houver) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local de depósito (Maceió) 
ano (2011)
3 cm / Superior 
6 cm 
10 cm 
14 cm 
2cm + 1 cm = 3cm / Esquerda 2 cm / Direita 
2 cm / Inferior 
CAPA 
Espacejamento simples 
Medianiz 
 
Nome do aluno, sem abreviatura 
(se for mais de um deverá vir em ordem alfabética) 
TÍTULO DA OBRA EM CAIXA ALTA E EM NEGRITO: 
Subtítulo (se houver, sem negrito) 
Projeto de pesquisa apresentado como exigência parcial da 
disciplina Metodologia da Pesquisa sob a orientação do 
Prof. ... , no 8º período do curso de Direito, noturno, ... da 
Faculdade Maurício de Nassau. 
Orientador(a) doutrinário(a): Prof(a) (Título) ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2011
 
 
 
Nome do aluno, sem abreviaturas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO DA OBRA: 
Subtítulo (se houver) 
Projeto de pesquisa apresentado como exigência parcial da 
disciplina Metodologia da Pesquisa sob a orientação... 
 
Orientador(a) doutrinário(a): Prof.(a) (Título) ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local de depósito 
ano
48 pts. antes 
6 pts. antes 
Fonte: 10  3 cm + 7,5 cm = 10,5 cm 
FOLHA DE ROSTO 
10 cm 
Espacejamento simples 
Espacejamento simples com fonte tamanho 10 
Espacejamento 
simples 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa Científica apto doutrinariamente a ser depositado: 
____________________________________________________________ 
Prof. ...... (nome completo e titulação do Prof(a) orientador(a) 
Orientador(a) Doutrinário(a) 
Projeto de Pesquisa Científica apto metodologicamente a ser depositado: 
 
____________________________________________________________ 
Prof. (nome completo e titulação do Prof(a) orientador(a) metodológico 
Orientador Metodológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2011
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO3 .......................................................................................................... 4 
2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 
2.1 Geral ............................................................................................................................. 
2.2 Específicos .................................................................................................................... 
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 
4 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 
5 METODOLOGIA .......................................................................................................... 
6 CRONOGRAMA ........................................................................................................... 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 
ANEXOS ........................................................................................................................... 
 
 
 
 
3 Na introdução estarão contidos dois elementos: o Problema e a(s) Hipótese(s) de forma discriminada em 
parágrafos distintos, seguidos. 
 
2 Elementos textuais 
Os elementos textuais são as partes do trabalho que são expostas à matéria. Ou seja, os 
elementos textuais são aqueles que constituem o núcleo do trabalho. É a parte onde será 
apresentado o conteúdo de todo o trabalho, no caso do Projeto de Pesquisa Científica sendo 
composto por: Introdução, Objetivos, Justificativa, Referencial Teórico, Metodologia, 
Recursos4, Cronograma. 
a) Introdução 
A fim de maior clareza, a Introdução (Apresentação) do Projeto de Pesquisa terá em 
sua redação uma divisão entre a apresentação do tema proposto, levantamento bibliográfico 
preliminar (síntese), problema a ser abordado e a(s) hipótese(s), quando couber(em), mas 
sem necessidade desses elementos estarem topificados, dicotomizados, divididos por 
subseções. Ou seja, os parágrafos serão contínuos, onde cada elemento terá o seu próprio 
parágrafo, sua própria redação, mas interligados na essência da idéia tratada pelo link de 
raciocínio. 
a1) Tema 
O tema expõe ao leitor o assunto da pesquisa, define a área de interesse a ser 
pesquisada. A seleção pode partir de uma decisão pessoal ou das exigências do curso que se 
realiza. Também pode se dar por uma lacuna em nossa formação e o desafio de superar nossas 
limitações pode nos motivar a realizar uma pesquisa. 
Pois bem, essa motivação é importante para enfrentarmos as dificuldades que o 
processo de pesquisa oferece. Na escolha do tema considere o interesse que o mesmo desperta 
como também o tempo disponível para que a pesquisa se realiza dentro do prazo estabelecido 
pela coordenação do curso. O tema pode ser delimitado e um problema apontado. O problema 
vem a ser a questão que norteará todo o seu processo de pesquisa. 
No que pertine especificamente a escolha do tema, há de ser salientado que existem 
dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa: 
 
4 Elemento opcional a ser inserido no Projeto de Pesquisa Científica. 
 Fatores internos 
a) Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal. Para se 
trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema 
está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não 
seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento. 
 b) Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa. Na escolha do 
tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir 
para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no 
nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa. 
c) O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido. É 
preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não 
entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é a de ciências humanas, devo me ater aos 
temas relacionados a esta área. 
 Fatores externos 
a) A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus 
valores acadêmicos e sociais. Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não 
executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que 
ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em 
geral. 
b) O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho. Quando a instituição 
determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar 
por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar 
delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho. 
c) Material de consulta e dados necessários ao pesquisador. Um outro problema na 
escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido 
é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta 
dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior 
para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas deve 
ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado. 
a2) Levantamento bibliográfico 
O levantamento indica o conhecimento que possuímos sobreo tema a partir de leituras 
que fizemos. Expõe ao leitor como esse assunto já tem sido tratado por outros autores. Esboça 
uma revisão da bibliografia que o pesquisador já pôde consultar até o momento da elaboração 
do seu projeto de pesquisa. Não se trata de uma relação de nomes de livros, artigos e/ou 
autores que você pretende ler. 
Por seu turno, o tema descreverá o objeto de estudo. Deverá evidenciar qual a pesquisa 
pretendida, elucidando o assunto a abordar, delimitando-o segundo o desígnio de um curso 
lato sensu. Além disso, o tema deve ser redigido com objetividade, exprimindo globalmente a 
proposta. Dessa forma, o tema é mais extenso do que o título pois seu mister é esclarecer a 
intenção do estudo como sinopse prévia da monografia. Por outro lado, como o título tem a 
função de convidar ao conhecimento, sua redação pode lançar mão da estética literária, de 
metáforas, para causar impacto, curiosidade e seduzir o leitor. Por isso, o título é uma das 
últimas tarefas a cumprir quando se produz um texto acadêmico, pois no decorrer do processo 
de construção do trabalho muitos insights emergem propiciando nomeações mais pertinentes. 
Por fim, o levantamento bibliográfico preliminar dá início a revisão da literatura que 
dará suporte a fundamentação teórica ao seu estudo. 
a3) Problema5 (também chamado de Problematização ou de Problemática) 
Problematizar é especificar um ponto para ser resolvido, aquilo que significa contenda, 
desavença, discussão ou conflito em relação à temática escolhida, portanto, é uma questão, 
um enunciado que interroga sobre como chegar a uma boa conclusão. 
Segundo Marconi e Lakatos (2006), o problema para ser considerado aproprieado, 
deve ser analisado sob os seguintes aspectos: 
1. viabilidade – pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa; 
2. relevância – está adequado ao estágio atual da evolução científica; 
3. novidade – deve ser adequado ao estágio atual da evolução científica; 
 
5 Explicação pertinente: O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o 
tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada 
através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O 
autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. 
4. exeqüibilidade – pode chegar a uma conclusão válida; 
5. oportunidade – atender a interesses sociais, gerais. 
A formulação do problema é condição sine qua non, fundamental, da pesquisa 
científica, pois define e delimita o objeto a ser estudado, fornecendo ao pesquisador o 
elemento principal para estabelecer o objetivo geral da pesquisa. 
Por último, a problematização – antônimo da solução – descreve o aspecto negativo 
que a realidade mostra, e para modificá-lo resolvendo-o ou minorando-o, busca-se respaldo 
acadêmico através de um aprofundamento teórico. Logo, o problema é apresentado através de 
uma indagação (pergunta “?”), cuja resposta encontra-se, ainda, fora do alcance do 
pesquisador. 
a4) Hipótese(s) 
A hipótese é a resposta à pergunta da pesquisa (Problema); deve ser apresentada junto 
com as razões para se acreditar que esta será a resposta a ser encontrada ao executar a 
pesquisa. 
Assim, Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação 
categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido 
para pesquisa. É uma pré-solução para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, 
irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada. 
b) Objetivos 
A definição dos objetivos de pesquisa é pré-requisito sem o qual não se realiza 
nenhum trabalho científico. Nesse sentido, ao formular os objetivos de uma pesquisa 
científica deve-se expressar quais metas estão sendo almejadas para alcançar ao término da 
investigação. Segundo Costa (1999, p. 23), os objetivos devem “[...] prever intenções que se 
situam tanto no plano mais geral quanto no mais específico; [e, ainda, devem ser utilizados] 
verbos no infinitivo”. 
 
 
 
 Objetivo geral: 
De modo lato, o objetivo geral manifesta o rumo do conhecimento acadêmico 
desejado, açambarcando pesquisa e monografia como uma proposta ampla. Logo, o objetivo 
geral determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho. Deveras, 
objetivo é sinônimo de meta, fim a ser alcançado. Existem verbos específicos para a 
construção do objetivo geral da pesquisa. 
 Objetivos específicos: 
Para o cumprimento do objetivo geral, os específicos devem manifestar as etapas 
previstas para completar a finalidade almejada. Deve-se planejar um objetivo para cada 
segmento – parte ou seção6 – da monografia. Assim, os objetivos específicos definem 
determinados aspectos que se pretende estudar/compreender/explicar, levando ao alcance do 
objetivo geral. Os objetivos específicos tendem a responder a seguinte indagação: “Para que 
pesquisar?”. Para a construção dos objetivos específicos necessário se faz a utilização de 
verbos específicos para sua redação. 
Assim, para formular os objetivos de uma pesquisa, o verbo utilizado deverá ser 
passível de respostas, por isso é importante a escolha adequada. Geralmente, nas fases iniciais 
(graduação e pós-graduação lato sensu) os objetivos situam-se no âmbito de estudar, conhecer 
e compreender.7 
c) Justificativa 
É constituída pela argumentação sobre a relevância do estudo. Destarte, na 
justificativa retomam-se a problematização e ao objetivo geral, mostrando a importância da 
abordagem para encontrar o rumo pensado como solução da questão identificada. Para Costa 
et al. (1999, p. 23), a função da justificativa é “[...] destacar a relevância e o porquê de tal 
pesquisa ser realizada, apresentando os motivos que a justificam [...]”. 
 
 
 
6 A palavra capítulo está em desuso nos trabalhos científicos. 
7 Quando a pesquisa é descritiva, na maioria das vezes os verbos utilizados são: descrever, caracterizar e traçar; 
já na pesquisa explicativa utilizam-se os verbos: verificar, explicar, analisar e avaliar; na pesquisa exploratória, 
os verbos mais utilizados são: identificar, conhecer, levantar e descobrir. 
Pois bem, na justificativa deve-se responder sempre à pergunta: 
Porque executar o Projeto? 
A par disso, deve-se descrever as razões determinantes do Projeto, os fatores de 
motivação que levaram a abordagem do assunto. Situação atual: diagnóstico do problema que 
o projeto se propõe a solucionar. Deve-se incluir uma descrição dos antecedentes do 
problema, relatando os esforços já realizados ou em curso para resolvê-lo. Situação futura: 
deverá ser descrita a solução proposta para resolver ou minorar o problema identificado. 
Demonstrar a importância da execução projeto no contexto social, científico e tecnológico do 
país. 
Assim, ao elaborar a justificativa o pesquisador deve, segundo Costa (1999, p. 23): 
“[...] deixar claro quais contribuições se prevêem para a compreensão, intervenção ou solução 
do problema; articular a relevância intelectual e prática do problema investigado à experiência 
do investigador”. Em resumo, é na justificativa que o pesquisador deve defender o porque 
falar sobre o tema a ser pesquisado, e, ainda, deve destacar em seu convencimento o ponto no 
qual se encontram as pesquisas científicas sobre o tema escolhido no Brasil, ou, em sua 
região. 
d) Referencial teórico8 
O Referencial Teórico trata-se do corpo da monografia, da temática segundo vários 
autores, relacionando-os. Uma revisão bem elaborada mostra as visões das autoridadessobre 
o assunto, as convergências e divergências dessas visões, como se fosse uma “mesa redonda” 
– a simulação de um colóquio entre os teóricos aos quais se teve acesso. 
Nesse sentido, o referencial teórico tem por finalidade definir se a idéia é viável do 
ponto de vista teórico, conhecendo como o tema encontra-se atualmente explorado através das 
pesquisas realizadas. É um mapeamento teórico do estudo atual de conhecimento sobre o 
tema. 
Finalmente, é no referencial teórico que se deve listar a bibliografia e analisar de 
forma resumida os estudos concluídos ou em andamento realizados pela unidade executora, 
 
8 Este elemento, também, recebe outras nomenclaturas: Revisão de Literatura, Embasamento Teórico, 
Fundamentação Teórica, Levantamento Doutrinário, dentre outras. 
 
ou seja, pelo pesquisador. Mas, no Projeto de Pesquisa Científica esse Referencial Teórico 
será apenas um resumo do que será visto no trabalho monográfico. 
e) Metodologia (ou Procedimentos Metodológicos ou Material e Método) 
Na metodologia deve-se sempre responder a pergunta: 
De que forma o projeto será executado? 
Logo é na Metodologia que se deve abordar mecanismos, procedimentos, processos, 
técnicas a serem utilizados na execução do projeto. O projeto deve prever antecipadamente o 
que será medido, observado, analisado para demonstrar o avanço ou progresso obtido. 
Discriminar as atividades necessárias e estabelecer aquelas que possam constituir indicadores 
de acompanhamento físico do projeto. 
Em razão disso, o sentido da metodologia é facilitar o cumprimento dos objetivos. É 
preciso descrevê-la, esclarecendo quais caminhos escolhidos para o estudo e sua 
sistematização, ou seja, projetando as possibilidades da travessia pretendida. A opção 
metodológica decorre do prisma sob o qual se observa o objeto e respalda a pesquisa. Assim, 
para uma pesquisa de campo, deve-se elucidar, com fundamentação teórica, sobre o universo 
que lhe é pertinente, os critérios de amostragem, os instrumentos de pesquisa, etc... Uma 
pesquisa documental deve prever as diversas fontes, categorizando-as segundo autores 
especificados. 
1 Classificação das pesquisas 
Inicialmente é preciso deixar claro que ao classificar a nossa pesquisa estaremos 
fazendo uma opção pelos procedimentos técnicos que serão utilizados pelo pesquisador no 
decurso do estudo. Assim, essa classificação não é meramente ilustrativa ou decorativa no 
Projeto de Pesquisa Científica, mas uma tomada de decisão, importante que deve ser pensada 
com o devido cuidado, em virtude de ser assumida se for realmente optada pelo pesquisador. 
Devemos, ainda, alertar que o pesquisador poderá usar mais de um tipo de pesquisa e 
que os tipos utilizados não poderão ser excludentes entre si, nem tampouco antagônicos. 
 
a) Quanto a variáveis (VI e VD) 
Por variáveis entendemos causa e/ou efeito de um fenômeno que somaremos aos 
conceitos de dependente e independente, fazendo uma relação com a terceira Lei de Newton: 
de que a toda ação resulta uma reação. 
As variáveis estão para si nessa relação, ou seja, enquanto uma é ação a outra é reação. 
Mas de que forma isso acontece? 
Variável Independente (VI) – por VI entendemos a causa geradora do fenômeno. Ela é 
a ação que resultará numa reação, que denominaremos de variável dependente (VD). 
Variável Dependente (VD) – por variável dependente entendemos a reação, ou seja, o 
fato ou o fenômeno (produzido pela variável independente), que se está estudando como 
produto da existência da causa (VI). Manipulando-se a VI o pesquisador provoca alterações na 
VD. 
b) Quanto à classificação com base nas variáveis 
A primeira classificação dada às pesquisas diz respeito à manipulação ou não da VI. 
São de dois tipos: 
b1) Pesquisa Experimental 
Cumpre salientarmos que nesse tipo de pesquisa, que melhor se presta às ciências 
naturais, busca-se o maior controle possível da VI a fim de que sejam observáveis os 
resultados na VD, ou seja, no fenômeno estudado. Trata-se de rigorosa verificação empírica. 
Em suma, a pesquisa experimental envolve algum tipo de experimento. Exemplo: 
pinga-se uma gota de ácido numa placa de metal para observar o resultado. 
b2) Pesquisa Não-Experimental (ou ex post facto) 
Nesse tipo de pesquisa não há controle da VI, embora se constitua, como a pesquisa 
experimental, em rigorosa verificação empírica de determinado fato ou fenômeno. 
 A pesquisa não experimental é aquela em que a variável independente é manipulada 
em seu meio natural, sem interferência do pesquisador. Muitas vezes o fato a ser estudado já 
ocorreu, verificando-se quais elementos geraram determinado acontecimento, ou quais 
prováveis caminhos surgirão devido ao ocorrido. 
Vale lembrar que a pesquisa não-experimental é em geral menos valorizada que a 
pesquisa experimental, pois sem o controle da variável independente dependerá não só da 
análise, mas do poder de argumentação do pesquisador. Além do que, a escolha de uma teoria 
já carrega um “olhar” único que será diferente de outra teoria, criando divergências. 
Assim, apesar da maior crítica à pesquisa experimental ser o contraste entre o 
ambiente programado do pesquisador e o meio natural, a pesquisa não-experimental consegue 
adquirir um grau de cientificidade como da pesquisa experimental. Mesmo assim, sua 
importância é vital para o andamento das ciências sociais e humanas, já que o empirismo não 
é muito adaptável a elas. 
c) Quanto à classificação com base nos objetivos 
Neste critério estaremos classificando nossa pesquisa segundo intenção exploratória, 
descritiva ou explicativa do fenômeno a ser observado. 
c1) Pesquisa exploratória 
 Uma das características da pesquisa exploratória, tal como é geralmente concebida, 
refere-se à especificidade das perguntas, o que é feito desde o começo da pesquisa, como 
única maneira de abordagem. A pesquisa exploratória, da maneira proposta neste guia, 
apóia-se em determinados princípios bastante difundidos: 1) a aprendizagem melhor se realiza 
quando parte do conhecido; 2) deve-se buscar sempre ampliar o conhecimento e 3) esperar 
respostas racionais pressupõe formulação de perguntas também racionais. 
Este tipo de pesquisa tem por finalidade, especialmente quando se trata de pesquisa 
bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre determinado assunto; facilitar a 
delimitação de uma temática de estudo; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma 
pesquisa ou, ainda, descobrir um novo enfoque para o estudo que se pretende realizar. Pode-se 
dizer que a pesquisa exploratória tem como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a 
descoberta de intuições. 
Na maioria dos casos, a pesquisa exploratória envolve: a) levantamento bibliográfico; 
b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; c) 
análise de exemplos que estimulem a compreensão do fato estudado. 
Assim, a pesquisa exploratória trata da abordagem superficial do problema com vista a 
sua exploração, análise e exame. O objetivo, aqui, é uma maior interação entre o pesquisador 
e o objeto da pesquisa, uma familiarização deste em relação àquele. 
c2) Pesquisa descritiva 
É a exposição minuciosa das características de determinado objeto de estudo. Não se 
busca uma explicação, mas uma definição deste, ou de suas relações com outros, ou ainda, das 
relações correntes entre suas variáveis. 
A pesquisa descritiva procura observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os 
fatos ou fenômenos (variáveis), sem que o pesquisador interfira neles ou os manipule. Este 
tipo de pesquisa tem como objetivo fundamental a descrição das característicasde 
determinada população ou fenômeno. Ou, então, o estabelecimento de relações entre 
variáveis, isto é, aquelas que visam estudar as características de um grupo: sua distribuição 
por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental, e outros. 
Procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua 
relação e conexão com os outros, sua natureza e características. 
Deveras, são inúmeros os estudos que podem ser classificados como pesquisa 
descritiva e uma de suas características mais significativas é a utilização de técnicas 
padronizadas de coletas de dados, tais como o questionário e a observação sistemática, e 
instrumentos como a observação e o formulário. 
Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de 
relações entre variáveis, objetivando determinar a natureza dessa relação aproximando-se, 
assim, da pesquisa explicativa. 
A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas e, de um modo geral, assume a 
forma de um levantamento, sendo mais realizada por pesquisadores das áreas de ciências 
humanas e sociais, preocupados com a atuação prática. É também utilizada por instituições 
educacionais, partidos políticos, empresas, e outras organizações. 
Por fim, a pesquisa descritiva usa padrões textuais como, por exemplo, questionários 
para identificação do conhecimento. Exemplo: o IBGE realiza pesquisas descritivas. A 
pesquisa descritiva tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenônemos sem, 
entretanto, entrar no mérito de seu conteúdo. Na pesquisa descritiva não há interferência do 
investigador, que apenas procura perceber, com o necessário cuidado, a freqüência com que o 
fenômeno acontece. 
c3) Pesquisa explicativa 
A pesquisa explicativa é o mais profundo tipo de pesquisa quanto aos objetivos. Busca 
estabelecer causa para a ocorrência do fenômeno; em outras palavras, a pesquisa explicativa 
procura explicar o fenômeno em suas minúcias e detalhes. Exige conhecimento profundo dos 
métodos e técnicas de pesquisa uma vez que vai mais fundo no problema. 
Assim, a pesquisa explicativa, além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos 
estudados tem como preocupação primordial identificar os fatores que determinam ou que 
contribuem para a ocorrência dos fenômenos, isto é, suas causas. Este é o tipo de pesquisa que 
mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão e o porquê das coisas. 
d) Quanto à classificação com base na tomada e tratamento dos dados 
Essa classificação é voltada integralmente aos procedimentos técnicos de coleta e 
tratamento de dados. Não fazemos aqui nenhuma outra distinção entre essas classificações, 
uma vez que entendemos que três níveis de ordenamento são suficientes para uma 
qualificação procedimental eficiente. 
d1) Pesquisa bibliográfica 
Quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de 
livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. Ou seja, 
voltada à coleta de dados em fontes impressas de modo a crermos que os livros e periódicos 
se prestem melhor a essa função. Esse tipo de pesquisa contribuirá para obter informações 
sobre a situação atual do tema ou problema pesquisado; conhecer publicações existentes sobre 
o tema e os aspectos que já foram abordados; verificar as opiniões similares e diferentes a 
respeito do tema ou de aspectos relacionados ao tema ou ao problema de pesquisa. 
d2) Pesquisa documental 
Assemelha-se, em muito, à pesquisa bibliográfica, mas a fonte, dessa vez, são 
documentos, mapas, registros e outros tipos impressos – por via mecânica, manual, ou outra – 
que não os referenciados na classificação anterior. 
d3) Pesquisa ex-post facto 
Nesse tipo de pesquisa os dados são coletados após a ocorrência do fenômeno, com 
isso, o pesquisador não tem controle sobre as variáveis, cabendo-lhe, apenas, verificar as 
causas e as conseqüências, de modo a não estar em condições de interagir com o processo. 
Em resumo esse tipo de pesquisa se dá quando o “experimento” se realiza depois dos 
fatos. 
d4) Estudo de caso 
Fundamentalmente, o “Estudo de caso” constitui a busca de outro(s) fenômeno(s) que 
apresente(m) semelhanças com aquele que se está pesquisando agora, para que sejam 
verificadas suas convergências, os métodos adotados e os resultados obtidos e, assim, 
estabelecer uma procedência desses comportamentos. 
Assim, quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de 
maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. 
d5) Levantamento 
É a consulta direta a pessoas ou grupos de pessoas envolvidas no objeto de estudo, de 
modo a se construir uma teoria, com base quantitativa, daquilo que se deseja conhecer. O 
censo é uma forma de levantamento no qual todos os integrantes do universo pesquisado são 
investigados. 
Por fim, o Levantamento se dá quando a pesquisa envolve a interrogação direta das 
pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. 
 
 
d6) Pesquisa-ação 
A pesquisa-ação se dá quando concebida e realizada em estreita associação com uma 
ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes 
representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou 
participativo. 
d7) Pesquisa participante 
A pesquisa participante é aquela que se desenvolve a partir da interação entre 
pesquisadores e membros das situações investigadas. Logo, a pesquisa participante é, em 
alguns casos, um tipo de pesquisa baseada numa metodologia de observação participante na 
qual os pesquisadores estabelecem relações comunicativas com pessoas ou grupos da situação 
investigada com o intuito de serem mais bem aceitos. 
Assim, desse modo, devemos entender que, pelo menos em alguns casos, enquanto na 
pesquisa-ação o pesquisador está imerso no objeto de pesquisa, na pesquisa participante ele 
também está envolvido, apenas no intuito de aproximar-se do universo pesquisado e 
participando, compreendê-lo melhor. 
d8) Pesquisa quantitativa 
A pesquisa quantitativa baseia-se, fundamentalmente, em dados estatísticos e nas 
relações significativas entre os fenômenos obtidos nas diversas formas de pesquisa. Está mais 
relacionada ao tratamento aplicado às informações do que ao modo de obtê-las como tivemos 
até agora. Na atualidade é o mais usado em pesquisa e, freqüentemente o mais solicitado. 
d9) Pesquisa qualitativa 
A pesquisa qualitativa dá ênfase ao fenômeno e não a intensidade do fenômeno, muito 
embora não despreze a perspectiva quantitativa. É uma forma muito utilizada em pesquisas 
onde o objeto é o estudo do ser humano tido como muito mais significativo e não sujeito a 
quantificações. 
 
 
f) Recursos (opcional) 
No que pertine aos Recursos, normalmente as monografias (graduação e pós-
graduação lato sensu) não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os 
recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição 
financiadora de Projetos de Pesquisa. 
Assim, os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, 
Material de Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios 
de organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o 
Projeto. 
g) Cronograma 
No Cronograma deve-se haver a esquematização das atividades, ou seja, suas 
atribuições propostas, e, ainda, o desenvolvimento do projeto, segundo um fluxo temporal 
(com intervalo de tempo de 30 dias). A sua elaboração se dá por representações visuais 
(gráficos de barra, diagramas e/ou fluxograma). E ao final devem-se assinalar os indicadoresde acompanhamento estabelecidos no item anterior. Exemplo: 
 
ANO DE EXECUÇÃO: 2010 
 
 
AÇÕES / ATRIBUIÇÕES 
J F M A M J J A S O N D 
Escolha do tema 
 
Contato com o orientador 
 
Levantamento de fontes de pesquisa 
Elaboração do Projeto 
Entrega do Projeto 
Leitura, análise e estudo do material coletado 
Início da redação do trabalho 
Apresentação da redação ao orientador 
Revisão final da redação do trabalho: doutrina, metodologia e 
português 
 
Depósito 
 
Em análise última, o Cronograma deve ser apresentado em forma de quadro, e este 
elemento consiste no planejamento das etapas de trabalho necessárias à construção do texto 
monográfico, distribuídas no tempo previsto para o estudo. Assim, é uma previsão do 
agendamento das tarefas que permitirão alcançar os objetivos propostos, desde a escolha 
temática até a redação final. O fiel cumprimento deste elemento permite a celeridade das 
execuções. 
3 Elementos pós-textuais 
a) Referências9 
Todos os autores e/ou documentos listados nas Referências devem ter sido evocados 
no texto; da mesma forma, todos os autores citados no texto devem estar devidamente 
referenciados, inclusive o material colhido em Internet. 
Por último, as Referências seguirão especificamente a NBR 6023:2003. A ordem de 
apresentação será alfabética. O espacejamento será simples, não obedecendo à regra da NBR 
14724:2011. 
b) Anexos 
Os Anexos só serão incluídos caso haja necessidade de juntar ao Projeto de Pesquisa 
Científica algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A inclusão, 
ou não, fica a critério do autor da pesquisa. Quanto ao processo de inscrição do 
pesquisador no CNPq, por exigência institucional, o estudioso deverá se cadastrar na 
Plataforma Lattes 10 e ao final imprimir seu currículo e colocá-lo anexo ao Projeto de Pesquisa 
Científica como elemento comprobatório. 
 
 
 
 
9 Não se utiliza mais a terminologia REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ou BIBLIOGRAFIAS 
CONSULTADAS, cf. NBR-6023:2003. 
10 A Plataforma Lattes é à base de dados de currículos e instituições das áreas de Ciências e Tecnologia. O 
currículo Lattes deve ser preenchido pelo pesquisador no sítio do Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico (CNPq) disponível em: <https://wwws.cnpq.br/sigef_imp/owa/cadast_rh>. 
 
EXEMPLO DE ELEMENTOS TEXTUAIS NO 
PROJETO DE PESQUISA CIENTÍFICA: 
INTRODUÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA, REFERENCIAL TEÓRICO 
E CRONOGRAMA 
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS: REFERÊNCIAS E ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 1 INTRODUÇÃO 
 5 
2 OBJETIVOS 
 
 
2.1 Geral 
 
 
 
2.2 Específicos 
 6 
3 JUSTIFICATIVA 
 7 
4 REFERENCIAL TEÓRICO 
 8 
5 METODOLOGIA 
 9 
6 CRONOGRAMA 
 10 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
ATENÇÃO: 
 
DEVERÁ DEIXAR 
UMA FOLHA EM 
BRANCO AO FINAL 
DA IMPRESSÃO 
DO PROJETO 
INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA DIGITAÇÃO, FORMATAÇÃO 
E IMPRESSÃO DO PROJETO DE PESQUISA 
1 Digitação 
a) Fonte: Times New Roman / Arial 
b) Tamanho da fonte: 12 para todo desenvolvimento e para todos os títulos de seção 
c) Espacejamento entre linhas: 1,5 
d) Espacejamento entre parágrafos: 6 pontos antes e 6 pontos depois 
e) Recuo de parágrafo: 1,25 cm (primeira linha) 
f) Alinhamento: justificado 
 
 
2 Impressão 
a) Papel: Tamanho A4 
b) Cor do papel: Branco (ou Reciclável, cf. NBR 14724:2011) 
 
c) Gramatura: 75 ou 90 g/cm2 (Preferencialmente) 
 
d) Cor da fonte: preta 
 
 
 
3 Configuração de página 
a) Margem Superior: 3cm 
 
b) Margem Inferior: 2cm 
 
c) Margem Direita: 2cm 
 
d) Margem Esquerda: 3cm (2cm + 1cm da Medianiz = 3cm) 
 
 
 
 
4 Layout 
a) Cabeçalho: 2 cm 
b) Rodapé: 1,5 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
Em conclusão, a pesquisa científica é, portanto, a realização concreta de uma 
investigação planejada e desenvolvida de acordo com as normas consagradas pela 
metodologia científica. Assim sendo, a Metodologia da Pesquisa científica é entendida como 
um conjunto de etapas ordenadamente dispostas que o pesquisador deve vencer na 
investigação de um fenômeno. 
Deveras, nesse rol de obstáculos a serem vencidos pelo pesquisador devemos incluir a 
priori a escolha do tema, a problematização, a escolha da(s) hipótese(s), o planejamento da 
investigação, o desenvolvimento metodológico dentre outros elementos, dispostos no Projeto 
de Pesquisa estabelecido pela NBR 15287:2011. 
Por fim, realizar uma pesquisa com rigor científico pressupõe que você escolha um 
tema e defina um problema para ser investigado, elabore um plano de trabalho e, após a 
execução operacional desse plano, escreva um relatório final e este seja apresentado de forma 
planejada, ordenada, lógica e conclusiva obedecendo a NBR 14724:2011 em seus aspectos de 
apresentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15287: Informação e 
documentação – Projeto de Pesquisa – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. 
_____ . NBR 14724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – apresentação. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2011. 
_____ . NBR 10520: Informação e documentação – Citações em documentos – apresentação. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 
_____ . NBR 6027: Informação e documentação – Sumário – Apresentação. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2003. 
_____ . NBR. 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro: 
ABNT, 2002. 
COSTA, Ana Rita Firmino. et al. Orientações metodológicas para produção de trabalhos 
acadêmicos. 4 ed. Maceió: EDUFAL, 1999. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia 
científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
SANTOS, Antônio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 
7 ed., São Paulo: [s.n], 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMO ESCOLHER VERBOS PARA A FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS 
 
 
1 – De objetivos gerais 
 
Abranger 
Adquirir 
Ampliar 
Analisar 
Aperfeiçoar 
Aplicar 
Apreciar 
Aprender 
Avaliar 
Compreender 
Computar 
Conduzir 
Conhecer 
Considerar 
Criar 
Dar 
Desempenhar 
Desenvolver 
Encarar 
Entender 
Julgar 
Melhorar 
Mostrar 
Ouvir 
Pensar 
Respeitar 
Saber 
Sentir 
Ter 
 
2 – De objetivos específicos 
 
a) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Sociais 
 
Agradecer 
Ajudar 
Argumentar 
Comunicar 
Contribuir 
Conversar 
Convidar 
Cooperar 
Cumprimentar 
Dançar 
Desculpar 
Discutir 
ElogiarParticipar 
Permitir 
Responder 
Rir 
Sorrir 
 
b) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Criativos 
 
Alterar 
Designar 
Modificar 
Qualificar 
Questionar 
Reconstruir 
Reelaborar 
Reorganizar 
Revisar 
Simplificar 
Sintetizar 
Sistematizar 
 
c) Objetivos específicos relativos a Comportamentos de Linguagem 
 
Abreviar 
Acentuar 
Articular 
Assinalar 
Colocar 
Descrever 
Dizer 
Editar 
Expressar 
Falar 
Ler 
Murmurar 
Ordenar 
Pontuar 
Pronunciar 
Recitar 
Separar 
Sumariar 
Traduzir 
Verbalizar 
 
d) Objetivos específicos relativos a Comportamentos de Estudo 
 
Reproduzir 
Nomear 
Localizar 
Registrar 
Anotar 
Citar 
Pesquisar 
Organizar copiar 
Selecionar 
Representar 
Marcar 
Planejar 
Destacar 
 
e) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Musicais 
 
Assobiar 
Aplaudir 
Cantar 
Cantarolar 
Compor 
Apitar 
Fazer mímica 
Tocar 
Bater palma 
Bater com ritmo 
Dedilhar 
Destacar 
 
f) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Físicos 
 
Alcançar 
Andar 
Arquear 
Carregar 
Cobrir 
Correr 
Empurrar 
Escalar 
Esculpir 
Esquiar 
Flutuar 
Golpear 
Inclinar 
Lançar-se 
Marchar 
Pegar 
Pular 
Puxar 
Saltar 
Sapatear 
 
g) Objetivos específicos relativos a comportamentos artísticos 
 
Alisar 
Colocar 
Colorir 
Compor 
Construir 
Desenhar 
Edificar 
Embrulhar 
Enrolar 
Esmagar 
Ilustrar 
Juntar 
Lustrar 
Modelar 
Ornamentar 
Perfurar 
Pintar 
Pregar 
Soprar 
Traçar 
 
h) Objetivos específicos relativos a comportamentos dramáticos 
 
 
Abraçar 
Atuar 
Começar 
Comover 
Deixar 
Desempenhar 
Dirigir 
Emitir 
Expressar 
Mostrar 
Penetrar 
Reagir 
Realizar 
Sair 
Sentar 
Virar 
 
i) Objetivos específicos relativos a comportamentos matemáticos 
 
Adicionar 
Calcular 
Calcular área 
Comprar 
Computar 
Contar 
Derivar 
Estimar 
Fazer gráficos 
Grupar 
Integrar 
Intercalar 
Medir 
Multiplicar 
Numerar 
Planejar 
Reduzir 
Solucionar 
Subtrair 
Tabelar 
Verificar 
 
j) Objetivos específicos relativos a Comportamentos Laborais 
 
Aplicar 
Aumentar 
Conduzir 
Controlar 
Converter 
Criar 
Cultivar 
Demonstrar 
Diminuir 
Estabelecer 
Limitar 
Manipular 
Manter 
Operar 
Pesar 
Preparar 
Recolocar 
Registrar 
Regular 
Remover 
Transferir 
 
l) Objetivos específicos relativos a Comportamentos de: aparência geral, higiene e segurança 
 
Abotoar 
Amarrar 
Atar 
Beber 
Cobrir 
Comer 
Desabotoar 
Desatar 
Descobrir 
Eliminar 
Encher 
Esperar 
Esvaziar 
Fechar 
Lavar 
Limpar 
Parar 
Pentear 
Prever 
Vestir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA DA MONOGRAFIA11 CONFORME A NBR 14724:2011 
Sabe-se que o termo monografia designa um tipo especial de trabalho científico. 
Considera-se monografia aquele trabalho que concentra sua abordagem em um assunto 
específico, em um determinado problema, tendo este, um tratamento pormenorizado e 
analítico. 
Os trabalhos científicos serão monográficos na medida em que satisfizerem à 
exigência da especificação, ou seja, na razão direta de um tratamento estruturado de um único 
tema, devidamente delimitado. 
No Brasil a monografia é exigência dos cursos de graduação e pós-graduação lato 
sensu, conforme resolução do Conselho Nacional de Educação e Câmara de Educação 
Superior, sem a qual o aluno não receberá o certificado de conclusão de curso. Para tanto, a 
monografia tem por finalidade complementar a formação profissional do aluno, bem como 
propiciar ao aluno a oportunidade de integrar e aplicar os conhecimentos teóricos, práticos e 
metodológicos obtidos no decorrer do curso. 
Neste sentido, o trabalho monográfico caracteriza-se mais pela unicidade e delimitação 
do tema, pela profundidade do tratamento, do que por sua eventual extensão, generalidade ou 
valor didático. 
A monografia consiste na forma de trabalho científico que é exigida do aluno no 
momento da obtenção de sua titulação acadêmica de graduação ou pós-graduação lato sensu, 
ou seja, no instante imediatamente precedente à conclusão de seu curso. Por esse motivo, é 
possível verificar a notoriedade, a importância, o âmbito do trabalho monográfico enquanto 
última instância para a formação de um profissional, que em breve estará disposto no mercado 
de trabalho como mais um elemento constituinte da força motriz em termos profissionais no 
País. 
 
11 Monografia é um documento investigativo e minucioso que apresenta o resultado de trabalho de atualização de 
conhecimentos sobre um tema específico e geralmente restrito, mediante revisão de publicações de outros 
autores e também próprias. O objetivo da monografia é reunir vários trabalhos e analisá-los comparativamente, 
com o fim de se promover a atualização de um dado tema. Via de regra, a monografia é constituída sob a 
supervisão de um especialista no assunto (professor ou pesquisador), que será a autoridade acadêmica a validar 
ou não os argumentos utilizados e a mostrar caminhos bibliográficos para o andamento da pesquisa. 
 
Por tais motivos, frente a grandeza e ao peso que tem uma monografia na vida do 
estudante acadêmico, esse tipo de trabalho freqüentemente causa profunda preocupação no 
aluno, principalmente no tocante à sua elaboração e boa disposição em consonância com as 
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que delimitam e normatizam a 
apresentação dos trabalhos científicos no Brasil, muito embora, algumas instituições em 
outros países (no Mercosul, além da Espanha e Portugal) vêm aceitando de alunos brasileiros 
trabalhos seguindo as normas técnicas vigentes em seu País. 
Ademais, a elaboração de uma monografia consiste em todo um processo 
milimetricamente planejado e desempenhado por partes, para sua fluidez, clareza, e obtenção 
de uma satisfatória conceituação por parte do orientador (professor) regente, mas 
essencialmente, para a relevante contribuição no campo científico brasileiro, que é a 
finalidade máxima do trabalho monográfico. 
Ao contrário do que comumente se concebe nos campus universitários, uma 
monografia não representa uma enorme pesquisa, um amontoado de papéis que será 
descartado em alguns meses, mas um importante documento que muito poderá contribuir na 
formação de futuros estudantes, e até mesmo no progresso científico, social e tecnológico do 
País. 
A seriedade na elaboração do trabalho monográfico, portanto, representa um item de 
essencial importância em todo o processo de pesquisa, investigação, comparação, tomada de 
conclusões, disposição normativa e postulação final da monografia. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela 
normatização técnica no Brasil, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico 
do País. Os trabalhos acadêmicos e científicos de modo geral devem seguir suas normas de 
apresentação, para enquadramento formal, e aceitação nas Universidades e Faculdades 
brasileiras. Uma monografia enquanto trabalho científico, deve, portanto, ser formulada e 
disposta de acordo com as especificações ABNT, que deliberam sobre a maioria dos quesitos 
componentes, desde o estilo de redação, até o ideal espaçamento entre linhas, parágrafos, 
títulos, subtítulos, sumário, referências bibliográficas, dentre outros. 
A preparação de uma monografia exige disponibilidade de tempo, emprego de 
especiais técnicas de pesquisa, estudo, levantamento de bibliografias pertinentes ao tema, 
delimitação do principal objeto de estudo e disposição de seções em consonância direta com o 
assunto escolhido que deve ser criteriosamente selecionado, tendo em vista a possibilidade de 
aprofundamento e levantamentode informações pertinentes. 
Logo, a monografia não deve ser considerada como uma pesquisa, em seu elementar 
sentido, mas sim em um estudo que visa levantar uma conclusão pertinente e passível de 
contribuição teórica nos campos científicos, sociais e tecnológicos relevantes na 
contemporaneidade. 
Todo trabalho monográfico deve ser redigido de forma clara e objetiva, de preferência 
com a utilização da norma culta, ou seja, o nível de língua portuguesa de bom padrão. 
Evitando o linguajar coloquial (aquele utilizado no cotidiano, e de baixo valor estético), a 
monografia deve discorrer sobre o tema na terceira pessoa do singular. Seus textos devem ser 
pautados em seqüência lógica, onde idéias, expressões e colocações devem essencialmente ser 
dispostos e centrados em torno do tema principal, evitando abordagens extensas acerca de 
assuntos de pouca ou nenhuma relevância ao tema escolhido. 
Em suma, uma monografia, diante do importante passo resumido na conclusão do 
curso acadêmico, deve concentrar técnica, dedicação, responsabilidade e precisão, desde a 
seleção do tema, até a conclusão e formatação física do trabalho. Muito mais do que a 
pretensa obtenção do diploma, o trabalho monográfico tem sua significância ligada à 
proposição científica maior do aluno, enquanto futuro profissional atuante no mercado de 
trabalho. Deve, portanto, sintetizar a capacidade, a perspicácia, a autonomia, a técnica, o 
conhecimento obtidos pelo aluno ao longo do seu processo de formação acadêmica. A partir 
de agora você será apresentado aos elementos que compõem a monografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERMINOLOGIA 
Não obstante o uso de muitos termos concernentes ao tema não ser uniforme entre os 
pesquisadores, nesta seção pretende-se estabelecer uma padronização do emprego dos 
vocábulos mais comuns, o que, por certo, será de utilidade geral e para a compreensão deste 
trabalho. 
TERMO SIGNIFICADO 
Projeto de pesquisa Relatório escrito apresentado ao final da disciplina Metodologia 
Científica ou Metodologia da Pesquisa, no qual o acadêmico especifica 
o problema que pretende pesquisar, situando-o espacial e 
temporalmente, expõe qual é o seu marco teórico de referência 
(impressões iniciais sobre o problema) e indica os meios e os métodos 
a serem empregados. 
Relatório de 
pesquisa 
Narração escrita, ordenada e minuciosa daquilo que foi apurado em um 
trabalho de pesquisa. 
Monografia Genericamente, qualquer relatório de pesquisa versando assunto 
específico; destarte, opõe-se a manual, que trata de toda uma disciplina 
ou de assuntos amplos. 
Trabalho 
acadêmico 
Qualquer relatório de pesquisa apresentado em disciplinas de cursos de 
graduação e pós-graduação. 
Monografia de 
conclusão de curso 
Relatório de pesquisa versando assunto específico como requisito para 
a conclusão de curso de graduação ou pós-graduação lato sensu. 
Também conhecido como “trabalho de conclusão de curso” ou 
“trabalho final de graduação” 
Dissertação Relatório de pesquisa versando assunto específico, no qual o autor deve 
demonstrar capacidade de sistematização e de domínio sobre o tema, 
como requisito para a conclusão de curso de mestrado. 
Tese Relatório de pesquisa versando assunto específico, no qual o autor deve 
demonstrar capacidade de sistematização e de domínio sobre o tema, 
abordando-o de maneira original e contributiva ao progresso da 
ciência, como requisito para a conclusão de curso de doutorado. 
Artigo Trabalho monográfico publicado em revista ou jornal e, por isso, 
geralmente de pequena extensão. 
Resenha Trabalho de síntese de obra de terceira pessoa. 
Abstract ou resumo Síntese da monografia (geralmente teses e dissertações), apresentada 
em um único parágrafo, inserida logo após o sumário, escrita na língua 
do texto principal e também traduzida para a língua estrangeira. 
Orientador Professor da instituição encarregado de conduzir a pesquisa dos 
acadêmicos na elaboração de monografias. 
 
 
PARTES PRINCIPAIS DA MONOGRAFIA 
SEGUNDO A NORMA BRASILEIRA 14724:2011 
 
 
ESTRUTURA ELEMENTO CONDIÇÃO 
Capa Obrigatória 
Lombada Opcional 
Folha de Rosto Obrigatória 
Ficha Catalográfica Obrigatória 
Errata Opcional 
Folha de aprovação Obrigatória 
Termo de responsabilidade12 Obrigatória 
Dedicatória(s) Opcional 
Agradecimento(s) Opcional 
Epígrafe Opcional 
Resumo na língua vernácula Obrigatória 
Resumo em língua estrangeira Obrigatória 
Lista de ilustrações: 
a) Quadros 
b) Figuras 
c) Gravuras 
d) Gráficos 
e) Fotos 
f) Desenhos 
 
 
 
Opcional 
Lista de tabelas Opcional 
Lista de abreviaturas e siglas Opcional 
Lista de símbolos Opcional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÉ-TEXTUAIS 
Sumário Obrigatória 
 
Introdução Obrigatória 
Desenvolvimento Obrigatória 
 
 
TEXTUAIS 
Conclusão Obrigatória 
 
Referências Obrigatória 
Glossário Opcional 
Apêndice(s) Opcional 
Anexo(s) Opcional 
 
 
PÓS-TEXTUAIS 
Índice(s) Opcional 
 
12 Elemento incluído pelo professor da disciplina Metodologia da Pesquisa. 
DEFINIÇAO DOS ELEMENTOS SEGUNDO A NBR 14724:2011 
1 Elementos pré-textuais 
a) Capa 
Capa é um elemento obrigatório cuja condição se desvela na proteção externa do 
trabalho, devendo conter os elementos essenciais para que se possa identificar o trabalho, a 
discriminação da Instituição de Ensino Superior, nome do autor, título da obra, subtítulo, se 
houver, local de depósito e ano de depósito. 
b) Lombada 
A lombada é um elemento opcional, onde as informações devem ser impressas, 
conforme a NBR 12225: a) nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto para 
o pé da lombada. Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no sentido horizontal, 
com a face voltada para cima; b) título do trabalho impresso da mesma forma que o nome do 
autor; c) elementos alfanuméricos de identificação, por exemplo: v. 2. 
c) Folha de rosto 
A folha de rosto, elemento obrigatório, deve permitir maior número de informações 
sobre a monografia. Assim, devendo conter nessa mesma ordem: nome(s) do(s) autor(es), sem 
abreviaturas e, se for mais de um, em ordem alfabética. Título da obra,m subtítulo, se houver. 
Exigência que motivou sua produção (Monografia apresentada à Banca Examinadora como 
exigência parcial para obtenção do Título de ... em ... pela ... [colocar por extensão nome da 
Instituição de Ensino Superior]), após coloca-se o nome do(a) orientador(a) como sua devida 
titulação [Esp – Especialista; Ms. – Mestre; Dr(a). Doutor(a)]. Todos os elementos da folha de 
rosto deverão estar centralizados com exceção da descrição do trabalho, que deverá ser 
colocada à altura dos dois terços, parte inferior, à direita da página, em fonte menor 
(tamanho 10). 
d) Ficha catalográfica13 
A ficha catalográfica, elemento obrigatório, deverá ser confeccionada, seguindo as 
normas vigentes da ABNT e, normalmente, as unidades acadêmicas dispõem de um serviço 
de biblioteca que é encarregado de orientar os usuários em procedimentos técnicos exigidos 
na produção do trabalho acadêmico. São necessárias três palavras-chave, as quais não deverão 
constar no título da monografia. Virá no verso da folha de rosto (deverá ser solicitado o 
modelo à bibliotecária de sua Instituição de Ensino Superior, após a defesa e aprovação 
perante Banca Examinadora). A impressão será feita no verso da folha de rosto. 
e) Errata 
Elemento opcional que deve ser inserido logo após a folha de rosto , constituído pela 
referência do trabalho e pelo texto da errata e disposto da seguinte maneira: 
Exemplo:ERRATA 
Folha Linha Onde se lê Leia-se 
 32 3 Publicacao Publicação 
f) Folha de aprovação 
Elemento obrigatório, colocado logo após a folha de rosto, constituído pelo nome do 
autor do trabalho, título do trabalho e subtítulo (se houver), natureza, objetivo, nome da 
instituição a que é submetido, área de concentração, nome, titulação e assinatura dos 
componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem. A data de aprovação e as 
assinaturas dos membros componentes da banca examinadora são colocadas após a provação 
do trabalho. 
 
 
13 Deverá ser confeccionada, seguindo as normas vigentes da ABNT e normalmente, as unidades acadêmicas 
dispõem de um serviço de biblioteca que é encarregado de orientar os usuários em procedimentos técnicos 
exigidos na produção do trabalho acadêmico. São necessárias três palavras-chave, as quais não deverão 
constar no título da monografia. Virá no verso da folha de rosto. (Confeccionada pela biblioteca). 
 
g) Termo de Compromisso de Autenticidade 
Documento emitido pelo(s) auto(res) no qual declara(m) a idoneidade e originalidade 
da obra (monografia) apresentada perante Banca Examinadora, devendo ser preenchido, 
assinado e entregue a coordenação do curso. Não fará parte da encadernação do trabalho. 
h) Dedicatória(s) 
É opcional, colocada após a folha de aprovação e deve estar em página própria. 
Deverá vir alinhada à margem direita, no canto inferior da folha. 
i) Agradecimento(s) 
Elemento opcional, colocado após a dedicatória. 
j) Epígrafe 
Elemento opcional, colocado após a dedicatória. Deverá vir alinhada à margem direita, 
a 6 cm da margem inferior. Podem também constar epígrafes nas folhas de abertura das 
seções primárias 
l) Resumo na língua vernácula (português) 
Trata-se de um resumo do trabalho escrito, apresentando de forma concisa, pontos 
relevantes e as conclusões do trabalho. Deve ser redigido na terceira pessoa do singular, com 
o verbo na voz ativa, compondo-se de uma seqüência de frases concisas e objetivas e não de 
enumeração de tópicos Não deve incluir citações bibliográficas. Deve ser escrito em um único 
parágrafo, em página distinta, contendo no máximo até 250 palavras para monografia de 
graduação e 300 palavras para monografia de pós-graduação lato sensu. Segue uma norma 
específica da ABNT, NBR 6028. Concluído o resumo, logo abaixo, deverá haver dois espaços 
duplos e as palavras-chave, em negrito e apenas a primeira letra em maiúscula (Palavras-
chave), em no máximo de cinco palavras, as quais não devem constar no título e subtítulo. 
m) Resumo na língua vernácula (português) 
Trata-se da tradução técnica do resumo em língua vernácula. Esta Instituição de 
Ensino Superior utilizará o idioma inglês como idioma oficial do resumo em língua 
estrangeira. O resumo em inglês, receberá o nome de Abstract. 
n) Lista de ilustrações 
Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no 
texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número 
de página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de 
ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, 
plantas, quadros, retratos e outros). 
o) Lista de tabelas 
Elemento opcional, elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada 
item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número de página. 
p) Lista de abreviaturas e siglas 
 Elemento opcional, que consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas 
utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. 
Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo. 
q) Lista de símbolos 
Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no 
texto, com o devido significado. 
 
r) Sumário 
Elemento obrigatório, cujas partes (seções) são acompanhadas do(s) respectivo(s) 
número(s) da(s) página(s). Havendo mais de um volume, em cada um deve constar o sumário 
completo do trabalho, conforme a NBR 6027. O sumário se refere à indicação e enumeração 
das páginas que contêm as divisões do trabalho. Devem-se listar obrigatoriamente todos os 
itens que vierem após o sumário e nenhum item que estiver antes do mesmo pode nele 
constar. 
2 Elementos textuais 
Constituídos de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
a) Introdução 
Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos 
da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. 
b) Desenvolvimento14 
Parte principal do texto que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. 
Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. 
c) Conclusão ou Conclusões15 
Parte final do texto, na qual se apresenta(m) a conclusão(ões) correspondente(s) aos 
objetivos e hipóteses. 
 
 
14 O Desenvolvimento também chamado de Referencial Teórico, ou Revisão de Literatura, ou Embasamento 
Teórico, ou Fundamentação Teórica etc. 
15 Não utilizar a palavra Considerações Finais para exprimir a Conclusão. 
3 Elementos pós-textuais 
a) Referências 
Elemento obrigatório, elaborado conforme a NBR 6023. 
b) Glossário 
Elemento opcional, elaborado em ordem alfabética. Assim, no Glossário deve constar 
quando o autor julgar importante a definição da terminologia utilizada no corpo do trabalho. 
c) Apêndice(s) 
Elemento opcional. O(s) apêndice(s) são identificados por letras maiúsculas 
consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras 
maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices quando esgotadas as 23 letras do 
alfabeto. Exemplos dados conforme a NBR 14724:2011: 
APÊNDICE A - Avaliação numérica de células inflamatórias totais aos quatro dias de 
evolução. 
APÊNDICE B - Avaliação de células musculares presentes nas caudas em 
regeneração. 
d) Anexo(s) 
Elemento opcional. O(s) anexo(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, 
travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas 
dobradas, na identificação dos anexos quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. Exemplos 
dados conforme a NBR 14724:2011: 
ANEXO A - Representação gráfica de contagem de células inflamatórias presentes nas 
caudas em regeneração - Grupo de controle I (Temperatura...) 
ANEXO B - Representação gráfica de contagem de células inflamatórias presentes nas 
caudas em regeneração - Grupo de controle II (Temperatura...) 
e) Índice(s) 
Elemento opcional, elaborado conforme a NBR 6034:2003. 
 
REDAÇÃO DOS ELEMENTOS TEXTUAIS 
Sabe-se que os elementos textuais, segundo a NBR 14724:2011, são compostos de: 
Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, partes obrigatórias numa monografia. Assim: 
 
a) Introdução16: a introdução é uma parte fundamental, importante, obrigatória em 
qualquer gênero de monografia, assim como de qualquer outro trabalho de pesquisa, pois é o 
elemento que nos permite iniciá-lo de um modo organizado e gradual. 
 
16 DICA IMPORTANTE: A Introdução de um trabalho acadêmico é como um cartão de visita, que dever ser 
claro, objetivo, limpo, direcionado à temática eleita. É interessante observar que a introdução deve estar em 
consonância com o tamanho do trabalho proposto, ou seja, um trabalho de 30 laudas, não pode apresentar uma 
introdução de 5. O ideal é que conte com 2 laudas, proximadamente, o que será suficientepara expor, de forma 
sucinta, a natureza da pesquisa elaborada. É mister salientar que uma boa introdução, aborda a natureza do 
trabalho, a intencionalidade deste, pincelando de forma sutil as informações contidas ao longo da pesquisa, 
Neste sentido, esta parte pode ser considerada, com propriedade, o elemento que dará 
suporte técnico e doutrinário a todo trabalho a ser visto a posteriori. Logo, é na introdução que 
se introduz o tema proposto pelo autor para dar a quem vai ler a idéia do assunto sobre o qual 
se vai focalizar, mostrando o objetivo principal da monografia. Esta introdução ao tema 
proposto deve conter uma apresentação clara, os objetivos e a importância do trabalho 
realizado. 
Assim, para facilitar a introdução devem-se responder as perguntas: de que assunto 
trata a sua monografia, porque acha importante tratar este assunto, qual é seu objetivo, o que 
pretende defender nesta dissertação? Deve-se, ainda, fazer uma breve apresentação das seções 
(capítulos) de modo objetivo e conciso. E, ao final deve-se finalizar a introdução exarando o 
que se espera do presente trabalho. 
b) Desenvolvimento: esta parte visa expor o assunto, mostrar a maneira como pensa 
sobre o mesmo, fazendo as proposições, considerações, concordando ou não com outros 
autores, ou expondo uma nova teoria, mas utilizando-se de citações para dar credibilidade as 
proposições levantadas. O posicionamento de autores sobre o tema é condição sine qua non 
para credibilidade do que está sendo apresentado, para sua defesa. Esta parte é dividida em 
seções e subseções. Hodiernamente, não se utiliza mais a terminologia “Capítulo” para 
designar o assunto que será tratado. 
Pois bem, quanto ao processo de redação do desenvolvimento, é de bom alvitre 
salientar que o texto científico por excelência é uma redação dissertativa, de igual forma como 
são a introdução e a conclusão. Sendo assim, a introdução projeta o que vai ser apresentado; o 
desenvolvimento apresenta os resultados da pesquisa, enquanto que a conclusão organiza o 
todo num conjunto de informações coerentes. 
O desenvolvimento será construído com textos científicos, logo deve sê-lo completo 
em si mesmo. Portanto, deve cuidar-se para jamais escrever de tal forma que sua presença 
 
sem aprofundamento demasiado, e nem distanciamento da temática proposta. E por mais que pareça estranho, 
é aconselhável que a introdução seja feita após toda a confecção do trabalho, quando efetivamente o aluno 
estará sintonizado com tudo que abordou, podendo assim, descrever de forma clara e dominante os pontos 
relevantes, a importância de sua pesquisa, o tipo de abordagem que efetuou. Em suma, sem delongas, a 
introdução do trabalho acadêmico deve funcionar como um cardápio, que incentiva e motiva a leitura do 
trabalho acadêmico, de forma a torná-lo interessante e eficiente aos olhos do professor/orientador que fará sua 
avaliação. 
 
deva ser sempre necessária para explicar ao leitor o que é que você quer dizer com aquilo que 
está expondo. 
 A linguagem deve ser denotativa, nem poética, nem tampouco, ambígua (duplo 
sentido). O sentido deve ser preciso. Os conceitos de senso comum devem ser 
obrigatoriamente substituídos por termos científicos. A redação deve ser clara, objetiva e 
econômica. Por isso, deve escrever de forma simples e precisa, para tanto deve utilizar-se de 
períodos curtos. 
Os parágrafos, em média, devem ter entre 5 e 7 linhas. Deve-se evitar o uso 
indiscriminado de citações. Deve, também, não interromper demasiadamente o fluxo do texto 
com gráfico, tabelas, figuras. Em virtude de quebrar o raciocínio com a apresentação dessas 
informações. Posicione-se em seu trabalho. Seja ético. Cuide-se com a imparcialidade, evite o 
subjetivismo, o preconceito, e, ainda, não coloque posições religiosas para explicar o 
científico. Indique as fontes dos dados e das teorias. 
Construa sua redação amparado em assuntos atualizados, por isso antes de catalogar as 
obras verifique a edição, o ano de publicação. Assuma as limitações do trabalho. Não tente 
escrever sobre o que não tem conhecimento, domínio. Não escreva sem antes esboçar um 
esquema texto. 
Por fim, o desenvolvimento da monografia é a maior parte do trabalho. 
c) Conclusão ou Conclusões17: é a parte final, onde ocorre a síntese das idéias 
propostas no corpo do trabalho, isto é, as teorias, considerações, recomendações, sugestões 
propostas quanto aos principais assuntos tratados. 
 
17 DICA IMPORTANTE: A conclusão é uma das partes mais importantes de um trabalho acadêmico, pois 
mostra a síntese de todo o conteúdo pesquisado, as informações relevantes, os apontamentos essenciais e as 
diretrizes para futuras pesquisas sobre o mesmo tema, e/ou evoluções deste. Essa importante etapa da pesquisa 
científica deve apresentar uma redação direta, clara, relevante, empreendedora, pois dever representar o 
fechamento de um ciclo de estudo essencial ao progresso do País. Para ter excelência, a conclusão de um 
trabalho acadêmico não deve discorrer sobre tudo quanto foi examinado durante o processo de pesquisa, mas 
sim, focar exatamente na proposta, no tema eleito, de forma a apontar sua situação e os caminhos de resolução 
da problemática levantada. Não deve, a conclusão da monografia destoar do tamanho total da pesquisa, 
funcionando em proporção exata. Por exemplo, em um trabalho de 40 laudas, duas laudas de conclusão serão o 
suficiente para salientar os apontamentos pertinentes. Em síntese, uma boa conclusão deve assemelhar-se a 
uma chave de ouro na pesquisa acadêmica, explicitando sua profundidade, eficiência e contribuição no 
desenvolvimento científico do País. 
 
Por fim, em outras palavras, compreendido o objeto e sua dinâmica, espera-se do autor 
a síntese de suas descobertas, juízos de fato, inferências, conclusões e, se for o caso, 
recomendações. Diante de todo o conhecimento adquirido ao longo do curso e perante a 
pesquisa realizada esta é a oportunidade de o aluno demonstrar sua capacidade de avaliação 
crítica diante de um problema analisado e da teoria aprendida. 
CRITÉRIOS TÉCNICOS PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA 
Existem alguns critérios importantes os quais o discente (o pesquisador) deve 
considerar para elaborar sua monografia: 
a) seguir o projeto18 de pesquisa científica integralmente; 
b) definir o que se vai estudar; 
b) rever a literatura existente e outras fontes de consulta; 
c) catalogar as obras que serão usadas no trabalho; 
d) fazer fichamento19 de todo material coletado, inclusive de citações; 
e) criar um sumário provisório para definir o caminho a ser trilhado e após 
apresentá-lo ao professor-orientador; 
f) ter disposição, entusiasmo, motivação para se fazer um bom trabalho científico, pois 
uma monografia exige pesquisa e investigação do interessado, no que se refere ao tema do 
qual o autor pretende tratar; 
g) disponibilidade para procurar fazer o melhor, em dar uma contribuição pessoal à 
classe a qual pertence e à sociedade, é uma atitude fundamental para aquele que pretende 
escrever uma boa monografia; 
h) cuidar da correção gramatical, em redigir com simplicidade, falar e escrever em 
linguagem direta e sem rodeios, resultando em uma exposição precisa, clara, objetiva, de fácil 
entendimento para todos; 
 
18 Ver Guia de Elaboração de Projeto de Pesquisa Científica. 
19 Fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material 
necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso usar

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