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Inovando no Desenvolvimento de Recursos Humanos: Um Caso Real
Inovando no
Desenvolvimento de Recursos Humanos: Um Caso Real
Na recente matéria
da Gazeta Mercantil, Tom Erdos, superintendente da Abras, Associação
Brasileira de Supermercados, coloca a seguinte afirmativa, no texto entitulado Recursos
Humanos, grande diferencial: “Dotar
uma loja com o que há de mais avançado em tecnologia, todas podem fazer; no
entanto, o que vai diferenciar os supermercados, fazendo com que o consumidor
tenha preferência por uma ou outra rede, será, sem dúvida, a importância que
cada um dá à área de recursos humanos”.
Entendemos que
viabilizar iniciativas de sucesso está diretamente relacionado com as
oportunidades que uma empresa dá para que seus talentos invisíveis venham à
tona. Transformar conhecimento tácito em conhecimento explícito, utilizando
aqui, de passagem, um conceito de gestão do conhecimento, é muito mais efetivo
para o sucesso empresarial do que garantir a modernidade de sistemas que por
serem copiáveis e disponíveis a todos, daqui a pouco poderão ser
caracterizados como commodities.
É certo, por
exemplo, que logística faz uma grande diferença, e é um dos fatores de
vantagem competitiva para o varejo; entendemos que, segundo dados atuais, as
empresas brasileiras têm uma perda em torno de 15% de eficiência, o que se
traduz em potencial de ganhos não realizados, em função do baixo rendimento
dos processos de logística aplicados nos negócios. É tão verdade quanto se
considerarmos níveis de desperdício, propriamente ditos, e despesas, assim
definidas quando investimentos não retornam sob a forma de ganhos esperados,
que agregam valor ao capital econômico ou ao capital intelectual, principal
fator de sucesso das empresas de hoje, como constatado pelo superintendente da
Abras.
Queremos
quebrar o paradigma da constatação de que métodos eficientes aplicados, sejam
eles relacionados a processos de produção ou a sistemas de recompensas de
pessoas, ou um bom treinamento por si só bastam. Temos visto que as empresas
investem numa expectativa de ganhos cujos resultados sempre ficam aquém. Temos
visto que independentemente do processo que estudamos, é o aspecto humano que
faz a diferença: um processo de distribuição inserido no negócio logística,
por mais eficiente que seja, se não houver a compreensão, por parte das
pessoas envolvidas, do “todo organizacional e do impacto que a ação de
cada parte causa nesse todo”, agregado à verdadeira consciência sobre
isso (que enfim, é o que faz as mudanças acontecerem), com certeza estaremos
falando de mais um processo que estará sendo implementado muito abaixo do seu
potencial.
Satisfazemo-nos
com o mínimo, e quem
lida com o varejo sabe bem disso. Um exemplo é o acompanhamento de metas por
vendedor, ou por equipe, indicador comum em alguns negócios dessa área. O
“bater a meta” significa, para muitos colaboradores desse negócio,
missão cumprida; aí toma lugar o relaxamento e a felicidade pelo atingimento
daquilo que é e sempre foi entendido como o possível, até porque não
deixamos nossas zonas de conforto quando as estabelecemos! E o “algo
mais”, o “impossível viável”, o “por que não”?
Voltando ao satisfazemo-nos com o mínimo, que parece verdadeiro para a
nossa cultura: comemos habitualmente batatas fritas banhadas em gordura, e
satisfazemo-nos pelo simples fato de não morrermos de imediato, e sequer
visualizamos possibilidades de um organismo mais sadio, melhor qualidade de
vida, melhor utilização do nosso potencial biológico e o que isso tem de
impacto no sistema orgânico como um todo! Claro que não vale pra todos, como
tudo na vida…
Iniciar um
processo de melhoria empresarial requer a compreensão do contexto e de tudo
aquilo que se passa na interação entre as partes do sistema organizacional,
assim como a sensibilidade para inventariar os custos invisíveis
presentes: baixa motivação; pouca compreensão da contribuição de
determinadas tarefas/atividades para o propósito empresarial; pouco
entendimento sobre as consequências da geração de riquezas para a sociedade
como um todo; baixa consciência sobre o papel dos empreendedores e lideranças
no mercado competitivo e na prosperidade, para não dizer sobrevivência; níveis
deficientes de compreensão sobre o negócio e seus fatores de sucesso; pouca
percepção sobre integração e impactos de umas ações nas outras; baixa
sensibilidade com relação à visão da empresa como um todo e o papel de cada
colaborador para a satisfação de clientes e mercados; pouca disposição para
assumir desafios, além de pouco entendimento sobre o papel do líder como
educador, da deficiência nos níveis de comunicação e relacionamento humano,
suportados pelo desconhecimento da responsabilidade de cada pessoa sobre o
tamanho do seu próprio ego.
Inovação, tem
sido o tema central de grandes discussões em fóruns, congressos, seminários,
workshops, e até treinamento e programas de desenvolvimento. Discute-se muito o
papel de equipes, e até o nível de impacto do desempenho individual, seja
através de crenças, valores, ou atitudes; regras para líderes e performance
esperadas são ditadas; discutem-se desafios e traçam-se metas e, de planos
individuais até coletivos, o planeta reclama e reivindica processos de
desenvolvimento mais sustentáveis, menos poluentes! E apesar dos grandes
insights explicitados, compromissos e intenções de mudança, ao final de cada
um desses fóruns a situação se repete: o contexto muda no próximo dia útil
de trabalho efetivo e a síndrome da volta deixa do lado de fora da
empresa algumas esperanças, após o enfrentamento da realidade como ela é,
acionando ainda o desejo de que aqueles que não estiveram presentes ao
evento, seja ele qual for, pudessem ter “escutado tudo aquilo que
foi dito para eles“, e presenciado algumas performances onde poderiam
ter “sacado” o quanto eles têm que mudar, pois são eles os
verdadeiros vilões, motivos porque os sonhos das mudanças inferidas naquele
outro contexto, e até planos, não se tornam realidades. É só uma constatação,
dentro do espírito de que é possível inovar nisso tanto quanto adquirir novas
tecnologias, se desempenho e resultados são valorizados na organização; não
significa que devam ser invalidadas qualquer uma das iniciativas hoje existentes
no mercado.
Ter experiência
executiva agregada à experiência e vocação para consultoria e à missão de
educar fez-nos divagar por esse texto e antes disso, criar um programa de
desenvolvimento integrado, inovador, cujos resultados apesar de precoces, já vêm
acenando para as reais possibilidades de garantia do retorno sobre esse
investimento. Faz diferença quando se têm na pele a experiência da não
potencialidade das equipes, adquirida na operacionalização, desenvolvimento e
gerenciamento de projetos de mudança!
Partindo do
mapeamento dos custos tradicionais, gastos em treinamento e os tais custos
invisíveis, e avaliando a potencialidade da empresa e seu status quo,
decidimos investir num processo que garantisse o desenvolvimento organizacional,
a gestão do conhecimento, a motivação, a eficácia e primordialmente a educação,
educação para o negócio, educação para os relacionamentos, educação para
a educação de todos, contínua e sustentável, como princípios básicos da
Escola Elevar, Escola Leader de Varejo, que estará sendo apresentada na 33a.
Convenção Nacional de Supermercados, da Abras.
A Escola
Elevar, inaugurada em Julho próximo passado, é um marco nessa etapa de
surgimento de escolas corporativas pois, além de ser a primeira do varejo no
Brasil, reúne em seu quadro de instrutores o pessoal da casa (apoiados através
de uma parceria com o Programa CEI – Consultoria & Educação Integrados),
transformando conhecimentos tácitos em explícitos, potencializando competências
e vocações através da aposta nos talentos até então invisíveis,
motivando para a realização daquilo que supera e transcende o dia a dia dos
processos, relacionamentos e resultados.E, mais ainda, garantindo a elevação
da performance individual e coletiva pois um instrutor de liderança tende a ser
um verdadeiro líder, é seu requisito primordial, segundo depoimentos; o de análise
da concorrência expert no assunto, o da cadeira comercial ídem, e assim para
todas as cadeiras eleitas para o público alvo de mais de 100 pessoas, entre
trainees e supervisores, e 40 instrutores, capacitados em negócios,
comportamentos, didática e desenvolvimento sustentável.
O processo para
novas turmas está em andamento, tendo como objetivo os 1600 empregados da
empresa, e ainda fornecedores, obedecendo ao calendário logístico que o
varejo, em função de datas, impõe. Mais do que perceber o crescimento no nível
dos diálogos internos, os resultados gerados pela integração do
treinamento/desenvolvimento/educação ao próprio negócio, a implantação de
sugestões a partir das discussões em salas de aula, a troca de experiências e
conhecimentos, é mais do que gratificante constatar o nível de energia
residente na empresa, mantido pela motivação de pessoas que tiveram uma
oportunidade: agregar valor a si próprio e ao seu trabalho, aumentarem a sua
empregabilidade, sua performance e competências, sendo e exercendo-se um
pouco mais, multiplicando, dando o seu testemunho de que oportunidade é o maior
dos bens, para todos. Mais do que gratificante, é realizador!

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