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POTENCIAL ALELOPÁTICO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS MEDICINAIS E COMESTÍVEIS

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FACULDADE INTEGRAL CANTAREIRA
CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA
PROJETO PIBIC: POTENCIAL ALELOPÁTICO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS MEDICINAIS E COMESTÍVEIS
O presente projeto cumpre parte das exigências do Programa de Iniciação Científica da Faculdade Integral Cantareira.
Orientadora: Marcos Roberto Furlan
Orientada: Denise Pupo Martins
São Paulo
15 de agosto de 2013.
I – INTRODUÇÃO
	O uso indiscriminado de agrotóxicos vem contribuindo para alterações no ecossistema, gerando desequilíbrios como, por exemplo, aumento significativo de insetos, patógenos e plantas concorrentes resistentes. No entanto, podemos encontrar na literatura ou na prática, principalmente dos agricultores tradicionais, processos alternativos capaz de controlar infestações de plantas invasoras e, em conjunto, minimizar o distanciamento entre a sociedade e o meio natural, em favor de benefícios mútuos ao homem e ao meio ambiente (ALMEIDA, 1990).
Dentre as alternativas possíveis, destaca-se a alelopatia, a qual representa a influência de um indivíduo sobre o outro, de forma positiva ou negativa, por meio do efeito de biomoléculas que são produzidas por uma planta e lançadas ao meio, tanto na fase aquosa do solo ou substrato, como por substâncias gasosas liberadas no ambiente (RICE, 1984). A alelopatia desempenha, entre outras funções de proteção, a prevenção na decomposição das sementes, atuação na dormência, na produção de gemas e influencia as relações com as demais plantas, microrganismos e insetos (CAMARGO et al., 2002).
Dessa forma, algumas plantas medicinais com propriedades alelopáticas podem ser utilizadas como defensivos agrícolas, por apresentarem alguma ação contra pragas, seja inibindo a ação desses, seja estimulando o crescimento ou oferecendo vantagens às espécies cultivadas na competição com outros vegetais (RODRIGUES et al., 1999), e, desta forma, contribuir para a substituição e/ ou diminuição da utilização extensiva de herbicidas sintéticos (FERREIRA e ÁQUILA, 2000).
A alelopatia pode ser definida como um processo pelo qual produtos do metabolismo secundário de um determinado vegetal são liberados, impedindo a germinação e o desenvolvimento de outras plantas relativamente próximas (SOARES, 2000). 
Os recentes avanços na química de produtos naturais, por meio de métodos modernos de extração, isolamento, purificação e identificação, têm contribuído bastante para um maior conhecimento desses compostos secundários, os quais podem ser agrupados de diversas formas (FERREIRA e ÁQUILA, 2000).
A resistência ou tolerância aos metabólitos secundários é uma característica espécie-específica, existindo aquelas mais sensíveis como alface, tomate e pepino, consideradas plantas indicadoras de atividade alelopática. Para que seja indicada como planta teste, a espécie deve apresentar germinação rápida e uniforme, e um grau de sensibilidade que permita expressar os resultados sob baixas concentrações das substâncias alelopáticas (GABOR e VEATCH, 1981; FERREIRA e ÁQUILA, 2000).
As plantas competem por luz, água e nutrientes, revelando uma concorrência constante entre as espécies que vivem em comunidade, e essa concorrência contribui para a sobrevivência das espécies no ecossistema, e algumas desenvolvem mecanismos de defesa que se baseiam na síntese de determinados metabólitos secundários, liberados no ambiente e que irão interferir em alguma etapa do ciclo de vida de uma outra planta (SAMPIETRO, 2001).
O controle racional das espécies invasoras deve ser incentivado, já que não há necessidade de eliminar, mas sim, reduzir seus efeitos na produtividade, pois, quando mantidas em locais estratégicos como beiradas de cerca, margens de estradas e voçorocas, trazem benefícios, e, ainda, futuramente podem apresentar aspectos sociais importantes às necessidades do homem (GAVILANES et al., 1998). 
Portanto, este trabalho tem como objetivo, analisar a germinação de sementes de hortaliças e o desenvolvimento inicial da plântula, quando expostas aos efeitos alelopáticos do capim-limão.
II - MATERIAL E MÉTODOS
	A pesquisa será realizada no Laboratório de Fitossanidade do CEATEC (Centro de Estudos Tecnológico Cantareira). As sementes de alface, as quais serão pulverizadas como os extratos, serão adquiridas no comércio de São Paulo.
As placas de Petri, contendo 50 sementes de cada olerícola, e o papel filtro, serão previamente autoclavados a 121°C por 20 minutos. Os tratamentos utilizados serão obtidos das folhas frescas, trituradas em liquidificador, de espécies espontâneas medicinais e comestíveis, em uma concentração de 200 gramas de folhas para um litro de água quente destilada. Serão avaliadas 10 espécies, sendo 5 placas de petri para cada uma. 
As diferentes concentrações de extratos serão adicionadas sobre as sementes, já distribuídas em placas de Petri forradas com papel filtro. A avaliação terá início no dia seguinte, considerando germinadas as sementes que apresentavam radícula a partir de dois milímetros de comprimento (HADAS, 1976). O ensaio será efetuado no verão e no inverno, objetivando também verificar se há variação no efeito alelopático das espécies testadas.
O delineamento utilizado nos experimentos será inteiramente casualizado, e as médias comparadas pelo teste Tukey, a nível de 5% de significância. Os resultados encontrados serão submetidos à análise de variância (teste F), análise do tempo médio de germinação (TG), segundo Edmond; Drapala (1958) apud FERREIRA; BORGUETTI (2004); e sua velocidade (VG), de acordo com LABOURIAU (1983).
III – REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F.L.S. A defesa das plantas: alelopatia. Ciência hoje, v.11, n.62, p.38-45, 1990.
CAMARGO, P. R.; CASTRO; SENA, J. O. A.; KLUGE, R. A. Introdução à fisiologia do desenvolvimento vegetal. Maringá: EDUEM, 2002.
FERREIRA, A.G.; ÁQUILA, M.E.A. Alelopatia: uma área emergente da ecofisiologia. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, v.12, p.175-204, 2000. Edição especial.
FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. Germinação do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, 2004. 386 
GABOR, W.E.; VEATCH, C. Isolation of phytotoxin from quackgrass (Agropyon repens) rhizomes. Weed Science, v.29, p.155-159, 1981.
GAVILANES, M. L.; CARDOSO, C.; BRANDÃO, M. Plantas daninhas como medicamentos de uso popular. Informe Agropecuário, v.13, n.150, p.21-29, 1988.
HADAS, A. Water uptake and germination of leguminous seeds under changing external water potential in osmotic solution. Journal Experimental of Botany, v.27, p.480-489, 1976.
LABORIAU, L. G. A germinação de sementes, Washington: Organização dos Estados Americanos, p. 174, 1983.
RICE, E.L. Allelopathy, 2. ed. New York: Academic Press, p. 422, 1984.
RODRIGUES, B. N.; PASSINI, T.; FERREIRA, A. G.Research on allelopathy in Brazil. In: NARWALL, S. S. Allelopathy update, Enfield: Science Pub, 1999, v.1, p. 307-323.
SAMPIETRO, D.A. Alelopatía: concepto, características, metodologia de estudio e importancia. Disponível em: <http://fai.enne.edu.ar/biologia/alelopatia/alelopatia.htm>. Acesso em: 5 ago. 2013.
SOARES, G.L.G. Inibição da germinação e do crescimento radicular de alface (cv. Grand Rapids) por extratos aquosos de cinco espécies de Gleicheniaceae. Floresta e Ambiente, v.7, p.190-197, 2000.

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