PSICOLOGIA_NA_COMUNIDADE

Prévia do material em texto

*
PSICOLOGIA NA COMUNIDADE
*
Psicologia na comunidade
Comunidade: usada para designar a instrumentalização de conhecimentos e técnicas psicológicas que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e grupos nas inúmeras aglomerações humanas que compõem a grande cidade.
*
É um movimento de aproximação do cotidiano das pessoas principalmente nos bairros e instituições populares onde a grande parcela da população vive, organiza-se e cria seus canais de expressão.
*
Histórico 
Inglaterra e nos Estados Unidos: 1 vez que apareceu o nome da psicologia na comunidade
Representa uma guinada para uma forma de pensar e praticar a Psicologia, distinta da tradição dominante até o final dos anos 50.
*
A Psicologia dos anos 50 isolava-se demais dos problemas coletivos, encerrando-se numa torre de cristal de discussão meramente acadêmica e de atendimento a poucas pessoas da elite econômica.
*
Temas principais 
Os fatores sócio-ambientais são muito importantes na determinação e modificação de comportamentos.
*
As intervenções sócio-comunitárias(intervenções orientadas para o sistema em contraste com intervenções orientadas para as pessoas) podem ser eficientes tanto para tornar as instituições sociais (por Ex. a família, escola) mais saudáveis quanto pra reduzir o sofrimento individual.
*
Essas intervenções deveriam visar mais a prevenção do que o tratamento ou a reabilitação de desordem emocionais. Não só a pessoa necessitada mas também a população em risco é a genuína preocupação da Psicologia na Comunidade.
*
Essas intervenções deveriam ter como objetivo a melhoria da competência social, mais do que a simples redução do sofrimento psicológico. Programas orientados para o comunitário deveriam acentuar mais o que é adaptativo do que o patológico na vida social.
*
A ajuda é mais eficaz quando obtida na proximidade dos ambientes em que os problemas aparecem. Portanto, os clínicos da comunidade deveriam trabalhar em ambientes familiares próximos das pessoas necessitadas, antes que em locais social e geograficamente afastados delas.
*
As clínicas da comunidade deveriam ir ao encontro dos clientes, antes que ficar passivamente à espera de que eles o procurem profissionalmente. 
*
Sua atuação profissional deveria ser flexível, facilmente acessível no local e tempo onde a necessidade surge e oferecida numa atmosfera que reduza, ao invés de aumentar, a distância social entre o profissional e a pessoa ajudada
*
A fim de empregar recursos de fácil acesso e aumentar seu ímpeto potencial, o profissional deveria colaborar com os recursos humanos da comunidade (responsáveis locais) e empregar trabalhadores associados não profissionais. 
O trabalho do profissional pode envolver mais consultoria do que atendimento direto.
*
Exigências do papel tradicional e normas costumeiras profissionais devem ser abrandadas. O exercício da profissão na comunidade exige uma programação imaginosa e novos modelos conceituais, inovações devem ser estimuladas.
*
A comunidade deveria, se não controlar, ao menos participar do desenvolvimento e execução dos programas formulados, levando em contar as necessidades e preocupações da comunidade.
*
A educação do público para compreender a natureza e as causas dos problemas psicossociais e os recursos disponíveis para lidar com esses problemas é uma tarefa valiosa.
*
Problemas de saúde mental deveriam ser encarados de maneira mais abrangente do que restrita, desde que eles se entrelaçam com muitas outras facetas do bem-estar social tais como emprego, habitação e educação.
*
Visões divergentes
A visão social e dialética da Psicologia na Comunidade não é unanimemente partilhada por todos os que atualmente a ela se dedicam.
Há os que visualizam apenas uma atuação, na comunidade, benevolente e caritativa, nas horas vagas, em prol das classes desvalidas.
*
Visão Populista e assistencialista
Visão em que a psicologia seria aplicada nos bairros e instâncias populares, com maior intensidade e freqüência mas, numa prática assumida como remediativa e superficial.
Visão e tentativa de reprodução das clínicas psicológicas nos bairros, sem alteração dos procedimentos e rotinas consolidadas nas clínicas tradicionais.
*
Visão da psicologia controladora
Psicologia inserida nos bairros na qualidade de controladora moral dos hábitos e comportamentos desviantes.
O psicólogo seria uma extensão do braço policial, ao invés de usar armas usaria técnicas psicológicas de controle e repressão.
*
Visão da psicologia ativista política
Ao invés de profissionais preocupados com o crescimento das práticas educativas e de conscientização e libertação, os ativistas poderiam, sob o manto da psicologia, impor seus partidos políticos e recrutar seus grupos ou tendências de apoio partidário.
*
Uma proposta assim não serviria nem aos ideiais da Psicologia na Comunidade, nem ao desenvolvimento de uma verdadeira Política Popular.
*
Experiências em psicologia na comunidade
Experiência na área da saúde mental da população
Experiência em grupos de mulheres e de jovens nos bairros
*
Experiências em instituições populares
Experiência nas escolas de primeiro grau da rede pública
*