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25/10/2012 1 SISTEMA DIGESTÓRIOSISTEMA DIGESTÓRIO CENTROCENTRO UNIVERSITÁRIOUNIVERSITÁRIO SÃOSÃO CAMILOCAMILO EIXOEIXO BIOLÓGICOBIOLÓGICO SISTEMA SISTEMA DIGESTÓRIODIGESTÓRIO Funções:Funções: digestão e absorção de nutrientes digestão e absorção de nutrientes - DIGESTÃO: transformação de nutrientes em substâncias simples Carboidratos ⇒ monossacarídeos Proteínas ⇒ aminoácidos ⇒ di e tripeptídeos Lipídeos ⇒ ácidos graxos livres ⇒ glicerol CAMADAS DO TUBO DIGESTIVOCAMADAS DO TUBO DIGESTIVO MUCOSA: Formada por células absortivas e secretoras SUBMUCOSA: Apresenta Plexo Submucoso (Meissner) e vasos sangüíneos MUSCULAR: - Circular: Abaixo da submucosa Promove o estrangulamento do tubo digestivo - Longitudinal: Abaixo da circular Promove o encurtamento do tubo digestivo SEROSA: Tecido conjuntivo de revestimento Plexo Mioentérico (Auerbach) INERVAÇÃO DO TUBO DIGESTIVOINERVAÇÃO DO TUBO DIGESTIVO INTRÍNSECA: EXTRÍNSECA: Plexo submucoso Plexo mioentérico Fibras simpáticas: motilidade e secreções Fibras parassimpáticas: motilidade e secreções Inervam : - glândulas da camada mucosa - camadas musculares HORMÔNIOS GASTROINTESTINAISHORMÔNIOS GASTROINTESTINAIS Local Produzido Hormônio Estômago • Gastrina • Somatostatina Duodeno ou Jejuno • Secretina • Colescistocinina (CCK) • Motilina • Peptídeo inibidor gástrico (GIP) • Somatostatina Ilhotas pancreáticas • Insulina • Glucagon • Somatostatina • Polipeptídeo pancreático Íleo ou Cólon • Enteroglucagon • Peptídeo YY • Neurotensina • Somatostatina Adaptado de Berne, R.M. et al, 2004. TIPOS DE MOVIMENTOS DO TUBO DIGESTIVOTIPOS DE MOVIMENTOS DO TUBO DIGESTIVO 1. MOVIMENTOS DE MISTURA 2. MOVIMENTOS PROPULSIVOS 25/10/2012 2 MASTIGAÇÃOMASTIGAÇÃO RECEPTORES CENTRO DA MASTIGAÇÃO (bulbo) M. MASTIGATÓRIOS LÍNGUA N .Trigêmeo (V) DENTES: - 2 INCISIVOS: corte - 1 CANINO: perfuração - 2 PRÉ-MOLARES: trituração - 3 MOLARES: trituração Total = 32 (4 quadrantes) • quebra mecânica dos alimentos • pode ser voluntária - freqüentemente comportamento reflexo MOVIMENTOS MUSCULARES: • Abaixamento e levantamento da mandíbula • Deslizamento lateral e ântero-posterior da mandíbula DEGLUTIÇÃODEGLUTIÇÃO • Passagem do alimento da boca para o estômago • FASES DA DEGLUTIÇÃO: • Fase Oral • Fase Faríngea • Fase Esofagiana • Envolve mecanismos voluntários e involuntários (reflexos) RECEPTORES CENTRO DA DEGLUTIÇÃO (bulbo e ponte) Língua Pescoço Faringe Esôfago N. Trigêmeo (V) N. Vago (X) N. Glossofaríngeo (IX) FASES DA DEGLUTIÇÃOFASES DA DEGLUTIÇÃO FASE ORAL (voluntária) 1. A língua pressiona o alimento contra o palato-duro 2. A ponta da língua oclui a entrada da boca 3. O bolo alimentar se desloca para a faringe FASE FARÍNGEA 1. Levantamento da laringe 2. Abaixamento da epiglote 3. Aproximação das pregas laríngeas (fechamento das vias respiratórias) FASE ESOFAGIANA 1. Abertura do esfíncter esofágico superior 2. Onda peristáltica peristalse primária peristalse secundária 3. Abertura do esfíncter esofágico inferior 4. Relaxamento do esfíncter esofágico inferior MOTILIDADE GÁSTRICAMOTILIDADE GÁSTRICA FUNDO Armazenamento CORPO E ANTRO produção de secreções 1. RELAXAMENTO RECEPTIVO • relaxamento da musculatura do fundo e do corpo para acomodação do bolo alimentar 2. CONTRAÇÕES NA PARTE MÉDIA • misturar com secreções gástricas 3. ABERTURA E FECHAMENTO DO PILORO REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICOREGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO líquidos: 30 minutos Tempo de esvaziamento refeição normal: 3 a 4 horas refeição rica em gordura: 6 a 8 horas 25/10/2012 3 VÔMITOVÔMITO Receptores do labirinto Receptores táteis na garganta Mecanoceptores e quimioceptores no estômago e duodeno CENTRO DO VÔMITO (bulbo) • peristalse reversa • relaxamento esfíncter pilórico e estômago • inspiração forçada com fechamento da glote • contração de músculos abdominais • aumento da pressão intra-abdominal • relaxamento do esfíncter esofágico inferior • contração do piloro e antro • relaxamento do esfíncter esofágico superior REFLEXO DO VÔMITO MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADOMOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO SEGMENTAÇÃO movimentos de mistura PENDULARES relaxamento ântero-posterior relaxamento posterior PERISTALSE movimento propulsivo ondas curtas (20 cm) aleatórias Duodeno (5% - 25 a 30cm) INTESTINO DELGADOINTESTINO DELGADO Jejuno (40%) Íleo (55%)comprimento - 8m diâmetro – 2 a 3cm REFLEXOS INTESTINAISREFLEXOS INTESTINAIS LEI DO INTESTINO • Contração do segmento do intestino oral ao alimento e relaxamento do segmento anal. REFLEXOS GASTROILEAL • Distensão gastroduodenal estimula propulsão do alimento do íleo ao ceco. COMPLEXO MIOELÉTRICO MIGRATÓRIO (CMM) • Ondas peristálticas que ocorrem de 75-90min nas fases interdigestivas. • Se propagam do estômago até o íleo. INTESTINO GROSSOINTESTINO GROSSO • Inervação Simpática (inibe a motilidade) • Inervação Parassimpática (estimula a motilidade) Ceco Plexo mesentérico sup. Cólon ascendente Nervo vago Cólon descendente, Cólon sigmóide Reto, Canal anal Plexos mesentérico inf., hipogástrico sup. Plexo hipogástrico inf. Nervos pélvicos comprimento - 1,5m diâmetro – 5 a 7cm MOVIMENTOS DO INTESTINO GROSSOMOVIMENTOS DO INTESTINO GROSSO MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS • Movimentos propulsivos • Predominam no ceco e cólon ascendente MOVIMENTOS DE SEGMENTAÇÃO (haustrais ou haustrações) • Movimentos de mistura • Predominam no cólon transverso e descendente MOVIMENTOS DE MASSA • Ondas com contração subseqüente que ocorrem de 1 a 3 x/dia • Promovem deslocamento significante do conteúdo em direção anal • Predominam nos segmentos distais do cólon DEFECAÇÃODEFECAÇÃO fibras parassimpáticas dos nervos pélvicos cólon descendente cólon sigmóide deslocamento do bolo relaxamento involuntário relaxamento voluntário • respiração profunda • abaixamento do diafragma • fechamento da glote • contração dos músculos abdominais • aumento da pressão intra-abdominal EAI EAE R E T O REFLEXO GASTROCÓLICO • Distensão gastroduodenal estimula propulsão do alimento do cólon ao reto. 25/10/2012 4 SECREÇÕES DIGESTÓRIASSECREÇÕES DIGESTÓRIAS • As secreções digestórias são produzidas a partir do plasma • Cada glândula modifica a composição química de acordo com sua necessidade. SECREÇÃO SALIVARSECREÇÃO SALIVAR Porção serosa – α-amilase salivar e íons 1. Composição Porção mucosa - mucina 2. pH: 6,0 a 7,4 (faixa favorável à ação da amilase salivar) 3. Volume diário de secreção: 1000mL a 1500mL 1. PARÓTIDAS1. PARÓTIDAS - secreção serosa (25%) 2. SUBMANDIBULARES 2. SUBMANDIBULARES -- secreção serosa e mucosa (70%) 3. SUBLINGUAIS3. SUBLINGUAIS - secreção mucosa (4%) 4. ORAIS 4. ORAIS -- secreção mucosa (1%) CONTROLE NERVOSO DA SECREÇÃO SALIVARCONTROLE NERVOSO DA SECREÇÃO SALIVAR CENTRO DA SALIVAÇÃO GLÂNDULAS SALIVARES Gânglio cervical superior N. glossofaríngeo (IX) N. Hipoglosso (XII) N. Faciais (VII) - ramo corda do tímpano Centros superiores (estímulos visuais, olfativos, psíquicos) Faringe (deglutição) Boca (receptores cefálicos) (estímulos químicos e mecânicos -mastigação) Vasoconstricção Vasodilatação S. N. SIMPÁTICO S. N. PARASSIMPÁTICO Diencéfalo FUNÇÕES DA SALIVAFUNÇÕES DA SALIVA 1. Digestão de carboidratos (amilase) 2. Ação sobre a gustação 3. Embebição e lubrificação dos alimentos 4. Proteção da mucosa e dos dentes - ação mecânica - fluxo salivar - presença de imunoglobulinas, lisozima e íons tiocianato 5. Participação no mecanismo da sede: sudorese intensadiarréia poliúria hemorragias secreção salivar SEDE SECREÇÃO GÁSTRICASECREÇÃO GÁSTRICA 1.1. GLÂNDULAS OXÍNTICAS (GÁSTRICAS)GLÂNDULAS OXÍNTICAS (GÁSTRICAS) Localização: área fúndica e do corpo do estômago Secreção: ácido clorídrico, pepsinogênio, muco e fator intrínseco 2. GLÂNDULAS PILÓRICAS2. GLÂNDULAS PILÓRICAS Localização: área pilórica (antro do estômago) Secreção: Muco e gastrina 3. GLÂNDULAS CÁRDICAS3. GLÂNDULAS CÁRDICAS Localização: região cárdica Secreção: Muco GLANDULAS OXÍNTICASGLANDULAS OXÍNTICAS • Possuem 3 tipos de células: 1. Células mucosas, que produzem muco. 2. Células principais ou pépticas, que produzem pepsinogênio. 3. Células parietais ou oxínticas que produzem HCl e fator intrínseco. 25/10/2012 5 SECREÇÃO DE HCLSECREÇÃO DE HCL • Na secreção de HCl, 2 transportadores funcionam na célula parietal. • Uma bomba de cloreto, que transporta esses íons para a luz dos canalículos das células parietais. • Um trocador H+/K+ que transporta o primeiro para a luz do canalículo e o segundo para o interior da célula. CARACTERÍSTICAS DA SECREÇÃO ÁCIDACARACTERÍSTICAS DA SECREÇÃO ÁCIDA • Os canalículos aumentam muito a superfície de secreção do HCl. • O pH gástrico na ausência de alimento chega a 0,8. • Isso corresponde a uma concentração hidrogeniônica 3 milhões de vezes à concentração plasmática. SECREÇÃO DO FATOR SECREÇÃO DO FATOR INTRÍNSECOINTRÍNSECO • Proteína sintetizada no retículo endoplasmático da célula parietal e secretada na luz como grânulos de secreção. • Essa proteína é essencial para a absorção da vitamina B12. SECREÇÃOSECREÇÃO DO DO PEPSINOGÊNIOPEPSINOGÊNIO • Proteína sintetizada nas células principais das glândulas gástricas e armazenada como grânulos de secreção. • Na luz do estômago, por ação do HCl, essa proteína é quebrada em uma menor, a pepsina. • A pepsina formada ajuda a quebrar mais pepsinogênio. GLÂNDULAS PILÓRICASGLÂNDULAS PILÓRICAS Secretam: • Muco. • Histamina céls. Enterocromafins). • Gastrina (células G): – Secreção HCl – Crescimento Mucosa Gástrica RELAÇÕES ENTRE GASTRINA, ACETILCOLINA RELAÇÕES ENTRE GASTRINA, ACETILCOLINA E HISTAMINAE HISTAMINA SECREÇÃO DE MUCOSECREÇÃO DE MUCO - secretado por céls. mucosas para a luz gástrica - composto por mucinas (glicoproteínas) � formam um gel Secreção de Bicarbonato - secretado pelas células epiteliais � mucosa alcalina Barreira mucosa gástrica 25/10/2012 6 SECREÇÃO PANCREÁTICA • A parte exócrina secreta vários produtos para canalículos que confluem em um ducto pancreático longo que une-se ao ducto hepático, formando o ducto colédoco, que desemboca no duodeno por meio do esfíncter de Oddi. • Composição da secreção pancreática: 1. Secreção aquosa, secretada por pequenos ductos que situam-se entre as células acinares do pâncreas. 2. Secreção enzimática, secretada pelas células acinares para os ductos. SECREÇÃO PANCREÁTICA - componente aquoso rico em HCO3- SUCO PANCREÁTICO - componente enzimático * amilases * proteases * lipases MECANISMO DA SECREÇÃO DE BICARBONATO • O CO2 difunde-se do sangue para a célula do ducto pancreático. • No interior da célula há a enzima anidrase carbônica que acelera a reação de hidratação do CO2. • O íon H+ formado é trocado com Na+ na membrana basolateral. • O bicarbonato vai para o lúmen do ducto em troca por Cl-, por transporte ativo. • O Cl- sai da célula junto com o K+ que entrou pela bomba de Na+/K+. • O transporte de HCO3- cria gradiente osmótico para saída de água nos canalículos. • A presença de alimento no duodeno estimula a liberação de uma enteropeptidase, a enterocinase, que ativa o pepsinogênio. • A pepsina formada ativa mais pepsinogênio e as demais proteases. ATIVAÇÃO DAS PROTEASES REGULAÇÃO DA SECREÇÃO PANCREÁTICAREGULAÇÃO DA SECREÇÃO PANCREÁTICA • A CCK estimula a secreção enzimática • A secretina estimula a secreção aquosa. • A regulação humoral é a mais importante. Estímulos provocados pelos alimentos levam à secreção de hormônios pelo duodeno que irão estimular a secreção pancreática. SECREÇÃO HEPÁTICASECREÇÃO HEPÁTICA Ácidos biliares (50%) Pigmentos biliares – bilirrubina (2%) BILE Colesterol (4%) Fosfolipídeos (40%) Água + Eletrólitos (4%) Funções da bile: 1. Tem importante papel na digestão e absorção das gorduras exercido pelos sais biliares. 2. Servem como meio de excreção de diversas substâncias, de modo especial a bilirrubina, produto resultante da destruição da hemoglobina. 25/10/2012 7 ARMAZENAMENTO DA BILEARMAZENAMENTO DA BILE BILE HEPÁTICA BILE VESICULAR Água 97,5 % 84 % Sais biliares 0,93 % 8,7 % Bilirrubina 0,53 % 4,5 % Colesterol 0,06 % 0,9 % Ácidos Graxos 0,12 % 0,85 g/dl Lecitina 0,02 % 0,14 % Íons inorgânicos 0,83 % 1,02 % • Vesícula biliar � armazenamento da bile (volume = 60 ml) • Ocorre transporte de água e eletrólitos � bile concentrada • Assim, a vesícula é capaz de armazenar em seus 60ml até 450 ml de bile hepática, o que corresponde a cerca de 12 horas de secreção. FUNÇÕES DA VESÍCULA BILIARFUNÇÕES DA VESÍCULA BILIAR 1. Enchimento da vesícula: Bile � canalículos biliares � armazenamento vesicular 2. Concentração da bile: Céls. epiteliais da vesícula biliar � absorção de íons e água 3. Ejeção da bile: principal estímulo � CCK (células I) a) Contração da vesícula biliar b) Relaxamento do esfíncter de Oddi A B ENZIMAS DE MEMBRANA • Além das secreções de muco, o intestino delgado produz enzimas que atuam sobre a membrana das células epiteliais e completam a digestão de gorduras, proteínas e hidratos de carbono. • Essas enzimas são: 1. Peptidases que clivam peptídeos 2. Sacarase, maltase, lactase, isomaltase 3. Lipase intestinal que atuam em gorduras
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