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Medicina Legal 2º semestre

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RESUMO MEDICINA LEGAL – 2º SEMESTRE
	Períodos
	Arcaico
	Mágico
	Mítico
	Racional
	Idade cronológica
	0 a 4 anos
	4 a 7 anos
	7 a 12 anos
	14 anos
	Desenvolvimento
	Princípio do prazer
	Contos de fadas
	"Deus"
	Assumir os erros
	pisco sexual
	Princípio da realidade
	Herois
	Empatia
	
	
	
	Período pré genital
	Final da fase fálica
	(bolinha)
	
	
	
FASES
	
Fase oral
Sugar – mamar/
Morder – Canibálica
Fase anal
Fase fálica
	
Período de latência
Ansiedade de
Castração
	
Período de latência
Romance familiar
Mixoscopia
Exibicionismo
Pseudo
homosse-
sualismo
	
Período genital: todos os outros desvios e aberrações
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	QI abaixo de 25
Idiota
	De 25 a 50
Imbecil
	De 50 a 90
Débil mental
	De 90/110 até Gênio
PSICOPATOLOGIA FORENSE
 	A Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
 	O art. 2.º determina que nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único desse artigo:
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - — ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II — ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III — ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV — ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V — ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
VI — ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII — receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII — ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX — ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
→ Período pré genital - até 6 anos
 	FASE ORAL - até 18 meses: 
Características: A primeira fase do desenvolvimento é a fase oral, que se estende desde o nascimento até aproximadamente dois anos de vida. Nessa fase a criança vivencia prazer e dor através da satisfação (ou frustração) de pulsões orais, ou seja, pela boca. Essa satisfação se dá independente da satisfação da fome, mas inicialmente por ela. Assim, para a criança sugar, mastigar, comer, morder, cuspir etc. têm uma função ligada ao prazer, além de servirem à alimentação. Ao ser confrontada com frustrações a criança é obrigada a desenvolver mecanismos para lidar com tais frustrações. Esses mecanismos são a base da futura personalidade da pessoa. Assim, uma satisfação insuficiente das pulsões orais pode conduzir a uma tendência para ansiedade e pessimismo; já uma excessiva satisfação pode levar, através de uma fixação nessa fase, a dificuldades de aceitar novos objetos como fonte de prazer/dor em fases posteriores, aumentando assim a probabilidade de uma regressão (Mamar, chupar os dedos. A boca é a primeira zona erógena). 
 	PRINCÍPIO DO PRAZER:
Características: Realiza do que lhe dá prazer e afasta o que aborrece – substituído pelo princípio da realidade.
 	FASE ANAL - de 12 a 36 meses:
Características: A terceira fase, segundo Freud, é a fase anal, que vai aproximadamente do primeiro ao terceiro ano de vida. Nessa fase a satisfação das pulsões se dirige ao ânus, ao controle da tensão intestinal. Nessa fase a criança tem de aprender o controle dos esfincteres sobre o ato de defecar e, dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de satisfazer suas necessidades imediatamente.  O defecar imediato e descontrolado é o protótipo dos ataques de raiva; já uma educação muito rígida com relação à higiene pode conduzir tanto a uma tendência ao caos, aos descuido, à bagunça quanto a uma tendência a uma organização compulsiva e exageradamente controlada. Se a mãe faz elogios demais ao fato de a criança conseguir esperar até o banheiro, pode surgir uma ligação entre dar (as fezes) e receber amor, e a pessoa pode desenvolver generosidade; se a mãe supervaloriza essas necessidades biológicas, a criança pode se desenvolver criativa e produtiva ou, pelo contrário, se tornar depressiva, caso ela não corresponda às expectativas; crianças que se recusam a defecar podem se desenvolver como colecionadores, coletores ou avaros.
→ Controle dos esfíncteres. Esfincter é um estrutura, geralmente um músculo de fibras circulares concêntricas dispostas em forma de anel, que controla o grau de amplitude de um determinado orifício. A criança muito pequena ainda não tem consciência que pode controlar os músculos que retém ou liberam o xixi e o cocô e isto ocorre involuntariamente sem que a criança perceba. Mas conforme vai crescendo, vai conhecendo seu corpo, desejos e necessidades, observando-se e criando um determinado controle sobre seu próprio corpo.
 	FASE FÁLICA – dos 3 aos 6 anos:
Características: A fase fálica, que vai dos três aos cinco anos de vida, se caracteriza segundo Freud pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do falo ou pênis; nessa fase prazer e desprazer estão, assim, centrados na região genital. As dificuldades dessa fase estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ou libidinosa ao genitor do sexo oposto e aos problemas resultantes. A resolução desse conflito está relacionada ao complexo de Édipo e à identificação com o genitor de mesmo sexo. Na realidade o resultado da resolução do complexo de Édipo é sempre uma identificação como ambos os pais e a força de cada uma dessas identificações depende de diferentes fatores, como a relação entre os elementos masculinos e femininos na predisposição fisiológica da criança ou a intensidade do medo de castração ou da inveja do pênis. Além disso, a mãe mantém em ambos os sexos um papel primordial, permanecendo sempre o principal objeto da libido - Atenção aos genitais. Ansiedade de castração pela culpa da manipulação dos órgãos genitais.
MENINO - hostiliza o pai e ama a mãe. - Édipo - Jocasta - Laio - Electra - reprime sua hostilidade contra o pai 
MENINA - sente-se castrada e culpa sua mãe por isso - Electra
O pai é o HEROI que ela vai buscar no marido, ou o ANTI HEROI que ela vai rejeitar. 
 	PERÍODO DE LATÊNCIA - dos 7 aos 12 anos:
Características: Depois da agitação dos primeiros anos de vida segue-se uma fase mais tranquila que se estende até a puberdade. Nessa fase a libido é desinvestida das fantasias e da sexualidade, tornando-as secundárias, mas reinvestida em outros meios como o desenvolvimento cognitivo, aprendizado, a assimilação de valores e normas sociais que se tornam as atividades principais da criança, continuando o desenvolvimento do ego e do superego - Resolução do romance familiar, complexo de Édipo e Electra. Instalação da auto estima. Mixoscopia. Pseudo homossexualismo .
 	PERÍODO GENITAL - de 11 anos até adulto:
Características: A última fase do desenvolvimento psicossocial é a fase genital, que se dá durante a adolescência. Nessa fase as pulsões sexuais, depois da longa fase de latência e acompanhando as mudanças corporais, despertam-se novamente, mas desta vez se dirigem a uma pessoa do sexo oposto. Como se depreende da explanação anterior, a escolha do parceiro não se dá independente dos processos de desenvolvimento anteriores, mas é influenciada pela vivência nas fases anteriores. Além disso, apesar de continuarem agindo durante toda a vida do indivíduo, os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem na fase genital uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta - Caracterizado pela rebeldia puberal - Maturação das gônadas.
OLIGOFRENIAS
OLIGO =pouco / PHRENUS = espírito - (ESQUIZOFRENIA = espírito partido):
→ “Oligofrênico é o pobre de espírito que sempre foi pobre, esquizofrênico é o rico que empobreceu” ensina Esquirol. Diagnóstico pelo rendimento escolar.
 	Oligofrenia é termo introduzido na Psiquiatria por Kraepelin querendo significar um grupo mórbido caracterizado por desenvolvimento mental incompleto, de natureza congênita ou sobrevindo por causas patológicas no primeiro período da vida extrauterina, antes do término da evolução das faculdades psicointelectivas, com acentuado déficit da inteligência.
 	O que caracteriza o grupo oligofrenia é a insuficiência intelectual dos indivíduos por ela acometidos, de compreender, criar e criticar os fatos, ou a incapacidade de autoconduzir-se na vida social o que os levam a viver somente ante realidades concretas e imediatas sem saberem, todavia, aproveitar a experiência para a resolução de situações novas, pois não sabem abstrair ou escolher de suas vivências os elementos comuns, nem compreender os determinantes éticos do comportamento.
 	As oligofrenias se manifestam precocemente: dificuldade de sugar o mamilo materno, gritos e choros impertinentes, infundados e contínuos, apatia fisionômica, lentidão de movimentos, atardamento da deambulação e da palavra, posteriormente seguida da incapacidade intelectual, dificuldade de raciocinar, planejar ou construir, e de conduzir-se com autonomia em sociedade.
 	Os oligofrênicos são também bem-humorados e pouco resistentes às infecções.
 	
 	As oligofrenias admitem três gradações: idiotia, imbecilidade, debilidade mental.
→ Manifestações precoces das oligofrenias:
- Não mamam, não fixam o olhar, gritos e choros impertinentes, infundados e incontínuos. São apáticos e sem emoções, têm retardamento motor (andar, sentar, falar).
IDIOTA - é o indivíduo incapaz de cuidar-se e bastar-se. 
 	É um estado mórbido ligado a um vício acidental ou congênito do encéfalo e que consiste na ausência completa ou na parada do desenvolvimento das faculdades intelectuais e afetivas.
 	Os idiotas têm idade mental abaixo dos 3 anos e quociente intelectual inferior a 25. São incapazes de cuidar-se, de bastar-se e de transmitir simples recados; não articulam palavra. Os idiotas profundos têm vida psíquica infra- -humana, inferior à dos animais superiores. O idiota incompleto, ou de segundo grau, já é capaz de rudimentos de linguagem e alimenta os instintos de conservação sexual. São economicamente inaproveitáveis. Em geral, vivem pouco.
IMBECIL - é capaz de defender-se de perigos ordinários, mas incapaz de se manter, mesmo em condições normais.
 	Os imbecis têm rudimento de inteligência com quociente intelectual entre 25 e 50 e idade mental de 3 a 7 anos. São passíveis de medíocre aprendizado, mediante ingentes esforços, em estabelecimentos especializados. 
 	Podem articular a palavra. Alguns têm boa memória. Sugestionáveis, são propensos à cólera e à violência e a atos de pequena delinquência, fraude e prevaricação, podendo, portanto, defender-se de perigos ordinários. Têm uma precocidade sexual que se satisfaz de modo abnormal, pela masturbação. Adaptam-se mal ao convívio familiar. Gostam de animais.
 	Os imbecis são incapazes de prover a sua subsistência em condições normais.
DÉBIL MENTAL - somente é capaz de se manter em condições favoráveis. É o maior percentual das oligofrenias.
 	Os débeis mentais têm idade mental entre 7 e 12 anos e quociente intelectual de 50 a 90. São incapazes de manter uma luta pela vida em igualdade de condições com as pessoas normais; podem, no entanto, bastar a si próprios em circunstâncias favoráveis. 
 	Casper afirma que “a irritabilidade fácil dos débeis mentais pode levá-los à violência, às lesões corporais, ao homicídio, à antropofagia”.
 	Extremamente sugestionáveis, são crédulos, maliciosos e intrigantes. Alguns, à custa de penoso esforço intelectual, cursam nível universitário e logram obter o aspirado título idôneo; outros, em que a debilidade mental é pouco pronunciada, ingressam em cargos públicos e nas Forças Armadas e alcançam projeção social. 
 	Os débeis mentais integram o maior percentual das oligofrenias.
→ Tipos clínicos das oligofrenias:
MICROCEFALIA:
 	Circunferência craniana não excedente de 46 cm, achatada; acrocefalia; epicrânio baixo ou raso; couro cabeludo invadindo a testa. Estatura geralmente pequena.
→ Crânio pequeno, achatado, couro cabeludo invadindo a testa, estatura baixa.
MACROCEFALIA 
 	É a condição em que a cabeça da criança tem um tamanho maior do que o considerado esperado para sua idade. A cabeça da criança é medida nas consultas de rotina com o pediatra, em que ele avalia se o crescimento da criança como um todo está ocorrendo dentro do esperado. Em geral, a circunferência da cabeça do recém-nascido é dois centímetros maior do que a circunferência do peito. A partir dos 6 meses, até os dois anos, essas medidas se igualam, e depois disso o normal é que a circunferência do peito seja maior do que a da cabeça.
→ Grande volume craniano, geralmente oriundo da hidrocefalia.
MONGOLISMO – 
 	Fisionomia asiática; olhos pequenos e oblíquos, estrabismo; nariz chato; língua volumosa e fissurada. Face arredondada. Achatamento posterior do crânio. O tronco é curto e lordótico; o ventre distendido. As mãos, grosseiras, têm polegares e dedos mínimos muito curtos, em forma de tridente. A voz é rouquenha e de timbre infantil. Humor risonho e juvenil. De resistência orgânica diminuída, o prognóstico quanto à vida é mau, pois sucumbem às infecções, em geral até a puberdade.
→ Síndrome de Down - traços orientais, língua grande, fissurada, olhos pequenos, tronco curto, ventre distendido, polegares e mínimos curtos - forma de tridente, mãos grosseiras, face arredondada, achatamento posterior do crâneo, voz rouquenha e infantil
CRETINISMO:
 	O cretinismo é entidade mórbida caracterizada por uma parada do desenvolvimento somático e psíquico, determinada por insuficiência tireoidiana, que se previne pela ingestão de iodo, em forma de solução de lugol, 5 gotas duas vezes ao dia, às refeições principais, ou de sal iodado, necessário à formação da tiroxina a nível glandular.
 	Esse tipo de oligofrênico apresenta como características: estatura baixa, cabeça grande, pescoço curto e grosso, olhos mortiços, pálpebras edemaciadas, pernas curtas e gordas, pelos escassos.
→ Parada no desenvolvimento psíquico e somático, determinado por insuficiência tireoidiana. 
OLIGOFRENIA DIFENILPIRÚVICA:
 	É doença ligada ao padrão de herança autossômica recessiva. Um defeito autossômico recessivo produz deficiência na hidroxilase de fenilalanina, enzima conversora da fenilalanina aminoácida em tiosina. Com isto, ocorre alta concentração plasmática de fenilalanina, que faz gerar uma lesão no sistema nervoso central em desenvolvimento, e eliminação excessiva de ácido fenilpiruvínico, na urina.
 	Os neonatos parecem normais, porém logo apresentam vômitos, letargia, irritabilidade, retardo motor, convulsões e, o mais das vezes, deficiência mental.
→ "teste do pezinho". Neonatos parecem normais, apresentando tardiamente os sintomas. 
Obs.: O teste de Guthrie, popularmente chamado “teste do pezinho”, é obrigatório por lei nas maternidades (art. 10, III, da Lei n. 8.069/90).
→ Importância médico-forense:
 	Os idiotas e os imbecis são penalmente inimputáveis por serem, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito do fato, ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Dessa forma, embora os idiotas e, mais frequentemente, os imbecis possam cometer toda uma gama de infrações penais (homicídios, estupros, furtos), são irresponsáveis que devem ser enquadrados no art. 26, caput, do Código Penal. 
 	Compreendem os portadores de alienação mental permanente ou duradoura capaz de determinar alteração grave das faculdades mentais. ou seja, todas as psicoses (esquizofrenia, psicose epiléptica, psicose maníaco-depressiva,psicose puerperal, psicose senil, psicose pós-traumatismo craniano etc.), mais o alcoolismo crônico e a toxicomania severa, e todos aqueles que, por uma parada ou atraso no seu desenvolvimento psíquico, são incapazes de uma apreciação dos fenômenos exteriores e, por conseguinte, de uma violação consciente. Exemplos: idiotas, cretinos, imbecis, débeis mentais quase fronteiriços com a imbecilidade.
 	Alienação é forma de doença mental em que não há desintegração da personalidade que compreende o louco e o delirante. Alienado é, então, o extasiado, absorto, enlevado, como que fora de si de modo permanente, verbi gratia, “vivendo no mundo da lua”, podendo manifestar loucura e delírio; já o delirante não é louco, embora, como este, seja alienado que, mercê a um desvio do raciocínio, exprime distúrbios da consciência e da percepção. Louco é alienado mental que sofreu modificação da personalidade e perdeu de um modo absoluto a faculdade de raciocinar, motivada por processo patológico ativo. O idiota, o demente senil são enfermos de um processo patológico estacionário ou crônico: não são loucos, mas são alienados.
 	Os débeis mentais são capazes de exercer, com limitações próprias, os atos da vida civil. A debilidade mental é um retardamento geral da aprendizagem intelectual não constitutiva de impedimento matrimonial; todavia enseja anulação de matrimônio se o outro cônjuge tomar conhecimento dessa situação a posteriori.
 	Os débeis mentais são rotulados pela legislação penal vigente como semi imputáveis e enquadrados no parágrafo único do art. 26 do Código Penal, por não serem inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
ESQUIZOFRENIAS
Esquizo - partido - phrenus – espírito
Atinge 1% da população, todas as classes sociais.
50% da população dos manicômios.
Homem - de 15 a 20, mulher de 25 a 35.
Quanto mais cedo se manifesta, pior o prognóstico .
Têm lesões no cérebro - EEG - "eu" não preservado.
Etiologia desconhecida - genética? Filho 10%, irmão 17%, gêmeo 50%.
Reincidência em 50% dos casos - 10% se suicidam.
Cura - 30%, Sequelas, 30%, progride 30%.
 	A esquizofrenia é um transtorno mental de grande complexidade, sendo difícil, mesmo para os especialistas na área, perceber as causas que originam esse estado psicótico. Há no entanto algumas razões que estão normalmente ligadas ao aparecimento ou ao desencadeamento da doença.
 	Assim, e antes de mais, há um fator genético pré existente. Aliás, a propensão para desenvolver esquizofrenia aumenta quando algum familiar próximo tem a doença. Se for de primeiro grau, a probabilidade é de 10%, e em casos de gémeos idênticos, esse valor sobe para 50%.
 	No entanto, os fatores ambientais são a principal origem do desencadeamento da esquizofrenia. O abuso de substâncias como drogas, legais ou ilegais, como por exemplo, a Maconha e álcool, têm uma grande preponderância na ativação do comportamento psicótico. Aliás, as pessoas que geneticamente apresentam risco, têm uma propensão três vezes mais elevada para o vício.
 	Podem ocorrer comportamento hiperativo (inclusive desde a infância), desatenção e dificuldades de memória e aprendizado, sintomas de ansiedade (inquietação, somatizações, como taquicardia, palpitações e falta de ar), desânimo, desinteresse generalizado e humor depressivo. O início do transtorno pode ser confundido com depressão ou outros transtornos ansioso (Pânico, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Ansiedade Generalizada).
→ Sintomas positivos:
 	Os sintomas positivos estão relacionados diretamente ao surto psicótico. Entende-se por surto psicótico um estado mental agudo caracterizado por grave desorganização psíquica e fenômenos delirantes e/ou alucinatórios, com perda do juízo crítico da realidade. A capacidade de perder a noção do que é real e do que é fantasia, criação da mente da própria pessoa, é um aspecto muito presente nos quadros agudos da esquizofrenia.
 	A pessoa adoecida pode criar uma realidade fantasiosa, na qual acredita plenamente a ponto de duvidar da realidade do mundo e das pessoas ao seu redor. É o que chamamos de delírio. O delírio pode ter diversas temáticas, inclusive num mesmo surto. As mais comuns são a ideia de estar sendo perseguida por alguém, de ser observada ou de que as pessoas falam dela ou sabem de tudo que se passa na sua vida. Outras idéias fantasiosas, como de cunho religioso, místico ou grandioso também podem ocorrer. Menos frequentemente ocorrem delírios de culpa e de ciúme.
 	Outro sintoma positivo igualmente importante é a alucinação. A pessoa pode ouvir ou ver coisas que não existem ou não estão presentes, como escutar vozes dialogando entre si ou se referindo à própria pessoa, insultando-a ou ordenando que faça algo. Pode ver vultos ou imagens de pessoas, personagens de seu delírio, com as quais é capaz de conversar e interagir. Há casos também de alucinações olfativas (sentir cheiros estranhos), gustativas, táteis (sentir choques ou como se bichos andassem em seu corpo) e dos órgãos internos (como, p.ex., sentir o coração derretendo, órgãos apodrecendo).
→ Sintomas negativos: 
 	Os sintomas negativos estão mais relacionados à fase crônica da esquizofrenia. Embora possam ocorrer na fase aguda, eles se estendem por mais tempo e predominam a longo prazo. Esses sintomas são chamados também de deficitários, como referência à deficiência de algumas funções mentais, como a vontade e a afetividade.
 	A falta de vontade, de iniciativa ou da persistência em algumas atividades da vida cotidiana é vista pela maioria dos familiares como sinal de preguiça ou má vontade. Entretanto, este é um sintoma da esquizofrenia. Em graus variados de intensidade, pacientes têm dificuldade de iniciativa, demonstram-se desinteressados ou indiferentes aos desafios e atividades que lhes são propostas. Tendem a escolher atividades mais passivas, onde não é exigido esforço físico ou cognitivo, como assistir TV, ouvir rádio, ou mesmo passar grande parte do tempo ociosos. As deficiências da vontade são responsáveis por grande parte das dificuldades em atividades produtivas, como trabalho e estudos, e sociais, contribuindo para maior isolamento.
 	Os sintomas negativos, por serem mais duradouros e interferirem com funções básicas como vontade e afetividade, acarretam dificuldades sociais e laborativas que percebemos em muitos pacientes. É fundamental a compreensão e as tentativas de estímulo e apoio, dentro de um contexto sócio-familiar saudável e acolhedor.
Características:
1.- Anedonia, sem iniciativa, abandonam projetos, postergam atividades.
2.- Sensação de perseguição e controle - vivos, mortos objetos.
3.- Comportamento extravagante, discurso desconexo.
4.- Alucinações, delírios, "roubos de pensamento".
5.- Mania de perseguição e mania de grandeza - líderes religiosos.
6.- Deterioração dos hábitos sociais, de inteligência e higiene.
7.- Afetividade desgastada incapacidade de controlar emoções.
8.- Associação extravagante de idéias - ouvem vozes do além.
9.- Sentem a mudança de personalidade, memória preservada.
→ Formas clínica:
→ FORMA SIMPLES:
 	Em casos em que os sintomas negativos ocorrem isoladamente, sem sintomas positivos e de desorganização, e não há uma diferença bem delimitada entre as fases aguda e crônica, optou-se por chamar de esquizofrenia simples. Alguns autores equivalem esse diagnóstico ao transtorno de personalidade esquizotípico, caracterizado por afetividade superficial ou imprópria, falta de vontade e comportamento excêntrico ou desviante, com tendência ao isolamento e desinteresse social. Os sintomas negativos ocorrem mesmo sem um surto psicótico que os preceda.
Características:
Enfraquecimento insidioso e lento do psiquismo, indiferentes, sem afeto.
Sem raciocínio, ideias extravagantes - desagregação do pensamento.
Raciocínio, atenção e memória perturbados.
Não têm alucinações.
Sem alterações sensoriais.
→ FORMA HEBEFRÊNICA:
 	Nesse caso há predomíniodos sintomas negativos e de desorganização do pensamento e do comportamento sobre os sintomas positivos. Alucinações e delírios podem não ocorrer, ou se ocorrerem, não são uma parte importante do quadro, que se caracteriza mais por um comportamento pueril ou regredido, desorganização do pensamento e do comportamento, dependência de terceiros para atividades mais básicas, perda da autonomia, desinteresse, isolamento ou perda do contato social e afetividade mais superficial ou infantil. Os sintomas mais agudos, como a desorganização do pensamento e do comportamento, podem melhorar com o tratamento, mas alguns sintomas negativos podem persistir e dificultar mais a retomada das atividades. Ocorrem alterações cognitivas, principalmente relacionadas à atenção, memória e raciocínio, que podem trazer prejuízos sociais e laborativos.
Características:
EXCEÇÃO - exceção - se manifesta em adolescentes
Expressão ridícula, teatral, desdenhosa, deprimidos hipocondríacos
Algumas vezes, românticos, irritáveis e impulsivos
Profetas e salvadores do mundo
→ FORMA CATATÔNICA:
 	É o tipo menos comum, caracterizado por sintomas de catatonia na fase aguda. O paciente pode falar pouco ou simplesmente não falar, ficar com os movimentos muito lentos ou paralisados (p.ex., numa mesma posição por horas ou dias), recusar se alimentar ou ingerir líquidos, interagir pouco ou simplesmente não interagir com ninguém, embora desperto e de olhos abertos. O tratamento melhora os sintomas de catatonia, podendo o paciente permanecer com sintomas negativos e cognitivos na fase crônica. Há casos em que, na fase aguda, podem ocorrer comportamento agitado e repetitivo sem um propósito claro ou identificável.
Características:
Sinal da língua/sinal da mão, pouca manifestação delirante
Tiques repetitivos - tendentes ao suicídio e automutilação
Ficam horas na mesma posição.
→ FORMA PARANÓIDE:
 	É caracterizada pelo predomínio de sintomas positivos (delírios e alucinações) sobre os sintomas negativos. Em geral, os pacientes apresentam tramas delirantes bem estruturadas e alucinações, com alterações de comportamento compatíveis com suas vivências psíquicas, como inquietação ou agitação psicomotora, comportamento de medo ou fuga, ausência de juízo crítico, dentre outras. Nesses casos, o paciente melhora dos sintomas mais agudos com o tratamento, retomando boa parte de suas atividades e relacionamentos, permanecendo com poucos prejuízos na fase crônica, já que os sintomas negativos não estão tão presentes. Podem ocorrer sintomas cognitivos que dificultam a retomada de algumas atividades após a fase aguda.
Características:
MAIOR INTERESSE M.L. - crimes - eco do pensamento.
Despersonalização - sentimento de possessão intelectual.
Pensam no pensamento - roubo de pensamento.
Crimes exóticos, inesperados e incompreensíveis.
Delitos repetitivos e metódicos.
PSICOSES, PARANÓIAS E PERSONALIDADES PSICOPÁTICAS
 	Não existe um limite rígido entre normal e anormal – todos nós temos algumas psicopatologias explícitas ou implícitas que se manifestam ou não em determinadas épocas da vida, p. ex. durante a gravidez, senilidade, cleptomania, desvios da sexualidade, etc. Não podemos descrever e catalogar as psicopatologias de acordo com rígidas classificações, pois elas se interligam.
 	
PSICOSE MANÍACO-DEPRESSIVA – Síndrome bipolar afetiva
 	A psicose maníaco-depressiva consiste na síndrome bipolar afetiva. A personalidade bipolar é a incitação psicomotora associada à depressão intensa. O indivíduo alterna atitudes de profunda depressão e intensa excitação.
 Possui duas fases:
→ FASE MANÍACA (a mais perigosa): Tem como características a euforia e otimismo exagerado; grande exaltação do humor e afetividade; erotismo; interesse exagerado por tudo; negócios fantásticos; projetos mirabolantes.
Características:
Euforia e otimismo exagerado
Grande exaltação do humor e afetividade
Erotismo
Interesse exagerado por tudo
Negócios fantásticos
Projetos mirabolantes.
→ FASE DEPRESSIVA: Consiste em tristeza, culpa, pessimismo e suicídios bem planejados
Características:
Tristeza
Culpa
Pessimismo
Suicídios bem planejados (seguros de vida).
 
PARANÓIAS
 	As perturbações paranóicas caracterizam-se pelo desenvolvimento de equívocos ou de evidentes delírios perante determinados factos e circunstâncias, aos quais o paciente dá uma importância excessiva e interpreta de forma errada. O protagonista destes erros de interpretação, ou delírios, é sempre o próprio paciente, nos quais se sente absolutamente convencido de que as pessoas que o rodeiam ou mesmo as próprias circunstâncias estão contra ele, tendo constantemente a sensação de ser ameaçado ou perseguido por pessoas que o querem prejudicar, acreditando de forma errada que sofre de uma grave doença e ninguém gosta dele ou considerando, sem fundamento algum, que a sua parceira o engana.
 	A paranoia surge entre 25 a 40 anos, com concepções ilusórias e delirantes. O indivíduo é inadaptado ao meio, apresenta autofilia e egocentrismo.
 	Ao contrário do que acontece com os delírios esquizofrénicos, que apesar de não se basearem em factos reais envolvem muitos aspectos da vida quotidiana e são extremamente incoerentes, os delírios das perturbações paranóicas costumam estar relacionados com a realidade, nomeadamente com um único tema específico, no qual o paciente defende as suas interpretações com argumentos aparentemente credíveis, já que os paranóicos costumam conservar a maioria das suas capacidades intelectuais. Esta situação faz com que as pessoas que o rodeiam, nomeadamente quem vive com o paciente, tenham certas dificuldades em detectar a existência do problema, por vezes relacionada com os delírios do paciente.
 	Na maioria dos casos, as perturbações paranóicas afetam pessoas com uma personalidade paranóica, caracterizada por uma tendência para a desconfiança. Por outro lado, muitas vezes, estes problemas são desencadeados por situações críticas, como a morte de um familiar ou amigo ou ainda um evidente isolamento provocado por surdez ou pela emigração para uma sociedade culturalmente muito diferente. Todavia, ainda não foi possível esclarecer os mecanismos que estão na origem destes problemas.
Características:
Surgem entre 25 a 40 anos
Concepções ilusórias e delirantes
Mais comum no homem
Susceptíveis a coisas tolas
Inadaptação entre o indivíduo e o meio
AUTOFILIA e egocentrismo.
PARANÓIA DE CIÚME- progressivo e insidioso (O PARANÓICO DE CÍUMES É HOMICIDA). 
Desconfiam da paternidade dos filhos
Investigação sobre a infidelidade do cônjuge
Cenas públicas de ciúme
Separação e abandono do cônjuge por uma infidelidade fictícia.
Tipos de paranóia:
→ PARANÓIA ERÓTICA – erotomania:
 	O paciente imagina que é desejado e assediado sexualmente, sobretudo por pessoas que considera importantes, demonstrando-o através de todos os meios.
Características: 
Amores impossíveis/são insistentes (flores, cartas).
É a hipérbole do amor platônico, um amor puro, diáfano, etéreo, isento de desejo carnal.
Interesse médico-legal: anulação de casamento
→ PARANÓIA GENEALÓGICA – filhos rejeitados:
Características: 
Se imaginam parentes de pessoas famosas.
→ PARANÓIA DE INTERVENÇÕES E REFORMAS:
 	Enviam cartas insistentes para autoridades, se consideram os salvadores da humanidade
Características: 
Cartas insistentes para autoridades
Salvadores da humanidade
Líderes de massas
Ações populares por árvores, jardins, questões filosóficas, etc.
→ PARANÓIA DE PERSEGUIÇÃO - diferenças da esquizofrenia:
 	O paciente acredita que é constantemente ameaçado e perseguido e que os seus inimigos elaboram planos de grande envergadura para o dominarem ou eliminarem.
PERSONALIDADES PSICOPÁTICAS
 	Caracterizada pelas profundas alterações do caráter; perturbação da afetividade; inteligência normal ou superior à média. Os desvios da vida instintiva, dos sentimentos e afetos são tão intensos que dissolvem o carátere a personalidade. Não tem definição clínica; o eu é preservado, não há delírios; há distúrbios de afetividade; falta de remorso; autofilia; egocentrismo; gosto por chocar. Não são suicidas, mas sim homicidas. Não há delírios, a vida sexual é pobre.
 	São manifestações do comportamento de indivíduos que apresentam ainda que por motivos discutidíssimos, um desvio quantitativo de sua personalidade. Geralmente este desvio é desde a infância e acompanha todo o ciclo vital da pessoa.
 	O psicopata, não apresenta alterações qualitativas nos processos intelectuais, afetivos e volitivos.
 	Desde a mais tenra infância chama a atenção uma anestesia afetiva em seus relacionamentos, rebeldia a figuras de autoridade, agressividade, impulsividade, capacidade de dissimulação, tiranização  dos mais fracos, suplício de animais, atos de covardia, depredação de bens públicos e particulares, impulsos incendiários, tudo isto parece proporcionar-lhe um prazer mórbido.
Características:
Profundas alterações do caráter
Perturbação da afetividade
Inteligência normal ou superior à média
Os desvios da vida instintiva, dos sentimentos e afetos são tão intensos que dissolvem o caráter e a personalidade
Indefinição clínica
"Eu" preservado
Distúrbios de afetividade
Ausência de delírios
Falta de remorso
AUTOFILIA
Egocentrismo
Gostam de chocar
Não são suicidas, mas homicidas
Ausência de delírios
Vida sexual pobre com vivas
Capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
→ PSICOPATAS INSEGUROS:
Sem auto estima
Assumem culpa pelo que não fizeram
Ideias obsessivas, fobias.
→ PSICOPATAS CARENTES DE AFETO:
Mitômanos
Complexo de superioridade
Fanfarrões
Gestos teatrais.
→ PSICOPATAS ASTÊNICOS:
Fadiga
Hipocondríacos
São influenciáveis e podem ser levados a cometer delitos.
→ PSICOPATAS EXPLOSIVOS:
Irritabilidade excessiva com manifestação física
Crimes passionais
Alcoolismo
Incesto
Tóxicos
Ociosidade.
→PSICOPATAS AMORAIS OU PERVERSOS:
Sem afeto natural
Desvalorização das outras pessoas
Desconhecem a bondade
Mitomania
Precocidade sexual
Crueldade com animais na infância
Piromania e enurese noturna 
Crimes desumanos, frios, metódicos e repetitivos
Não admitem ser observados
Praticam o mal por necessidade mórbida e sentem sua falta, tal como o drogado em crise de abstinência
Q.I. alto/ não têm reeducação e o confinamento carcerário é inútil, fazendo com que aprimore suas técnicas amorais e delituosas.
DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS
 	
 	Documentos médico-legais são anotações escritas que têm a finalidade de reproduzir uma manifestação do pensamento; são expressões gráficas que representam um fato a ser avaliado em juízo. Os documentos de interesse médico-legal são: notificações, atestados, relatórios e pareceres.
→ DOCUMENTO - é todo o material que contém uma informação e que pode ser arquivado. É uma peça que tem a faculdade de reproduzir e representar uma manifestação do pensamento
TIPOS DE DOCUMENTOS
→ NOTIFICAÇÕES: 
 	Notificações são comunicações compulsórias às autoridades sobre um fato profissional por necessidade social ou sanitária.
→ compulsórias / Sigilo - CID - código internacional de doenças / Finalidade - estatística de doenças
→ ATESTADOS:
 	Atestado médico é afirmação simples e por escrito, ou a constatação formal e sucinta de um fato médico e suas consequências.
→ são declarações puras e simples, por escrito, de um fato médico e suas consequências.
Composição:
Cabeçalho - nome, qualificação, etc 
 A pedido do interessado
Qualificação da pessoa interessada 
Para fins de... 
 	O atestado será feito em formulário próprio, em papel timbrado, com qualificação do médico e interessado, e a finalidade a que se destina. Deve constar, a pedido da pessoa interessada. Deverá ser escrito o fato médico, e ao final, local, data, assinatura e carimbo do profissional.
→ Classificação dos atestados quanto à procedência ou finalidade:
Administrativo: quando serve ao interesse do serviço ou servidor público;
 
Judiciário: quando por solicitação da administração da justiça; 
Oficioso: quando interessa a pessoas físicas ou jurídicas de interesse privado.
→ Atestados falsos:
 Art. 302 CP - médico - atestado falso - detenção de um mês a um ano. 
→ O Código de Processo Penal no art. 302 prevê o crime de apresentação por médico de atestado falso, com pena de detenção de um mês a um ano. Além da vedação pelo Código de Ética Médica
 Art. 299 - dentista - falsidade ideológica
 	O crime de atestado falso é próprio do médico, o dentista não responde por este crime, mas sim por crime de falsidade ideológica. Se o agente é funcioná- rio público, a pena é aumentada.
Obs.: O atestado de óbito é feito somente por médico, sendo vedado, quando não tiver sido verificado pessoalmente o corpo. Também é vedado deixar de atestar o óbito do paciente quando estiver prestando assistência médica.
→ PARECERES MÉDICO- LEGAIS: 
 	Parecer é a resposta por escrito a uma consulta a um profissional competente, feita pelas partes para esclarecer questões obscuras de interesse jurídico. São a definição do valor científico de determinado fato.
 	O valor do parecer dependerá do prestígio da pessoa que foi consultada; é um instrumento particular, unilateral. É constituído de todas as partes do relatório sem a descrição, da seguinte forma: preâmbulo; exposição de motivos; discussão; conclusão e resposta aos quesitos.
→ RELATÓRIOS – LAUDOS:
 	Os relatórios são divididos em laudos e autos. São a mesma coisa, mas o autos são laudos ditados ao escrivão.
 	São relatórios escritos para prestar esclarecimentos técnicos à justiça. Se o relatório for ditado ao escrivão teremos um AUTO.
 	Relatório é documento redigido pelo perito sobre a perícia médica para responder à solicitação de uma autoridade policial ou judiciária frente a um inquérito. Tem como principal finalidade esclarecer fato de interesse da justiça.
 	
→ PERITOS - São pessoas entendidas e experimentadas em certos assuntos - "Expert" = experiência . Todo profissional pode ser perito, p .ex. plágio de música, falsificações de quadros, perito civil, odontológico, etc.
LAUDO
 	Ë a descrição minuciosa e detalhada de uma perícia a fim de responder à solicitação da autoridade policial e judiciária frente ao inquérito.
Partes Do Laudo
Preâmbulo
Transcruções Dos Quesitos
Histórico
Descrição
Discussão
Conclusões
Respostas Aos Quesitos
→ PREÂMBULO - É um pequeno relatório que precede as demais partes do laudo, contendo:
Referência ao local em que está sendo feito o exame / Data e hora / Nome da autoridade que requisitou o exame / Nome dos peritos / Compromisso dos peritos
Referência à apresentação do corpo a ser necropsiado / Qualificação do cadáver 
→ QUESITOS - São quatro oficiais:
Houve morte?
Qual a causa (da morte)? - É preciso estabelecer um nexo entre a realidade da morte e sua causa
Qual o instrumento ou meio que a produziu? Meios diretos - quando o instrumento é usado pessoalmente pelo agente - Meio indireto - por intermédio de outra pessoa (menor) ou animal.
Foi produzida por meio de...
Meio cruel - é o meio duro, desumano, bárbaro ou impiedoso, ou seja, todo aquele que produz sofrimento físico inútil ou mais grave que o necessário e suficiente para a consumação do homicídio.
Meio insidioso - é a emboscada, a cilada, a surpresa, a traição.
Veneno - É toda substância nociva que absorvida pela pele, pelas vias respiratórias ou digestivas pode comprometer seriamente a saúde ou determinar a morte.
Asfixia - é a supressão de sangue dos pulmões
Tortura - é o ato de torcer - É a brutalização, a animalização do homem contra o homem. A resposta positiva a esse quesito deve acompanhar a descrição rigorosa do meio que produziu a morte - qualifica o homicídio.
→ HISTÓRICO - Contém referências sumaríssimas ao fato delituoso e contém ainda:
EXAME DAS VESTES - Descrição de todas as peças do vestuário
CONSTATAÇÃO demanchas de sangue, esperma ou outras
REFERÊNCIAS a lesões, orifícios de entrada/ saída, etc.
DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DA MORTE - sinais abióticos imediatos ou consecutivos
EXAME EXTERNO É a pesquisa, a investigação - Examina-se externamente o cadáver - cabeça, tórax, membros superiores, inferiores, etc, descrevendo-se as alterações encontradas
EXAME INTERNO - É a necrópsia propriamente dita - começa com a incisão sub mento pubiana, descrevendo particularidades encontradas, órgãos lesionados, classificação e mensuração dos ferimentos encontrados
→ DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
DISCUSSÃO - é o debate, a controvérsia, é nessa parte que se valoriza ou não os elementos encontrados anteriormente.
CONCLUSÃO - é o ato de concluir, é a proposição que resulta das premissas. Nesta fase os peritos debatem entre si os achados médico-legais resultantes das pesquisas que fizeram e concluem. Aqui tem que ficar exposta, em rigorosos termos de ciência a fundamentação - ".
→ RESPOSTA AOS QUESITOS - Tudo o que foi perguntado aos peritos é respondido nesta fase. As respostas aos quesitos devem ser sucintas, pois foram detalhadas na "discussão e conclusão".
		
TANATOLOGIA
 	É o capítulo da Medicina Legal no qual se estuda a morte e as consequências jurídicas a ela inerentes. Assim como não se pode definir a vida, é teoricamente impossível conceituar a morte. Por isso, deveria bastar-nos procurar compreender e aceitar essa única e insofismável verdade.
 	Ressalta-se que a morte não é o cessamento puro e simples, num átimo, das funções vitais, mas, sim, toda uma gama de processos que se desencadeiam inexoravelmente durante certo período de tempo, afetando paulatinamente os diferentes órgãos da economia.
 	Baseado nisso criaram-se modernamente dois conceitos distintos de morte:
Cerebral: teoricamente indicada pela cessação da atividade elétrica do cérebro, tanto na cortiça quanto nas estruturas mais profundas, pela persistência de um traçado isoelétrico, plano ou nulo.
Circulatória: por parada cardíaca irreversível à massagem do coração e às demais técnicas usualmente utilizadas nessa eventualidade.
 	A cessação dos fenômenos vitais, por parada das funções cerebral, respiratória e circulatória, e o surgimento dos fenômenos abióticos, lentos e progressivos, que lesam irreversivelmente os órgãos e tecidos são razões indiscutíveis da morte. 
Dessa forma:
→ Tanatologia é o ramo da Medicina Legal que estuda a morte e suas causas, bem como tudo o que está relacionado ao tema.
→ Morte é a cessação total e permanente das funções vitais pela parada da respiração, circulação e funções cerebrais.
Obs.: O momento da morte é a cessação dos fenômenos vitais.
→ Cronotanatologia: estuda os sinais abióticos imediatos e consecutivos que dará a cronologia da morte.
 	Alguns autores consideram que nesta evolução para a morte definitiva há algumas fases assim consideradas:
Morte aparente – suspensão aparente de algumas funções vitais. 
Morte relativa – é a abolição efetiva e duradoura de algumas funções vitais, sendo possível a reversão total ou parcial de alguma delas. 
Morte intermediária – é a suspensão de algumas atividades vitais, não sendo possível recuperá-las. 
Morte absoluta – é a suspensão total e definitiva de todas as atividades vitais
→ Funções da necrópsia: fornecer o atestado de óbito que será registrado e fornecer elementos para elaboração do laudo.
Obs.: Necrópsia branca → Os peritos não conseguem especificar a causa mortis.
→ CAUSAS JURÍDICAS DA MORTE
Lesões de defesa 
Morte Natural - Evolução De Uma Doença
Morte Violenta
Homicídio
Suicídio
Acidente
Morte Suspeita
Necrópsia Branca
Comoriência
Primoriência
Sobrevivência
Hipermortalidade
FENÔMENOS ABIÓTICOS
→ FENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOS:
Perda da consciência 
Perda da sensibilidade - tátil, térmica e dolorosa.
Abolição da motilidade e tônus muscular
Facies hipocrática - agonia - paz
Relaxamento muscular - midríase 
Relaxamento dos esfíncteres;
Cessação da respiração 
Cessação da circulação
Cessação da atividade cerebral - morte encefálica.
Cessação dos batimentos cardíacos;
Ausência de pulso;
Pálpebras parcialmente cerradas.
Considerações:
 	Uma pessoa é considerada morta quando ela apresenta morte cerebral, isto é, cessação da atividade cerebral.
 	A perda da consciência, a imobilidade por abolição do tônus muscular, a insensibilidade e o relaxamento dos esfíncteres a ponto de o reto e a bexiga poderem esvaziar-se, manifestam-se precocemente com a morte. O cessar da respiração, afirmado por ausculta pulmonar silenciosa, com ausência dos murmúrios alveolares, e da circulação, confirmada principalmente pela eletrocardiografia, associada ou não à ausculta cardíaca e à radioscopia, é sinal prático insofismável de morte real. Na morte aparente não ocorre cessação da respiração e dos batimentos cardíacos; eles apenas permanecem imperceptíveis.
 	Fácies é o nome que se dá ao aspecto do rosto e sua expressão fisionômica. Fácies hipocrática é a que se observa nos estados gerais extremamente graves e nos agônicos, em que se alteram completamente os traços fisionômicos: palidez intensa, adelgaçamento labial, afilamento nasal, olhar fixo, vago, inexpressivo, extremidades do pavilhão auricular frias e cianóticas e sudorese facial meio viscosa. A fácies hipocrática é erroneamente chamada cadavérica, pois não traduz o semblante sereno dos trânsfugas da vida, e sim, frequentemente, a expressão de sofrimento característica dos moribundos.
 	A abertura das pálpebras não é fenômeno constante; mais comum é mostrarem-se parcialmente cerradas.
→ FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS:
Esfriamento do corpo - é possível saber o tempo da morte. O corpo passa a ter a temperatura ambiente. NOS MOSTRAM O TEMPO DA MORTE.
Manchas de hipóstases - o sangue começa a se depositar nas partes declives, nas partes baixas do cadáver. As manchas mostram a posição que o cadáver ficou logo após a morte.
Rigidez cadavérica - é um fenômeno que substitui a flacidez inicial e começa a instalar-se pelos músculos menores, até os maiores.
Espasmo cadavérico - é um caso particular de aumento de tônus, de instalação instantânea e ainda em vida.
Desidratação cadavérica - é a diminuição de peso devido à perda de água, o que acontece mais ou menos duas horas após a morte.
Exame do conteúdo gástrico: mostra o tempo ocorrido desde a última refeição feita e o tempo da morte.
 	O resfriamento paulatino do corpo não ocorre com rigorosa uniformidade, influenciada que é a sua evolução por fatores ambientais, idade, panículo adiposo, agasalhos. Os agasalhos constituem barreira protetora que retarda a perda de calor; desse modo, o cadáver desnudo resfria mais rapidamente do que o agasalhado, por irradiação, por convecção e por gasto na evaporação cutânea
 	A rigidez cadavérica é fenômeno constante no cadáver, originado por uma reação química de acidificação num estado de contratura muscular que desaparece quando se inicia a putrefação. Ou seja, o rigor mortis é explicado pela desidratação muscular que produz a coagulação da miosina associada ao aumento do teor de ácido lático nos musculus. Segundo Schiff, a rigidez não é o primeiro sinal de morte, mas o último sinal de vida. Pela lei de Ny sten-Sommer, nos cadáveres em decúbito dorsal, a rigidez se inicia pela face, mandíbula e nuca, seguindo-se os músculos do tronco, os membros superiores e, por último, os membros inferiores, desaparecendo, posteriormente, na mesma ordem em que surgiu.
Há um tipo de rigidez que se instala ainda em vida, na fase pré-agônica ou agônica, nos acometidos por tétano, nos intoxicados por estricnina, ergotina, magnésio, e nos que a morte resultou de destruição intensa dos tecidos do sistema nervoso central. As lesões que promovem interrupção entre a córtex cerebral e os centros nervosos inferiores, do tono muscular, desencadeiam rigidez difusa dos músculos estriados, análoga à que sucede no animal descerebrado, no qual se elimina a participação da cortiçapor meio de uma seção do encéfalo, ao nível dos tubérculos quadrigêmeos. À vertente, a rigidez resulta da falta de inibição dos centros nervosos corticais mais hierarquizados sobre os núcleos inferiores. O indivíduo assume posição rígida, com os membros inferiores em extensão e os membros superiores contraturados. É assaz frequente o quadro de rigidez descorticada nas contusões difusas da córtex cerebral.
 	A rigidez que se instala ainda em vida diferencia-se da rigidez cadavérica por não ser removida pela movimentação, brusca e violenta, de determinada articulação. Efetivamente, instalada a rigidez muscular em vida, se for vencida a resistência oposta por determinada articulação, esta logo retorna à posição primitiva. Contrariamente, a rigidez cadavérica é fenômeno constante em todos os casos de morte; porém, eliminada de determinado membro, pela movimentação forçada do mesmo, não retorna à sua articulação. movimentação forçada do mesmo, não retorna à sua articulação.
 	O espasmo cadavérico, também denominado rigidez cataléptica, estatuária ou plástica, é uma forma particular de rigidez cadavérica instantânea, sem o relaxamento muscular que precede a rigidez comum e com a qual não se confunde. O indivíduo acometido, súbita e violentamente, pelo espasmo cadavérico guarda a posição que mantinha quando a morte o surpreendeu. As hipóstases viscerais são originadas pela deposição do sangue nas partes declivosas do cadáver, em torno de 2 a 3 horas após a morte, em forma de estrias, ou arredondadas, que se agrupam posteriormente, em placas, em extensas áreas corporais.
 	Constantes, decorridas 8 a 12 horas, fixam-se definitivamente nos órgãos internos, não mais se deslocando qualquer que seja a mudança de posição do cadáver.
 	Superficiais, constituem os chamados livores cutâneos, não aparecendo nos pontos de compressão da superfície corpórea contra um plano subjacente. Assim, no decúbito dorsal, posição em que habitualmente se colocam os cadáveres, não são encontrados nas espáduas, nas nádegas, nas panturrilhas e nos calcanhares. Os livores cutâneos desaparecem, momentaneamente, por compressão digital e, se incisados, vertem sangue venoso que, lavado, torna limpa a pele, ao contrário das equimoses, em que ele se encontra fixado em
forma de coágulo nas malhas dos tecidos. À maneira das hipóstases viscerais, os livores cutâneos, constantes, são vistos nas primeiras 2 a 3 horas do óbito e podem deslocar-se com as mudanças de posição do morto dentro das próximas 8 a 12 horas, após as quais fixam-se definitivamente, o que confere a ambos grande importância médico-legal, além de serem sinais afirmativos de morte. Na morte agônica os livores hipostáticos se formam mais lentamente.
 	Nos livores o sangue permanece estagnado no interior dos vasos devido ao cessamento da circulação.
 	A cor varia segundo o meio de morte. Será vermelho-clara na asfixiasubmersão, achocolatada no envenenamento pelo clorato de potássio, vermelho-- rósea ou carminada nas asfixias pelo monóxido de carbono, e escura nas asfixias em geral.
→ FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS:
Putrefação: que é a decomposição orgânica por bactérias e pela fauna macroscópica, cujas enzimas produzem a desintegração do material orgânico.
→ Períodos da putrefação:
Período de coloração (período cromático, de coloração e das manchas): tem início de 18 a 24 horas após o óbito, com uma duração aproximada de 7 a 12 dias. Começa com o aparecimento de uma mancha esverdeada na pele da fossa ilíaca direita, a chamada mancha verde abdominal.
Período gasoso (período enfisematoso ou período deformativo): tem início na primeira semana e se estende por um mês, aproximadamente. A distensão gasosa é mais evidente no abdome e nas regiões moles.
Período coliquativo: redução dos tecidos, o cadáver é reduzido a líquido. Inicia-se no fim do primeiro mês e pode estender-se por meses ou até dois ou três anos. É o amolecimento e desintegração dos tecidos que se transforma em massa pastosa. No final do período coliquativo, a putrefação termina e surge o esqueleto ósseo.
Período de esqueletização (pó volta ao pó): A ação do meio ambiente e da fauna cadavérica destrói os resíduos tissulares, inclusive os ligamentos articulares, expondo os ossos e deixando-os completamente livres de seus próprios ligamentos. Os cabelos e os dentes resistem muito tempo à destruição. Os ossos também resistem anos a fio, porém terminam por perder progressivamente a sua estrutura habitual, tornando-se mais leves, frágeis e, alguns, quebradiços.
Obs.: O estudo da entomologia é importante para determinar a fase da cronotogtase.
Fenômenos conservadores: 
→ Saponificação ou adipocera: o cadáver vira um sabão. Acontece em terrenos líquidos e presença de grande tecido adiposo. 
→ Mumificação: conservação do cadáver que pode ser natural ou artificial.
Obs.: Dentro do útero acontecem dois fenômenos quando ocorre a morte do feto → maceração e calcificação.
→ FENÔMENOS CONSERVADORES:
Saponificação ou adipocera:
 	É um processo transformativo de conservação que aparece sempre após um estágio regularmente avançado de putrefação, em que o cadáver adquire consistência untuosa, mole, como o sabão ou a cera (adipocera), às vezes quebradiça, e tonalidade amarelo-escura, exalando odor de queijo rançoso. A saponificação atinge comumente segmentos limitados do cadáver; pode, entretanto, raramente, comprometê-lo em sua totalidade. Tal processo, embora factível de individualidade, habitualmente se manifesta em cadáveres inumados coletivamente em valas comuns de grandes dimensões, como nas primeiras exumações ocorridas no Cemitério dos Inocentes de Paris.
Mumificação:
 	É a dessecação, natural ou artificial, do cadáver. Há de ser rápida e acentuada a desidratação.
A mumificação natural ocorre no cadáver insepulto, em regiões de clima quente e seco e de arejamento intensivo suficiente para impedir a ação microbiana, provocadora dos fenômenos putrefativos. Assim é que têm sido encontradas múmias naturais, sem caixão, simplesmente na areia ou sobre aterra, ou em catacumbas ou cavernas, sem vestígios de tratamento e tão bem conservadas quanto as embalsamadas artificialmente, graças a condições
favoráveis. In exemplis, as múmias naturais do convento dos Capuchinhos, de Palermo e do Grande São Bernardo, do subterrâneo da catedral de Bremen, das catacumbas dos Franciscanos e dos Jacobinos, em Tolosa, e da caverna da Babilônia, em Minas Gerais.
 	A mumificação por processo artificial foi praticada historicamente pelos egípcios e pelos incas, por embalsamamento, após intensa dessecação corporal. Os egípcios, primeiramente, extraíam o cérebro do cadáver, com o auxílio de um gancho de metal, pelas fossas nasais. Ato contínuo, incisavam o abdome com uma faca de sílex para eviscerar os órgãos nele contidos, os quais eram colocados em bilhas, e o tórax, objetivando substituir o coração por um escarabeu de pedra. Seguia-se meticulosa lavagem externa e o cadáver era recoberto por natrium, durante 40 a 70 dias, e amortalhado em vários ataúdes ou sarcófagos, após ter sido recheado com areia, argila, resina ou serragem (para evitar a deformação), besuntado com ervas aromáticas e envolvido em rolos de pano de linho.
 	As múmias têm aspecto característico: peso corporal reduzido em até 70%, pele de tonalidade cinzenta-escura, coriácea, ressoando à percussão, rosto com vagos traços fisionômicos e unhas e dentes conservados.
Maceração:
 	É também fenômeno de transformação destrutiva que afeta os submersos em meio líquido contaminado (maceração séptica) e o concepto morto a partir do 5.º mês de gestação e retido intrauterinamente (maceração asséptica). Manifesta-se mais intensamente nos casos de retenção de feto morto. o cadáver macerado tem diminuída a sua consistência inicial, o ventre achatado como o dos batráquios, e os ossos livres de sua parte de sustentação, dando a impressão de estarem soltos
Calcificação:
 	Fenômeno que se caracteriza pela petrificação ou calcificaçãodo cadáver, frequentemente observado em fetos mortos e retidos na cavidade uterina nos dois primeiros meses de gestação. O processo se justifica a partir da assimilação de grande quantidade de sais calcários por parte do cadáver, concedendo ao corpo uma aparência pétrea.
 	
 
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